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This document presents an overview of the importance of understanding nature and society in education, focusing on a pedagogical perspective. It touches upon the significance of nurturing positive environmental attitudes in children, emphasizing respect for life, the environment, and communities.

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NÃO PODE FALTAR O QUE É NATUREZA E SOCIEDADE 0 Ana Leticia Losano seõçatona reV IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇ...

NÃO PODE FALTAR O QUE É NATUREZA E SOCIEDADE 0 Ana Leticia Losano seõçatona reV IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL NA EDUCAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Educar para o desenvolvimento sustentável envolve ajudar as crianças a desenvolverem atitudes positivas em relação com o ambiente, a terem respeito à vida em todas as suas formas, a cuidarem diariamente do nosso planeta e das comunidades que nele habitam. Fonte: Shutterstock. Deseja ouvir este material? Áudio disponível no material digital. CONVITE AO ESTUDO Desde seu nascimento, todo ser humano vive inserido no mundo natural e social: respiramos o ar da atmosfera, bebemos a água proveniente dos rios, falamos a língua própria da nossa região e seguimos os costumes provenientes da cultura dos nossos povos. Por sua vez, todo ser humano também produz continuamente transformações no mundo natural e social: cultivamos alimentos em terras especificamente preparadas para tal fim, transformamos cana de açúcar em etanol, criamos novas gírias e introduzimos transformações em nossas práticas culturais. Essas transformações e o conhecimento gerado a partir delas deram origem às variadas disciplinas que hoje compõem as Ciências Naturais e Sociais. Tal conhecimento faz parte do acervo cultural da humanidade, sendo a educação básica o espaço e o tempo dos quais as crianças devem se apropriar de maneira crítica, imaginando e produzindo ações que contribuam para a construção de uma sociedade justa, democrática, inclusiva e voltada para a preservação da natureza. Nesta unidade estudaremos, analisaremos e problematizaremos as complexas relações entre a natureza e a sociedade a partir da perspectiva da educação infantil. Com base na leitura do material, nas reflexões nele incluídas e na análise das situações problemáticas colocadas, você poderá compreender por que é 0 importante que na educação infantil se ensine sobre a natureza e a sociedade seõçatona reV assim como qual é a relevância de considerar e aproveitar os conhecimentos e teorias que as crianças constroem na sua interação com o mundo social e natural e de aproveitá-las para promover o desenvolvimento dos seus conhecimentos científicos. Também aprenderá a distinguir o que a criança em cada faixa etária é capaz de fazer, em termos de exploração e de interpretação do mundo social e natural, e de imaginar, como adaptar estratégias, objetos e atividades para cada uma dessas faixas nas suas práticas educativas. Ainda nesta unidade, percorreremos um caminho que nos levará, em primeiro lugar, a considerar o que é natureza e a sociedade. Nesta primeira seção, abordaremos as relações entre conhecimento científico, natureza, sociedade e cultura; discutiremos as mudanças ambientais – motivo de preocupação generalizada em nossos dias – e apresentaremos as noções de sustentabilidade e responsabilidade social e ambiental. Nosso percurso continuará abordando a importância das ciências naturais na educação infantil. O papel do professor no ensino de Ciências Naturais, a importância das teorias que as crianças desenvolvem sobre a natureza e a sociedade e a relevância de que elas possam refletir e buscar explicações para compreender seu entorno serão os tópicos centrais dessa segunda etapa. A última parte do percurso nos levará a refletir sobre como ensinar ciências naturais nas distintas idades compreendidas na educação infantil. Refletiremos sobre a necessidade de uma abordagem acorde com as capacidades de cada faixa etária e sobre a adaptação de atividades para cada uma delas. PRATICAR PARA APRENDER O que é o efeito estufa? Já está demostrado que a temperatura do nosso planeta está aumentando? O que causou esses problemas? Será possível resolvê-los? O que seria necessário? Será que poderemos utilizar o conhecimento científico para elevar nosso nível de conforto indefinidamente? O que diferencia o conhecimento científico dos conhecimentos espontâneos sobre o mundo natural e social? Todos nos sentimos fortemente interpelados por essas perguntas que colocam em primeiro plano as incertezas que temos sobre a possibilidade de supervivência do ser humano no nosso planeta. O percurso para encontrar respostas a