Células Estaminais: Estruturas e Funções

Células Estaminais

• As células estaminais são indiferenciadas e capazes de se dividir e diferenciar em diferentes tipos de células.
• Elas se auto-renovam, originando duas células filhas com destinos diferentes, uma célula estaminal e outra que se diferencia em uma célula especializada.
• Elas desempenham um papel fundamental na formação das estruturas corporais, diferenciando-se nas três camadas germinativas (endoderme, ectoderme e mesoderme).
• Em mamíferos adultos, muitos órgãos e tecidos contêm células estaminais, permitindo auto-renovação e reparação.
• O tecido hepático se regenera rapidamente devido à replicação de hepatócitos maduros e células ovais e/ou células da medula óssea.
• Estudos sugerem que células beta pancreáticas podem se regenerar a partir de progenitores dentro das ilhotas, ductos ou ácinos, ou por replicação das próprias células beta.
• O microambiente (nicho) onde as células estaminais residem é crucial para sua sobrevivência e função, sendo composto por células e matriz extracelular (MEC).
• O nicho fornece fatores de crescimento e moléculas de superfície celular que controlam a renovação, manutenção e sobrevivência das células estaminais.
• A reprogramação celular, como demonstrada por Takahashi e Yamanaka em 2006, permite que células diferenciadas (fibroblastos) revertam a um estágio semelhante ao das células estaminais embrionárias, gerando células pluripotentes induzidas (iPS).
• As iPS são promissoras para pesquisas biomédicas, expandindo o conhecimento sobre mecanismos moleculares de doenças e possibilitando aplicações em medicina regenerativa.

Estabelecimento do Plano Corporal Básico

• O plano corporal dos mamíferos é definido por um programa genómico regulador.
• A notocorda e o nó primitivo são centros de sinalização chave durante o desenvolvimento, estabelecendo o eixo craniocaudal e a assimetria esquerda-direita.
• A notocorda serve como referência para a definição dos lados direito e esquerdo do embrião.
• A ectoderme dorsal à notocorda prolifera, formando a placa neural, uma camada da ectoderme conhecida como neuroectoderme.
• A placa neural se dobra formando o sulco neural, que se desprende do ectoderma superior e origina o tubo neural.
• Células neuroectodérmicas migram das bordas laterais do tubo neural em desenvolvimento, ocupando uma posição dorso-lateral ao tubo neural, formando as células da crista neural.
• O mesoderme paraxial, localizado em ambos os lados da placa neural, forma agregações semelhantes a verticilos chamadas somitomeros.
• O desenvolvimento dos somitomeros ocorre caudalmente em associação com a regressão do nó primitivo.
• Sob a influência indutiva do tubo neural e da crista neural, células ectodérmicas superficiais da região cefálica formam espessamentos chamados placóides, como os nasais, cristalinos e ópticos.
• Entre a segunda e a quarta semana de gestação em animais domésticos, os somitos são observados como estruturas emparelhadas em ambos os lados do tubo neural em desenvolvimento.
• O número de somitos observados pode ser usado para estimar a idade aproximada de um embrião.
• O embrião assume a forma de C com uma fileira proeminente de somitos em cada lado da linha média.