Aula Sistema Endócrino PDF

Sistema Endócrino Disciplina: SOI III - Histologia Professores:Dra. Isadora Machado Teixeira Lima Dra. Luana Maria Castelo Melo Silva Sistema Endócrino ORIGEM Durante o processo evolutivo, os organismos multicelulares desenvolveram mecanismos para coordenar as funções dos diversos órgãos, o que foi...

Sistema Endócrino Disciplina: SOI III - Histologia Professores:Dra. Isadora Machado Teixeira Lima Dra. Luana Maria Castelo Melo Silva Sistema Endócrino ORIGEM Durante o processo evolutivo, os organismos multicelulares desenvolveram mecanismos para coordenar as funções dos diversos órgãos, o que foi obtido com os sistemas nervoso e endócrino. Todas as glândulas endócrinas são do tipo epitelial e a maioria delas provém de populações celulares originadas em uma superfície, externa do corpo. Essas células superficiais migram e se deslocam até a sua localização final. Em seguida, perdem conexão com a superfície de origem e estabelecem relação estreitas com capilares sanguíneos, nos quais derramam seus produtos de secreção. As glândulas são classificadas em: Exócrina Glândulas sudoríparas, sebáceas, mamárias, lacrimais e salivares  Endócrinas: Tireoide, Adrenais Sistema Endócrino  É o sistema glandular desprovido de dutos, ou seja, composto por glândulas de secreção interna  Os produtos de secreção das denominados hormônios Proteínas  Os hormônios, em geral, são lançados na corrente sanguínea, e através desta atingem seus órgãos-alvo (presença de receptores) glândulas Derivados do colesterol endócrinas são CIÊNCIAS, 8º Ano do Ensino Fundamental Glândulas e suas funções SISTEMA ENDÓCRINO - A ação do hormônio se dá quando este é lançado através da corrente sanguínea pelas glândulas endócrinas e, assim, chegando à célula-alvo, liga-se a receptores específicos localizado na superfície das células. Célula alvo Célula Segregadora VASO SANGUÍNEO Célula alvo As células endócrinas se organizam em glândulas de duas principais maneiras: → glândula endócrina cordonal: em forma de cordões celulares entre os quais há vasos sanguíneos.(Adrenal, paratireóide, pâncreas endócrino. → glândula endócrina folicular: em forma de esferas nas quais as células formam as paredes e o espaço central contém o produto da secreção. Ex: tireoide. Sistema Endócrino São consideradas estruturas endócrinas (produtores de hormônios): Hipófise Adrenais Tireóide Paratireóides Glândula pineal Ilhotas de Langerhans Eixo hipotálamo-hipofisário: conexão perfeita entre sistema nervoso e sistema endócrino O hipotálamo participa no controle das funções vegetativas e endócrinas do organismo, sendo considerada uma região do diencéfalo, que faz a ligação do sistema nervoso com o sistema endócrino. O eixo estabelecido com a hipófise regula a secreção de muitos hormônios. Atenção! O hipotálamo faz parte do sistema nervoso, enquanto a hipófise compõe o sistema endócrino. O sistema nervoso capta informações do meio externo e “fornece” essas informações ao sistema endócrino, que por sua vez “trabalha” (secretando hormônios) a fim de manter a homeostase, isto é, o equilíbrio interno. Ou seja, a ligação entre os dois sistemas permite a coordenação e regulação, e dessa forma o correto funcionamento do nosso organismo. Os hormônios oxitocina e ADH são produzidos no hipotálamo. A neuro-hipófise armazena dois hormônios, a vasopressina (ADH, ou hormônio anti-diurético) e a oxitocina. - Hormônio do crescimento (GH) - Prolactina - Hormônio folículo estimulante (FSH) - Hormônio luteinizante (LH) - Corticotropina (ACTH) - Tireotropina (TSH) Hipófise  A hipófise ou pituitária é um pequeno