tais interrogativas não é simples e revela que nós, os seres humanos, estamos diante de importantes desafios que exigem reflexão e conscientização sobre a maneira como nos relacionamos com o planeta e com os outros seres que nele habitam. Os conteúdos que você estudará nesta seção serão importantes contribuições para que possa desenvolver um olhar integrador e crítico sobre as complexas relações entre o homem, a natureza e a sociedade. Para tal fim, é importante que compreenda quais são as características e como se produz o conhecimento científico sobre a natureza e a sociedade que a humanidade tem desenvolvido ao longo dos séculos. Assim, poderá distingui-lo de outros tipos de conhecimentos e compreenderá algumas das consequências da sua aplicação. 0 Além disso, poderá compreender os significados das noções de sustentabilidade e de responsabilidade social e ambiental. A partir delas, poderá refletir sobre suas seõçatona reV escolhas diárias e sobre seu impacto no meio ambiente, assim como compreenderá a necessidade de exigir aos governos e às empresas a realização de ações de cuidado responsável dos recursos naturais e do planeta. A partir de todas essas reflexões, poderá entender a necessidade de desenvolver uma educação para o desenvolvimento sustentável. E é nesse ponto que esta seção adquire relevância fundamental na sua formação docente: já desde a educação infantil é necessário que as crianças comecem a se apropriar criticamente do conhecimento historicamente acumulado e a desenvolver sua autonomia para poderem compreender as situações conflitivas e complexas próprias dos sistemas naturais e sociais contemporâneos (ANDRADE, 2009). Ana é professora de educação infantil faz vinte anos. Ela mora numa cidade do interior do estado de São Paulo. Foi nessa cidade que Ana nasceu e fez os seus estudos. Ela trabalha na maior escola pública da cidade, localizada num bairro da periferia, cuja população aumentou nos últimos anos, principalmente devido à migração de famílias vindas de diversas regiões do País para trabalhar na colheita de frutas. A professora ainda se lembra vivamente de como era sua vida e sua cidade quando pequena. As noites eram frescas, as mães aproveitavam para ventilar as casas com a brisa e muitas famílias aproveitavam para sentar-se na calçada e conversar com os vizinhos. O mato do outro lado do rio era o cenário das grandes “batalhas de conquistadores” que Ana e seus amigos costumavam protagonizar. Todo domingo seu pai e seus irmãos saíam para pescar no rio. Subir em árvores, pegar fruta do pé e comer legumes cultivadas no quintal eram atividades corriqueiras. Quando chegava a temporada de chuvas, era uma delícia ver, pela janela, a água cair do céu e, assim que a chuva abrandava, sair para pular nas poças d’água. Ana percebe claramente como sua infância fora muito diferente daquela que estão vivendo seus alunos. É nítido, ainda, como sua cidade tem mudado ao longo dos anos. A expansão dela fez com que parte do mato do outro lado do rio fosse desmatado para destinar os terrenos à construção de prédios e casas. Nas duas margens do rio, agora passam ruas asfaltadas. Todas essas mudanças fizeram com que os peixes estivessem cada vez mais escassos. Devido à insegurança, as crianças já não brincam fora de casa e é difícil encontrar pessoas sentadas na calçada depois da janta. Quase todas as brincadeiras de hoje envolvem o uso de instrumentos tecnológicos. A expansão da cidade fez com que aumentasse o número de carros, o que ocasiona engarrafamentos nas horas de pico. Assim, o ar da cidade já não é o mesmo. No ano passado, a região sofreu uma seca muito grande e este ano estão sofrendo com tempestades fortes, que já provocaram alagamentos e inundações nas regiões próximas ao rio em menos de um mês. Durante as noites de verão é difícil sentir uma brisa fresquinha, motivo pelo qual muitos moradores instalaram ares-condicionados em suas casas. 0 Cada vez mais preocupada Ana se pergunta: o que está acontecendo? Como posso interpretar o que está ocorrendo na minha cidade? Quais são as causas dessas seõçatona reV transformações? Essas inquietações ganham força toda vez que Ana assiste ao jornal da TV ou lê os diários. Neles aparecem uma avalanche de informações que ela não consegue compreender muito bem: mudança climática, aquecimento global, recursos naturais, energias renováveis, enchentes, enxurradas e inundações, tsunamis, etc. Ao conversar com seus colegas na escola, alguns eles adotam posturas um pouco catastrofistas, dizendo que “o rio, o céu e a terra estão se vingando pelo maltrato infringido pelo homem ao longo dos anos”. Outros demonstram um grande ceticismo e comodismo afirmando que “sempre foi assim, não há nada que possa ser mudado”. Perante