Processos psicológicos sensoriais e perceptuais + Sensação PDF

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RadiantTrumpet6659

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Universidade São Francisco

Karina da Silva Oliveira

Tags

neurociência processos psicológicos fisiologia humana

Summary

Esta apresentação abrange conceitos e tópicos importantes da neurociência, como o sistema nervoso e a percepção visual. Ela explica o funcionamento de neurônios, sinapses, e potenciais de ação. Além disso, discute as teorias da percepção de cores e de profundidade.

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Processos psicológicos sensoriais e perceptuais + Sensação Profa. Dra. Karina da Silva Oliveira Conectar Texto disponibilizado no C@mpus Digital Semana 3 - Conectar “O que é comunicação científica?” Desenvolver Processos...

Processos psicológicos sensoriais e perceptuais + Sensação Profa. Dra. Karina da Silva Oliveira Conectar Texto disponibilizado no C@mpus Digital Semana 3 - Conectar “O que é comunicação científica?” Desenvolver Processos psicológicos sensoriais e perceptuais + Sensação O que essas pessoas estão fazendo? Sistema Nervoso A informação viaja imediatamente do olho ao cérebro, do cérebro aos músculos de seu braço e mão e de volta ao cérebro. Basicamente, seu sistema nervoso é uma rede complexa de comunicação na qual sinais estão sendo constantemente recebidos, integrados e transmitidos. Em analogia: o sistema nervoso trata a informação como o sistema circulatório trata o sangue. Tecido nervoso Seu sistema nervoso é um tecido vivo composto por células, como o resto do seu corpo. As células do sistema nervoso podem ser agrupadas em duas categorias principais: neurônios e glia. Neurônios são células individuais do sistema nervoso que recebem, integram e transmitem informação. Glia são células encontradas por todo o sistema nervoso que fornecem vários tipos de apoio para os neurônios. Neurônio Os neurônios são formados por: Corpo celular: contém o núcleo da célula e muito do maquinário químico comum a muitas células (também chamado de Soma – grego) Dendritos: são as partes de um neurônio especializadas em receber informação. Axônio: é uma fibra longa e fina que transmite sinais do corpo celular a outros neurônios, a músculos ou glândulas. Bainha de mielina: um material isolante derivado das células gliais que envolve alguns axônios. Botões sinápticos: pequenas protuberâncias que secretam substâncias químicas chamadas neurotransmissores. Glia A glia (literalmente, “cola”) tende a ser bem menor que os neurônios. O cérebro humano consiste em números aproximadamente iguais de neurônios e células gliais. As funções da glia são diversas: Nutrição neuronal Remoção de resíduos neuronais Promoção de isolamento dos axônios Existem evidências de que a glia esteja envolvida no envio e na recepção de informações, de modulação dessas informações. A deterioração do tecido glial está associado: Comprometimento cognitivo na esquizofrenia, em alguns quadros depressivos e no Alzheimer. O impulso nervoso Hodgkin e Huxley (1952) sabiam que o impulso nervoso é uma reação eletroquímica complexa. Tanto fora quanto dentro dos neurônios há fluidos que contêm átomos carregados de eletricidade e moléculas chamadas íons. Íons de sódio e potássio carregados positivamente e íons de cloreto carregados negativamente fluem para fora e para dentro através da membrana celular. Em repouso, a voltagem dos neurônios fica em torno de –70 milivolts. O potencial de repouso de um neurônio é sua carga negativa e estável quando a célula está inativa. Quando o axônio é estimulado, ocorre um breve salto na voltagem do neurônio (podendo alcançar +40 milivolts). Essa mudança em voltagem é chamada de potencial de ação. Potencial de ação Um potencial de ação é uma mudança muito breve na carga elétrica de um neurônio que viaja ao longo de um axônio. O período refratário absoluto é o espaço de tempo mínimo depois de um potencial de ação, durante o qual outro potencial de ação não pode começar. Esse “tempo de repouso” não é muito longo, tem apenas 1 ou 2 