Resumos 1º Teste PDF
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This document contains an overview of various important issues about child abuse and potential harm, it discusses these in the context of different theories in child development and the related psychological processes, it aims at analyzing multiple perspectives of child maltreatment from a methodological standpoint.
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**1. Desconstruir mitos** (é necessário desconstruir isto) **Mito da criança malvada:** a criança nasce má/problemática por isso deve ser transformada em boa, não tem sentido moral do que é certo ou errado. No entanto quando exibem comportamentos agressivos ou antissociais muitas vezes fazem-no com...
**1. Desconstruir mitos** (é necessário desconstruir isto) **Mito da criança malvada:** a criança nasce má/problemática por isso deve ser transformada em boa, não tem sentido moral do que é certo ou errado. No entanto quando exibem comportamentos agressivos ou antissociais muitas vezes fazem-no como resposta a experiências traumáticas, abusos ou ambientes disfuncionais, geralmente refletem sofrimento emocional e não uma maldade inata. **Mito da bondade dos pais e mães:** assume-se que os pais são sempre bondosos e amorosos com os filhos. Reconhecer que nem todos os pais agem com bondade é essencial para identificar e intervir em situações de maus-tratos, abusos e negligência. (Idealização da bondade parental) **Mito da violência vs miséria:** ideia de que a violência só ocorre em famílias de classe socioeconómica baixa. A violência pode ocorrer em qualquer classe social e contexto, este estereótipo pode impedir a identificação de casos de abuso em famílias de classe média/alta. **Mito da raridade de pais/mães maltratantes:** assume-se que é raro acontecer; crença acerca da total bondade dos pais gera dificuldade na denúncia (Subestimação da prevalência) \- Transgressão do poder/dever de proteção do adulto: quebra da responsabilidade dos adultos em cuidar e proteger as crianças; quando este poder é violado usa a sua posição de autoridade para oprimir ou ferir a criança (explora a sua vulnerabilidade) \- Síndrome do pequeno poder (Saffioti): uso abusivo do poder por parte de alguém que tem autoridade limitada, os pais têm direito a tomar decisões pequenas pelos filhos, mas ultrapassam o seu direito/poder e são excessivamente controladores por frustração ou desejo de controlo \- Coisificação da infância: os adultos ignoram o valor e dignidade da criança, tratando-a como propriedade ou instrumento para seus próprios fins \- Negociação do direito fundamental: violação dos direitos básicos das crianças (proteção, educação, saúde e integridade física e emocional) Freud, Piaget e Erikson foram pioneiros na abordagem de que a infância e tudo o que se passa nela afeta a vida do indivíduo (impacto significativo na vida adulta) **2. O que é o maltrato de crianças e adolescentes?** \- Problemática multidimensional e interativa (fatores sociais, psicológicos, emocionais) \- Espetro de diferentes tipos de comportamentos (agressão, abuso, negligência) \- Expressão dos problemas dos adultos que maltratam (reflexo dos problemas dos adultos) \- Perspetiva vitimologista positivista: tendência de culpabilizar a vítima, em vez de focar nas causas e comportamentos do agressor \- Quanto + grave e duradoura a situação, + negativos tendem a ser os seus efeitos (+ crónico, + dependente) \- Quanto + próxima a relação, + danos \- Dificuldade na sinalização (a criança tende a proteger o abusador, medo, vergonha) \- Relatividade cultural dos maus-tratos (o que é numa cultura, pode não ser noutra) **3. Crianças e jovens vítimas de crimes** [Fatores a ter em conta:] \- Idade \- Nível de desenvolvimento psicológico da vítima \- Tipo de vitimação \- Relação de parentesco da criança com o agressor \> Deve-se ter em conta o superior interesse da