essas perspectivas, Ana se pergunta: será que eu posso fazer alguma coisa para resolver esses problemas? Imaginem que vocês trabalham na mesma escola de Ana, como poderiam ajudá-la? Aprenda com o ontem. Viva o hoje. Tenha esperança para o amanhã (Albert Einstein). Com essa frase tão pertinente às temáticas que iremos estudar comecemos o estudo! CONCEITO-CHAVE O CONHECIMENTO CIENTÍFICO SOBRE A NATUREZA E A SOCIEDADE O conhecimento científico que a humanidade tem desenvolvido ao longo dos séculos modificou fortemente a natureza à nossa volta e moldou as nossas sociedades. Tanto é que praticamente nenhum aspecto da nossa vida está isento de tais influências: o alimento que comemos, os remédios que tomamos quando ficamos doentes, as formas de transporte que utilizamos, os meios de comunicação que empregamos, as casas que habitamos; cada um deles é o resultado da aplicação do conhecimento científico que os seres humanos desenvolveram sobre a natureza e a sociedade. Nesse ponto, faz-se necessária uma pequena reflexão sobre o que é a ciência e sobre como se produz o conhecimento científico. Muitos autores têm se debruçado sobre esses assuntos e atualmente não existe um consenso geral sobre o que é a ciência. Contudo, isso não impede que possamos delinear certas características do trabalho científico e do desenvolvimento do conhecimento científico. Seguindo Pérez et al. (2001), podemos começar dizendo o que a ciência não é e como a ciência não se desenvolve: o conhecimento científico não é descoberto a partir de um único método científico – algorítmico e infalível – baseado, principalmente, na observação e na experimentação realizadas de maneira mecânica por científicos neutros. 0 Podemos dizer, então, que não existem receitas exaustivas e infalíveis que levem ao desenvolvimento de conhecimento científico. Existem, sim, métodos (no plural). seõçatona reV Todos eles deixam margem para a criatividade e a originalidade e, ademais, permitem a análise sistemática e rigorosa de fenômenos presentes na natureza ou na sociedade. Com certeza um cientista social que está investigando como se propagam as fake news nas redes sociais desenvolverá atividades bem diferentes daquelas realizadas por um biólogo que investiga como os mosquitos se tornam resistentes aos venenos que utilizamos na fumigação. A atividade científica pode seguir múltiplos caminhos dependendo das determinações internas e externas de cada campo de conhecimento (COLINVAUX, 2004). Contudo, ambos possuem uma coisa em comum: os dois cientistas analisam os fenômenos que estudam de maneira sistemática e rigorosa, o que permite extrair conclusões válidas. Por sua vez, nenhum desses cientistas simplesmente “descobrirá” as leis que regulam os fenômenos estudados. Muito pelo contrário, todo seu trabalho visará dar resposta a uma pergunta e estará orientado por um conjunto de hipóteses, as quais orientarão a investigação, assim como as teorias e conhecimentos já disponíveis. Dessa maneira, o cientista social pode orientar todo seu trabalho a explorar a hipótese de que a propagação de fake news é estimulada pelo formato curto e sintético próprio de certas redes sociais. O biólogo pode orientar sua pesquisa com base na teoria da evolução das espécies e pode tomar por base o conceito de adaptação. Segundo Pérez et al. (2001), um dos esforços mais importantes da ciência é buscar estabelecer laços entre domínios aparentemente desconexos. Assim: “num mundo em que é saliente a existência de uma grande diversidade de materiais e de seres submetidos a contínuas mudanças, a ciência procura estabelecer teorias gerais que sejam aplicáveis ao estudo do maior número possível de fenômenos” (GIL PÉREZ et al., 2001, p. 137, grifo nosso). Podemos ver a potência do esforço unificador do conhecimento científico na Lei de Gravitação Universal, que descreve a interação gravitacional entre corpos com massa: ela permite prever o movimento da lua ao redor do planeta Terra e o de uma bola de futebol chutada pelo pé de um aluno na quadra da escola. Antes da formulação dessa lei, ninguém poderia ter imaginado que uma mesma regra pudesse unificar o movimento de satélites e de bolas de futebol! ASSIMILE Neste espaço convido-o a observar mais detidamente as visões dos cientistas que muito frequentemente transmitem imagens dos professores, 0 estereótipos etc., livros de texto, filmes e programas de TV e que se encontram enraizados em quase todos nós. Tal visão assume que os seõçatona reV cientistas são uma espécie de “gênio”, os quais trabalham de maneira individual nos seus laboratórios completamente isolados do mundo que os rodeia. Em contraposição, se hoje pudéssemos entrar nos locais de trabalho do biólogo ou do cientista social, dos quais