milissegundos. O impulso nervoso é uma proposição do tipo tudo ou nada. Mesmo se o potencial de ação for um evento do tipo tudo ou nada, os neurônios podem transmitir informação a respeito da força de um estímulo. Eles conseguem fazer isso ao variar a velocidade com que disparam potenciais de ação. Em geral, um estímulo mais forte fará que a célula dispare uma rajada mais rápida de impulsos nervosos do que um estímulo mais fraco. Por exemplo, um feixe de luz pode desencadear 5 potenciais de ação por segundo em uma célula visual, ao passo que luzes mais brilhantes podem desencadear 100 ou 200 impulsos por segundo. Sinapses Para que a comunicação do impulso nervoso tenha significado é preciso que ocorram as sinapses que são junções que dependem de mensageiros químicos. Os neurônios nunca se tocam e por esta razão temos as fendas sinápticas que são espaços microscópicos entre os botões sinápticos de um neurônio e a membrana celular de outro neurônio. Nessa situação, o neurônio que envia um sinal pela da fenda é chamado pré-sináptico, e o que recebe o sinal, pós-sináptico. Sinapses Sinapses A chegada de um potencial de ação aos botões sinápticos de um axônio libera neurotransmissores – substâncias químicas que transmitem informação de um neurônio para outro. Dentro dos botões sinápticos, a maioria dessas substâncias químicas é armazenada em pequenos sacos denominados vesículas sinápticas. Os neurotransmissores são liberados quando uma vesícula se funde com a membrana da célula pré-sináptica e seu conteúdo é derramado para dentro da fenda sináptica. Depois da sua liberação, os neurotransmissores disseminam-se, por meio da fenda sináptica, na membrana da célula receptora. Lá, eles podem se juntar a moléculas específicas na membrana celular pós- sináptica em vários pontos de recepção. Esses locais estão especificamente “sintonizados” para reconhecer e responder a alguns neurotransmissores, mas não a outros. Sinapses Potenciais pós-sinapticos Potencial pós-sináptico (PPS) é uma alteração de voltagem no ponto de recepção de uma membrana celular pós-sináptica. Potenciais pós-sinápticos não seguem a lei tudo ou nada como os potenciais de ação. Ao contrário, sinais pós-sinápticos são graduais, isto é, variam em tamanho e aumentam ou diminuem a probabilidade de um impulso nervoso na célula receptora proporcionalmente à sua dimensão. Dois tipos de mensagens podem ser enviados de célula a célula: estimulantes e inibidoras. Um PPS estimulante é uma mudança positiva de voltagem que aumenta a probabilidade de que o neurônio pós-sináptico desencadeie potenciais de ação. Um PPS inibidor é uma mudança negativa de voltagem que diminui a probabilidade de que o neurônio pós-sináptico desencadeie potenciais de ação. Quando o conteúdo de uma sinapse não é captado, poderá ser reabsorvido e pela fenda pré- sináptica e será reciclado. Integração das informações A maioria dos neurônios é interligada em redes complexas e densas. Um neurônio deve fazer muito mais do que apenas retransmitir as mensagens que recebe. Ele deve integrar os sinais estimulantes e inibidores que chegam às muitas sinapses antes de “decidir” se desencadeia um impulso neural. A maioria dos neurônios está interligada em cadeias, caminhos, redes e circuitos complexos. Nossas percepções, pensamentos e ações dependem de padrões de atividade neural em redes neurais elaboradas e amplamente distribuídas Em geral, o sistema nervoso forma mais sinapses que o necessário e depois elimina, aos poucos, aquelas menos ativas (poda neural). Por exemplo, o número de sinapses no córtex visual humano chega ao máximo por volta de 1 ano e depois diminui Integração de informações Neurotransmissores e o comportamento Os neurotransmissores são fundamentais para o nosso comportamento, desempenhando uma função importante em tudo, desde nossos movimentos musculares até nosso humor e saúde mental. Cada neurotransmissor tem seu captador correto para ser absorvido, o processo de fusão do neurotransmissor ao seu captador correto se chama processo chave-fechadua. Neurotransmissores e comportamento Neurotransmissor Comportamento Transtornos