criança \> Todas as medidas devem ser desenvolvidas com vista a garantir a segurança da criança e a reabilitar os seus direitos fundamentais **3.1. Todas as crianças têm o direito a:** \- Viver em segurança \- Um desenvolvimento físico, psicológico e social pleno e integrado \- Ver assegurados os seus direitos pelo Estado \- Viver numa família que as respeite e que lhes preste todos os cuidados indispensáveis ao seu desenvolvimento **3.2. Sottomayor -- O que nos diz o Direito** Processos crimes \--\> punir o agressor Processos tutelares cíveis \--\> proteger a criança do progenitor que violou os seus direitos "Dano de confiança" (West): crimes praticados em ambiente familiar ou por pessoas encarregadas de prestar cuidados -- definido pelo acórdão (decisão tomada pelo tribunal) [Crime de violência doméstica -- art.152.º CP ] "Quem, de modo reiterado ou não, infligir maus-tratos físicos ou psíquicos, incluindo castigos corporais, privações da liberdade e ofensas sexuais" Abrange como vítima, pessoa particularmente indefesa, em razão da idade, que coabite com o agente [Crime de maus-tratos -- art. 152.º A CP ] "Quem, tendo ao seu cuidado, à sua guarda, sob a responsabilidade da sua direção ou educação ou a trabalhar ao seu serviço, pessoa menor ou particularmente indefesa, em razão de idade, deficiência, doença ou gravidez, e: a\) Lhe infligir, de modo reiterado ou não, maus tratos físicos ou psíquicos, incluindo castigos corporais, privações da liberdade e ofensas sexuais, ou a tratar cruelmente; b\) A empregar em atividades perigosas, desumanas ou proibidas; ou c)A sobrecarregar com trabalhos excessivos; Abrange como vítimas não só as crianças que sejam filhas do agente do crime, mas que com ele coabitem, como aquelas confiadas ao seu cuidado por decisão judicial e aquelas confiadas para educação (professores, educadores, funcionários, patrão) Conduta isolada: ato que ocorre uma única vez sem repetição (pai deu com o cinto no olho do filho sem querer) -\> se for uma conduta isolada, mas com gravidade notória, é crime Conduta reiterada: repetição de atos Jurisprudência: orientação sobre qual tipo de decisão deve ser tomada num caso ou sobre como uma lei deve ser interpretada **3.3. Direitos fundamentais das crianças** \- Direito ao livre desenvolvimento da personalidade \- Direito à integridade pessoal, física, psíquica e mental \- Direito à saúde, liberdade e autodeterminação, bem como segurança e dignidade humana Crime público -- qualquer pessoa pode fazer a denúncia \- A história de vitimação infantil acontece há séculos (escravatura, exploração) \- Roda dos expostos: crianças eram abandonadas em igrejas (filhos ilegítimos) \- Em 1860, Tardieu usou pela 1ª vez o termo "criança espancada" \- Só depois de um estudo de Henry Kempe (criança batida) é que se reconhece a existência do fenómeno dos maus-tratos **Síndrome da criança batida** \- Conjunto de sintomas que se manifestavam em crianças de baixa idade, lesões graves por todo o corpo \- As explicações fornecidas pelos pais eram discordantes quando comparadas com evidências \- Diagnóstico baseado em aspetos clínicos e radiológicos **Fatores que contribuíram para a criminalização e reconhecimento público dos maus-tratos infantis:** \- Evolução da ciência (necessidades básicas das crianças e processo desenvolvimental) \- Papel ativo do Estado e da sociedade civil no combate à violência **Enquadramento** Maltrato infantil: conjunto de comportamentos que implicam dano na criança (abuso) ou omissão (negligência), não acidental, na satisfação das suas necessidades e direitos; desta forma, o desenvolvimento físico, psicológico e social da criança pode estar em causa. \- Os maus-tratos exercidos contra as crianças pressupõem quaisquer atos deliberados, por omissão ou negligência, que atentam contra a dignidade física, psicológica ou emocional das crianças \- Podem ser exercidos por pessoas, instituições