falávamos anteriormente, nos encontraríamos com laboratórios e salas de reunião que acolhem não a um, mas a uma equipe de cientistas que trabalham juntos tentando resolver problemas conectados. Ao conversar com eles poderíamos notar que são pais, filhos, esposos e amigos, que possuem as mesmas preocupações que todos nós e que conseguem finalizar seus estudos graças a um grande esforço intelectual. O importante é não esquecer que, igualmente a qualquer atividade humana, o trabalho dos cientistas “é, necessariamente, influenciado pelos problemas e circunstâncias do momento histórico” (PÉREZ, 2001, p. 137). Podemos concluir, então, que o conhecimento científico possui fortes vínculos com os aspectos sociais e políticos das sociedades nas quais se desenvolve. É, portanto, um produto histórico. De fato, o conhecimento científico é uma ferramenta muito poderosa porque não só nos permite conhecer e compreender a natureza e a sociedade, mas também nos permite controlá-las. Embora essas ideias possam parecer um pouco abstratas, elas nos proporcionam o pontapé inicial para a problematização que realizaremos neste capítulo: só compreendendo as complexas relações que existem entre conhecimento científico, natureza e sociedade é que poderemos ter uma visão clara e ajustada de noções, tais como mudanças ambientais, sustentabilidade e responsabilidade social e ambiental. Justamente tais conceitos são úteis para descrever como, através do conhecimento científico, o ser humano tem influenciado na natureza e na sociedade e para imaginar formas pelas quais tais influências podem continuar acontecendo no futuro. Desse modo, elas são pontos chaves para sua formação enquanto professor a fim de que possa promover, na sua prática na educação infantil, o desenvolvimento integral das crianças, possibilitando que elas se tornem seres críticos e atuantes nas sociedades nas quais vivem. MUDANÇAS AMBIENTAIS GLOBAIS Hoje em dia palavras como “crise ambiental”, “mudança climática”, “aquecimento global” ou “efeito estufa” estão presentes em múltiplas notícias de jornais e da TV, 0 gerando muita preocupação e incerteza em todos nós. O que elas significam? seõçatona reV Como podemos compreendê-las? Quais as suas causas? Como é que nós podemos contribuir? Nos últimos anos, a problemática da mudança climática transformou-se num dos problemas mais importantes do nosso século. Diversas organizações nacionais e internacionais (tais como o Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática e a Organização Meteorológica Mundial) têm dedicado esforços para compreender o funcionamento do sistema climático do nosso planeta assim como para propor ações concretas ao enfrentamento de possíveis cenários futuros. De acordo com Braga et al. (2005), podemos dizer que existem três componentes que interatuam para criar a crise ambiental, os quais se mostram na Figura 2.1: Figura 2.1 | Três componentes que interatuam para criar a crise ambiental Fonte: elaborada pela autora. Podemos ver esses três componentes em interação no seguinte exemplo: EXEMPLIFICANDO Ana e sua família moram no centro da cidade. Todos os dias ela e seus filhos caminham até a escola e depois ela segue a pé até seu trabalho. Por 0 causa da poluição e da insegurança, a família decide se mudar para um bairro localizado na periferia da cidade. Portanto, foi necessário comprar seõçatona reV um carro, que agora Ana utiliza para levar os filhos até a escola e para ir ao trabalho. O combustível que faz funcionar o carro é um recurso natural não renovável – visto que é derivado do petróleo, um bem presente em quantidades finitas no nosso planeta. Cada vez que Ana leva seus filhos até a escola, o seu carro emite gases ao ambiente, os quais se transformam em poluentes do ar da cidade. Assim, a família acaba contribuindo com o problema da poluição. Os efeitos da poluição foram reconhecidos, inicialmente, pelo seu caráter local ou regional. Foi o que aconteceu nas cidades que, ao concentrarem grandes populações e numerosas atividades industriais, sofreram sérios problemas de poluição no ar, na água e no solo. Contudo, hoje em dia, é claro que os problemas ambientais são de caráter global: as mudanças ambientais já não podem ser analisadas só de cidade a cidade ou de região a região. A ação continuada do homem sobre o planeta tem hoje consequências que afetam o clima e o equilíbrio globais. O conhecimento científico que desenvolvemos sobre a natureza e a sociedade nos permitiu aumentar muito nosso nível de conforto e saúde, disponibilizando tecnologias para produzir alimento, energia, construções, transporte, saneamento, instrumentos de comunicação, etc. Entretanto, todos esses benefícios vieram associados ao fenômeno da urbanização, do consumismo