associados à desregulação Acetilcolina (ACh) É liberada por neurônios motores que Doença de Alzheimer controlam os músculos do esqueleto. Transtornos do sono Contribui para regular atenção, estimulação e memória. Alguns receptores de ACh são estimulados pela nicotina. Dopamina (DA) Envolvida na motivação, prazer, controle Doença de Parkinson motor e regulação do humor. Esquizofrenia Cocaína e anfetaminas elevam a atividade de Transtorno Depressivo Maior sinapses DA. (TDM) Os circuitos dopaminérgicos no feixe medial Dependência do prosencéfalo caracterizados como “caminho da recompensa”. Neurotransmissores e comportamento Neurotransmissor Comportamento Transtornos associados à desregulação Norepinefrina / Associada à resposta ao estresse, ela Transtornos de ansiedade Noradrenalina (NA) aumenta a vigilância e a concentração. Está Ttanstorno de estresse pós- envolvida em respostas de “luta e esquiva”. traumático (TEPT) Contribui para a modulação do humor e da Transtorno do déficit de estimulação atenção com hiperatividade Cocaína e anfetaminas elevam a atividade (TDAH) nas sinapses de NA Transtornos depressivos Serotonina Regula o humor, sono, apetite, Transtornos depressivos. agressividade e comportamento social. Transtornos de ansiedade. Antidepressivos, em sua maioria, atuam Transtorno obsessivo- nos circuitos da serotonina. compulsivo (TOC) Transtornos alimentares. Neurotransmissores e comportamento Neurotransmissor Comportamento Transtornos associados à desregulação GABA (Ácido Gama- Serve como um transmissor inibitório Transtornos de ansiedade Aminobutírico) amplamente distribuído, contribuindo com a Transtorno do pânico regulação da ansiedade e do Epilepsia sono/excitação. Transtornos de sono. Valium e fármacos antiansiolíticos semelhantes funcionam nas sinapses do GABA Endorfinas Atuam como analgésicos naturais, estão Transtornos depressivos associadas ao alívio da dor e à sensação de Fibromialgia euforia. O desequilíbrio nas endorfinas também pode estar associado a comportamentos aditivos e transtornos de uso de substâncias. Organização do Sistema Nervoso Funcionamento Sensação Sensação x Percepção Sensação é a estimulação dos órgãos do sentido. Os sentidos são: visão, audição, olfato, paladar e tato (tradicionalmente) Há debates sobre a existência de outros sentidos: Propriocepção: O senso de posição e movimento do corpo, permitindo que você saiba onde estão suas partes do corpo sem precisar olhar para elas. Equilíbrio: Também conhecido como sentido vestibular, é a capacidade de manter o equilíbrio e orientação espacial, mediado pelo ouvido interno. Termocepção: A percepção de calor e frio. Nocicepção: A percepção de dor, que pode ser desencadeada por estímulos térmicos, mecânicos ou químicos. Percepção é a seleção, organização e interpretação do impulso sensorial. Em todos os domínios sensoriais, o que as pessoas “sentem” e o que elas “percebem” pode ser bastante diferente. Sistema Visual O sistema visual humano é incrivelmente complexo, embora pareça muito simples. Para que o sistema visual seja estimulado é necessária a luz, o órgão estimulado é o olho. É nesta aparente simplicidade que o sistema torna-se complexo! Luz: o estímulo visual Luz é uma forma de radiação eletromagnética que viaja como uma onda, movendo-se, naturalmente, à velocidade da luz. Os olhos Os olhos: estruturas sensoriais A retina é o tecido neural que reveste a superfície interna do olho; ela absorve a luz, processa as imagens e envia a informação visual ao cérebro. A retina contém dois tipos de receptores: os cones e os bastonetes. Os cones são receptores visuais especializados que desempenham importante função na visão diurna e na visão em cores. A fóvea é um pequeno ponto no centro da retina que contém apenas cones; a acuidade visual é maior nesse ponto. Os bastonetes são receptores visuais especializados que desempenham uma função importante na visão noturna e na visão periférica. A visão e o cérebro A luz incide sobre o olho, mas enxergamos com o cérebro. Embora a retina faça grande parte do processamento para um órgão sensorial, o impulso visual não tem