Aula 4Ta - Membro Torácico - Ombro PDF

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Universidade de Évora

M.J. Lança

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anatomy skeletal system thoracic limb veterinary

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This document provides a detailed description of the thoracic limb (forelimb) skeletal system from an anatomical perspective in various animal species. The document covers the bones such as the scapula, clavicle, humerus, radius, ulna, and the bones of the hand. The document includes illustrations in some sections.

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ESQUELETO APENDICULAR Membro Torácico M.J. Lança 2024 2025 Membros Torácicos (membra thoracica) Base óssea: Cintura torácica (cingulum membri thoracici) escápula (scapula) e clavícula (clavicula) Esqueleto do braço (skeleton brachii) úmero (humerus) Esque...

ESQUELETO APENDICULAR Membro Torácico M.J. Lança 2024 2025 Membros Torácicos (membra thoracica) Base óssea: Cintura torácica (cingulum membri thoracici) escápula (scapula) e clavícula (clavicula) Esqueleto do braço (skeleton brachii) úmero (humerus) Esqueleto do antebraço (skeleton antebrachii) rádio (radius) e ulna (ulna) Esqueleto da mão (skeleton manus) ossos do carpo (ossa carpi), do metacarpo (ossa metacarpalia) e ossos dos dedos (ossa digitorum manus) CINTURA TORÁCICA Cintura do membro torácico (Cingulum membri thoracic); Escápula (Scapula) A escápula situa-se na proximidade da parede torácica e está ligada ao tronco apenas por massas musculares laterais. M. Romboide M. Trapézio M. Dentado ventral Mm. Peitorais A clavícula (clavicula) é mais desenvolvida nos humanos e é vestigial nos mamíferos domésticos. Quando existe não é facilmente visível pois encontra-se embebida no m. braquiocefálico, formando a interseção clavicular. A escápula é um osso plano, grosseiramente triangular, que ocupa a porção mais proximal do membro torácico, formando a cintura torácica. O MT está ligado ao tronco por massa muscular (Sinsarcose). A escápula caracteriza-se pela presença de duas faces, três bordos e três ângulos. As faces são a lateral e a costal (ou medial), os bordos designam-se por cranial, caudal e dorsal e os ângulos denominam-se cranial, caudal e ventral ESCÁPULAS DE CÃO Bordo Dorsal Bordo Dorsal Bordo Cranial Bordo Caudal Bordo Caudal Escápula Direita Vista lateral Escápula Esquerda Vista lateral Escápula Esquerda de Equino (Face lateral) Bordo Dorsal Bordo Cranial Bordo Caudal Bordo dorsal - apresenta uma cartilagem escapular que forma um prolongamento flexível que permite à porção dorsal da escápula conformar-se com a curvatura do tórax e que dá inserção ao m. romboide (tração cranial MT, fixador da escápula e elevador do pescoço). Escápula Esquerda de Equino (Face lateral) Bordo Dorsal Bordo Cranial Bordo Caudal Bordo caudal - é sempre mais retilíneo e é importante como área de origem de Mm. flexores da articulação do ombro assim como Mm. extensores da articulação do cotovelo. Escápula Direita de Cão Acidentes ósseos da superfície lateral: Espinha da escápula - divide a superfície lateral em fossas supra espinhosa e infra espinhosa. Alojam os Mm. Supra espinhoso (extensor do ombro) e o infra espinhoso (flexor do ombro). Bordo Cranial F. Supra espinhosa F. Infra espinhosa Acrómio Bordo caudal Espinha da Escápula (processo hamato) Peça não orientada na sua posição anatómica Ao nível da espinha da escápula tem inserção o músculo trapézio, que tem como uma das suas funções, ser um fixador da escápula e ainda elevar o membro torácico e protração. F. Supra espinhosa F. Infra espinhosa Acrómio (m. deltoide) - processo proeminente na extremidade distal da espinha e scapular. O m. deltoide é um flexor da articulação do ombro, abdutor e rotador do braço. F. Supra espinhosa F. Infra espinhosa On the scapular spine and inserts on the deltoid tuberosity of the humerus. At the acromion inserting to the deltoid tuberosity It inserts at the humeral crest. ESCÁPULA DE CÃO – Vista Medial Fossa subescapular Face dentada Fossa subescapular - origem do m. subescapular (extensor do ombro, rotador interno e estabilizador). Termina no tubérculo menor do úmero. ESCÁPULA DE CÃO – Vista Medial Fossa subescapular Face dentada Face dentada - No cão, está presente uma única face dentada (Inserção do m. dentado ventral, estabilizador da escápula e inspiratório) M. dentado ventral do pescoço/cervical -- M. dentado ventral do tórax O:Apófises transversas das últimas vértebras cervicais O: 1as costelas Ângulo Cranial Ângulo Caudal Ângulo Caudal Ângulo Ventral ou Articular Escápula Direita de Cão Escápula Esquerda de Cão Vista lateral Vista lateral Estruturas do bordo cranial da escápula – Incisura escapular – é o bordo côncavo da superfície cranial que, em parte, forma o colo da escapula Incisura Escapular Colo da Escápula Escápula Esquerd de Cão Vista Medial ESTRUTURAS DO BORDO CAUDAL E ÂNGULO VENTRAL DA ESCÁPULA Bordo Caudal Tubérculo infra glenoide Escápula de cão Vista Medial Ângulo cranial Ângulo caudal Escápula de grande ruminante face lateral O ângulo cranial muito fino e aplanado por oposição ao ângulo caudal. Este último serve de ponto de origem do m. redondo maior, importante flexor da articulação do ombro, que se insere na tuberosidade do redondo maior na face medial do úmero. Ângulo cranial Ângulo caudal Escápula de grande ruminante face medial Ainda no bordo caudal da escápula tem origem o m. redondo menor, importante flexor da articulação do ombro, que se insere na tuberosidade do redondo menor do úmero. É ainda um abdutor e rotador externo do braço. Ângulo ventral Escápula grande ruminante face lateral Escápula grande ruminante face medial O ângulo ventral é um acidente ósseo articular. Articula com o úmero, que é a base óssea da região do braço. A cavidade glenoide é uma cavidade articular de forma elíptica, coberta com cartilagem articular hialina que forma a articulação sinovial da escápula com a cabeça do úmero. Tubérculo Supra glenoide (cranial à cavidade glenoide): local de origem do m. Biceps braquial. Flexor da articulação do cotovelo e extensor da articulação do ombro Processo Coracoide (origem do m. coracobraquial). Insere-se proximalmente no úmero. Estabilizador e extensor do ombro. As principais variações da morfologia da escápula entre espécies têm a ver com: A extensão da cartilagem escapular; O processo coracoide que não é distinto em todas as espécies; O acrómio que está presente em todas as espécies, exceto no cavalo; Porco: existe uma tuberosidade na espinha escapular Gato: Parte do acrómio está alargado formando o paracrómio Escápula de Cão Escápula de Gato Vista lateral Vista lateral Acrómio Acrómio Paracrómio (Processo hamato) (Processo hamato) (Processo Supra hamato Escápula direita de cão, face lateral (à esquerda) e escápula direita de gato, face lateral (àdireita). A: Espinha da escápula; b: Fossa supra espinhosa; c: Fossa infra espinhosa; d. Acrómio; e. Paracrómio; f. Acrómio. ESQUELETO APENDICULAR MEMBRO TORÁCICO M.J. Lança Base óssea: Cintura torácica (cingulum membri thoracici) escápula (scapula) e clavícula (clavicula) Esqueleto do braço (skeleton brachii) úmero (humerus) Esqueleto do antebraço (skeleton antebrachii) rádio (radius) e ulna (ulna) Esqueleto da mão (skeleton manus) ossos do carpo (ossa carpi), do metacarpo (ossa metacarpalia) e ossos dos dedos (ossa digitorum manus) O úmero (humerus) é a base óssea da região do braço (região braquial) O úmero participa em duas articulações sinoviais: Proximalmente articula com a escápula constituindo a articulação escapulo-umeral (articulação do ombro); O úmero (humerus) é a base óssea da região do braço (região braquial) O úmero participa em duas articulações sinoviais: Distalmente articula com o rádio e o ulna formando a articulação úmero-rádio-ulnar também designada articulação do cotovelo Articulação escapulo-umeral Articulação úmero-rádio-ulnar No úmero são bem definidas as duas epífises (extremidades) proximal e distal e a diáfise (corpo), sendo que em algumas espécies esta pode apresentar uma forma mais retorcida que no cão. O úmero apresenta quatro faces: cranial, caudal, medial e lateral. Vista Cranial Vista Caudo-medial O úmero caracteriza-se pela presença de acidentes ósseos articulares, quer ao nível