e do desconhecimento dos impactos negativos desse tipo de desenvolvimento (BRAGA et al., 2005). A Revolução Industrial levou a um crescimento intenso das emissões de CO2 na atmosfera. As termoelétricas, os combustíveis fósseis, as indústrias, as queimadas, o desmatamento, a agricultura e a pecuária, entre outras ações humanas, são as causadoras de tais emissões que fizeram que a temperatura do nosso planeta aumentasse. Enquanto o hemisfério norte é responsável pela maior emissão advinda da indústria, o hemisfério sul emite CO2 principalmente através das queimadas. Muitos de nós já experimentamos algumas das consequências do aumento da temperatura global: inundações, secas intensas, noites mais quentes, grandes tempestades. Perante esse cenário, é necessário um intenso trabalho de conscientização para que a humanidade deixe de utilizar os recursos naturais como se fossem infinitos. É urgente, também, problematizar a crença de que não existem limites para o desenvolvimento da espécie nem para a “utilização de matéria e energia na busca 0 de conforto e qualidade de vida” (BRAGA et al., 2005, p. 5). Considerando a seõçatona reV sobrevivência da espécie humana no nosso planeta, torna-se essencial, então, desenvolver uma educação para o desenvolvimento sustentável. Esse será o tema da nossa próxima seção. SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL As drásticas mudanças ambientais globais que estão acontecendo no nosso planeta chamam a sociedade a despertar e a realizar um esforço por implantar novas maneiras de nos relacionarmos com o meio ambiente. Embora ainda precisemos conhecer melhor muitos aspectos sobre a vida no nosso planeta, nosso conhecimento já “é suficiente para saber que precisamos aprender a habitá- lo e usufruir dele de maneira consciente e responsável, preparando-o para que possa continuar sustentando as gerações futuras” (BRAGA et al., 2005, p. 10). É nesse quadro que as ideias de sustentabilidade e responsabilidade social e ambiental ganham relevância. A sustentabilidade, ou o desenvolvimento sustentável, refere-se, em um primeiro plano, à busca de estratégias e ações que possibilitem aos seres humanos conseguirem suprir suas necessidades no presente sem afetarem a possibilidade de que gerações futuras supram as próprias (CMMAD, 1988). Por sua vez, a noção de responsabilidade social e ambiental se refere ao cumprimento dos deveres e obrigações dos indivíduos e empresas para com a sociedade e o ambiente. Em um segundo plano, tais noções vão além da possibilidade de preservar os recursos naturais e da viabilidade de um desenvolvimento que não agrida o meio ambiente. A partir dessa perspectiva, a sustentabilidade implica “um equilíbrio do ser humano consigo mesmo e com o planeta e, mais ainda, com próprio universo [...], refere-se ao próprio sentido do que somos e de onde viemos e para onde vamos como seres humanos” (GADOTTI, 2008, p. 8). Fica claro, assim, que um dos grandes desafios que precisamos enfrentar para lograr um desenvolvimento sustentável é que todos e cada um de nós percebamos as conexões que existem entre: As formas como cotidianamente escolhemos nos locomover, a emissão de gases de efeito estufa e o consequente aumento da temperatura da terra. O desmatamento de partes da Amazônia e da Mata Atlântica e a desertificação nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. A impermeabilização de solos – gerada a partir da criação de superfícies cimentadas – e as enchentes dos rios. O consumo descontrolado e o esgotamento dos recursos naturais (JACOBI et al., 2011). Será só a partir do desenvolvimento desse olhar integrador, reflexivo e crítico sobre as nossas escolhas e sobre nosso estilo de vida que poderemos verdadeiramente exercer uma cidadania ambiental global, que vise a um mundo melhor para nossa geração e para as que virão no futuro (JACOBI et al., 2011). Isto 0 coloca importantes desafios para todos os cidadãos do nosso planeta e, seõçatona reV particularmente, para nós, professores e professoras, que somos chamados a cumprir um papel central na educação para o desenvolvimento sustentável das crianças que, no dia de amanhã, regerão o mundo. Educar para o desenvolvimento sustentável envolve ajudar as crianças a desenvolverem atitudes positivas em relação com o ambiente, a terem respeito à vida em todas as suas formas, a cuidarem diariamente do nosso planeta e das comunidades que nele habitam. Ela implica também o desenvolvimento de valores e princípios éticos fundamentais, tais como o respeito à Terra e à diversidade, o cuidado compreensivo das comunidades que a habitam e a construção de sociedades democráticas justas, participativas, sustentáveis e pacíficas (BOURSCHEID; FARIAS, 2014). FOCO NA BNCC Todas as ideias