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Este documento resume a história empresarial, dividindo-a em dois ramos principais: história das empresas e história dos negócios. Aborda temas como economia, evolução de empresas e ciclos de negócios.

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História Empresarial O que é a História Empresarial? A História Empresarial subdivide-se em dois ramos: ✓ História das Empresas: Se nos referirmos às empresas enquanto organizações produtivas capitalistas da organização, evolução, estratégias e modelos de...

História Empresarial O que é a História Empresarial? A História Empresarial subdivide-se em dois ramos: ✓ História das Empresas: Se nos referirmos às empresas enquanto organizações produtivas capitalistas da organização, evolução, estratégias e modelos de gestão. ✓ História dos Negócios: envolve o quadro institucional e dos seus agentes (empresários) e aborda modelos de negócio por produtos, serviços, ramos ou entre empresas, suas relações com o quadro institucional ou regulador. Pode entender-se como o estudo da empresa, segundo uma perspetiva histórica e apresenta-se como uma ferramenta extremamente útil e bastante agradável de manter em constante grau de atualização o conhecimento que a empresa e seus membros possuem dela mesmo. Dentro dela podemos enumerar algumas áreas de conhecimento relacionadas tais como: História Económica: que envolve mercados e ciclos de negócios; História Social e de Género: relacionada com família e empresas, sociedade e empresas e grupos empresariais; História de Companhias. A História Empresarial já tem raízes profundas no tempo, podendo dizer- se que é quase tão antiga como as empresas, cuja importância e multiplicação coincidem com o desenvolvimento da economia moderna, desencadeada pela 1ª Revolução Industrial e pelo aparecimento da grande indústria e de conglomerados industriais e financeiros, nos EUA, a partir das últimas décadas do século XVIII. Dando destaque para Joseh Allan Nevins, que se tornou uma figura cimeira da História Empresarial, recorrendo à história oral. Os Muckrakers: jornalistas reformistas de investigação crítica na Era Progressista nos Estados Unidos; expunham instituições e líderes estabelecidos como corruptos; procuravam encontrar factos e escandalizavam (subornos, corrupção); expunham assuntos relacionados (as grandes empresas mineiras, a exploração do trabalho infantil, a prostituição e a miséria e doença). O que é que faz um empresário? – “What do bosses really do?” O artigo "What do bosses do?” escrito pelo economista Stephen Marglin, professor da Universidade de Harvard, tem como eixo a ideia polémica de que o fator essencial na explicação do surgimento da indústria moderna não são as transformações tecnológicas. Estas, ao contrário, resultariam de um processo mais abrangente marcado pela tendência a separar o produtor do controlo do processo produtivo. Marglin parte do princípio que a divisão parcelada do trabalho não contribui necessariamente para o aumento da eficiência do trabalho. Stephen Marglin era também apologista de que as fábricas se tornaram tecnologicamente superiores por consequência de os capitalistas poderem ampliar os seus lucros graças à perda, pelos trabalhadores, do controlo sobre o processo de produção e não devido ao seu sucesso. Do ponto de vista do autor David Landes, também professor da Universidade de Harvard, dividir o trabalho entre pessoas com diversos graus de capacidades, diminuía os custos globais. Ao contrário de Marglin, Landes associa ao aparecimento e triunfo das fábricas uma superioridade técnica. Política, instituições e a criação do capitalismo moderno Os luditas eram uma organização secreta baseada em juramento da indústria têxtil inglesa, nos primórdios da Revolução Industrial, e que se notabilizou pela destruição de máquinas como forma de protesto. Pois consideravam estas como uso de forma “fraudulenta e enganosa”. O Ludismo surgiu como consequência direta das transformações causadas nas relações de trabalho e na qualidade de vida do trabalhador inglês a partir da Revolução Industrial. Os trabalhadores organizavam-se contra a precarização que a industrialização trouxe no seu trabalho. A junção desses fatores possibilitou o desenvolvimento industrial na Inglaterra e, uma vez iniciada a indústria, grandes transformações aconteceram. A primeira grande mudança que a Revolução Industrial trouxe foi a desvalorização do trabalhador, pois as máquinas substituíram artesãos especializados e eram manejadas por qualquer pessoa. Isso fez com que o salário do trabalhador diminuísse. A redução do salário era agravada pela preferência dos patrões em contratar mulheres e crianças, por serem menos propensas a revoltas e por receberem menos ainda que um homem adulto. Além da queda salarial, o trabalhador foi sujeito a uma carga de trabalho exaustiva e era comum que os trabalhadores fossem obrigados a trabalhar por 16 horas diárias. Essas condições degradantes