Resumo TH 3 Inconsciência PDF

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Summary

This document provides a summary of the nerve examination, focusing on the olfactory(I), optic(II), and oculomotor(III), trochlear(IV), and abducens (VI) nerves. It explains the procedures for evaluating these nerves, including practical steps, abnormalities, and potential causes for variations.

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José Eduardo Palacio – O EXAME DOS NERVOS CRANIANOS – PARTE 1 - Bloco Inconsciência – TH3 Obs.: Esse resumo foi feito baseado nas aulas do professor Ricardo Maciel. NERVO OLFATÓRIO (I) Responsável pelo olfato. Lembrar que o olfato...

José Eduardo Palacio – O EXAME DOS NERVOS CRANIANOS – PARTE 1 - Bloco Inconsciência – TH3 Obs.: Esse resumo foi feito baseado nas aulas do professor Ricardo Maciel. NERVO OLFATÓRIO (I) Responsável pelo olfato. Lembrar que o olfato também tem muita relação com o paladar. Objetivo: verificar se o paciente é capaz de identificar um cheiro ou não. NA PRÁTICA:  Certifique-se de que não há obstrução nasal;  Pede-se ao paciente para fechar os olhos (após orientação sobre o procedimento);  Oclui-se uma das narinas (examina-se cada narina separadamente);  Oferece-se substância aromática para que o paciente inspire. Geralmente é usada pequena quantidade de pó de café; tabaco; canela. Evitar substâncias irritativas, como: amônia, álcool, éter.  Perguntar ao paciente se sente algum cheiro e após: se consegue identificar a substância.  Fazer o mesmo com a outra narina. ANORMALIDADES: Hiposmia: diminuição do olfato; Anosmia: ausência do olfato; Parosmia: distorção do olfato; Cacosmia: odores indevidamente desagradáveis (pode ter causa não neurológica, como sinusite fúngica/ou causa neurológica, como tumores na região do córtex olfatório); Agnosia olfativa: incapacidade de identificar ou interpretar odores detectados. PRINCIPAIS CAUSAS:  Infecções do trato respiratório superior;  Doenças nasais e dos seios Paranasais;  Traumatismo cranioencefálico (neurológica rompimento dos filamentos do nervo olfatório); José Eduardo Palacio – O EXAME DOS NERVOS CRANIANOS – PARTE 1 - Bloco Inconsciência – TH3  Doenças degenerativas, como a doença de Parkinson (neurológica causa degeneração dos neurônios do bulbo olfatório). NERVO ÓPTICO (II) ACUIDADE VISUAL  Responsável pela visão (NERVO ÓPTICO);  São usados gráficos que permitem a mensuração da acuidade visual: Snellen. NA PRÁTICA (snellen):  Pede-se ao paciente para sentar a 6 metros de distância;  Pede para o paciente tampar um dos olhos e dizer qual letra está sendo apontada;  O normal é o paciente enxergar as letras da linha 20/20 (a 6 metros de distância). Exemplo: caso você veja somente a linha 100, significa que sua visão é 20/100 (ou seja, você precisa ficar a 20 pés para enxergar uma linha que alguém normal enxergaria a 100 pés de distância). PRINCIPAIS CAUSAS DE ALTERAÇÃO: oftalmológicas (problemas de refração). TESTE DE DISCRIMINAÇÃO DE CORES Ishihara (este verifica a discriminação de cores feita pelos cones, que estão localizados em maior quantidade na fóvea); PRINCIPAL CAUSA DE ALTERAÇÃO: -Daltonismo Obs: Quando se faz o Snellen e o Ishihara está testando uma parte específica da retina (mácula, onde tem maior concentração de cones e também a fóvea, que é a região central da mácula, onde só existem cones). José Eduardo Palacio – O EXAME DOS NERVOS CRANIANOS – PARTE 1 - Bloco Inconsciência – TH3 CAMPIMETRIA POR CONFONTRAÇÃO  O examinador compara o seu campo visual com o do paciente;  Neste teste verifica-se a visão periférica do paciente (analisando os bastonetes movimento; claro e escuro) NA PRÁTICA:  O examinador coloca-se à frente do paciente, aproximadamente 1 metro de distância;  É feita a oclusão de um dos olhos do paciente e do olho correspondente do examinador (por exemplo, o olho direito do paciente e o olho esquerdo do examinador);  O examinador posiciona seu braço à meia distância entre ele e o paciente e faz movimentos discretos dos dedos na periferia de seu campo visual, que devem ser detectados pelo paciente;  O paciente deve olhar fixamente para os olhos do examinador e não pode perseguir o dedo com o olhar;  O dedo é sempre o primeiro a aparecer;  Perguntar se o paciente está enxergando o dedo e depois pedir para informar se o dedo está se movimentando ou parado.  