da epífise proximal quer ao nível da epífise distal. Deste modo ele estabelece articulação com a escápula (articulação do ombro) e articulação com o rádio e ulna (articulação do cotovelo) EPÍFISE PROXIMAL DO ÚMERO Cabeça umeral. A cabeça, delimitada por um colo, coberta com cartilagem articular, é quase o dobro da cavidade glenoide da escápula; A cabeça articula com a cavidade glenoide da escápula. EPÍFISE PROXIMAL DO ÚMERO Cabeça umeral é ladeada por dois acidentes ósseos, denominados tubérculos; Tubérculo Maior (tubérculo lateral) - é um acidente ósseo não articular da região crânio- lateral da extremidade proximal do úmero EPÍFISE PROXIMAL DO ÚMERO Cabeça umeral é ladeada por dois acidentes ósseos, denominados tubérculos; Tubérculo medial (tubérculo menor) - de difícil visualização no cão, mas muito visível nos equinos e nos ruminantes TUBÉRCULOS DO ÚMERO E INSERÇÃO MUSCULAR Os tubérculos, maior e menor, são os pontos de inserção de músculos que suportam a articulação do ombro: a) Mm. supra espinhoso e subescapular, ambos importantes extensores da articulação do ombro; b) m. infra espinhoso enquanto flexor da articulação do ombro. Na face medial da escápula tem-se a fossa subscapular na qual se situa o m. subscapular. Este músculo vai inserir-se próximo do m. coracobraquial e também ao nível do tubérculo menor do úmero Origem: fossa subescapular Inserção: tubérculo menor do úmero Função: adutor do braço e concorre ainda para rotação medial do braço SULCO-INTERTURBERCULAR DO ÚMERO Depressão alongada da extremidade proximal para o tendão de origem do m. bicípes braquial (flexor do cotovelo; extensor do ombro). Úmero de grande ruminante (esquerda) e de equino (à direita). MÚSCULO BICEPS BRAQUIAL: tem a particularidade de se distribuir e passar por 2 articulações. O: Tubérculo supraglenoide (escápula) T: Tuberosidade radial (face medial e proximal do rádio) Úmero de equino, vista cranial (à esquerda) e úmero de grande ruminante, vista cranial (à direita). a. Tubérculo maior porção cranial; b. Tubérculo maior porção caudal; (lateral); c. Tubérculo menor porção cranial; d. Tubérculo intermédio. TUBEROSIDADES E INSERÇÃO MUSCULAR Nesta face lateral existe ainda a tuberosidade para o m. redondo menor, que é um abdutor e rotador externo do braço. Epífise proximal de úmero de cão, vista lateral a. Tubérculo maior e local de inserção para o m. supra espinhoso; b. Tuberosidade para a inserção do m. redondo menor; c. Linha tricipital; d.Tuberosidade deltoide FACE MEDIAL DO ÚMERO: M. Redondo Maior ORIGEM: Ângulo e bordo caudal da escápula INSERÇÃO: Face medial do úmero FUNÇÃO: Flexor do ombro, adutor da região do braço e rotador do braço Nesta face lateral existe ainda a tuberosidade para o m. deltoide, que é um abdutor e rotador externo do braço. O: Espinha da escápula O:Acrómio T: tuberosidade deltoide Epífise proximal de úmero de cão, vista lateral a. Tubérculo maior e local de inserção para o m. supra espinhoso; b. Tuberosidade para a inserção do m. redondo menor; c. Linha tricipital; d. Tuberosidade deltoide Diáfise do Úmero (Corpo Umeral): face lateral Tubérculo maior Tuberosidade deltoide para inserção do m. deltoide (flexor do ombro) que forma uma proeminência maior na Tuberosidade face lateral no terço proximal deltoide do úmero Diáfise do Úmero (Corpo Umeral): face lateral Presença de um sulco em espiral, oblíquo em direção latero- distal, delimitado por duas cristas e que aloja o m. braquial (flexor do cotovelo) Presença de um sulco em espiral, oblíquo em direção latero- distal, delimitado por duas cristas onde se origina e aloja o m. braquial (flexor do cotovelo). ÚMERO E OS ACIDENTES ÓSSEOS PARA OS MÚSCULOS EXTENSORES DA ARTICULAÇÃO DO COTOVELO Preenche o espaço triangular delimitado pelo bordo caudal da escápula e pela face caudal do úmero e do olecrânio Triceps braquial Cabeça longa: Bordo caudal da escápula Cabeça lateral: Linha tricipital do úmero Cabeça acessória: Porção proximal e caudal do úmero Cabeça medial: Tuberosidade do M. redondo maior ÚMERO E OS ACIDENTES ÓSSEOS PARA OS MÚSCULOS EXTENSORES DA ARTICULAÇÃO DO COTOVELO EPÍFISE DISTAL DO ÚMERO A extremidade distal do úmero, q u e i n c l u i as superfícies articulares e as fossas (com exceção dos epicôndilos), constitui o côndilo umeral. Na face cranial, o côndilo apresenta duas áreas distintas, estando a superfície articular dividida de modo assimétrico, pela presença de uma crista baixa, numa área maior e medial chamada tróclea umeral (a) e uma área menor e lateral, o capítulo (b). Permitem a articulação ao rádio e ao ulna, bases ósseas do antebraço Na epífise distal do úmero face cranial é visível uma fossa. Na face cranial, proximalmente à tróclea encontra-se a fossa radial (c), que vai acomodar a cabeça do rádio (peça óssea do antebraço) quando ocorre flexão da articulação do cotovelo. A fossa olecraniana (d) é visível na face caudal do côndilo umeral e é mais profunda que a fossa radial A FOSSA ANCONEANA ou OLECRANEANA (d) é delimitada pelos dois epicôndilos (lateral e medial) da epífise distal do úmero. Esta fossa recebe um acidente ósseo do ulna (região do antebraço) chamado processo ancóneo, sempre que a articulação do cotovelo se encontre em extensão Epífise distal do úmero de equino , vista caudal MEMBRO TORÁCICO Região do antebraço M. J. Lança, 2025 Membros Torácicos (membra thoracica) Base óssea: Cintura torácica (cingulum membri thoracici) escápula (scapula) e clavícula (clavicula) Esqueleto do braço (skeleton brachii) úmero (humerus) Esqueleto do antebraço (skeleton antebrachii) rádio (radius) e ulna (ulna) Esqueleto da mão (skeleton manus) ossos do carpo (ossa carpi), do metacarpo (ossa metacarpalia) e ossos dos dedos (ossa digitorum manus) Esqueleto do antebraço (skeleton antebrachii) esqueleto do antebraço (skeleton antebrachii) rádio (radius) e ulna (ulna) Ao nível proximal, o rádio articula quer com o úmero quer com o ulna, e, logicamente, este último articula-se com o rádio e também com o úmero. A articulação sinovial denomina-se úmero-rádio-ulnar (mais conhecida pela articulação do cotovelo). Articulação do ombro Articulação do Cotovelo A nível da epífise distal, o rádio articula com o ulna e com os ossos do carpo, já pertencentes à região anatómica mão. O mesmo sucede com o ulna, com exceção nos equinos. Articulação escápulo-umeral Articulação Antebraquial-cárpica Articulação úmero-rádio-ulnar Antebraço esquerdo de cão (vista Antebraço esquerdo de equino medial) (vista medial) Grande Ruminante Antebraço direito de suíno, vista lateral Rádio e ulna esquerdo de grande ruminante (em cima) e de equino (em baixo), vista lateral. a. Rádio; b. Ulna. Visualização dos espaços interósseos e da redução do ulna no equino. Nos carnívoros, o rádio (a) apresenta a extremidade proximal lateral em relação ao ulna (b); Nos carnívoros, o rádio apresenta a extremidade distal medial em relação ao ulna. Nos restantes animais de interesse veterinário, o rádio tem uma posição cranial e medial face ao ulna, estando este caudal e lateral face ao rádio. Nos carnívoros confirma-se a presença de um espaço entre as duas diáfises, denominado espaço interósseo antebraquial (c). Como consequência, existe possibilidade de movimento de rotação do antebraço, o qual é facilmente observável nos gatos. Cão Homem O espaço interósseo antebraquial (entre o rádio e ulna) é amplo em todo o comprimento no Homem, mas estreito nos carnívoros, muito reduzido no suíno e praticamente inexistente nos ruminantes e equinos. Nos ruminantes existem dois pequenos espaços (um proximal e outro distal), e nos cavalos a um pequeno espaço proximal. Antebraço de Suíno Antebraço de grande ruminante (em cima) Antebraço de equino(em baixo) O rádio é um osso longo que apresenta duas faces O Rádio é um osso longo que apresenta quatro faces (cranial, caudal) (Facies cranialis e Facies caudalis) e (cranial, caudal, medial e lateral). duas margens ou bordos (Margo medialis e Margo lateralis). O bordo lateral também é algumas vezes A face cranial é convexa e o corpo achatado em direção referido como ulnar. Bordo Bordo dorso caudal, sendo a face caudal plana ou Lateral Medial apresentando-se ligeiramente côncava. É um osso longo, par e assimétrico, que em corte transversal revela uma face cranial convexa. A face lateral também é algumas vezes referida como