para os trabalhadores ampliaram os lucros e enriqueceram os patrões. O Massacre de Peterloo ocorreu em St. Peter's Field, Manchester, no noroeste da Inglaterra, em 16 de agosto de 1819, quando a cavalaria carregou contra uma multidão de cerca de 60 000 a 80 000 pessoas reunidas em uma manifestação para buscar a reforma da representação parlamentar. O Constitucionalismo é o movimento social, político e jurídico a partir do qual emergem as constituições nacionais. O conceito de Liberalismo é uma filosofia política e moral baseada a liberdade, consentimento dos governos e igualdade diante da lei. Engloba os poderes judicial, legislativo e executivo. Antes do Liberalismo Económico existia desigualdade, as pessoas não podiam produzir o que queriam, o Estado é que tinha o poder total. Após o Liberalismo, cada pessoa era livre de se dedicar a produzi o que queria e a entrar em concorrência com outros produtores, ficando o consumidor a ganhar. O Direito Empresarial é o conjunto de normas jurídicas que disciplinam as atividades das empresas e dos empresários comerciais, bem como os atos considerados comerciais, ainda que não diretamente relacionados às atividades das empresas. Enquanto que o Direito Comercial é o ramo do direito privado, encarregado de regulamentar todas as relações jurídicas advindas do comércio (lato sensu). O individualismo, é uma das características do direito empresarial, e diz respeito apenas ao interesse de um indivíduo. No caso do código comercial, trata-se do conjunto de normas e de preceitos que regulam as relações comerciais. Os códigos comerciais surgiram com a Ilustração para ordenar a atividade comercial. O desenvolvimento do comércio fez com que, hoje em dia, o direito mercantil seja regulado tanto pelo código comercial como por outras leis especiais através de um processo descodificador. O Código Civil Francês, originalmente chamado de Code Civil, ou código civil e, posteriormente, chamado de Code Napoléon, ou Código Napoleônico, foi o código civil francês outorgado por Napoleão Bonaparte e que entrou em vigor 21 de março de 1804. Aborda somente questões de direito civil, como as pessoas, os bens e a aquisição de propriedade. Outros códigos foram posteriormente publicados abordando direito penal, direito processual penal e direito comercial. O Código Napoleônico também não tratava como leis e normas deveriam ser elaboradas, o que é matéria para uma Constituição. O primeiro Código Comercial Português, criado por José Ferreira Borges e parcialmente ainda em vigor, foi aprovado por Decreto de 18 de setembro de 1833 e tem por objeto a regulação dos atos de comércio, sejam ou não comerciantes as pessoas que neles intervenham. O Código Comercial redigido por Veiga Beirão, Ministro da Justiça, veio a tomar o lugar do Código Comercial de Ferreira Borges, datado de 1833. Este novo documento legal foi aprovado a 28 de junho de 1888 em Lisboa, após um longo período de discussões nas sessões da Câmara, e na sequência da adoção de um novo Código Administrativo em vigor desde 1886. Este documento trouxe algumas inovações relativamente ao Código anterior, de entre as quais se notabilizou a liberalização da banca. Este Código Comercial do final da última década do século XIX previa a tomada de medidas como a reestruturação do Banco de Portugal; a formação da Direção-Geral da Dívida Pública; a reorganização dos serviços da Fazenda, tanto em Portugal continental como nas ilhas; a reforma do poder judicial e do sistema tributário; e o desenvolvimento de um plano direcionado para a Instrução Pública. Uma associação é uma organização resultante da reunião legal entre duas ou mais pessoas, com ou sem personalidade jurídica, para a realização de um objetivo comum. As associações caracterizam-se por limitar o risco, aumentar a segurança e mobilizar capitais. Dentro das associações podemos identificar as sociedades em comandita, as sociedades por quotas, as companhias e as sociedades anónimas de responsabilidade limitada (SARL). Uma sociedade em comandita simples, é caracterizada pela existência de dois tipos de sócios: os sócios comanditários e os comanditados. As sociedades por quotas, ou sociedade unipessoal por quotas refere-se à natureza jurídica, de constituição de uma empresa como sociedade, com um único sócio, podendo ser uma pessoa singular ou pessoa coletiva. Uma companhia é uma atividade econômica exercida profissionalmente pelo empresário por meio da articulação dos fatores produtivos para a produção ou circulação de bens ou de serviços. Por último, as sociedades anónimas de responsabilidade limitada (SARL) são um tipo específico de empresa em que os sócios não podem ser responsabilizados pelos prejuízos advindos da atividade da sociedade para além das suas participações (quotas) salvo em casos especiais, previstos em lei, como no abuso da personalidade jurídica e relativamente aos tributos devidos, após a liquidação da sociedade. Tal arranjo tem o objetivo de proteger o património pessoal dos