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PSORÍASE ANA LUISA TORRES Aspectos gerais Dermatose crônica ----> não tem cura! Acomete igualmente homens e mulheres. Frequente na prática clínica 🡪 1% da população brasileira. Surgimento na terceira e quarta década de vida. 🡪 antes dos 15 anos : geralmente componente familiar....

PSORÍASE ANA LUISA TORRES Aspectos gerais Dermatose crônica ----> não tem cura! Acomete igualmente homens e mulheres. Frequente na prática clínica 🡪 1% da população brasileira. Surgimento na terceira e quarta década de vida. 🡪 antes dos 15 anos : geralmente componente familiar. Menos frequente em negros. Aspectos gerais Doença inflamatória crônica Polimorfismo na Pele, unhas e expressão clínica articulações Componente Imunomediada genético Patogenia Doença geneticamente determinada. Herança multifatorial. Principal gene implicado 🡪 PSORS I 🡪 localizado no cromossomo 6p21. Participação de linfócitos T ativados. Patogenia Aceleração do ciclo germinativo epidérmico com aumento das células em proliferação e encurtamento do tempo de renovação celular. Pele normal Psoríase Produz 1260 Produz 35000 céls/dia/cm2 células/dia/cm2 Duração do cliclo Duração do ciclo celular : 311 horas celular: 36 horas Fatores Desencadeantes Infecções 🡪 estreptococo beta hemolítico (psoriase em gotas); HIV (exacerbação). Drogas 🡪 litio, beta bloqueadores, antimalaricos, AINES. Corticoterapia sistêmica. Estresse emocional Trauma cutâneo 🡪 fenômeno isomórfico de Koebner. Outros fatores: tabagismo, álcool, fatores endócrinos. Fenômeno de Koebner Um trauma em região de pele sã desencadeia, nesta, o surgimento de lesões do mesmo tipo das encontradas em outro local do corpo, nos portadores de doenças como psoríase, vitiligo e líquen plano. Manifestações clínicas Psoríase em placas ou vulgar Psoríase ungueal Psoríase em gotas Psoríase eritrodérmica Psoríase pustulosa Psoríase artropática Psoríase em placas Forma mais comum (90%). Placas eritemato descamativas bem delimitadas, de tamanhos variados. Geralmente na área de extensão dos membros, joelhos, cotovelos, couro cabeludo e região sacra. Distribuição simétrica. Pode ter acometimento de semimucosas. Acometimento ungueal. Principais localizações das lesões de Psoríase Psoríase em placas Acometimento ungueal: acontece em até 80% dos pacientes com psoríase vulgar. Está relacionada com a gravidade do quadro cutâneo. A infecção secundária, fúngica ou bacteriana, também pode estar presente por oportunismo, ou mesmo ser desencadeadoras da doença. Acometimento ungueal Unhas em dedal ou Manchas de óleo, onicólise e pitting ungueal hiperqueratose subungueal Há uma forte associação entre psoríase ungueal e artrite psoriática, que não só acompanha, mas precede a psoríase artropática da falange distal. Em 2006, foram descritos novos critérios para classificação de artrite como sendo Artrite Psoriática (Classification of Psoriatic Arthritis - CASPAR), com sensibilidade de 91,4% e especificidade de 98,7%. A distrofia ungueal é fator significante para predizer o desenvolvimento de Psoríase Artropática. Psoríase em placas Curetagem metódica de Brocq 🡪 consiste no raspado das lesões com cureta. Sinal de Auspitz ou orvalho sangrante: Sinal da vela : quando, após a retirada das escamas, destacam-se escamas encontra-se superfície vermelho semelhantes às brilhante recoberto por uma fina membrana que se solta facilmente e encontradas na abaixo dela há presença de pontos raspagem de uma vela. hemorrágicos. CURETAGEM SINAL DE AUSPITZ OU METÓDICA DE ORVALHO BROCQ SANGRANTE. Psoríase em gotas Crianças, adolescentes e adultos jovens. Aparecimento súbito. Em geral precedida por uma infecção estreptocócica. Podem