ulnar O corpo é achatado em direção crânio: caudal, sendo a face caudal plana ou apresentando-se ligeiramente côncava. Rádios de cão, vista cranial ACIDENTES ÓSSEOS ARTICULARES DO RÁDIO A epífise proximal do rádio é designada por cabeça radial e possui as superfícies articulares para o úmero e ulna; Para o úmero, tem-se a fóvea articular do rádio ou fóvea radial composta por duas superfícies côncavas d c (uma lateral que articula com o capítulo e uma medial que articula com a tróclea do úmero) Nota: nos gatos, a fóvea capitis radii apenas articula com o capítulo umeral. Fóvea capitis radii para articulação com a tróclea umeral; d. Fóvea capitis radii para articulação com o capítulo do côndilo umeral. Modelo: cão Superfície articular para o ulna – Superfície articular para o ulna – na face caudal da extremidade proximal do rádio. É particularmente distinta nos carnívoros, convexa transversalmente. No gato tem o nome de circunferência articular A epífise distal do rádio é achatada crânio- caudalmente e vai articular com o ulna e com o carpo Tróclea radial – Extremidade distal do rádio que compreende uma superfície articular carpiana que corresponde aos ossos do carpo (a). Processo estiloide do rádio– Pequena projeção distal arredondada, medialmente à incisura ulnar do rádio (d) Incisura Ulnar do Rádio - Superfície articular distal para o ulna (b) A epífise distal do rádio é achatada crânio- caudalmente e vai articular com o ulna e com o carpo A extremidade distal do rádio é alongada transversalmente e tem duas facetas divididas por uma crista nos carnívoros. Já nos ungulados, a superfície articular para o carpo apresenta-se constituída por uma cavidade glenoide dupla e dois côndilos ACIDENTES ÓSSEOS NÃO ARTICULARES DO RÁDIO Ao nível da diáfise radial, no bordo medial e mais proximal (a), pode observar- se a tuberosidade radial, muito rugosa e que serve para a inserção de massa muscular cuja principal função é a flexão da articulação do cotovelo e extensão da articulação do ombro (m. bíceps braquial, com origem no tubérculo a supra glenoide). Na porção cranial do rádio insere-se o m. braquial, com origem no sulcobraquial do úmero. É um m. flexor d a a r t i c u l a ç ã o do cotovelo. Rádio e ulna esquerdos de cão em vista medial a. Inserção do M. bíceps braquial; b. Inserção do M. pronador redondo; c. Inserção na face cranial do m. supinador m. Braquial M. Biceps braquial M. Braquial A nível da diáfise radial, na sua face cranial, e no primeiro terço pode encontrar-se o local de inserção do m. supinador (origem epicôndilo lateral do úmero). Permite a rotação lateral do antebraço nos carnívoros; Na face medial pode encontrar-se o local de inserção do m. pronador redondo (origem epicôndilo medial do úmero) e promove a rotação medial. ACIDENTES ÓSSEOS DO ULNA O ulna é o osso mais longo da região do antebraço. Caracteriza-se pela presença de duas extremidades e uma diáfise. Diáfise ulnar – corpo do ulna reduzido nos ruminantes e mais ainda nos equídeos, bem desenvolvido nas outras espécies, sobretudo nos suínos. Apresenta três faces - dorsal, lateral e medial (que se encontram distalmente) e três bordos – medial, lateral e caudal A extremidade proximal é muito peculiar e designa-se olecrâneo e a extremidade distal forma a cabeça ulnar (com exceção dos equinos), Ulna de cão, vista muito afilada, sendo denominada processo estiloide. lateral esquerda Os acidentes ósseos da extremidade proximal do ulna são a incisura troclear (b), os processos coronoides (e; f) e a incisura radial (d). Olecraneo em vista medial (à esquerda), em vista cranial (ao centro) e articulação do cotovelo (à direita). a. Olecraneo; b. Incisura troclear; c. Processo ancóneo; d. Incisura radial; e. Processo coronoide lateral; f. Processo coronoide medial; g. Fossa olecraneana; h. Úmero. A incisura troclear permite a articulação com a tróclea umeral, a incisura radial vai permitir a articulação com circunferência articular do rádio. Na extremidade distal da incisura troclear situam-se os processos coronoides medial e lateral que se articulam com o úmero e com o rádio. Olecraneo em vista medial (à esquerda), em vista cranial (ao centro) e articulação do cotovelo (à direita). a. Olecranio; b. Incisura troclear; c. Processo ancóneo; d. Incisura radial; e. Processo coronoide lateral; f. Processo coronoide medial; g. Fossa olecraneana; h. Úmero. ULNA ESQUERDA DE CARNÍVORO – VISTA MEDIAL Processo coronoide A extremidade distal do ulna contacta com o medial rádio por uma superfície que é variável de acordo com as espécies: - Ungulados – superfície planiforme e rugosa, sofre precocemente fusão com o rádio. - Equinos - o corpo é incompleto e desaparece na porção média do corpo do Faceta para articular com rádio o rádio - Cabeça ulnar – É a extremidade distal do ulna, à exceção dos equinos. - Processo estiloide – Extensão distal do ulna Nos ungulados a cabeça ulnar sofre fusão com o próprio rádio (a; b). Já nos equinos, o ulna (b) não atinge a extremidade distal do rádio (a), pois o seu corpo é incompleto e desaparece na porção média da diáfise do rádio Existe uma placa de crescimento entre o processo ancóneo e o resto do ulna. Esta placa permite o crescimento ósseo em animais em fase de crescimento. No cão ela funde com o ulna por volta dos 5 meses. O Processo Ancóneo tem a forma de gancho e é a zona mais proximal e cranial da incisura troclear e aloja-se na fossa anconeal do úmero quando o cotovelo está em extensão. O processo ancóneo, que constitui a zona mais proximal e cranial da incisura troclear, sempre que a articulação do cotovelo esteja em extensão, fica alojado na fossa olecraniana (também designada fossa anconeal) existente na face caudal da epífise distal do úmero Olecrâneo em vista medial (à esquerda), em vista cranial (ao centro) e articulação do cotovelo (à direita). a. Olecrânio; b. Incisura troclear; c. Processo ancóneo; g. Fossa olecraniana; h. Úmero Uma das causas da possível displasia do cotovelo resulta do facto do processo ancôneo não se fundir ao resto da ulna corretamente. Neste caso temos uma condição denominada não união do processo ancôneo Consequências: articulação do cotovelo torna-se instável, claudicação e dor. A instabilidade causa inflamação e, poderá originar doença articular degenerativa ou artrite. Em alguns casos, o fragmento ósseo flutua livremente na articulação, causando desconforto, principalmente com a extensão do antebraço. A nível do olecrânio, verifica- se a inserção de musculatura cuja função principal é a extensão da articulação do cotovelo tais como os Mm. tríceps braquial (bordo caudal da escápula; linha tricipital; tuberosidade do redondo maior; porção proximal e caudal do úmero); M. Triceps braquial: extensor da articulação do cotovelo A nível do olecrânio, verifica- se a inserção de musculatura cuja função principal é a extensão da articulação do cotovelo tais como o m. anconeu (origem bordo lateral fossa anconeana) e ainda o m. tensor da fáscia do antebraço (bordo caudal da escápula, tendão músculo grande dorsal nos cães). 1. M. Extensor carporadial 2. M. Extensor digital comum 3. M. Extensor digital lateral 4. M. Extensor carpoulnar Flexor carpoulnar; flexor digital superficial; flexor digital profundo; flexor carporradial M.J. Lança 2025 animais plantígrados: todos aqueles que apoiam totalmente a mão (ou pé) no solo; animais digitígrados: todos aqueles que apoiam apenas os dedos no solo; animais ungulígrados: todos aqueles que apoiam apenas a ponta dos dedos. REGIÃO DA MÃO BASE ÓSSEA DA Mão BASE ÓSSEA DA REGIÃO DA MÃO Ossos do Carpo (joelho) Constitui o 1º segmento da mão, formado por múltiplos ossos curtos. Os ossos do carpo estão dispostos em duas fiadas: proximal e a distal. Ossos do Carpo ✓ Fiada proximal, formado por quatro ossos ✓ Três deles articulam-se diretamente com o rádio, ulna e com os ossos da fiada distal. ✓ O osso carpo-radial (ou escafoide) articula-se diretamente com o rádio (a). ✓ O osso carpo-ulnar (c) (ou piramidal) articula-se diretamente com o ulna. Ossos do Carpo: fileira proximal Fiada proximal, formado por quatro ossos: Entre o carpo-radial e o carpo-ulnar encontra-se o osso intermédio (b) (ou semi-lunar). O quarto osso desta fiada, localiza- se na face palmar e é desprovido de articulação com os ossos da fiada distal: o osso carpal acessório (d) (ou pisiforme) Ossos do Carpo: fileira proximal EQUINO Ossos do carpo O osso carpo-radial é o mais volumoso da fiada proximal, articula-se com o rádio por uma superfície côncava que se torna convexa na sua parte dorsal e com carpal intermédio. Na sua face palmar existe um tubérculo. Vista Dorsal Ossos do carpo O osso carpo-radial é o mais volumoso da fiada proximal, articula-se com o rádio por uma superfície côncava que se torna convexa na sua parte dorsal e com carpal intermédio. Na sua face palmar existe um tubérculo. Vista Palmar Ossos do carpo O osso carpo-ulnar situado entre o ulna e o osso carpal IV da 2ª fiada, articula com parte do rádio quando a extremidade distal do ulna é reduzida. O carpo- ulnar apresenta na sua face palmar uma faceta articular para o osso carpal acessório e do lado radial apresenta duas facetas articulares para carpal intermédio. Em vista palmar encontra-se o 4º osso da fiada proximal que se designa osso acessório (d) e apenas se articula com o osso carpo ulnar (b). O osso acessório classifica-se como um osso sesamoide e tem como particularidade não estabelecer qualquer articulação com os ossos da fiada distal do carpo. Ossos do Carpo Osso carpal acessório (ou pisiforme), é considerado como um osso sesamoide desenvolvido no interior dos músculos ulnares O osso carpal acessório articula- se em todas as espécies com o osso carpo-ulnar. Vista Lateral O osso acessório é ainda ponto de inserção do m. flexor carpo ulnar, cuja origem é no epicôndilo medial do úmero e na face medial do ulna. Carpo de Equino, Vista Medial Mão de Bovino Particularidades: no caso dos carnívoros, o carpo radial encontra-se fundido com o osso intermédio, podendo ser designado osso intermédio-radial. Particularidades: em presença de um ulna com extremidade distal reduzida (por exemplo, nos equinos), o carpo-ulnar articula com a zona lateral distal do rádio. Ossos do carpo de Ruminante CARPO Apresenta no máximo quatro ossos carpais que distalmente se articulam aos ossos metacarpianos. Existem quatro ossos carpais que se designam por numeração romana desde o carpal I ao carpal IV (de notar que os carpais IV e V se encontram sempre fundidos resultando assim no carpal IV. CARPO: FILEIRA DISTAL DO CARNÍVORO Osso carpal I (ou trapézio), osso carpal II (ou trapezoide), osso carpal III (ou capitatum) e osso carpal IV (ou unciforme) CARPO O osso carpal I é o mais medial e articula distalmente com o osso metacarpiano do dedo I (nos primatas, o polegar). Tende a estar ausente quando a espécie não apresenta dedo I na mão. Ossos do Carpo: fileira distal Nos ruminantes existe fusão entre o carpal II e o carpal III (e) formando o osso carpal II+III, que se articula distalmente com o osso metacarpiano III Ossos do Carpo Nos equinos não existe fusão do carpal II com o carpal III. Assim, o osso carpal de maior dimensão na fiada distal do carpo é o osso carpal III Ossos do Carpo Assim, o osso carpal de maior dimensão na fiada distal do carpo é o osso carpal III OSTEOLOGIA DA MÃO Ossos do Carpo O carpal III, apresenta uma faceta articular principal para o metacarpiano III. Apresenta ainda 2 facetas articulares acessórias para os ossos metacarpianos rudimentares II e IV Metacarpianos (canela) Ossos longos e assimétricos, dispostosparalelamente uns aos outros e articulados entre eles na sua extremidade proximal Reconhece-se um corpo e duas extremidades Metacarpianos Ruminantes apresentam 2 metacarpianos que sofrem fusão (III e IV) e um metacarpiano rudimentar (V) Metacarpianos Os equinos apresentam um metacarpiano principal (III) e dois metacarpianos rudimentares (II e o IV) Suínos apresentam dois grandes metacarpianos (III e IV) e dois pequenos metacarpianos (II e V) Metacarpianos ✓ Corpo, com 2 faces e 2 bordos ✓ Face dorsal convexa ✓ Face palmar planiforme Metacarpianos ✓ Extremidade proximal, apresenta uma grande superfície articular para o carpo. ✓ Nos ruminantes e equinos a superfície articular é formada por duas superfícies desiguais divididas por uma crista dorso- palmar Metacarpianos Na extremidade proximal existem facetas articulares axiais e abaxiais para articular com os metacarpianos vizinhos. Na face dorsal e palmar existem superfícies rugosas e tuberosidades de inserção. M. Extensor carpo-radial O: Crista supracondilar do úmero T: face dorsal metacarpianos II e III Metacarpianos A extremidade distal articula com a falange proximal e com os dois grandes sesamoides. Apresenta dois côndilos, convexos no sentido dorso-palmar separados por um relevo sagital bem distinto nos ungulados e nos carnívoros apenas evidenciado no sua face palmar Falanges As Falanges são designadas de proximal para distal; Os ossos sesamoides completam, em geral, a falange proximal e distal, do lado palmar e na extremidade proximal; As Falange designam-se por proximal, média e distal Falanges ✓ O dedo polegar, apresenta apenas duas falanges ✓ Falange proximal, é a mais longa ✓ Reconhecem-se na falange proximal, uma porção média e duas extremidades Falanges ✓ Extremidade proximal, apresenta uma superfície articular formada por duas cavidades separadas por um sulco ✓ Extremidade distal, apresenta uma superfície articular formada por dois côndilos e um sulco profundo Falange Distal Osso curto, forma cónica; Nos ungulados, a falange distal tem a forma de casco; Nos carnívoros e coelhos, a falange distal é aplanada de um lado ao outro e apresenta distalmente um sulco para implantação da unha Falange Distal dos Ungulados Processo extensor Caracteriza-se por: 3 faces: parietal, solear e articular No bordo coronário (separa a face parietal da articular) tem- se o processo extensor (m. extensor digital comum) Falange Distal nos Ungulados Caracteriza-se por: 3 faces: solear, parietal, e articular Apresenta uma superfície semilunar mais cranial e uma superfície deprimida caudalmente com os forâmens soleares Falange Distal nos ungulados Bordo Coronário Caracteriza-se por: 3 faces: parietal, solear e articular Alguns músculos que se inserem nas falanges m. extensor digital lateral Origem: epicôndilo lateral do úmero Inserção:Falange distal dos dedos III-V (car); dedos IV-V (Suinos); dedo IV (ruminantes) e falange proximal dedo III (equinos) Alguns músculos que se inserem nas falanges m. extensor digital comum Origem: epicôndilo lateral do úmero Inserção: processo extensor das falanges distais (II ao V) dedos IV-V (Suinos); dedo IV (ruminantes) e falange proximal dedo III (equinos) Alguns músculos que se inserem nas falanges Mm. Flexor digital superficial e flexor digital profundo Membros Pélvicos (membra pelvina) Base óssea: Cintura (cingulum) Cintura do membro pélvico (cingulum membri pelvini) coxal (os coxae) Esqueleto da coxa (skeleton femoris) fémur (os femoris) e patela (patella) Esqueleto da perna (Skeleton cruris) tíbia (tibia) e fíbula (fíbula) Esqueleto do pé (Skeleton pedis) ossos do tarso (ossa tarsi), do metatarso (ossa metatarsalia) e ossos dos dedos (ossa digitorum pedis) M.J. Lança, 2025 CINTURAPÉLVICA A pélvis óssea é formada pelo sacro, cintura pélvica, e pelas primeiras vértebras coccígeas. A cintura do membro pélvico é constituída por dois ossos coxais Ossos Coxais de Bovino Vista dorsal Ossos Coxais de Bovino Vista Lateral Esquerda 3 Esquema de visão lateral esquerda dos coxais de grande ruminante 4 Esquema de visão lateral esquerda da cintura pélvica do cão 5 Cada coxal é constituído por três ossos distintos – derivam de centros de ossificação distintos: o ílio (a); o púbis (b) e o ísquio (c). a b c 6 Crânio-dorsalmente, os dois coxais unem-se ao sacro através dos ílios (a) e, assim, estabelece a união entre a coluna vertebral e o membro pélvico, constituindo a articulação sacro-ilíaca. a sacro c b 7 O Ílio é o maior e o mais cranial dos três ossos, é constituído por uma asa, por um ramo e um corpo, formando a porção crânio-dorsal do coxal. ASA Ramo Corpo Coxais de cão, vista lateral esquerda 7 A asa do ílio tem três bordos. O bordo maior, dorsal, designa-se tuberosidade sacral (ângulo da garupa), e este bordo transforma-se na grande incisura isquiática quando atinge o corpo do ílio. O bordo ventral é a tuberosidade coxal. O bordo dorso cranial forma a crista ilíaca. Tuberosidade sacral Crista ilíaca Tuberosidade do coxal Coxais grande ruminante, vista dorsal 8 A asa do ílio tem três bordos. O bordo maior, dorsal, designa-se tuberosidade sacral (7), e este bordo transforma-se na grande incisura isquiática quando atinge o corpo do ílio (6). O bordo ventral é a tuberosidade coxal (9). O bordo dorso cranial forma a crista ilíaca (8). o8r Ílio: apresenta duas faces: a lateral e a medial. A lateral é lisa e designada superfície glútea devido ao m. glúteo médio. A medial é a superfície sacro pélvica ou sacro pelvina e tem duas áreas, a superfície auricular (para articular ao sacro) e a tuberosidade ilíaca (para inserção de ligamentos). 