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27/08/2022 BIO T ECNO LO G I A E O BST ET RÍCI A APLI C A D AS À M EDICIN A VET ERIN ÁRI A P R O FA. B I A N C A G E R A R D I Fisiologia e Patologia da Gestação...

27/08/2022 BIO T ECNO LO G I A E O BST ET RÍCI A APLI C A D AS À M EDICIN A VET ERIN ÁRI A P R O FA. B I A N C A G E R A R D I Fisiologia e Patologia da Gestação 1 27/08/2022 As alterações patológicas da placenta Patologias da podem modificar o curso da gestação gestação normal, podendo determinar a morte do(s) Interrupção feto(s) ou parto prematuro. terapêutica da gestação Hidropisia das membranas fetais  Patologia específica de bovinos (equinos- aumento de líquidos e ovelhas (2 ou 3) e algumas cadelas) Aumento exagerado do líquido fetal (normal nos grandes animais é de até cerca de 20 L) 1. Saco alantoide (hidroalantoide** comum) 2. Saco amniótico (hidrâmnio) – bovino bulldog- hereditária (gene de dominância incompleta )  A maioria dos casos de hidropisia dos envoltórios fetais só aparece nos últimos 3 meses de gestação. Suas causas não são totalmente conhecidas. 2 27/08/2022 (Pereira et al, 2010) Hidropisia das membranas fetais Malformações dos fetos (anencefalia, hidrocefalia, monstro duplo, esquizotossoma reflexo e outras). Distúrbios hepatorrenais do feto também são associados a hidroalantoide. A hidronefrose é malformação que pode aumentar de forma exagerada a excreção renal, a qual se acumula no alantoide.  As torções ou compressões do cordão umbilical podem determinar alterações congestivas e edematosas da placenta, seguidas de transudação de líquido e hidropisia. 3 27/08/2022 Sinais progressivos:  Distensão abdominal  formas leves: ligeiro aumento bilateral do volume abdominal (inércia uterina acompanhada de dilatação insuficiente da cérvix.)  Quanto mais tardio o acúmulo de líquidos, mãos chances de levar a gestação a termo.  Em animais com distensão exagerada (6 e 7 mês de gestação), tendem a óbito (compressão de órgãos e vasos). Hidropsia Ascite (Gradela; Trevisan, 2016) Diagnóstico:  Histórico  Sinais clínicos Achados clínicos: palpação retal observam-se útero distendido e falha na palpação do feto, dada a grande quantidade de líquido.  US Hidropsia 4 27/08/2022 Complicações:  No pré-parto: prolapso vaginal, paraplegia, hérnia abdominal ou ruptura da parede abdominal, ruptura de útero e colapso.  No pós-parto:  colapso pela descompressão dos órgãos abdominais, de modo que o sangue aflui aos vasos abdominais, diminuindo a circulação no cérebro e no coração; atonia de útero e retenção de placenta; e diminuição da produção leiteira ou agalactia.  retenção de placenta e retardo na involução uterina com Hidropsia consequente metrite. Tratamento  Avaliar as condições do paciente (recorrente?)  Próximo ao parto, é aconselhável a indução do parto com o uso de corticosteroides sintéticos como a dexametasona ou flumetasona, associados ou não à ocitocina.  Drenagem lenta do fluido para prevenir a ocorrência de choque hipovolêmico. Em alguns casos, o veterinário pode optar pela cesariana. Hidropsia 5 27/08/2022 COMPLICAÇÕES PLACENTÁRIAS NA GESTAÇÃO MÚLTIPLA PATOLÓGICA Identifica-se como prenhez múltipla patológica quando está presente um número de fetos maior do que o considerado normal para a espécie ou raça. Normal:  Égua e vaca: uníparas (partos gemelares ocorrem na proporção de 1 e 2%,respectivamente)  Ovelha: 1 ou 2 cordeiros  Cabra: 1 a 3 cabritos  Porca: 10 a 12 leitões  Cadelas:  Grandes: 8 a 12 filhotes  Pequenas: 2 a 6 filhotes  Gatas: 2 a 5 gatinhos. COMPLICAÇÕES PLACENTÁRIAS NA GESTAÇÃO MÚLTIPLA PATOLÓGICA Etiologia: O número de fetos é uma característica própria da espécie e a aptidão para a ovulação dupla ou múltipla é um fator hereditário. Essa aptidão, associada a fatores ambientais como boa alimentação e influência de tratamentos hormonais, é a causa principal da prenhez múltipla patológica.  A ovulação sincrônica, que pode ocorrer em ovários diferentes com separação de até 1 dia entre as ovulações  A ovulação assincrônica, a qual ocorre com intervalo de 2 a 10 dias no mesmo período de estro. Em cadelas a ocorrência do último tipo de ovulação pode levar ao desenvolvimento de fetos com idades diferentes. Essa patologia é chamada de superfetação. 6 27/08/2022 COMPLICAÇÕES PLACENTÁRIAS NA GESTAÇÃO MÚLTIPLA PATOLÓGICA Sinais: Alterações funcionais, por compressão dos órgãos maternos e distúrbios metabólicos.  