CFDI I (1) PDF
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This document provides important concepts on fire safety, including definitions of viscosity, density, vapor pressure, combustion heat, latent heat, and unstable or reactive materials. It also discusses flammable liquids and prevention, control, and extinguishing of fires. It's meant for professionals in the field.
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1. Conceitos importantes a) Viscosidade é a relação entre a tensão de cisalhamento (força aplicada tangencialmente na superfície pela área da superfície) e o gradiente de velocidade perpendicular ao plano de cisalhamento; medida no...
1. Conceitos importantes a) Viscosidade é a relação entre a tensão de cisalhamento (força aplicada tangencialmente na superfície pela área da superfície) e o gradiente de velocidade perpendicular ao plano de cisalhamento; medida no SI: pa x s está associada à resistência do fluido ao escoamento; líquidos menos viscosos escoam melhor; líquidos mais viscosos apresentam maior resistência ao escoamento das bolhas nas suas superfícies; o aumento da temperatura diminui a viscosidade do líquido e aumenta a viscosidade do gás; no estado líquido, os materiais tomam a forma do recipiente sem alterar consideravelmente o volume. b) Densidade massa de uma amostra ou corpo dividido pelo volume; quando se trata de uma propriedade específica, chama-se massa específica ao invés de densidade densidade relativa líquidos: densidade do corpo pela massa específica da água; densidade relativa gases: densidade de uma porção do gás pela densidade do ar; a densidade relativa é adimensional; a densidade relativa dos líquidos inflamáveis é menor do que 1, o que faz eles flutuarem na água; os vapores mais densos que o ar se acumulam nas partes baixas. c) Pressão de Vapor pressão exercida por uma substância ou mistura (a depender da temperatura) em um sistema que contém apenas vapor e a fase condensada da substância ou mistura; expressa a volatilidade do líquido; quanto maior a pressão de vapor, maior a volatilidade. d) Calor de combustão calor EMITIDO pela combustão COMPLETA de UMA unidade de MASSA. e) Calor latente energia necessária para que determinada massa de material mude de fase ou a quantidade de energia liberada para que determinada massa de material mude de fase; expresso em energia por massa. f) Materiais instáveis ou reativos Em razão de variação de temperatura, pressão ou choque mecânico, tornam-se auto reativos e, em consequência, se decomponham, polimerizam ou venham a explodir. 2. Líquidos inflamáveis a) Definição: segundo a NT 02 líquidos inflamáveis: ponto de fulgor menor do que 37,8 graus C líquidos combustíveis: ponto de fulgor igual/maior do que 37,8 graus C b) Prevenção, controle e extinção das chamas sistemas preventivos: controle da emissão de vapores isolamento de risco controle de vazamentos controle de eletricidade estática spda extinção das chamas exclusão do combustível abafamento (tampa ou espuma): visa excluir o contato do combustível com o comburente. Pano molhado ou dispositivos corta-fogo em tanque. Em alguns casos, os incêndios em respiradores de tanques podem ser combatidos com GLP no espaço vapor quando se constata que há chamas nesse local, vislumbrando cria uma mistura rica, que promoverá a extinção das chamas. As espumas agem prioritariamente por abafamento; diluição emulsionamento resfriamento interrupção da reação em cadeia agentes extintores água: efeito refrigerador provocado pelo seu calor de vaporização, (remove o calor e resfria o material). Desvantagens: densidade maior do que a densidade dos líquidos inflamáveis, indo para o fundo antes de produzir efeito sobre a chama. Qualquer água jogada sobre os líquidos inflamáveis entrará imediatamente em ebulição, expulsando violentamente o líquido inflamável. Mesmo assim, a água pode ser usada na forma de jato ou aplicada por meio de aspersores para resfriamento e proteção de instalações a distância e encharcamento de sólidos. Na forma de neblina pode ser usado para resfriamento de superfícies líquidas, emulsificação de óleo, proteção de pessoas, estruturas, máquinas e equipamentos, diluição e absorção de calor; gases e vapores inertes (CO2, N2 e vapor d'água) espuma: abafamento, supressão da liberação de vapores do líquido combustível, separação das chamas da superfície do combustível e resfriamento da superfície do líquido. Desvantagem: pouca/nenhuma eficiência para gases liquefeitos, líquidos em