12 Tuberosidade ilíaca Superfície auricular Coxais de grande ruminante, vista 16 ventral Inserção de ligamentos na face sacro pelvina e na tuberosidade iliaca de cavalo 14 berosidade coxal – é o bordo ntral, da asa ilíaca. Constitui a base atómica do ângulo da anca. a crista ilíaca ocorre a origem de diversos úsculos tais como o Tensor da fáscia lata; o. sartório, músculos da região glútea, etc. m. sartorio Crista ilíaca T: Patela/Rótula Flexor da articulação coxofemoral tensor da articulação do joelho Tuberosidade coxal T: Fáscia lata F: Tensor da cia lata xor da articulação coxofemoral tensor da articulação do joelho 14 Tensor fáscia lata M. Glúteo Médio: tem origem precisamente na tuberosidade sacral e na tuberosidade do coxal e vai inserir-se no trocânter do fémur sendo um importante extensor da articulação coxo femoral. O ísquio forma u m a parte l a t e r a l e a p a r t e caudal do coxal. Participa na formação de três áreas diferentes do coxal: o acetábulo, o forâmen obturador e a sínfise pélvica (sínfise ísquio-púbica). Sínfise pélvica 16 Corpo do ísquio (a) – é o ramo, lateralmente ao forâmen obturador, que contribui para a formação do acetábulo. Ramo do ísquio (b) – é a porção fina, medialmente ao forâmen obturador, que articula com o seu a par na sínfise pélvica. Funde-se cranialmente com o ramo b c caudal do púbis Tuberosidade isquiática 17 Tábua do ísquio (c) - é a porção mais caudal do osso, caudal ao forâmen obturador. A porção caudolateral da tábua do ísquio forma atuberosidadeisquiática. a b c Tuberosidade isquiática 18 Sobre o corpo e sobre o ramo acetabular existe uma crista isquiática. Entre a crista isquiática e a tuberosidade isquiática o osso possui a incisura isquiática menor. Vista lateral esquerda coxal de equino 19 Na tuberosidade isquiática originam-se os músculos bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso. São músculos caudais da coxa. 28 Na tuberosidade isquiática originam-se os músculos bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso. São músculos caudais da coxa. Os 2 primeiros são extensores da articulação coxo-femoral e flexores da articulação do joelho. O último é flexor da articulação do jelho. 28 SM ST Músculos caudais da coxa , extensores da articulação coxofemoral, flexores do 27 joelho Músculo piriforme O: Ligamento sacrotuberal T: Trocânter maior dofémur F: Extensor da articulação coxofemoral A tuberosidade isquiática confere inserções para diferentes finalidades, dependendo da localização: no ângulo lateral insere-se, no cão, o ligamento sacrotuberal lato (ausente no gato). 27 O Púbis tem forma de L e está localizado ventromedialmente ao ílio formando a porção cranial do chão da pélvis. O Púbis articula com o ílio e comoísquio. 24 Do corpo do Púbis estendem-se dois ramos, o ramo cranial (a) e o ramo caudal (b). a b Sínfise 25 Os dois ossos coxais direito e esquerdo unem-se ventromedialmente no plano mediano por uma articulação fibrocartilaginosa formando a sínfise pélvica (symphysis pelvina) ou isquiopúbica que ossifica com o avançar da idade. 26 Pecten do osso púbis – é o bordo cranial do púbis. É o local de inserção do tendão prepúbico (terminação dos mm. abdominais). 31 Eminência íliopúbica – pequena elevação na região lateral do bordo cranial do osso, ventralmente ao acetábulo. É nesta eminência que se origina o m. pectíneo.Termina na face áspera do fémur e é um adutor coxofemoral. 31 Em cada antímero, os ossos que formam o coxal unem-se numa área denominada acetábulo (acetabulum), por uma sincondrose que ossifica posteriormente. Nos animais adultos é impossível identificar estes três ossos enquanto entidades separadas. 35 Fossa acetabular Acetábulo – cavidade profunda (cotilóide) na junção dos três ossos do coxal que recebe a cabeça do fémur. A sua circunferência semi-lunar forma uma superfície articular que envolve uma depressão não articular, a fossa acetabular. A superfície articular é interrompida 37 ventrocaudalmente pela incisura acetabular. No animal muito jovem existe um quarto osso muito pequeno, o osso acetabular, o qual é incorporado nos outros quando se fundem, cerca de três meses após o nascimento. Este pequeno osso está situado no fundo do acetábulo. Espinha isquiática – Elevação entre a incisura isquiática maior e a incisura isquiática menor; formada pelo ílio e pelo ísquio. Forâmen obturador – Grande orifício oval delimitado pelo púbis e pelo ísquio. 32 33 35 OSSOS DOS COXAIS EACIDENTES ÓSSEOS 36 37 ANATOMIACOMPARADA ENTRECOXAIS Carnívoros A crista ilíaca é convexa e espessa Atuberosidade sacral é redonda e dividida em duas A tuberosidade isquiática possui um espessamento nodular lateral O acetábulo é praticamente redondo e a face lunar tem a forma de crescente A incisura acetabular é profunda e ampla e continua-se caudalmente como um sulco no ísquio. 42 Ruminantes O acetábulo está à mesma distância das tuberosidades coxal e isquiática A crista ilíaca é fina e côncava; A tuberosidade sacral curva-se dorsalmente e é bífida nos pequenos ruminantes; Dividida em 2 A tuberosidade isquiática é trífida; O bordo acetabular dos bovinos é interrompido cranioventralmente por uma incisura que divide a face lunar numa porção maior lateral e numa 43 menor medial. Equídeos Proporcionalmente, o ílio é o mais desenvolvido e o ísquio o menos desenvolvido. Assim, o acetábulo está mais próximo da tuberosidade isquiática que da coxal A crista ilíaca é cortante e ligeiramente côncava O ílio do cavalo é caracterizado por possuir uma asa ampla com três lados bem demarcados que se continua por um corpo com a mesma forma triangular Atuberosidade sacral é simples e moderadamente espessa A tuberosidade isquiática parece-se com uma crista, com o seu ângulo medial espesso. Aface lunar do acetábulo é uniformemente ampla. 44 Membros Pélvicos (membra pelvina) Base óssea: Cintura (cingulum) Cintura do membro pélvico (cingulum membri pelvini) coxal (os coxae) Esqueleto da coxa (skeleton femoris) fémur (os femoris) e patela (patella) Esqueleto da perna (Skeleton cruris) tíbia (tibia) e fíbula (fíbula) Esqueleto do pé (Skeleton pedis) ossos do tarso (ossa tarsi), do metatarso (ossa metatarsalia) e ossos dos dedos (ossa digitorum pedis) M.J. Lança 2025 REGIÃO DA COXA: BASE ÓSSEA FÉMUR 4 A epífise proximal do fémur caracteriza-se pela presença de uma cabeça, a qual articula na cavidade cotiloide existente no acetábulo dos ossos coxais formando a articulação coxo-femoral. 5 Articulação coxo-femoral que permite os movimentos de flexão, extensão, adução, abdução e o movimento de circundução. Fossa acetabular Acetábulo – cavidade profunda (cotilóide) na junção dos três ossos do coxal que recebe a cabeça do fémur. A sua circunferência semi-lunar forma uma superfície articular que envolve uma depressão não articular, a fossa acetabular. A superfície articular é interrompida ventrocaudalmente pela incisura 4 acetabular. Na cabeça femoral pode observar-se uma fóvea denominada fóvea do ligamento da cabeça (fóvea da cabeça do fêmur). Isso facilita a fixação do ligamento da cabeça do fêmur (também chamado de ligamento redondo). 8 a b A cabeça do fémur possui uma porção não Colo do fémur articular, a fóvea da cabeça do fémur, onde se insere o ligamento da cabeça do fémur (a). Na extremidade proximal do fémur existe também um processo de grande dimensão chamado trocânter maior, onde se inserem as terminações da maioria dos músculos glúteos (b). Vista Caudo-medial 9 d Colo do fémur Para além do trocânter maior, existe também c um trocânter menor localizado medialmente no fémur e que serve de inserção ao músculo ílio- psoas (c). Entre os 2 trocânteres existe a fossa trocantérica (d), zona de inserção dos Mm. obturador interno, obturador externo e gémeos. Vista Caudo-medial 10 Entre os 2 trocânteres existe a fossa trocantérica, zona de inserção dos Mm. obturador interno, obturador externo e gémeos. Músculos rotadores externos do MP OI Gémeos OE Obturador interno: face dorsal do ísquio/púbis ou corpo ílio/asa do sacro (cavalo) e termina na fossa trocantérica; Gémeos: origem na incisura isquiática menor e termina na fossa trocantérica; Obturador externo: face ventral do ísquio e púbis e termina na fossa trocantérica. 