Taquipneia e respiração superficial por compressão do diafragma  Perturbações digestivas por compressão e deslocamento das vísceras  Perturbações cardiocirculatórias, principalmente edemas e transudações cavitárias por compressão de vasos sanguíneos  Enfraquecimento da gestante, associado a distúrbios metabólicos, o que pode determinar decúbito permanente  Alterações mecânicas no parto (insuficiência das contrações, atonia uterina e retenção de placenta). COMPLICAÇÕES PLACENTÁRIAS NA GESTAÇÃO MÚLTIPLA PATOLÓGICA Evolução: Equinos, a maior parte das gestações gemelares é perdida, com morte de um ou ambos os produtos no decorrer da gestação, nascimento de potros fracos. 7 27/08/2022 COMPLICAÇÕES PLACENTÁRIAS NA GESTAÇÃO MÚLTIPLA PATOLÓGICA Diagnóstico  US: início da gestação (visualizar duas vesículas embrionárias)  Palpação retal em qualquer período. Há distensão exagerada e repleção do útero. As partes palpáveis dos fetos são menores que o normal.  Prenhez múltipla patológica X hidropisia dos envoltórios JHS Clínica e Reprodução Equina COMPLICAÇÕES PLACENTÁRIAS NA GESTAÇÃO MÚLTIPLA PATOLÓGICA Tratamento  Esmagamento de uma das vesículas (até os 15 dias após a ovulação, constituindo a ruptura transretal da vesícula embrionária- antes da fixação)  Interrupção da gestação: PGF2a a ser administrada, de preferência, antes dos 35 dias de gestação.  Acompanhamento e cesárea JHS Clínica e Reprodução Equina 8 27/08/2022 Esmagamento manual Pneumovagina Placentite associada a vaginite  Causas mais comuns de perda embrionária  A infecção do útero e, consequentemente, da placenta, possa ser causada por via hematógena por uma infecção materna, também pode ser decorrente de contaminação por um foco local em animais com endometrite.  Infecção ascendente que adentra o útero via cérvix.  Streptococcus zooepidemicus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Klebsiella aerogenes e Enterobacter agglomerans. 9 27/08/2022 Placentite  espessamento edematoso do corioalantoide, que se inicia na região da estrela cervical e pode estenderse por uma área placentária variável, dependendo da gravidade.  cório afetado aparece coberto por um exsudato espesso, de coloração amarronzada, constituído por sangue e resto tecidual das vilosidades contaminadas. Normalmente, uma demarcação bem definida divide o cório afetado do sadio. Placentite  E o feto?  Sofre contaminação pela disseminação do patógeno para as cavidades amniótica e alantoidiana, atingindo o estômago e o pulmão fetal, ou pelas veias alantoidianas.  Em alguns casos podem ocorrer septicemia e morte do feto antes do abortamento  A gestação pode continuar enquanto a área funcional da placenta for suficiente para manter a viabilidade fetal. 10 27/08/2022 Placentite  E a égua?  As éguas afetadas não só são incapazes de manter a gestação até o fim como costumam apresentar índices de concepção baixos durante a estação de monta seguinte.  comprometimento da nutrição fetal, levando ao estresse, o que pode resultar no parto prematuro.  Lesões endometriais permanentes Placentite  Sinais Clínicos:  desenvolvimento do úbere, lactação prematura,  abertura da cérvix e corrimento vaginal,  aborto pode ocorrer na ausência desses sinais.  a aceleração da maturação fetal e parto prematuro, sendo uma das principais causas de morte dos neonatos nas  primeiras 24 h de vida. 11 27/08/2022 Placentite  Sinais Clínicos:  Onda de liberação de Prostaglandinas sistêmicas  Citocinas pró inflamatórias aumentam a captação de PGE2 e PGF2a pelo âmnio e cório.  início da atividade miometrial do útero e à maturação acelerada do eixo hipotalâmico hipofisário do feto, levando ao parto prematuro  Queda dramática das concentrações de glucose sanguínea no feto. Diagnóstico:  Sinais Clínicos  US 12 27/08/2022 Placentite  Tratamento  protocolos de tratamento incluem a administração de antibióticos e antiinflamatórios, bem como a (sulfa com trimetoprim, suplementação com progesterona exógena. ceftiofur ou penicilina e gentamicina), pentoxifilina, 1. Inibir o crescimento bacteriano e a contaminação da altrenogest* e AINES placenta 2. Bloquear a expressão e a liberação de citocinas próinflamatórias e prostaglandinas 3. Manter a quiescência uterina*. 