fluxo, líquidos superaquecidos e substâncias que reagem com a água. Cada tipo de espuma depende do tipo de LGE. Modos de aplicação da espuma: superficial (normal - câmara de espuma com defletor para aplicação na parte interna do costado do tanque, e forçada - aplicação direta contra a superfície do líquido, através de esguichos e canhões monitores); subsuperficial (no fundo do tanque). pó químico: podem ser empregados em sólidos, líquidos e gases combustíveis ou em equipamentos elétricos energizados. Desvantagem: perda da visibilidade do ambiente e dificuldade respiratória; agentes halogenados e alternativos: inibem a reação em cadeia e atuam, secundariamente, por resfriamento. Combate a incêndio de gases, líquidos e sólidos combustíveis e equipamentos elétrico energizados. Desvantagens: trazem risco para os operadores de narcose e são altamente tóxicos. Alternativos: gás carbônico, agentes químicos gasosos (inergen, nitrogênio, argon, etc). 3. Fenômenos extremos a) slop over: a água é aplicada diretamente sobre a superfície em chamas do líquido,ela afunda parcialmente no líquido quente e vaporiza-se, expelindo o combustível em chamas para fora. b) frothover: ausência de fogo (asfalto quente adicionado a um tanque contendo água) c) boil over (ebulição turbilhonar): violenta projeção de gotículas em chamas do fluido, devido à abrupta vaporização da água acumulada no fundo. Ocorre em incêndios duradouros. As bolhas formadas empurram os fluidos em chama para fora, expulsando o combustível em chamas a uma distância de até 10 vezes o diâmetro do tanque. Os resíduos mais densos descem em direção ao fundo e vão aquecendo os outros componentes no percurso, vaporizando as frações menos densas da mistura, que sobem alimentando a combustão. A camada isotérmica em um líquido em chamas é chamada de ZONA QUENTE, e o processo de propagação dela em direção ao fundo é chamada de ONDA DE CALOR. A ZONA QUENTE poderá possuir temperatura maior do que 100 graus celsius, então quando a ONDA DE CALOR atinge a água do fundo provoca a ebulição da água; Próximo à ocorrência do fenômeno, conforme a temperatura da água se aproxima do ponto de ebulição, algumas bolhas de vapor se formam entre o combustível e a água, elas se soltam e atravessam o fluido emergindo pela superfície como bolhas de combustível e água. A queima dessas bolhas em contato com a chama emite um som típico; São necessárias para a formação de boilover: água no fundo; incêndio na superfície; formação e propagação da onda de calor. Fatores que influenciam nas características do boil over: composição do combustível (alta viscosidade, larga faixa de temperatura de ebulição, alta média da temperatura de ebulição); espessura da subcamada de água; intensidade e duração do fogo das chamas (quanto maior a velocidade de combustão - ponto de fulgor, menor a intensidade do boil over e quanto menor a velocidade de combustão, mais tempo haverá para se controlar o incêndio e evitar o boil over, além disso, quanto maior o tanque, mais violento será o boil over e mais demorado será para se chegar lá); condições ambientais. #OBS: se o tanque quebrar, o fluido escapa cobrindo a água do dique. Rapidamente forma-se uma onda de calor dando origem a um segundo boil over. 4. Armazenamento de líquidos inflamáveis a) Classificação: quanto à direção do eixo central: vertical e horizontal; quanto à pressão: atmosféricos e de baixa pressão; quanto ao nível do terreno: elevados, de superfície, subterrâneos e semienterrados. b) tanques atmosféricos: possuem um espaço de gás e vapor ( acima do líquido) com pressão interna que se aproxima da pressão atm; constituição: aço carbono ou liga de aço; fluidos com pressão de vapor menores que a pressão atm; são protegidos com sistemas de alívio e vácuo (devem manter e controlar a diferença de pressão entre o espaço vapor e a pressão externa, menor que 0,5); os tanques atm verticais podem ser: de teto fixo: o teto é diretamente ligado à parte superior do costado. O suporte do teto pode ser feito exclusivamente pelo costado ou por uma estrutura interna de perfis metálicos. Podem ser: cônicos, curvos ou em gomos. Apresentam uma fraca junção teto-costado, pois no caso de uma sobrepressão interna, o teto vai soltar do costado antes que as laterais colapsem. Há a presença de respiradores (válvula de pressão e vácuo, que tem como objetivo proteger o tanque contra pressurização ou vácuo), que permitem a troca de ar com o exterior durante as operações de carga e descarga, produzindo