ou sociedades e privam as crianças dos seus direitos básicos \- Os maus-tratos são geralmente recorrentes e progressivos, configurando situações crónicas e cada vez mais graves **4. Experiências Adversas na Infância (EAI / ACE)** \- Eventos traumáticos ou passíveis de causar stress durante os primeiros 18 anos de vida \- Exposição a um conjunto de circunstâncias desfavoráveis para o normal desenvolvimento humano, nomeadamente experiências individuais (físicas, emocionais, sexuais) e experiências familiares disfuncionais \- Experiências adversas na infância, maus-tratos e stress tóxico, muitas vezes, usados como sinónimos **4.1. Tipologias** [Dois tipos de maus-tratos:] \- Extrafamiliar (por pessoas estranhas) \- Intrafamiliar (por familiares) [Duas dimensões:] Abusiva: implica interação entre a criança / adolescente e cuidador (abuso físico, sexual ou maltrato psicológico) Negligente: ausência de relação, por omissão ou rejeição de vínculo com a criança; privação ou indisponibilidade (negligência física ou emocional) \> Vitimação direta -\> sofrer consequências diretas (bater) \> Vitimação indireta -\> não precisa ser diretamente envolvido na violência (pai bate na mãe e a criança vê) Muito importante para a intervenção, porque às vezes o foco está na vítima e esquecemo-nos de outros elementos que possam ser vítimas (mãe é agredida, mas os filhos também são vítimas) **Maus-tratos físicos** \- Violência física com ou sem recurso a objetos \- Violência não casual traduzida pela prática continuada de atos atentatórios da integridade física da criança Escoriações e hematomas, cicatrizes, mordeduras, queimaduras, lesões orais, lesões abdominais, torácicas, esqueléticas e fraturas \- Discursos culturais que legitimam o recurso à punição física como medida disciplinar \- Violência como forma de reestabelecer o poder do adulto sobre a criança/adolescente **5. Síndrome de Munchausen por procuração** (Roy Meadow, 1977) \- Perturbação factícia imposta no outro (o adulto provoca na criança) \- Forma específica de maltrato físico \- Padrão persistente e continuado de ações de simulação que consiste em induzir ou exagerar sintomas de doença nas crianças \- Resulta numa forma de abuso infantil relativamente rara, que acarreta importantes consequências a curto, médio e longo prazo nas vítimas, geralmente crianças \- Atribuição à criança, por parte do cuidador, de sinais e sintomas, com intuito de convencer os profissionais de saúde da existência de uma doença O diagnóstico é complexo e difícil, mas os sinais de alerta poderão auxiliar os clínicos: \- História clínica da criança parecer inconsistente \- Sintomatologia iniciar-se na presença do cuidador \- Os sintomas não se correlacionarem com os achados médicos ou parecerem atípicos \- Os irmãos da vítima apresentarem quadros semelhantes \- Ausência de resposta ao tratamento e insatisfação do cuidador perante o tratamento médico proposto \- Procura de vários médicos/hospitais \- Ausência de uma expressão de alívio perante uma evolução favorável do quadro clínico **6. Síndrome da Criança abanada** \- Constitui a causa mais comum de mortalidade infantil por abuso físico, nomeadamente por sequelas neurológicas graves \- Maioria das crianças tem menos de 9 meses \- Caracterizada por repetidos movimentos de aceleração/desaceleração da cabeça \- Contextos em que a criança, por choro inconsolável e prolongado, é agarrada pelo cuidador ao nível do tronco ou dos membros superiores e abanada vigorosamente, embatendo ou não numa superfície de impacto **7. Maus-tratos psicológicos e negligência** \- Está presente noutras formas de maltrato \- Difícil de detetar \- Barudy afirma que o dano causado é proporcional à sua invisibilidade [Hart, Brassard & Davidson] 1\. Repudiar, rejeitar, hostilizar, humilhar, criticar, ridicularizar 2\. Aterrorizar, ameaçar, colocar em situações perigosas ou não supervisionar, ameaçar