11 Obturador interno: face dorsal do ísquio/púbis ou corpo ílio/asa do sacro (cavalo) e termina na fossa trocantérica; Gémeos: origem na incisura isquiática menor e termina na fossa trocantérica; Obturador externo: face ventral do ísquio e púbis e termina na fossa trocantérica. Fossa trocantérica é medial e caudal ao trocânter maior e permite a inserção dos mm. obturadores externo e interno 13 Na face dorsal do ísquio e púbis origina-se o m. obturador interno, rotador externo do MP (insere-se na fossa trocantérica do fémur) 14 Na face ventral do ísquio e púbis origina-se o m. obturador externo, rotador externo do MP (insere-se na fossa trocantérica do fémur) 15 Existe um terceiro trocânter na extremidade proximal do fémur, mas só é visível nas grandes espécies, nomeadamente nos equinos! O terceiro trocânter situa-se lateralmente e distalmente ao trocânter maior sendo a zona de inserção do m. glúteo superficial (extensor da articulação coxo-femoral). Nos restantes animais insere-se na face áspera do fémur Fémur de Equino em vista caudal e cranial Corpo do ílio – apresenta a linha arqueada que tem um tubérculo para origem do m. psoas menor. Este músculo insere-se no trocânter menor do fémur. 12 Fémur de cão, Fémur de Equino, Vistas cranial e caudal Vista caudal e cranial 13 Músculo quadríceps femoral, músculo da articulação do joelho composto por: a) m. vasto lateral (origem na face crânio-lateral do fémur exceto nos ruminantes) b) m. vasto medial (origem na face medial do fémur) c) m. vasto intermédio (origem face cranial do fémur) d) M. reto femoral(origem no corpo do ílio) Terminam na tuberosidade tibial sendo um extensor do joelho. 19 Músculo quadríceps femoral, músculo da articulação do joelho composto por: a) m. vasto lateral (origem na face crânio- lateral do fémur exceto nos ruminantes) b) m. vasto medial (origem na face medial do fémur) c) m. vasto intermédio (origem face cranial do fémur) d) M. reto femoral (origem no corpo do ílio) Terminam na tuberosidade tibial sendo um extensor do joelho. 20 21 A epífise distal na face cranial articula com a patela. A patela é um osso sesamoide associado ao tendão quadríceps do m. quadríceps femoral e ao tendão patelar, cuja terminação muscular é na crista tibial. A patela articula com a tróclea femoral na porção crânio-distal do fémur. Patela (rótula) 22 A PATELA desempenha duas importantes funções: Proteção do joelho e dos tendões quadríceps femoral e patelar Imprime força no movimento de extensão da perna A patela tem como função redirecionar o tendão de inserção do músculo quadríceps femoral. Equino Cão 24 A patela funciona como o braço de alavanca do quadríceps femoral, resultando em maior força para o movimento de extensão. Ao atuar como uma roldana, permite uma maior força no movimento de extensão. A perda da patela resulta em perda de força para a realização do movimento. 25 Epífise distal do fémur vista cranial e vista caudal 26 Na epífise distal do fémur e na face caudal, dois côndilos asseguram articulação com a tíbia. Os côndilos estão separados por uma fossa inter condilar onde se inserem os ligamentos cruzados. 27 Os côndilos medial e lateral articulam diretamente e através de meniscos fibrocartilaginosos com a tíbia; FÉMUR: EPÍFISE DISTAL, VISTA LATERAL a b Podemos encontrar 2 fossas: fossa extensora (a) e fossa poplítea (b). 30 Músculo Poplíteo Músculo da articulação do joelho Côndilo lateral com origem na fossa poplítea que existe no côndilo lateral do fémur e inserção na face caudal extremidade proximal da tíbia. Flexor do joelho e rotador interno. Vista caudal 31 Fossa do m. poplíteo - Depressão lateral no côndilo lateral. Local de origem do m. Poplíteo e com inserção na face caudal extremidade proximal da tíbia.. 32 Fossa extensora - Pequena depressão no côndilo lateral para origem do m. extensor digital longo, que vai terminar na falange distal dos dedos II-V ou do dedo III. É um flexor do tarso, extensor do joelho e dos dedos. Fossa extensora 33 1: Ossos sesamóides 2: Côndilos do fémur 4. Fíbula 3. Tíbia Vista caudal da articulação fémuro-tibial e tíbio-fibular de cão 34 36 29 ESQUELETO AXIAL: COLUNA VERTEBRAL M.J. Lança, 2024 2025 2 A coluna vertebral (Columna vertebralis) é o eixo corporal sólido e flexível que aloja a medula espinal. Cranialmente suporta a cabeça e caudalmente forma a cauda. A coluna vertebral é composta por vértebras C7 T18 L6 S5 Ca15-21 O número de vértebras que constituem a coluna vertebral, varia de espécie para espécie. Este número de cada região da coluna vertebral conhece-se como Fórmula vertebral. Animal Cervicais Torácicas Lombares Sagradas Coccígeas Bovino 7 13 6 5 18 a 21 Equino 7 18 6 5 17 a 21 Suíno 7 14 a 15 6a7 4 20 a 23 Caprino 7 13 6 4a5 11 a 14 Ovino 7 13 6a7 4 16 a 22 Coelho 7 12 7 4 14 a 16 Cão 7 13 7 3 20-23 Gato 7 13 7 3 20-24 HOMEM 7 12 5 5 4 Galinha 14 7 14 6 CARACTERÍSTICAS GERAIS DE UMA VÉRTEBRA TIPO Ruminante CORPO: é a porção ventral prismática ou cilíndrica; a sua extremidade cranial ou cabeça vertebral, é convexa e a sua extremidade caudal ou fossa vertebral é côncava Lâmina Pedículo O arco vertebral é formado nos dois lados por uma porção ventral, o pedículo vertebral, que se une ao corpo de vértebra e uma porção dorsal, a lâmina vertebral. A lâmina direita funde-se com a lâmina esquerda no plano mediano. CARACTERÍSTICAS GERAIS DE UMA VÉRTEBRA TIPO A superfície dorsal do corpo vertebral suporta o arco vertebral com as suas paredes laterais e a sua parede dorsal. Em conjunto, o corpo vertebral e o arco vertebral formam o forâmen ou orifício vertebral. Processos Vertebrais Processo espinhoso- Processo é ímpar e sobressai no plano mediano das duas lâminas vertebrais que sofreram fusão 8 Processos Vertebrais Processo transverso - Processo par que se projeta lateralmente da base dos arcos vertebrais. 9 Processos Vertebrais Os processos articulares craniais e caudais estão situados na junção dos pedículos com as lâminas vertebrais. 10 Processos articulares Craniais – superfícies articulares dirigidos dorsalmente ou medialmente Processos articulares Caudais - superfícies articulares dirigidos ventralmente ou lateralmente 11 Canal Vertebral e Forâmen Intervertebral Forâmen intervertebral - Abertura entre as vértebras adjacentes para a passagem dos nervos vertebrais; Forâmen intervertebral - Abertura entre as vértebras adjacentes para a passagem dos nervos vertebrais; 14 Espaço interarcual - Intervalo que separa os arcos adjacentes dorsalmente. Espaço delimitado dorsalmente pelos bordos dos arcos de vértebras adjacentes e lateralmente pelos processos articulares: Espaço atlanto-occipital Espaço atlanto-axial Espaço lombo-sacral Vértebras cervicais C1 = Atlas C1 e C2 – Atlas e Axis – permitem movimento livre da cabeça e são muito modificadas. O atlas é atípico, tanto estruturalmente como funcionalmente. Articula cranialmente com o osso occipital do crânio e caudalmente com o Axis. 16 CÃO EQUINO BOVINO SUÍNO ATLAS DE CÃO Vista Cranial Vista Caudal Fóvea articular cranial Fóvea articular caudal para os côndilos do para as expansões laterais do occipital Áxis Vista Dorsal Vista Ventral Vértebras Cervicais: ATLAS Incisura Alar Foramen vertebral lateral (C1) Foramen vertebral transverso O atlas é caracterizado pela ausência de corpo vertebral e de processo espinhoso e pela presença de processos articulares modificados. Em vez de corpo vertebral apresenta um arco ventral. VISTA DORSAL Superfícies articulares caudais na asa do atlas para as expansões laterais do axis Articulação sinovial atlanto-axial que permite apenas movimentos de rotação Vértebras cervicais: ATLAS O arco dorsal, fortemente convexo de um lado ao outro, delimita dorsalmente um vasto forÂmen vertebral. Cada processo transverso é alargado em forma de lâmina e constitui a asa do atlas. ÁXIS DO CÃO O Áxis ou C2 é caracterizado por um processo espinhoso alongado no sentido crânio caudal, por um corpo vertebral achatado que se prolonga cranialmente por um pivô forte, o dente do Áxis. Processo espinhoso Dente processo articular Processo transverso simples, Característico na extremidade cranial direccionado caudalmente A primeira característica é que é uma vértebra que apresenta um corpo vertebral muito comprido. O processo espinhoso apresenta- se como uma crista bem desenvolvida. Os processos articulares craniais estão modificados em expansões articulares. 