se resolver espontaneamente em 2 a 3 meses ou evoluir pra uma forma crônica em placas. Psoríase em gotas Pequenas pápulas eritemato-descamativas de 0,5 a 1 cm de diâmetro, geralmente localizadas no tronco. Psoríase eritrodérmica Eritema intenso e descamação discreta. Pode evoluir pra eritrodermia. Fatores desencadeantes: corticoterapia intempestiva/suspensão, infecção por HIV. Função da barreira cutânea extremamente comprometida!!! Vasodilatação, hipotermia, distúrbios hidroeletrolíticos. Casos graves: bacteremia, septicemia, diminuição do débito cardíaco, comprometimento hepático e renal. Psoríase eritrodérmica Psoríase pustulosa Também chamada de Psoríase de Von Zumbuch. Desencadeada por infecções, uso indevido de corticóide sistêmico, hipocalcemia, irritantes locais. Comprometimento do estado geral, febre, leucocitose. Dura poucas semanas. Psoríase pustulosa Lesões eritemato descamativas e pustulosas generalizadas. Psoríase artropática Em 10 a 15% dos doentes. Mono ou oligoartrite assimétrica. Interfalangeanas proximais ou distais. Bom prognóstico. VHS aumentada, fator reumatóide e FAN ausentes. Apresentações clínicas menos frequentes Psoríase na criança 🡪 placas eritematosas com pouca descamação em pálpebras ou couro cabeludo. Psoríase no idoso 🡪acomete principalmente membros inferiores, lesões discretas. Acomentimento centro facial Queratoderma palmo-plantar Placa grande com muita descamação, bem delimitada que acomete toda palma ou planta. Acometimento do cavum Diagnóstico Diagnóstico eminentemente clínico🡪baseado na história e no quadro clinico. Curetagem metódica de Brocq 🡪 orvalho sangrento. O exame do couro cabeludo e das unhas auxilia o diagnóstico. O diagnóstico de artrite psoriásica pode ser difícil, necessitando estudo radiológico e interação com os reumatologistas. Diagnóstico Exame histopatológico 🡪 casos atípicos. Tratamento Não existe cura definitiva. O objetivo do tratamento e o controle clínico da doença e a melhora da qualidade de vida do paciente. O tratamento depende do tipo de psoríase, da sua extensão e características individuais do paciente. Exposição solar controlada – benefícios da radiação ultravioleta. Tratamento tópico Formas leves de psoríase🡪 a terapêutica tópica, seja em monoterapia, seja combinada, costuma ser suficiente. Formas moderadas a graves 🡪pode ser necessário associar terapia tópica com fototerapia, ou com a terapia sistêmica. Sempre usar emolientes, hidratantes e ceratolíticos 🡪 coadjuvantes. Tratamento tópico Corticóides (pequena, média e alta potência) 🡪 loções em couro cabeludo, cremes para face e áreas de dobras, pomadas para tronco e membros. Cuidado com TAQUIFILAXIA!! (necessidade de preparados cada vez mais potentes para a melhora clínica das lesões). Procurar sempre associar com outras medicações. Tratamento tópico 🡪 forma de tratamento é muito antiga (88 anos), Coaltar mas ainda é bastante popular devido a rápida resposta e eficácia do alcatrão em relação a psoríase. Inconveniente 🡪 suja a roupa de vestir e de cama e de tem cheiro forte. Usado em concentração de 2 a 5% em pomadas temo como veículo a vaselina. Shampoo na forma de LCD (coaltar a 20% com alcool 95°). Tratamento tópico Antralina 🡪 substância irritante, deve ser evitada na face e na genitália. Pode pigmentar a pele ao redor da lesão. Análogos da vitamina D (calcitriol e calcipotriol) 🡪diminuem a proliferação dos queratinócitos. Podem provocar irritação da pele e fotossensibilidade, principalmente na face. Tratamento tópico Imunomoduladores tópicos (pimecrolimus e tacrolimus) 🡪 medicação segura para uso em face dobras; evitar o uso da vigência de infecções cutâneas. Fototerapia Técnica terapêutica que consiste