perdas na evaporação do produto. Pressão de vapor: menor que 1,5 psi, em razão da possibilidade de formação de combustíveis a partir da mistura de gás no espaço vapor para determinados produtos petrolíferos; de teto flutuante externo: o teto encontra-se flutuando diretamente sobre o líquido e se movimenta de acordo com os períodos de esvaziamento ou enchimento, reduzindo as perdas do produto em consequência da evaporação. São utilizados flutuadores no perímetro e no centro, com a necessidade de vedação para evitar fuga de vapor e de drenagem da água da chuva. São utilizados com o objetivo de minimizar as perdas por evaporação devido às movimentações do produto; de teto flutuante interno: teto flutuante coberto por teto fixo permanente. Possui tanto a vedação do teto flutuante externo, que evita a perda dos vapores, como os respiradores do teto fixo. c) tanques de baixa pressão: constituição: aço carbono; pressão entre 0,05 e 1,05; para líquidos mais voláteis; tipos: esferoidal e semi-esferoidal; não possuem dispositivos ou meios capazes de alterar seu volume interno; válvulas de segurança a fim de evitar que a pressão ultrapasse os valores admissíveis. d) Tanques em relação ao nível do terreno: elevados: acima do solo, sustentados por alguma estrutura; de superfície: base diretamente SOBRE o solo; semienterrados: em parte, abaixo do nível do solo; subterrâneos: SOB a superfície do terreno. OBS: Cobertura geodésica de gomos de alumínio: tanto em tanques flutuante externo como em tanques de teto fixo; para tanque flutuante externo, coloca-se a cobertura sobre o tanque, que passa a funcionar como um tanque de teto fixo e flutuante interno. É dispensado o sistema de drenagem da água da chuva. é necessário instalar a ventilação periférica para garantir uma atmosfera abaixo do nível de inflamabilidade; diminui os riscos de centelhamento (pois o alumínio tem condutibilidade 700% maior que o do aço); o gomo produz a proteção de gaiola de faraday, dissipando eletricidade estática e efeitos de descarga elétrica. 5. Emergência com líquidos inflamáveis: Caso haja vítimas, adentre com uma linha de proteção e retire-as para atendimento em local seguro. a) Avaliação usando as seguintes características dos produtos do tanque: Produto envolvido; Possibilidade de Ebulição Turbilhonar, “slop over” e “frothover”; Volume do produto no tanque; Nível de água no tanque; Volatilidade dos produtos; Toxicidade dos produtos. b) Para monitorar o risco de boil over: considerar as características do líquido em questão; verifique a propagação da onda de calor, dirigindo um jato d'água na lateral do tanque incendiado, abaixo do nível do líquido, e observe onde a água vaporiza-se imediatamente; atente-se para o som (chiado) peculiar que geralmente precede uma explosão. Se possível, efetue ações de drenagem do tanque e evite o acúmulo de água decorrente do combate (aplicação direta de jatos de água sobre o líquido em chamas e aplicação de espuma sobre líquidos superaquecidos); condição do teto do tanque, do costado, das tubulações e dos sistemas de combate a incêndio; verifique a possibilidade de esvaziamento do tanque se a extinção for difícil, além da necessidade de resfriamento de superfícies expostas às chamas; coordene, com o pessoal de operação, as operações de parada de bombeio (cessar o recebimento de líquido no tanque em chamas), início de bombeio (para transferência do líquido do tanque em chamas para outros tanques), a parada dos misturadores, etc. 6. Modos de operações aplicáveis: passivo defensivo ofensivo não há recurso impossibilidade de obter há recursos recursos risco associado a qualquer não há risco para o pessoaldeve-se considerar: a taxa ação defensiva de aplicação de espuma, as condições de vento, a chance de extinção: remota chance de extinção: remota possibilidade de slop over, extinção de fogo na bacia, evacuação não precisa de evacuação extinção de múltiplos incêndios e controle de preparação para o modo incêndio (redução da área ofensivo, para preservar a em chamas) integridade da espuma resfriamento dos equipamentos vizinhos que estão em contato direto com as chamas tática específica para o resfriamento dos equipamentos sujeitos apenas ao calor por irradiação, com testes nas superfícies aquecidas para verificação da formação do vapor para proteção dos tanques vizinhos, analisar: a distância entre os tanques, a direção do vento, a existência de tanque sem espaço vapor inflamável e tanque com produto de baixo ponto de fulgor