Testar os 4 quadrantes do campo visual de cada olho (nasal superior e inferior; temporal superior e inferior). Obs: o examinador saberá das alterações ou da anormalidade ao comparar o seu campo visual com o do paciente. - Fazer o exame dos dois olhos. José Eduardo Palacio – O EXAME DOS NERVOS CRANIANOS – PARTE 1 - Bloco Inconsciência – TH3 REFLEXO FOTOMOTOR Obs: Exame das pupilas  Observar a forma, tamanho e igualdade das pupilas em condições normais de iluminação.  Anisocoria = pupilas de tamanho desigual. Obs: de até 1mm é normal.  Este exame analisa tanto o NERVO ÓPTICO (II) quanto o NERVO OCULOMOTOR (III), pois este arco reflexo tem: - Aferência através do nervo óptico e; - Eferência através do nervo oculomotor. NA PRÁTICA: REFLEXO FOTOMOTOR DIRETO: iluminação de uma pupila, observa-se a contração (miose) da mesma; REFLEXO FOTOMOTOR CONSENSUAL: iluminação de uma pupila, observa-se a contração (miose) da pupila contralateral;  Apagar a luz para a pupila dilatar e as respostas ficarem mais evidentes;  Pedir para o paciente olhar para o horizonte;  Colocar a luz da lanterna de modo que o paciente não foque na lanterna (luz vindo de baixo pra cima é um jeito, pois o paciente não irá visualizar a lanterna). Isto evita que se confunda com o reflexo de acomodação, que consiste na contração das pupilas quando focalizamos um objeto (este não é o objetivo do reflexo fotomotor).  O examinador não pode ficar de frente para o paciente;  Alternar de um olho para o outro rapidamente para verificar se as pupilas estão contraídas ou não (as duas pupilas estarão praticamente sempre contraídas). Isto é feito pois está escuro e fica difícil ver o consensual. Tronco encefálico (núcleo responsável pelo reflexo) José Eduardo Palacio – O EXAME DOS NERVOS CRANIANOS – PARTE 1 - Bloco Inconsciência – TH3 LESÃO: 1) Ao iluminar uma pupila, se não contrair nem o direto, nem o consensual, ocorreu lesão do nervo óptico (do lado de onde iluminou). 2) Ao iluminar uma pupila, se não contrair o direto, e contrair o consensual, ocorreu lesão do nervo oculomotor do lado de onde iluminou. Ex: iluminou o olho direito (direto) e ocorreu contração apenas da pupila esquerda (consensual), então lesionou o nervo oculomotor do lado direito. 3) Ao iluminar uma pupila, se contrair o direto e não contrair o consensual, ocorreu lesão do nervo oculomotor do lado contralateral de onde ocorreu a iluminação. Ex: iluminou o olho direito (direto) e ocorreu contração apenas da pupila direita (direto), então lesionou o nervo oculomotor do lado esquerdo. REFLEXO DE ACOMODAÇÃO É evocado quando deslocamos o olhar para focalizar um objeto próximo; Três componentes: Espessamento do cristalino (acomodação) Convergência dos olhos Miose A via do reflexo de acomodação no SNC é diferente do reflexo fotomotor - Pode haver dissociação das respostas, por exemplo, manutenção da miose durante o reflexo de acomodação com perda da miose no reflexo fotomotor. Ex.: pupila de Argyll-Robertson (achado clássico de neurossífilis). pupila de Argyll-Robertson é, portanto, patognomônica de neurossífilis. José Eduardo Palacio – O EXAME DOS NERVOS CRANIANOS – PARTE 1 - Bloco Inconsciência – TH3 NERVO OCULOMOTOR (III), TROCLEAR (IV) E ABDUCENTE (VI) MOTRICIDADE OCULAR  Testa-se o movimento ocular de perseguição;  Solicita-se ao paciente para que fixe o olhar na ponta do dedo do examinador e acompanhe seus movimentos sem mexer a cabeça;  Testar todas as direções do olhar (horizontal, vertical e diagonal) de cada olho do paciente.  