23 Na face ventral, o corpo apresenta igualmente uma crista ventral bem desenvolvida que se continua pelas restantes vértebras cervicais caudais. 24 CÃO EQUINO BOVINO SUÍNO 25 As outras vértebras cervicais possuem processos espinhosos relativamente curtos. O desenvolvimento dos processos transversos aumenta progressivamente da C3 à C6. As vértebras cervicais C3-C5 são as mais similares entre elas com cabeça saliente e bastante convexa, uma fossa vertebral profunda. 26 27 C6 de Cão (Vista caudal e lateral) Processos transversos espessos e expandidos; tubérculo ventral do processo transverso, transforma-se numa lâmina 28 C7 de CÃO (Vista cranial e caudal) A C7 não possui forâmen transverso. O seu processo espinhoso é o mais comprido de todas as vértebras cervicais. Fóvea costal - Presença de uma fosseta articular sobre o bordo da fossa articular 29 VÉRTEBRAS TORÁCICAS 27 Pequeno ruminante As vértebras torácicas distinguem-se das dos outros segmentos pela presença de processos espinhosos altos e afilados 30 As vértebras torácicas distinguem-se das dos outros segmentos pela presença de facetas (fóveas) costais craniais e facetas costais caudais nas extremidades correspondentes do corpo vertebral. 31 As vértebras torácicas distinguem-se das dos outros segmentos pela presença de fóveas costais craniais e fóveas costais caudais nas extremidades correspondentes do corpo vertebral. Suino Facetas (2) e cúpula costal (3) para estabelecer articulação com as 32 costelas Nas vértebras torácicas o conjunto de uma fóvea costal caudal e uma fóvea costal cranial denomina-se cúpula costal 33 T1 – T10 2 articulações/costela T11 – T13 1 articulação/costela (ausência de fóvea costal caudal) 34 V. Anticlinal processo espinhoso é perpendicular ao eixo dorsolombar. Os processos espinhosos das vértebras que a precedem estão orientados caudalmente, enquanto os das vértebras que lhe sucedem estão inclinados cranialmente V. anticlinal 35 Vértebras lombares de cão – vista lateral As vértebras lombares têm cada uma um corpo alongado crânio- caudalmente e como característica distintiva um par de processos transversos alongados. 36 Vértebras lombares de cão – vista lateral Cranial Os processos espinhosos são robustos e a sua altura é sensivelmente a mesma. 37 Processos transversos - bem desenvolvidos; alongados e achatados dorso- ventralmente. Quase sempre, o seu comprimento aumenta da 1º até à penúltima, com excepção dos equídeos. No cão estão dirigidos cranioventralmente. 38 Vértebra lombar de suíno. Vista caudal: 1) Processo espinhoso; 2) Processo articular cranial; 3) Processo articular caudal; 4) Processo transverso; 5) Fossa da vértebra. Notar que o corpo da vértebra nesta vista apresenta-se côncavo pois é a vista caudal. 39 Corpo vertebral semelhante em forma às torácicas, mas já mais comprido e largo e no qual não existe diferença acentuada entre a face cranial convexa e a face caudal concava. Processos transversos, bem desenvolvidos, alongados e achatado dorso- ventralmente. Todavia podem ser observados processos transversos com orientação crânio- ventral (cão) ou até mesmo horizontais (ruminantes e equino) 40 VÉRTEBRA LOMBAR DE EQUINO Superfície articular do processo transverso Equídeos- processos transversos da última lombar apresentam facetas articulares que articulam com os processos transversos da vértebra precedente e com a base do sacro (articulações inter transversárias) Equídeos-Particularidade Processos transversos da última lombar apresentam facetas articulares que articulam com os processos transversos da vértebra precedente e com a base do sacro (articulações inter transversárias) Sacrum de equino. Vista lateral esquerda Peça óssea ímpar que resulta da fusão das vértebras sacrais Homem, Cavalo, Boi, Cabra – 5 2 faces (dorsal e ventral ou pélvica) Ovino – 4 (por vezes 3 ou 5) Base cranial Carnivoros - 3 Apex caudal 43 Sacrum de equino. Vista lateral esquerda O sacro caracteriza-se pela presença de duas faces (dorsal e ventral ou também designadas por glútea e pelviana), dois bordos (lateral direito e lateral esquerdo), uma extremidade cranial - a base e uma extremidade caudal - o ápex. SACRO DE EQUINO e de RUMINANTE Vista lateral e dorsal Crista sacral mediana - Composta pela fusão completa das apófises espinhosas nos bovinos e nos cavalos velhos. No entanto, nos outros animais, somente a base das apófises espinhosas se encontra fundida. A porção lateral do sacro resulta da fusão completa dos processos transversos das vértebras sacrais e cranialmente apresenta-se muito alargada formando a asa do sacro, apresentando uma superfície articular na face dorsal (face auricular) que vai estabelecer articulação com uma faceta similar numa peça óssea designada ílio que faz parte da cintura pélvica e que corresponde à articulação sacroilíaca SACRO DO CÃO: vistas dorsal e ventral Sacrum de equino. Situa-se entre os dois ossos ilíacos, com os quais se articula. A superfície dorsal apresenta varias marcas que resultam da fusão. A crista sacral mediana representa a fusão dos processos espinhosos (fusão de 5 vértebras). 48 Processo transverso, Sacrum de equino. face articular Incluído na base do sacro (cranial) encontram-se os processos articulares craniais para articulação à vértebra precedente e os processos transversos com face articular para L6. Incluído na parte lateral do sacro tem-se a asa do sacro e pode ver-se a tuberosidade sacral (vista dorsal). Pode também ver-se a superficie auricular. SACRO DE BOVINO VÉRTEBRAS COCCÍGEAS OU CAUDAIS 52 As vértebras coccígeas constituem a base óssea da cauda e o número intra espécie é muito variável; Com exceção das primeiras, elas são incompletas e, por exemplo nas últimas estão reduzidas ao corpo; As suas extremidades craniais e caudais são convexas, são ditas de vértebras anficélicas (dupla cabeça) As vértebras coccígeas de carnívoros e de ruminantes apresentam, na sua face ventral, um arco designado arco hemal (Arcus hemalis). Este resulta da fusão de duas lâminas paramedianas e ventrais, uma direita e outra esquerda, designadas processos hemais 54 Estes arcos assumem a forma de Y ou V e são importantes na proteção da artéria coccígea mediana que passa através deles Estes arcos assumem a forma de Y ou V. estes arcos são importantes na proteção da artéria coccígea mediana que passa através deles. REGIÃO TORÁCICA M.J. Lança M.J. Lança 2024 2025 REGIÃO TORÁCICA M.J. Lança A caixa torácica, que circunscreve a cavidade torácica (Cavum thoracis), é delimitada dorsalmente pelas vértebras torácicas, lateralmente pelo corpo das costelas e ventralmente pelas estérnebras que constituem o esterno. 3 A cavidade torácica apresenta várias aberturas tais como a abertura torácica cranial, a abertura torácica caudal, o arco costal e os espaços intercostais. A abertura torácica cranial permite a comunicação com a região cervical. 4 A cavidade torácica apresenta a abertura torácica cranial, a abertura torácica caudal, o arco costal e os espaços intercostais. A abertura torácica caudal encontra-se revestida por um músculo chamado diafragma, que separa a cavidade torácica da cavidade abdominal. 