na emissão artificial e indolor de radiação ultravioleta (UVA e UVB), fornecida através de aparelhos especiais sob a forma de cabine com lâmpadas fluorescentes. A radiação UVB exerce atividade antiproliferativa, antiinflamatória e imunossupressora. Quando associada com medicamentos, os psoralenos, que são substâncias foto ativas, recebe o nome de PUVATERAPIA. Fototerapia São cabines com lâmpadas especiais onde o paciente permanece por poucos minutos com a pele doente exposta e a pele sadia protegida por roupas especiais ou filtros solares. As sessões são semanais e o tempo de tratamento vai depender do grau de melhora das lesões. Os efeitos colaterais mais comuns da fototerapia são o envelhecimento da pele e o risco aumentado de câncer de pele. Tratamento sistêmico METOTREXATO ACITRETINA CICLOSPORINA IMUNOBIOLÓGICOS METOTREXATO Atua na hiperproliferação celular. Indicações: casos extensos e resistentes, psoríase artropática e eritrodérmica. Dose: 15 mg/semana (5 mg de 12/12 h 3 tomadas). Contra-indicações: hepatopatias, nefropatias e alterações hematológicas. ACITRETINA Derivada da vitamina A (retinóide). Indicações: psoríase em placas, psoríase pustulosa generalizada, psoríase eritrodérmica. Efeitos colaterais: queilite leve ou moderada, epistaxis, conjuntivite. Teratogênico!! Contra-indicações: hepatopatias, mulheres em idade fértil, dislipdemias. CICLOSPORINA Atua inibindo linfócitos T ativados. É a medicação mais eficiente para psoríase eritrodérmica. Pode comprometer função renal – monitorar regularmente a creatinina sérica. IMUNOBIOLÓGICOS Inibem os linfócitos T ativados e o TNFα, citoquina ativa na lesão. Indicações: hepatopatas, psoriase vulgar, psoriase artopática. Vigilância em relação a infecções e neoplasias 🡪 Rx de tórax, PPD, controle de infecções e neoplasia, principalmente os linfomas. OBSERVAÇÃO!!! Os corticosteróides sistêmicos são formalmente contra-indicados para tratamento da psoríase, pelo seu efeito rebote e possível desenvolvimento de formas graves da doença – psoríase pustulosa generalizada e psoríase eritrodérmica. Em ocasiões excepcionais são empregados por curtos períodos e, em geral, associados a outros tratamentos. Psicoterapia Estresse e ansiedade são apontados por muitos doentes como fatores de desencadeamento ou piora do quadro. Condutas autodestrutivas são demonstradas por doentes que manipulam e escoriam suas lesões. A psoríase, por outro lado, pode afetar a motivação, a auto-estima e o estado de ânimo e pode ser responsável por depressão, inclusive com idéias suicidas. Terapia de suporte muitas vezes é recomendada para tratamento dos doentes. Associação de psoríase com outras doenças. Doenças inflamatórias do intestino, como Doença de Chron e Retocolite Ulcerativa. Ansiedade, depressão, síndrome do pânico, idéias suicidas e consumo de substâncias com potencial para o vicio, como álcool e tabaco. Síndrome Metabólica: é um conjunto de características que envolvem obesidade, hipertensão arterial, intolerância a glicose, dislipdemias (aumento nos triglicerídeos e baixo colesterol HDL). Associação de psoríase com outras doenças. Doenças cardiovasculares: Pacientes com psoríase tem risco até duas vezes e meia maior de desenvolver doenças cardiovasculares, como arteriosclerose, cardiopatia isquêmica (infarto), doença vascular cerebral e doenças vasculares periféricas. Malignidades / Câncer: maior chance de desenvolver câncer do sistema linfóide (de defesa), como linfomas. Nefrotoxicidade, Doenças relacionadas ao tratamento: hepatotoxicidade, aumento na incidência de câncer de pele não-melanoma e infecções por diminuição do sistema de defesa.

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