É importante dar uma distância do paciente (não ficar muito próximo),  Observar se há, em repouso: - Estrabismo convergente (lesão do abducente) ou divergente (lesão do oculomotor); - Ptose ou Semiptose palpebral (lesão do oculomotor). FUNÇÕES DO NERVOS:  Oculomotor: músculo elevador da pálpebra superior, reto superior, reto inferior, reto medial e oblíquo inferior. Além disso possui fibras parassimpáticas responsáveis pela contração da pupila (miose);  Troclear: músculo oblíquo superior  Abducente: músculo reto lateral REFLEXO FOTOMOTOR: Vide tópico anterior. José Eduardo Palacio – O EXAME DOS NERVOS CRANIANOS – PARTE 1 - Bloco Inconsciência – TH3 EXEMPLOS DE LESÕES: 1) LESÃO DO NERVO OCULOMOTOR: - Ptose palpebral Quando abrir estará: Olho desviado “para fora” e para baixo Movimentos afetados: adução e olhar para cima Pupila dilatada (midríase) - Semi-ptose palpebral José Eduardo Palacio – O EXAME DOS NERVOS CRANIANOS – PARTE 1 - Bloco Inconsciência – TH3 Existem outras causas de ptose ou semi-ptose: o músculo elevador da pálpebra superior é inervado não só pelo oculomotor, mas também é inervado por fibras simpáticas. Ou seja, quando a pálpebra estiver caída temos duas possibilidades: 1) Oculomotor está lesado ou 2)Fibras simpáticas foram lesadas Então como diferenciar? - Olhar para pupila.  Se a pupila estiver dilatada (midríase) será lesão do oculomotor. Se a pupila estiver contraída (miose) será lesão das fibras simpáticas (síndrome de Horner). Obs: Simpático é responsável pela midríase (dilatação das pupilas), portanto nesta síndrome a pupila estará miótica. 2) LESÃO DO NERVO ABDUCENTE  Pode haver estrabismo convergente (o olho estará desviado para dentro, mesmo na posição primária);  Olho afetado não abduz (olha para os lados). José Eduardo Palacio – O EXAME DOS NERVOS CRANIANOS – PARTE 1 - Bloco Inconsciência – TH3 3) LESÃO DO NERVO TROCLEAR  Dificuldade de olhar em direção ao nariz;  Desalinhamento vertical dos olhos;  Ao ser orientada a olhar para o nariz, neste caso o olho esquerdo não olhou. Pois ocorreu lesão do nervo troclear do lado esquerdo (responsável pelo músculo oblíquo superior) José Eduardo Palacio – O EXAME DOS NERVOS CRANIANOS – PARTE 1 - Bloco Inconsciência – TH3 NERVO TRIGÊMIO SENSIBILIDADE FACIAL  Usa-se um pedaço de algodão para estimular as regiões dos ramos: oftálmico, maxilar e mandibular do trigêmeo, bilateralmente;  São comparadas as sensibilidades de lados diferentes de ramos diferentes;  Paciente de olho fechado, encosta-se o algodão na testa (dos dois lados) e pergunta se sentiu a cada toque e se foi igual. Depois nas bochechas e depois no queixo. Sempre dos dois lados. REFLEXO CORNEANO (Córneo-palpebral)  AFERÊNCIA pelo NERVO TRIGÊMEO (ramo oftálmico);  EFERÊNCIA pelo NERVO FACIAL (contrai a pálpebra);  Com pequeno filamento de algodão toca-se a córnea do paciente enquanto este está olhando para o lado oposto do examinador;  O paciente não pode ver o estímulo, pois existe outro reflexo que é Visuo-palpebral (não estamos testando esse reflexo);  A resposta normal é o piscar de ambos os olhos. José Eduardo Palacio – O EXAME DOS NERVOS CRANIANOS – PARTE 1 - Bloco Inconsciência – TH3 REFLEXO MENTONIANO  AFERÊNCIA e EFERÊNCIA pelo NERVO TRIGÊMIO;  Este reflexo é feito no músculo da mastigação Masseter (músculo mais forte da mastigação).  Pede-se ao paciente que permaneça com a boca semi-aberta. O examinador apoia o indicador sobre o queixo do paciente e percute seu próprio dedo com o martelo;  Considera-se normal a ausência de resposta ou o discreto fechamento da boca após a percussão; Respostas intensas com movimento brusco e amplo da boca (hiperreflexia) são patológicas e sugerem lesão do NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR (lesão do córtex motor que controla a face ou do trato córtico-nuclear).

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