outros importantes 3\. Isolar com restrições de atividades ou relações 4\. Explorar/corromper 5\. Negar a resposta a necessidades emocionais 6\. Negar/ignorar necessidades de cuidados de saúde mental, física ou de educação [Paúl e Arruabarrena distinguem:] \- Maus tratos emocionais: hostilidade verbal crónica em forma de insulto, humilhação, crítica ou ameaça de abandono, e/ou bloqueio das iniciativas de interações infantis por parte de um adulto \- Abandono emocional \- Ausência de atenção positiva dos pais \- Falta de resposta persistente por parte dos cuidadores aos sinais, expressões emocionais e comportamentos de procura de proximidade e interação da criança \- O cuidador mostra desapego, falta de implicação e interação com a criança \- Só mostra apego quando é absolutamente imprescindível não demonstrando alegria ou satisfação quando se relaciona com ela \- Ignora ou responde de modo mecânico às tentativas de interação da criança \> Negligência -\> falha em assegurar necessidades básicas (relação interpessoal, integração social, saúde (alimentação, sono, cuidados médicos, cuidados de higiene), educação, supervisão e afeto); negligência de forma lenta e persistente até que a pessoa tenha pouca vontade de se conectar com os outros e explorar o mundo **8. "Failure to thrive"** \- Forma específica de negligência física \- Incapacidade da criança atingir os ganhos de estatura e peso expectáveis para a sua faixa Critérios: a\) Baixo peso para a idade b\) Ausência de causa orgânica que justifique o baixo peso Provocada por: 1\. Descuido dos cuidadores nas necessidades alimentares básicas 2\. Relacionamento problemático da criança/jovem com a alimentação e incapacidade de os cuidadores responderem eficazmente **9. Exposição à violência interparental** [Vitimação "indireta"] \- Testemunho por parte da criança ou jovem da violência e/ou conflito interparental \- Risco aumentado de vitimação direta por parte do cônjuge agressor \- Impacto equiparado ao provocado pela experiência direta de maltrato \- "Exposição": sentido amplo, incluindo a exposição visual, auditiva, olfativa e física a atos reais de violência, mas também exposição ao **contexto relacional** em que a violência ocorre e as consequências da violência [Situação de crime de maus-tratos ] Artigo 152.º - Violência doméstica \- Quem, de modo reiterado ou não, infligir maus tratos físicos ou psíquicos, incluindo castigos corporais, privações da liberdade e ofensas sexuais (...) é punido com pena de prisão de um a cinco anos, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal. No caso previsto no número anterior, se o agente praticar o facto contra menor, na presença de menor, no domicílio comum ou no domicílio da vítima é punido com pena de prisão de dois a cinco anos [Configura um tipo de maltrato psicológico] \- Obriga a criança a viver em ambientes perigosos \- Expõe a criança a modelos de papéis negativos e confusos (filmes com bolinha vermelha) \- Testemunhar uma situação de violência é o suficiente para desencadear sintomatologia desadaptativa; há um impacto elevado na criança devido à familiaridade e relacionamento entre perpetrador e vítima e a importância do contexto para o seu desenvolvimento \- Assistir, ouvir ou ter conhecimento de atos de violência praticados contra a mãe ou pai constitui uma ameaça ao sentimento de estabilidade e segurança da criança [Seis áreas de interseção:] 1\. VC (violência conjugal) e MT (mau-trato) partilham vários fatores de risco, o que aumenta a probabilidade de abuso físico 2\. Legitimação social e desencorajamento do pedido de ajuda: tendência social de normalizar a violência 3\. VC e MT geralmente coexistem na mesma casa, intensificando os impactos sobre a criança 4\. Os dois podem gerar efeitos intergeracionais ("é assim que as mulheres da nossa família vivem") 5\. Provocam consequências psicológicas e emocionais que se podem agravar ao