desenvolvidas nesta seção permeiam a BNCC. Logo no começo do documento fica estabelecido que a educação “deve afirmar valores e estimular ações que contribuem para a transformação da sociedade, tornando-a mais humana, socialmente justa e, também, voltada para a preservação da natureza” (BRASIL, 2017, p. 8). Desse modo, o documento coloca como um dos focos do processo educativo a sustentabilidade e a responsabilidade social e ambiental, contribuindo para a formação de cidadãos críticos que possam coexistir de maneira harmoniosa entre eles e com o resto das espécies que povoam nosso planeta. Tal perspectiva se reflete fortemente em duas das competências gerais da educação básica: “ 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. (BRASIL, 2017, p. 9) É importante ressaltar, ainda, que a BNCC estabelece que o desenvolvimento dessas competências deve iniciar-se na educação infantil, estimulando a curiosidade natural das crianças sobre o mundo físico e sociocultural e suas transformações; encorajando-os a explorar o ambiente pela observação, manipulação, experimentação e descoberta; promovendo situações de cuidado de animais e plantas dentro e fora da escola e ensinando-lhes a identificar e selecionar fontes de informação para responder a questões sobre a conservação da natureza. AS RELAÇÕES COM A NATUREZA, COM A CULTURA E COM A PRODUÇÃO CIENTÍFICA A educação é um instrumento de preservação e de transformação da nossa sociedade; ela possibilita às crianças se apropriarem criticamente do 0 conhecimento historicamente acumulado e objetiva o desenvolvimento da sua seõçatona reV autonomia para que sejam capazes de interpretar a complexidade do mundo natural, cultural e da produção científica (ANDRADE, 2009). Assim, já desde o início da vida escolar, é necessário que as crianças tomem contato com conhecimentos sobre o mundo ao seu redor, possibilitando “ Uma aproximação ao conhecimento das diversas formas de representação e explicação do mundo social e natural, para que as crianças possam estabelecer progressivamente a diferenciação que existe entre mitos, lendas, explicações provenientes do senso comum e conhecimentos científicos. (BRASIL, 1998, p. 167) A educação infantil tem, então, um papel de grande relevância no processo de introduzir as crianças na exploração e compreensão do mundo natural, da cultura na qual elas estão inseridas e nas produções científicas produzidas ao longo da história da humanidade, ajudando-as a distinguir entre esses diversos tipos de produções e a olhá-las com senso crítico. Tal perspectiva se fundamenta na compreensão da infância não como um estágio preparatório ou marginal, mas como uma fase nem mais ou menos importante que outras. A criança é, portanto, um ser social, que existe em plenitude no presente, que possui necessidades e que não simplesmente reproduz, mas é co- construtora do conhecimento, da sua identidade e da sua cultura. Na educação infantil, é necessário que as crianças se apropriem, gradualmente, das ideias de que as relações entre o homem, a natureza, a cultura e a produção científica são sociais e históricas. Tendo em vista essa perspectiva, será na educação infantil que a criança poderá conviver com o mundo natural e social, vivenciando outras relações de produção e de consumo que lhes permitam constituir-se em seres que saibam cuidar de si, dos outros e da Terra (TIRIBA, 2017, p. 83). REFLITA Neste espaço lhe proponho fazer um esforço para relembrar as suas experiências na educação infantil e aquelas que gostaria de desenvolver como professor desse nível em termos da introdução da criança na exploração e na compreensão do mundo natural e social: consegue lembrar alguma atividade, realizada durante seu tempo enquanto estudante na educação infantil, na qual teve contato com algum aspecto do mundo natural ou social? Qual terá sido o objetivo perseguido pelo professor? Qual foi o significado dessa atividade para você enquanto criança? Essas atividades poderiam ser significativas para uma criança hoje? Por quê? Que outras atividades você consegue imaginar? Relações entre o estudo da natureza e sociedade e o enfoque CTSA Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. 