significado até que seja processado pelo cérebro. A visão e o cérebro A corrente ventral processa os detalhes de que objetos estão presentes (a percepção da forma e cor), enquanto a corrente dorsal processa onde os objetos estão (a percepção do movimento e profundidade) A visão das cores As luzes que as pessoas veem são misturas de diferentes comprimentos de ondas. As luzes misturam-se de forma aditiva (adicionam luz) ou subtra- tivamente (retiram luz). Existem diferentes teorias sobre a percepção das cores. Teorias sobre a percepção das cores A teoria tricromática diz que o olho humano tem três tipos de receptores com sensibilidades diferentes para variados comprimentos de onda de luz (azul, verde e vermelho). A teoria do processo oponente afirma que a percepção da cor depende dos receptores que dão respostas antagônicas a três pares de cores (amarelo, azul, verde e vermelho). A percepção de cor parece envolver estágios de processamento de informação. Os receptores que fazem o primeiro estágio do processamento (os cones) parecem seguir os princípios delineados na teoria tricromática. Em estágios posteriores de processamento, as células na retina e o cérebro parecem seguir os princípios delineados na teoria do processo oponente. Percepção visual Percepção é a seleção, organização e interpretação do impulso sensorial. O que você vê? O que você percebe? Figura reversível é uma imagem que é compatível com duas interpretações diferentes que podem se modificar. Percepção visual Não há correspondência um a um entre o impulso sensorial e o que se percebe. Essa é uma das principais razões pelas quais a experiência que as pessoas têm do mundo é subjetiva. Conjunto perceptivo – uma prontidão para perceber um estímulo de maneira particular. Percepção visual Hipótese perceptiva é uma inferência sobre qual forma poderia ser responsável por um padrão de estimulação sensorial. O contexto no qual alguma coisa aparece com frequência orienta nossa hipótese perceptual Percepção visual Análise de características é um processo de detecção de elementos específicos no impulso visual e a sua montagem para a obtenção de uma forma mais complexa. Processo ascendente (bottom- up), uma progressão que vai de elementos individuais para o todo. Processo descendente (top- down), uma progressão do todo para os elementos Princípios da Gestalt Percepção de profundidade e distância A percepção de profundidade envolve interpretação de pistas visuais que indicam se os objetos estão perto ou longe. Indícios binoculares de profundidade são pistas acerca da distância base O principal indício binocular de profundidade é a disparidade retiniana, que se refere ao fato de objetos de até 7,6 m projetarem imagens em locais levemente diferentes na retina direita ou esquerda, de modo que o olho direito e o esquerdo tenham visões levemente diferentes do objeto. adas nas visões diferenciadas dos dois olhos. Tecnologia 3D Percepção de profundidade e distância Indícios monoculares de profundidade são pistas acerca da distância baseadas na imagem de cada olho separadamente. Há dois tipos de de indícios monoculares de profundidade. O primeiro refere-se ao ajuste ativo do olho para o foco ao objetivo. O segundo chama-se indícios pictóricos de profundidade, que relacionam-se a pistas acerca da distância que podem ser dadas em uma figura plana. Ilusões de ótica Uma ilusão visual envolve uma, aparentemente, inexplicável discrepância entre a aparência de um estímulo visual e sua realidade física. Praticar Praticar Extrair as informações do artigo selecionado na semana anterior, a entrega será no C@mpus Digital Semana 3 – Praticar A extração das informações deverá conter uma síntese da introdução, do método (o que, como e com quem os pesquisadores investigaram o tema), dos resultados e da conclusão. O documento a ser entregue precisa apresentar: Nome completo de cada integrante do grupo Identificação da atividade Identificação da referência do artigo selecionado Informações extraídas pelo grupo. Referências Disponibilizadas no cronograma da disciplina.

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