longo da vida, especialmente se não forem abordadas (crenças, forma como eu me vejo) 6\. Muitas vezes coincidem com a adolescência, aumentando a vulnerabilidade a outros tipos de violência \- Esta combinação na infância não apenas agrava o impacto imediato sobre a criança, como também aumenta a probabilidade de ela viver relações abusivas na vida adulta \- Vítimas de maus-tratos pelos pais são também testemunhas de violência conjugal [Dinâmicas:] \- Pode acontecer a criança não estar a observar diretamente o abuso, mas estar num canto a ouvir, no seu quarto a tentar dormir, ver somente no dia seguinte as marcas da violência ou experienciar um ambiente estranho no relacionamento com os pais \- Formas adicionais de a criança experienciar a violência doméstica entre adultos: pelo bater ou ameaçar a mãe, fazer a criança de refém para forçar a mãe a voltar para casa, usar a criança como arma física contra a vítima, usar a criança como espia ou interrogando-a acerca das atividades do outro \- O desprezo e desvalorização repetida da criança acontecem muitas vezes quando a própria é o tópico da discussão conjugal \- O ofensor tende a isolar a criança e a família dos contactos com o exterior, de modo a ter maior controlo e conter o segredo familiar dentro da família \- A criança aprende que a agressão é uma forma de satisfazer as necessidades e de obter controlo, por vezes, por exposição ao abuso de álcool e drogas \- Pode ser pedido à criança para que assista à vitimação da mãe como lição e aviso sobre o que pode acontecer com ela se esta não se portar bem [Vitimação múltipla] \- Frequente coexistência de múltiplas formas de vitimação (violência parental e conjugal, maus-tratos + negligência + abuso sexual) \- Fatores de risco partilhados \- Famílias multiviolentas, tenderão a: \- Impacto a longo prazo mais grave, maior disfunção familiar -- violência como padrão estável, ausência de modelos de relacionamento positivos Finkelhor desenvolveu o conceito de vitimologia desenvolvimental, que foca na análise de vitimação desde a infância até à vida adulta, examina como as experiências de vitimação infantil influenciam o desenvolvimento ao longo da vida ajudando a compreender as consequências e a pensar em intervenções adequadas [Fatores de risco ] \- Fenómeno multidimensional: combinação entre fatores individuais, relacionais, comunitários e societais que contribuem para o aumento do risco de maus tratos infantis \- Vitimação (individuais) \> Crianças menores de 4 anos (dependentes, dificuldade em se defender e comunicar) \> Crianças com incapacidade mental / deficiência desenvolvimental / física \- Perpetração (ofender, agredir) (individuais) \> Não compreensão das necessidades e do desenvolvimento das crianças e fracas competências parentais \> História de maus-tratos infantis na família de origem (pais que sofreram + probabilidade de exercer) \> Abuso de substâncias e/ou problemas de saúde mental (depressão) \> Pais jovens, baixo nível educacional, monoparentalidade, elevado número de crianças dependentes, baixo rendimento \> Pais não biológicos, cuidadores "temporários" \> Crenças e atitudes legitimadoras de comportamentos abusivos (atitudes culturais que aceitam) \- Perpetração (familiares) \> Isolamento social \> Desorganização ou dissolução familiar, violência \> Stress parental, relações e interações negativas e pobres \- Perpetração (comunitários) \> Violência comunitária \> Concentração de desvantagens ao nível comunitário (pobreza, instabilidade residencial, alta taxa de desemprego, alta taxa de consumo de álcool) \> Relações comunitárias deficitárias [Fatores protetores ] \- Apoio familiar alargado \- Competências parentais adequadas \- Relações familiares estáveis \- Regras familiares adequadas \- Emprego dos pais \- Acesso a cuidados de saúde e serviços de apoio social \- Modelos positivos de parentalidade \- Apoio comunitário à parentalidade