0 seõçatona reV PESQUISE MAIS Seguem algumas referências importantes para ajudá-lo a aprofundar seus conhecimentos sobre as temáticas discutidas nesta seção. A partir da 0 leitura, você poderá compreender melhor as relações entre sustentabilidade, mudanças climáticas globais, educação para o seõçatona reV desenvolvimento sustentável, educação ambiental e conhecimento científico. Bons estudos! A convergência da educação ambiental, sustentabilidade, ciência, tecnologia e sociedade (CTS) e ambiente (CTSA) no ensino de ciências (BOURSCHEID; FARIAS, 2014). As relações de criança, educação ambiental e natureza no discurso proposto da BNCC (FERREIRA; SANTOS, 2018). A educação para o desenvolvimento sustentável e a formação de educadores/professores (FREITAS, 2004) – Recomenda-se a leitura das páginas 547 a 555. Para uma imagem não deformada do trabalho científico (PÉREZ et al., 2001) – Recomenda-se a leitura das páginas 127 a 139. Mudanças climáticas globais: a resposta da educação (JACOBI et al., 2011) – Recomenda-se a leitura das páginas 135 a 146. As relações CTSA nos anos iniciais do ensino fundamental: analisando a produção acadêmica e os livros didáticos (MAESTRELLI; LORENZETTI, 2017) – Recomenda-se a leitura das páginas 5 a 17. Nesta seção estudamos as complexas relações entre o homem, a natureza e a sociedade. Nesse percurso, temos explorado as noções de mudanças ambientais globais, sustentabilidade, responsabilidade social e ambiental, contextualizando a importância da educação infantil na educação para o desenvolvimento sustentável. Com esse olhar integral e global, dos vínculos entre a criança, a cultura, a natureza e o conhecimento científico poderemos refletir, na próxima seção, sobre o papel das Ciências Naturais na educação infantil. FAÇA A VALER A PENA Questão 1 Leia com atenção a seguinte notícia publicada na revista Pesquisa Fapesp em abril 0 desse ano: seõçatona reV Fumaça no topo do mundo A atividade industrial desenvolvida a partir do século XVIII deixou registros em um dos pontos mais altos do mundo: a cordilheira dos Himalaias (acima), na Ásia. Testemunhos de gelo extraídos em 1997 da geleira Dasuopu, a 7.200 metros de altitude, guardam traços de como evoluiu a poluição do ar nos últimos 500 anos. A partir de mais ou menos 1780, quando se inicia na Europa o uso de máquinas de vapor alimentadas por carvão, houve um aumento importante na concentração de metais como cádmio, cromo nível e zinco aprisionados no gelo (PNAS, 25 de fevereiro). Esses metais são liberados na queima do carvão e devem ter sido transportados por quase 10 mil quilômetros até ali por correntes de ar. A elevação nos níveis de zinco também pode indicar a derrubada e queima de florestas. A partir do século XVIII, houve uma explosão populacional e necessidade de mais terra para a agricultura. “Tipicamente se obtinham áreas para plantar queimando florestas”, contou Paolo Gabrielli, da Universidade do estado de Ohio, nos Estados Unidos, um dos autores do estudo, ao jornal Ohio State News. a. As mudanças ambientais globais são causadas pelo aumento da população mundial.  Tente novamente... Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar novamente. b. As mudanças ambientais globais são causadas pela inter-relação entre o aumento da população, o uso de recursos naturais para satisfazer as necessidades da população e a poluição decorrente.  Correto! Hoje em dia as mudanças ambientais são de natureza global. Suas causas são complexas, mas sempre envolvem a complexa inter-relação entre o aumento da população, o uso de recursos naturais para satisfazer as necessidades da população e a poluição decorrente. Esses três são os principais elementos que 0 interatuam para criar a atual crise ambiental. seõçatona reV c. As mudanças ambientais globais são causadas exclusivamente pelo uso indevido dos recursos naturais.  Tente novamente... Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o 0 conteúdo para tentar novamente. seõçatona reV d. O conhecimento gerado pela humanidade ainda não é suficiente para compreender quais são as causas das mudanças ambientais globais.  Tente novamente... Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar novamente. e. As mudanças ambientais são, hoje, principalmente regionais. O fenômeno relatado na notícia é uma exceção curiosa. Questão 2 Paulo tem dois anos. É aluno de uma escola de educação infantil que fomenta o convívio das crianças com o mundo natural e social, tendo como um dos objetivos principais a educação para o desenvolvimento sustentável. Estando próximos do dia do professor, a mãe de Paulo lhe pergunta o que quer dar de presente para sua professora no dia 15 de outubro. A partir dessa interrogativa, produz-se o seguinte diálogo: “ Paulo: Uma minhoca! Mãe: Uma minhoca? Mas isso a professora não vai gostar. Paulo: Vai gostar sim! Mãe: Eu não iria gostar de ganhar uma minhoca. Por que você acha que a professora vai gostar de ganhar uma minhoca? Paulo: Porque a professora vai colocar na planta, a planta vai dar flores e ela vai ficar feliz! (BARROS, 2018, p. 49-50) O diálogo entre Paulo e sua mãe revela que: a. Paulo, como toda outra criança, é um ser social capaz de produzir conhecimento sobre seu mundo social e natural.  