13 27/08/2022 Mumificação fetal Conjunto de modificações que um feto morto sofre no 2o ou último terço de gestação Permanência no útero Sem contaminação Persistência do CL (na vaca e na égua) ou quando existem outros fetos vivos processo asséptico de involução do feto condições precárias de oxigenação, cérvix está fechada e não ocorre infecção por via hematógena. Involução placentária ou de carúncula: hemorragia de intensidade variável Mumificação fetal entre o endométrio e as membranas fetais Fases: Absorção o plasma deixa massa gomosa, vermelho amarronzada Reabsorção dos líquidos fetais Reabsorção dos líquidos intersticiais do feto, ocorrendo seu ressecamento e retração (diminuição de volume) Endurecimento das partes do feto, raramente apresentando depósito de cálcio Ressecamento da placenta, que adquire tonalidade escura. 14 27/08/2022 Mumificação fetal Etiologia: Torção do cordão umbilical, ou torção uterina seguida de compressão do cordão umbilical e consequente interrupção da alimentação fetal Problemas placentários que levem à diminuição das áreas de vilosidades placentárias Traumatismos Aplicação de hormônios (progesterona) em pequenos animais. Mumificação fetal Sinais: Durante a fase da morte fetal, é possível observar certos distúrbios passageiros, como indigestão e cólicas (temporárias) Vaca: 3º e o 8º mês de gestação e o feto pode permanecer no útero de 3 a 24 meses Égua: até três meses Ovelha: 9 a 24 meses Ausência de cio ou parto Palpação retal: presença do feto com ausência de fluidos. 15 27/08/2022 Égua expulsão espontânea Mumificação fetal Tratamento: retirada da múmia PGF2a ou glicocorticoides (dependendo do período de gestação) retirar manualmente a múmia expelida para o interior da vagina 2 ou 3 dias após a indução do abortamento Abertura cervical insuficiente: cipionato de estradiol – ECP (5 a 10 mg) 1 vez a cada 2 dias durante 4 a 7 dias. Cesariana Atb Maceração fetal Processo séptico de destruição do feto morto retido no útero depois de 3 meses de gestação. O período de evolução é de mais de 3 dias. Amolecimento e até liquefação dos tecidos moles do feto, permanecendo íntegro apenas o esqueleto. Cérvix aberta Feto morto no ambiente uterino Mais comum em bovinos 16 27/08/2022 Maceração fetal Etiologia: Semelhante a munificação Cérvix aberta Contaminação do feto e seus anexos Bactérias da vagina que penetram no útero pela cérvix ou a multiplicação de germes do próprio útero Infeções pela Tritrichomonas foetus Maceração fetal Sinais: Ocorrência de esforços expulsivos intermitentes (caracterizados pela atuação da musculatura abdominal) Corrimento vaginal de cor castanha, de cheiro fétido, às vezes contendo tecidos moles e ossos Temperatura e pulso elevados Anorexia e emagrecimento da mãe por causa da metrite crônica 17 27/08/2022 Maceração fetal Sinais: Diminuição ou parada da produção leiteira e, às vezes, diarreia Septicemia com grave comprometimento do estado geral da paciente, com sintomas de septicemia Perfuração da parede uterina pelos ossos e peritonite Esterilidade nos casos graves. Maceração fetal Diagnóstico: Prognóstico ruim: Lesão de tecido uterino Infecção Exame clínico Palpação retal: pequena flutuação uterina, espessamento da parede do útero, ausência do frêmito da artéria uterina e percepção de ossos reunidos no corpo do útero. Inspeção vaginal, observam-se pelos da vulva aglutinados e corrimento vaginal fétido de coloração escura contendo partes do feto macerado (ossos ou tecidos moles). 18 27/08/2022 Maceração fetal Tratamento: Vaca: abortamento; retirar os ossos ou restos fetais que permanecerem na vagina (2 a 3 dias). Abertura insuficiente da cérvix: estrógeno Égua: dilatação manual da cérvix para retirada dos restos fetais. Tratamento para metrite Abate Ocasiões em que pode ser necessário: Interrupção da ◦Vida da fêmea gestante está em risco gestação ◦Morte fetal confirmada, sem expulsão Interrupção espontânea terapêutica da gestação 19 27/08/2022 Interrupção da gestação Tratamento base de escolha ◦ PGF2α ◦ Antes da formação dos cálices endometriais (35 dias de gestação) ◦ Preferível tratar entre 10 a 15 dias após a cobertura Infusão intra uterina com 250 a 500mL de solução fisiológica durante o mesmo período pode ser efetivo. Efeito físico de retirada do embrião Interrupção da gestação  Dia 4-5 até 150 dias de gestação: PGF2α  Após 150 dias a placenta é a principal produtora de progesterona  Corticosteróide associado 20 27/08/2022 Interrupção da gestação  Dia 4 até 12 dias de gestação: PGF2α  Período tardio (após 45 dias) CL não é mais a principal fonte de progesterona.  Corticosteróide associado 21

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