sócios no caso de falência ou outro mecanismo jurídico que determine o fim da sociedade empresária. O caso da indústria mineira divide-se em dois modelos: o modelo francês e o modelo inglês. No modelo francês, a propriedade é do Estado, há livre acesso individual aos recursos do subsolo, separação da propriedade subterrânea da propriedade superficial, direito de descoberta, concessão provisória (controlo de requisitos técnicos e de capitais), concessão definitiva, indemnização pecuniária e o Estado é fiscalizador. No modelo inglês, o proprietário do solo é também do subsolo, existe livre contrato de arrendamento, mercados livres, Estado mínimo e o empresário de minas é o capitalista mineiro. A Revolução Industrial foi a transição para novos processos de manufatura. Esta transformação incluiu a transição de métodos de produção artesanais para a produção por máquinas, a fabricação de novos produtos químicos, novos processos de produção de ferro, maior eficiência da energia da água, o uso crescente da energia a vapor e o desenvolvimento das máquinas-ferramentas, além da substituição da madeira e de outros biocombustíveis pelo carvão. A revolução teve início na Inglaterra e em poucas décadas se espalhou para a Europa Ocidental e os Estados Unidos. Na Inglaterra o comércio internacionalizou-se e em consequência verificava-se uma abundância de capitais, a população era escolarizada, havia mão de obra abundante, recursos em carvão e ferro, uma sociedade rica, mas muito desigual, classes médias urbanas e rurais, urbanizações e um governo mercantil com leis favoráveis ao negócio e à inovação. Josiah Wedgwood: O nascimento do empresário moderno O capitalismo é um sistema económica baseado na propriedade privada dos meios de produção e da sua operação com fins lucrativos. Possui carácter descentralizado, pela sua motivação pelo lucro, baseando-se na propriedade privada, na livre iniciativa tendendo para uma economia de mercado, de livre empresa e vocacionada para o lucro. Caracteriza-se: pelo individualismo, pela procura de novas oportunidades, santidade dos contratos, mercados livres, inovação tecnológica, novas formas de pensar no mundo e novos valores tal como o materialismo, liberdade de iniciativa, procura do ganho pessoal. O seu objetivo era o lucro. Este dividia-se em três fases: o 1ª fase do capitalismo industrial: entre 1760 e 1840 e designava-se por a 1ª fase do capitalismo comercial que foi liderada pela Grã-Bretanha, França e EUA. Com esta primeira fase do capitalismo surgiram as máquinas a vapor, os canais e iniciativas individuais. o 2ª fase do capitalismo industrial: entre 1840 e 1950, e era liderada pelos mesmos países da primeira fase com a junção da Alemanha e do Japão. Esta fase ficou marcada pela Revolução Industrial e com esta surgiram o petróleo e a eletricidade, a química e os “big business” e as concentrações. o 3ª fase do capitalismo financeiro: em 1950, liderada pelos EUA, Japão e Europa. Esta fase marcou-se pelo surgimento da energia nuclear, dos satélites, transístores e da Era digital. As associações capitalistas visavam a diminuição de riscos ou partilha de riscos, limitavam responsabilidades, garantiam e regulavam a transmissão da propriedade entre indivíduos da mesma família, angariavam capitais do público como alternativa ao crédito e anonimizavam empresários. Um empresário é o sujeito de direito que exerce a empresa, ou seja, aquele que exerce profissionalmente uma atividade económica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Podendo este ser de natureza física ou jurídica. Este procurava o lucro através da inovação, possuía uma estratégia e visão do negócio, novos produtos ou serviços, processos produtivos, formas organizacionais e ainda novas formas de negócio. Josiah Wedgwood foi o mais bem sucedido ceramista da Europa, que transformou uma arte manual e em pequena escala numa indústria, ao mesmo tempo que fundava a marca que leva o seu nome de família, e que ainda hoje uma das marcas inglesas de cerâmica mais conhecida no mundo, a Josiah Wedgwood and Sons. Produzia bens de luxo com uma combinação de produção industrial e manual. A massificação e segmentação de produtos era em função do perfil do consumidor. Para Josiah, o marketing era tão importante como a produção numa sociedade de consumo emergente. Foi Wedgwood quem inventou o pirómetro para medir a temperatura do forno. Com a inovação desta indústria cerâmica, surgiram noas pastas (Creamware) e matérias primas, novos fornos e métodos de cosedura, competição com a porcelana chinesa (Delft), pintura manual, estampagem e a prensagem. Na sociedade apareceram as urbanizações, classes médias, as pessoas começaram a investir nas suas casas através de serviços de jantar e porcelanas e surgiu ainda o gosto pela moda, elegância, arte e luxo. Aliar a moda e o bom gosto, validado pela aristocracia, tornava-o acessível às classes médias, graças a técnicas novas na produção.

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