5 O número de costelas corresponde ao número de vértebras torácicas: 12 pares no Homem, 13 pares nos ruminantes e carnívoros, 14-15 pares nos porcos 18 pares nos cavalos. As costelas são ossos pares alongados que delimitam lateralmente a cavidade torácica. Cada costela compreende duas porções: uma porção dorsal óssea e uma porção ventral cartilaginosa que se unem na junção costo-condral. As porções cartilaginosas são designadas cartilagens costais A parte óssea da costela constitui aquilo que se designa por costela óssea e é formada por uma extremidade dorsal ou vertebral, um corpo e uma extremidade ventral Terminologia da Costela A extremidade dorsal ou vertebral da costela caracteriza- se pela presença da cabeça costal (a), pela presença do tubérculo costal (b) e entre estes dois acidentes ósseos articulares, o colo. Terminologia da Costela O corpo da costela forma um ângulo com a extremidade dorsal, o qual é mais aberto em direção cranioventral nas primeiras costelas da série. O corpo costal caracteriza-se por apresentar duas faces, a lateral e a medial, e dois bordos, o cranial e o caudal A primeira costela é sempre curta, pouco arqueada, larga e espessa. A sua cabeça é bem desenvolvida e o tubérculo costal proeminente. O colo que as separa é curto. Ângulo costal com maior amplitude crânio-ventral nas primeiras costelas. Costelas de pequeno ruminante 13 Em relação às costelas intermédias, verifica-se que: Aumento da obliquidade; Aumento do comprimento da primeira até cerca de metade da série costal, e depois diminui até à última costela; Aumento da largura nas primeiras e diminuição nas últimas; As costelas da região torácica média são as mais arqueadas A última costela é delgada, muito pouco encurvada e relativamente curta. Não possui colo costal; o tubérculo, muito apagado, possui a sua superfície articular fundida com a da cabeça costal a cabeça e, sobretudo, o tubérculo costal, diminuem de volume da primeira à última costela; o tubérculo costal, francamente lateral na primeira costela, torna-se progressivamente mais caudal e, nas últimas costelas, aproxima-se muito da cabeça, até ao ponto de se fundir com aquela na última, ou nas últimas costelas. As costelas craniais encontram-se unidas diretamente ao esterno por intermédio das suas cartilagens, e por isso são denominadas de costelas verdadeiras ou esternais. As costelas cuja cartilagem costal se articula com a cartilagem costal da costela que a precede e, não diretamente com o esterno, tomam a designação de costelas asternais ou falsas (d). As costelas mais caudais podem apresentar cartilagem costal rudimentar e, como tal, não alcançam a cartilagem costal da costela precedente, ficando a costela solta no flanco do animal. Estas costelas tomam a designação de costelas flutuantes (e). A união das cartilagens costais destas costelas forma o limite mais caudal da parede torácica e toma a designação de arco costal 20 21 ESTERNO 22 O Esterno é constituído por uma série de ossos ímpares que formam o “chão” da cavidade torácica. Constitui o limite ventral da mesma. O esterno é um osso mediano segmentado cujos segmentos se denominam estérnebras unidas umas às outras mediante cartilagem esternebral. 23 O esterno apresenta duas faces (dorsal e ventral), dois bordos (laterais e simétricos) e duas extremidades (cranial e caudal). A face dorsal é endo- torácica e encurvada em sentido crânio-caudal. A face ventral é a face exo- torácica e, pode caracterizar-se pela presença, no plano mediano, de uma crista ventral 24 O número de estérnebras que compõem o esterno é variável nas espécies, sendo de 6 nos ovinos e suínos, 7 em bovinos, 7 (ou 8) nos equinos e 8 ou 9 nos canídeos. 25 Carnívoros Possuem oito esternebras (por vezes nove) que só se encontram fundidas nos animais muito idosos. Manúbrio provido de uma cartilagem bem desenvolvida. Processo xifóide que se continua caudalmente por uma pequena cartilagem. GRANDE RUMINANTE Sete estérnebras achatadas dorso ventralmente. O manúbrio é maciço e piramidal, e forma quase um ângulo reto com a segunda estérnebra, Ventralmente possui uma suave crista esternal que desaparece junto à segunda estérnebra. Sete estérnebras achatadas dorso ventralmente; O manúbrio é maciço e piramidal, e forma quase um ângulo reto com a segunda estérnebra, Esterno de grande ruminante Vista dorsal Ventralmente possui uma suave crista esternal que desaparece junto à segunda estérnebra.. Esterno de grande ruminante, vista ventral Vista Dorsal Vista Ventral O corpo do esterno estende-se caudalmente até à área de inserção da última costela verdadeira. EQUINO Cavalo (Equus ferus caballus) Equino possuem sete (por vezes oito) esternebras. Corpo esternal achatado lateralmente, formando uma crista dorsal e outra ventral. Só é achatado dorsoventralmente na sua porção caudal. O manúbrio é achatado, estendendo-se cranialmente ao primeiro par de costelas; o processo xifóide prolonga-se caudalmente por uma cartilagem comprida, delgada e arredondada. ARTICULAÇÕES ENTRE A COLUNA VERTEBRAL E AS COSTELAS ARTICULAÇÃO COSTO-VERTEBRAL 35 Articulação costo-vertebral As vértebras torácicas distinguem-se das dos outros segmentos pela presença de facetas costais craniais e facetas costais caudais nas extremidades correspondentes do corpo vertebral. A união de 2 facetas forma a cúpula costal (b) para estabelecer articulação com a cabeça costal. 36 Nas vértebras torácicas o conjunto de uma fóvea costal caudal e uma fóvea costal cranial denomina-se cúpula costal 37 A cabeça costal apresenta uma face articular com duas superfícies articulares separadas por uma crista e que servem para estabelecer articulação com as fóveas costais das vértebras torácicas correspondentes que constituem a 38 cúpula costal. A articulação costovertebral é constituída pelas superfícies articulares da cúpula costal do corpo de duas vértebras torácicas adjacentes e pela cabeça costal. A articulação costovertebral é uma articulação sinovial esferoidal que permite ligeiros movimentos de deslize. 39 ARTICULAÇÃO COSTO-VERTEBRAL Os meios de união são a cápsula articular, o ligamento radiado e o ligamento inter capital, intra-articular que emite fibras que se fixam ao disco intervertebral e às regiões adjacentes das vértebras 40 ARTICULAÇÃO COSTO-TRANSVERSÁRIA Tem como superfícies articulares a fóvea costal do processo transverso (a) da vértebra torácica do mesmo número de ordem da costela e a superfície articular do 41 tubérculo costal. ARTICULAÇÃO COSTO-TRANSVERSÁRIA Como meios de união existe a cápsula articular e o ligamento costo-transverso que liga o colo da costela e o processo transverso da vértebra torácica 42 A cabeça das costelas 1 até à 10ª articula com as fóveas costais de duas vértebras contíguas (cúpula costal) e com a fibrocartilagem interveniente. O tubérculo costal articula com a fóvea costal do processo transverso da vértebra com o mesmo número de ordem Cúpula costal: união de 2 fóveas costais para articulação com a cabeça da costela 43 As cabeças das costelas de número de ordem 11 a 13 articulam apenas com as fóveas costais dos corpos das vértebras do mesmo número de ordem. Fóvea costal do processo transverso para articulação com o tubérculo da costela do mesmo número de ordem. 44 O tubérculo costal é mais caudal que a cabeça costal e tem inclinação dorso- caudal. Caracteriza-se por apresentar uma superfície articular plana com ligeira concavidade que estabelece articulação com a fóvea costal do processo transverso da vértebra torácica do mesmo número de ordem 45 ARTICULAÇÕES DO TORÁX ARTICULAÇÃO ESTERNAL: entre as estérnebras. É constituída por cartilagem hialina sendo a articulação esternal classificada como uma articulação cartilaginosa (sincondrose). Os meios de união são a membrana esternal e os ligamentos esternais. Com a idade, esta cartilagem acaba por ossificar. Não existe movimento entre as estérnebras 46 ARTICULAÇÃO ESTERNO-COSTAL As costelas não articulam unicamente com as vértebras torácicas, mas a nível ventral articulam com o esterno mediante uma articulação sinovial denominada esterno costal, no caso das costelas esternais. 47 ARTICULAÇÃO ESTERNO-COSTAL Cada par de cartilagens costais articula-se na união entre duas estérnebras, chamada incisura costal, com exceção da última estérnebra que pode receber dois pares de cartilagens costais. As superfícies articulares são a incisura costal e a cartilagem costal, e os meios de união são a cápsula articular e os ligamentos dorsal e ventral esterno-costais 48 Articulação costo-condral: osso costal e cartilagem costal. Cada costela é formada pela porção óssea e pela porção cartilaginosae estas duas porções articulam entre si através de uma articulação chamada costo-condral (sincondrose no caso do equino, carnívoros e coelho, e sinovial no caso do suíno e ruminantes) cujas superfícies articulares são o osso costal e a cartilagem costal.49 Articulação intercondral: fibrosa, sindesmose. Entre costelas asternais Membrana intercostal externa e interna 50

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