AULA 02 - Diabetes e Hiperglicemia PDF
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Universidade Federal do Piauí
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These notes detail information on diabetes mellitus and hyperglycemia in the context of the body. The text details the causes, production of the disease, and diabetes types. Including diagnosis and monitorment methods. It focuses on aspects like insulin production, types of diabetes, and diagnostic testing.
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AULA 02 – Diabetes e Hiperglicemia 1. Diabetes É uma patologia que acomete milhares de pessoas no mundo inteiro ▪ Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio i...
AULA 02 – Diabetes e Hiperglicemia 1. Diabetes É uma patologia que acomete milhares de pessoas no mundo inteiro ▪ Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta. A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta, portanto, em acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos de hiperglicemia. Diabetes Melitos ▪ Distúrbio endócrino (ou seja, é um distúrbio hormonal) caracterizado pela hiperglicemia (aumento da concentração de glicose na corrente sanguínea), devido a deficiência na produção ou resistência a ação da insulina. Portanto a diabete melitos se faz recorrente por duas condições: o Tem uma deficiência na produção da insulina; o Ou, os receptores celulares se encontram resistentes a ação da insulina. ▪ A distribuição mundial da diabetes tem: A europa e a áfrica com os menores índices de diabetes o OBS – Norte da África e oriente médio, possuem mais casos – logo atrás temos a América do norte e as ilhas caribenhas. Produção da Insulina ▪ Essa produção ocorre através das células chamadas de ilhotas de Langerhans, que se espalham pelo tecido do pâncreas como pequenas ilhas. São as ilhotas de Langerhans que contêm células alfa responsáveis por secretar glucagon e células beta que secretam a insulina, ambas diretamente na corrente sanguínea. ▪ A insulina é produzida no pâncreas, nas ilhotas de Langerhans, nessas ilhotas temos a presença das células Beta, essas células são as que secretam a insulina. ▪ Tanto a produção quando a liberação da insulina é dependente de estimulo, no caso a presença da glicose na corrente sanguínea. ▪ A glicose tem um receptor específico para a entrada na célula, assim como a própria insulina possui um receptor. Quando a insulina se liga ao seu receptor, ocorre uma série de eventos intracelulares; o O mRNA faz com que vesículas intracelulares façam receptores de membrana, para que posteriormente essa vesícula se funde a membrana e externaliza o transportador de glicose (o que faz a internalização da glicose); o na imagem ao lado temos exemplos de transportadores de glicose; o Vale ressaltar que os receptores possuem afinidade diferente para a glicose. o Quanto menor o km (constante da glicose em mol/l), maior é a afinidade do transportador de glicose. Tipos de Diabetes A principal causa da diabetes do tipo I – como é uma “doença autoimune” temos que o sistema imune destrói as células produtoras de insulina; A causa da diabetes tipo II – tem mais relação com o estilo de vida da pessoa, alimentação inadequada, falta de exercícios; Carboidratos Glicose ▪ Amido, frutose, galactose, quando são metabolizados no sistema digestório, eles liberam moléculas de glicose. Mesmo que diminuirmos a ingestão de glicose, é muito difícil deixar de ingerir totalmente pois, a glicose está presente em diversos alimentos. o Como por exemplo, algumas frutas possuem um índice glicêmico bem alto. Diagnóstico e monitoramento de pessoas com diabetes ▪ Concentração de Glicose sanguínea em jejum: Medida após 10h (no mínimo); Diagnóstico considerado positivo depois de feito duas avaliações ▪ Teste oral de tolerância a glicose: Pode ser utilizado para confirmar a diabetes; Apresenta um incômodo. o É feito uma coleta logo que o paciente chega no laboratório (coleta no tempo 0); o Após é feito uma ingestão oral de glicose, de aproximadamente 75g diluída em água; o Após isso é realizado várias coletas de 30 em 30 minutos; ▪ Que pode variar até 5 coletas feitas, em geral são feitas menos coletas; o Após isso é realizado a interpretação dos resultados das coletas; ▪ Portanto para o diagnóstico da hiperglicemia (concentração de glicose no sangue), o ideal é a glicose sanguínea em jejum e o teste oral de tolerância a glicose; ▪ Glicose sanguínea aleatória É feita a qualquer momento do dia, mas nesse caso a faixa de referencia da glicose é diferente daquela que é coletada com jejum; É utilizado mais para uma condição emergêncial; ▪ Ponto crítico da diabetes é a glicose está acima de 126 normalmente. ▪ no individuo normal, podemos notar que após a ingestão da glicose com o passar do tempo os valores vão diminuindo e podem chegar a ser menos do que o valor medido inicialmente, como o que acontece após 4h de ingestão. No individuo com diabetes não observamos esse feito; Outro teste que é utilizado como monitoramento é: ▪ Teste da hemoglobina glicada Quando temos um momento resistente de hiperglicemia, as proteínas podem se unir as glicoses independente de uma ação enzimática, onde o carboidrato se liga ao nitrogênio do aminoácido terminal; Hemoglobina glicada é utilizada como monitoramento e não como diagnóstico; o Quando a pessoa já tem o diagnóstico de diabetes, ele pode utilizar o teste de hemoglobina glicada como forma de monitoramento; Hemoglobina glicada também faz uma marcação do comportamento alimentar do indivíduo; o A principal hemoglobina é a hemoglobina A ▪ Hemoglobina glicada (A1c); Hemoglobina humana do adulto é constituída de: o Hb A (97% do total) o Hb A2 (2,5 do total) o Hb F (0,5 do total) A Hg A é constituída de 4 cadeias peptídicas, duas alfas e duas beta. A1c é formada pela condensação da glicose com a valina N-terminal da cadeia beta da HbA. Teste para controle diabético ▪ Frutosamina É a ligação da glicose a albumina. É uma analise de tempo menor, não mostra um comportamento maior como o da hemoglobina glicada. Controle de tempo menor que a hemoglobina glicada. ▪ Albuminúria A albumina, a proteína mais abundante no sangue, também é utilizada nos testes controle para indivíduos diabéticos. o Isso porque o indivíduo que tem diabetes, ele tem como consequência, além da rigidez endotelial, consequências graves como a retinopatia diabética, comprometimento renal, e esse comprometimento renal vai fazer com que o rim deixe passar a albumina pela urina. ▪ Albumina na urina, temos problemas no rim, mais associado a diabetes. Taxas entre a normalidade e a macroalbuminúria (presença em maior concentração, de albumina na urina). ▪ O carboidrato glicose tem uma facilidade de se ligar a proteína, e ele se liga as proteínas do endotélio vascular o que gera a rigidez do endotélio vascular, e é essa a grande problemática do indivíduo diabético – que é a micro e a macro angiopatia (enrijecimento dos grandes e pequenos vasos). E esses vasos rígidos acabam prejudicando a vascularização do tecido, consequentemente a sua manutenção, regeneração, e é por isso que o indivíduo diabético tem uma dificuldade maior de cicatrização, pela falta de vascularização. o Esse enrijecimento do vaso contribui também para o rompimento dos mesmos. o A variação espontânea e natural dos vasos, ou seja, sua dilatação e sua contração, com os vasos enrijecidos, essa plasticidade dos vasos é perdida e pode acabar rompendo-o. ▪ E é aqui que podemos ter os acidentes vasculares, como por exemplo o do coração e o do cérebro. Valores de Referência