Correto! Na atualidade, a infância é compreendida como uma categoria social com sua própria importância, que não é nem mais nem menos importante do que os outros estágios da vida. Assim, a criança é um ser social que não simplesmente reproduz o que os adultos falam, mas que também é produtora de conhecimento, da sua identidade de da sua cultura. b. Paulo, como toda outra criança, está transitando a um estágio preparatório no qual reproduz o que aprende na escola.  Tente novamente... Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar novamente. c. Paulo, como toda outra criança, não tem desenvolvido ainda a estrutura cognitiva para compreender o mundo social e natural.  Tente novamente... Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar novamente. d. Paulo, como toda outra criança, não precisa refletir sobre o seu mundo social e natural na escola. 0  Tente novamente... seõçatona reV Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar novamente. e. Paulo, como toda outra criança, precisa brincar e desenvolver sua imaginação na escola. Questão 3 A indústria do calçado em Franca, no interior paulista, é uma das principais atividades econômicas que mantém a cidade em andamento. Devido ao tamanho e à localização das fábricas de calçado, muitos trabalhadores utilizam a bicicleta como forma de locomoção para chegar aos seus postos de trabalho diariamente. Desse modo, uma cena que se repete no dia a dia da cidade, perto das 7h, é um intenso movimento de trabalhadores montados nas suas bicicletas indo para o serviço. Henrique, professor de biologia de uma das escolas estaduais da cidade, propôs a seus alunos o desenvolvimento de projetos que apresentassem soluções criativas para problemas do cotidiano. Um grupo de alunos percebeu que muitos dos ciclistas da cidade não possuem equipamentos de segurança (capacete, retrovisores, buzinas, luzes, protetores, etc.). Para obter dados concretos, os estudantes entrevistaram 150 funcionários de uma fábrica de calçados e descobriram que 20% usam a bicicleta como meio de transporte, mas que nenhum deles costuma utilizar equipamentos de segurança. Além disso, ficaram sabendo que quase a metade deles já tinha ficado afastada do trabalho por causa de algum acidente ao usar a bicicleta (SCHMIDT, 2020). Avalie cada uma das seguintes ações que os alunos poderiam desenvolver e selecione aquela que está de acordo com as ideias da educação para o desenvolvimento sustentável: a. Construir protótipos de capacetes e proteções sustentáveis utilizando resíduos da indústria de calçado (pedaços de couro e plástico, couro, etc.).  Correto! A ideia fundamental da educação para o desenvolvimento sustentável envolve ajudar as crianças a desenvolverem atitudes positivas em relação ao ambiente, a terem respeito à vida em todas suas formas e a cuidarem diariamente do nosso planeta e das comunidades que nele habitam. Ao construir protótipos de capacetes e protetores reutilizando resíduos da indústria de calçado, os alunos estão desenvolvendo uma atitude positiva em relação ao meio ambiente da sua cidade (reduzindo a poluição produzida pela indústria) e contribuindo para o cuidado dos trabalhadores de suas comunidades. b. Solicitar à fábrica de calçado a compra de couro e plástico extras para poder fabricar capacetes e proteções para esses trabalhadores.  Tente novamente... Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar novamente. 0 c. Realizar reuniões com os donos das fábricas para solicitar a compra dos materiais de segurança para seõçatona reV esses trabalhadores.  Tente novamente... Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar novamente. d. Requisitar à prefeitura a compra e disponibilização dos materiais de segurança para esses moradores.  Tente novamente... Esta alternativa está incorreta, leia novamente a questão e reflita sobre o conteúdo para tentar novamente. e. Solicitar à loja de esportes da cidade descontos para a compra desses materiais para os trabalhadores da fábrica. REFERÊNCIAS ANDRADE, F. G. Ensino da natureza e sociedade: pedagogia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. BARROS, M. I. A. Desemparedamento da infância: a escola como lugar do encontro com a natureza. Rio de Janeiro: Alana, 2018. BOURSCHEID, J. L. W.; FARIAS, M. E. A convergência da educação ambiental, sustentabilidade, ciência, tecnologia e sociedade (CTS) e ambiente (CTSA) no ensino de ciências. Revista Thema, [S.l.], v. 11, n. 1, p. 24-36, 2014. Disponível em: https://bit.ly/3er47AX. Acesso em: 6 out. 2020. BRAGA, B; HESPANHOL, I; CONEJO, J. G. L; MIERZWA, J. C.; BARROS, M. T. L....; EIGER, S. Introdução à engenharia ambiental: o desafio do desenvolvimento sustentável. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. 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