órgão localizado na parte inferior do cérebro, na sella turcica  Se liga ao hipotálamo (SNC) por um pedículo denominado infundíbulo posterior Hipófise A adeno-hipófise (parte glandular) ou lobo anterior, que surge do ectoderma oral; A neuro-hipófise (parte neural) ou lobo posterior, que surge do neuroectoderma. → adeno-hipófise: origem no teto da cavidade oral, com três componentes (pars distalis, pars tuberalis e pars intermedia). Sua estrutura é de tecido epitelial suportada por tec. conjuntivo e ricamente vascularizada. Tem origem a partir de uma invaginação do neuroectoderma do diencéfalo. Observa-se o crescimento do assoalho na direção caudal. A origem ectodérmica oriunda da cavidade oral mediante o teto da boca primitiva formando a bolsa de Rathke (originado a partir de uma evaginação do teto ectodérmico do estomedeu:cavidade oral primitiva). Hipófise ADENO-HIPÓFISE Infundíbulo (pars tuberalis) (pars intermedia) NEURO-HIPÓFISE (pars distalis) A N (pars nervosa) - A hipófise é revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo - Uma rede de fibras reticulares suporta as células do órgão Adeno-Hipófise  Pars Distalis ◦ Representa cerca de 75% da massa da hipófise ◦ Constituída por cordões de células epiteliais produtoras de hormônios ADENO-HIPÓFISE Infundíbulo pars tuberalis pars intermedia NEURO-HIPÓFISE pars distalis A N pars nervosa Cordões de células A pars distalis tem sua função controlada pelo hipotálamo (produção de hormônios peptídicos)  Pars Distalis ◦ Três tipos de células são identificadas:  Cromófobas (pouco coradas) → cromófobas: não apresentam grânulos com afinidade por corantes.  Cromófilas (bem coradas) Cromófobas Acidófilas Basófilas → cromófilas acidófilas: contém grânulos bem corados, tendo afinidade por corantes ácidos. Eosina - Cor rosa. (SOMATOTROPINA, PROLACTINA) → cromófilas basófilas: contém grânulos bem corados com afinidade por corantes básicos. Hematoxilina - Cor roxa. (LUTEINIZANTE (LH), FOLÍCULO ESTIMULANTE (FSH) TIREOTROPINA (TSH) ,CORTICOTROPINA (ACTH) Adeno-Hipófise  Pars Tuberalis ◦ Região em forma de funil que cerca o infundíbulo da neuro-hipófise ◦ A maioria das suas células secretam gonadotropinas (FSH e LH) e são organizadas em cordões em torno de vasos sanguíneos ADENO-HIPÓFISE Infundíbulo pars tuberalis NEURO-HIPÓFISE parspars intermedia distalis pars distalis A N pars nervosa Adeno-Hipófise Pars Intermedia Região composta de cordões e folículos de células fracamente basófilas ADENO-HIPÓFISE Infundíbulo pars tuberalis pars intermedia NEURO-HIPÓFISE pars distalis A N pars nervosa Neuro-Hipófise  Consiste na pars nervosa e no infundíbulo A neuro-hipófise é uma porção que não produz hormônios, apenas realiza armazenamento e secreção.  Pars nervosa: ◦ Não contém células secretoras ◦ Possui um tipo de célula glial muito ramificada (pituícito) ◦ Presença de axônios de neurônios secretores situados no hipotálamo Armazena hormônios (ADH E OXITOCINA) que são produzidos por células neurocecretoras. ADENO-HIPÓFISE Infundíbulo pars tuberalis pars intermedia NEURO-HIPÓFISE pars distalis A N pars nervosa VESÍCULAS CONTENDO COLÓIDE NEURO-HIPÓFISE AXÔNIO PITUÍCITOS ADENOHIPÓFISE PORÇÃO DISTAL ADENO-HIPÓFISE PORÇÃO INTERMEDIÁRIA ADENO-HIPÓFISE CLASSIFICADA COMO CORDONAL CAPILARES CROMÓFILAS CROMÓFOBAS NEURO-HIPÓFISE NÃO OCORRE PRODUÇÃO DE HORMÔNIOS, MAS ESTES PODEM SER ARMAZENADOS EM VESÍCULAS NAS TERMINAÇÕES NERVOSAS DOS AXÔNIOS E SENDO LIBERADOS AOS POUCOS AXÔNIOS DE NEURÔNIOS CÉLULAS DA GLIA: PITUÍCITOS (são ramificados e servem de estrutura de suporte para as fibras ) CAPILAR Antidiurético (ADH): Aumenta a permeabilidade dos túbulos renais à água (reduz perda de água na urina); Promove a contração da musculatura lisa dos vasos (elevação da pressão) Oxitocina: Promove a contração das células mioepiteliais da glândula mamária (ejeção do leite); Promove a contração da musculatura lisa do útero e o parto Contribuem armazenando hormônios ATENÇÃO! O diabetes insípidos é caracterizado pela perda do controle de concentrar a urina. Lesões no hipotálamo podem destruir células produtoras de ADH. Adrenais  São glândulas endócrinas achatadas, com forma de meia-lua, situadas sobre o pólo superior dos rins  Também denominadas supra-renais  São encapsuladas e divididas em 2 camadas: ◦ Córtex adrenal ◦ Medula Adrenal Córtex Medula Adrenais  Cada glândula supra-renal, envolvida por uma cápsula fibrosa e uma porção de gordura, possui duas partes: o córtex e a medula supra-renal, ambas produzindo diferentes hormônios; ATENÇÃO! A fixação principal de tais glândulas consiste nos pilares diafragmáticos e não nos rins, como é comum imaginar. As glândulas são, inclusive, separadas dos rins por um fino septo formado por parte da fáscia renal. No transplante renal, a existência do fraco septo de fáscia renal que separa o rim da glândula supra-renal permite que o rim do doador seja removido sem lesão à glândula. Adrenais  Córtex Adrenal – 3 camadas: G F R Tecido conjuntivo denso com uma rica rede de fibras reticulares. → fasciculada: formada por cordões dispostos de maneira reta, com capilares entre os cordões e células secretoras, espongiócitos chamados assim devido ao lipídeo encontrado em seus citoplasmas. → glicocorticoides → reticulada: mais próxima da medula, os cordões de célula estão dispostos mais irregularmente. Essas células são menores e contém menos lipídeo. → andrógenos G F R → glomerulosa: região mais externa. Formada por células piramidais ou colunares em forma de cordões em volta de capilares sanguíneos → mineralocorticódes Adrenais OS HORMÔNIOS CORTICAIS APRESENTAM BAIXO PESO MOLECULAR E SÃO SOLÚVEIS EM LIPÍDIOS, PODENDO SE DIFUNDIR ATRAVÉS DA MEMBRANA.  Córtex Adrenal – As células do córtex são tipicamente secretoras de esteroides: Mineralocorticoides (aldosterona) Zona Glomerulosa Zona Fasciculada Relacionado ao balanço de íons e água Glicocorticoides (cortisol e corticosterona) afetam o metabolismo dos carboidratos e impedem o desenvolvimento de inflamações Zona Reticulada Andrógenos (testosterona) Adrenais  Medula Adrenal ◦ Composta por células poliédricas organizadas em cordões ou aglomerados arredondados, sustentados por uma rede de fibras reticulares. Noradrenalina: contribui com a tonicidade dos vasos, corroborando no controle da pressão sanguínea. Adrenalina: tem efeito contrário ao da insulina, sendo liberada quando o nível de glicose está baixo. Sua falta pode ocasionar bradicardia. A medula adrenal produz dois hormônios principais: a adrenalina (ou epinefrina) e a noradrenalina (ou norepinefrina). A medula é formada por células poliédricas organizadas em cordões ou agrupamentos arredondados, sustentados por uma rede de fibras reticulares. Todas essas células são envolvidas por uma abundante rede de vasos sanguíneos. Tireóide Glândula situada na região cervical, junto aos primeiros aneis traqueais; consiste em 2 lobos unidos por um istmo, coberta por uma capa de tecido conjuntivo frouxo. É extremamente vascularizada com muitos capilares fenestrados. Função: sintetizar os hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) - controlam a taxa de metabolismo. Tireóide - Origem  Primeira glândula endócrina a se desenvolver no embrião: com cerca de 24 dias após a fertilização;  Ocorre um espessamento do endoderma da faringe primitiva, após um certo tempo haverá a formação de uma bolsinha, a qual fará protrusão, formando o divertículo tireóideo; Tireoide  O crescimento do embrião a glândula em desenvolvimento desce para o pescoço, percorrendo um trajeto anterior à laringe em formação. Durante um pequeno momento a tireoide permanece ligada à língua através de um tubo estreito, chamado de ducto tireoglosso. O ducto tireoglosso é um canal estreito, responsável por conectar a tireoide à língua. Em torno da sétima semana ela alcança a sua posição final e adquire dois lobos laterais e um istmo, encontrando-se em sua forma e posição definitivas e o ducto tireoglosso degenera e desaparece. Apenas sua abertura inicial, próxima à língua, persiste formando uma fosseta cega, que recebe o nome de forâmen cego da língua. A partir da 11ª semana é observada o início das atividades da glândula. ATENÇÃO! OS HORMÔNIOS TIREOIDEANOS ATUAM NO DESENVOLVIMENTO DO CORPO E DO SISTEMA NERVOSO DURANTE A VIDA FETAL. ÚNICA GLÂNDULA CAPAZ DE ARMAZENAR UMA GRANDE QUANTIDADE DE SECREÇÃO. Tireóide  É composta de milhares de folículos tireoidianos: ◦ Pequenas esferas formadas por epitélio simples ◦ Possuem cavidade contendo coloide (armazenamento dos hormônios T3 e T4) ◦ Mostram diâmetros muito variáveis ◦ As células foliculares variam de achatadas a colunares Tireóide  Na tireóide também há outro tipo celular: a célula parafolicular ou célula C ◦ Faz parte do epitélio folicular ou forma grupamentos isolados entre os folículos ◦ Possuem grânulos com calcitonina Células foliculares Diminui Ca2+ no plasma Células parafoliculares Paratireóides  São pequenas glândulas, geralmente em número de quatro, localizadas na região posterior da tireoide  Cada paratireoide é envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo  Função: secreção do paratormônio Paratireóides  São constituídas por células epiteliais dispostas em cordões separados por capilares sanguíneos  Há 2 tipos de células: as principais e as oxífilas Capilares sanguíneos Cordões celulares Paratireoides Células principais: - São as predominantes e são menores - Possuem forma poligonal e citoplasma fracamente acidófilo, contendo grânulos de secreção - Secretam o paratormônio Células oxífilas: - Presentes em humanos, no cavalo e na vaca - São poligonais, porém maiores do que as principais - Citoplasma contém muitos grânulos acidófilos (mitocôndrias) - Função desconhecida Paratireóides  Mecanismo de regulação de Ca2+ no organismo:  reabsorção óssea  reabsorção óssea Outras funções do paratormônio: -  Concentração de fosfato no sangue - Estimula síntese de vitamina D GLÂNDULA PINEAL A glândula pineal ou epífise é um agente cronobiótico. Isso significa que ela sincroniza nosso relógio interno com o ciclo claro-escuro. Na ausência de luz, esse pequeno órgão cerebral de apenas 120 miligramas produz o hormônio que nos leva ao mundo dos sonhos: a melatonina. REGULA O CICLO DO ORGANISMO DIARIAMENTE ÓRGÃO SENSORIAL SE ORIGINA A PARTIR DO NEUROECTODERMA Melatonina, indutora do sono e promotora da saúde A LUZ INIBE A PRODUÇÃO DE MALATONINA (LIBERADA NA ESCURIDÃO) PÂNCREAS Ilhotas de Langerhans  São micro órgãos endócrinos localizados no pâncreas, vistos como grupos arredondados de células ◦ Podem conter centenas de células ou apenas algumas células endócrinas – variam em tamanho Cordões celulares Capilares sanguíneos Ácinos pancreáticos O pâncreas fetal começa a secretar insulina na décima semana. Ilhota de Langerhans Ilhotas de Langerhans  Distinguem-se 3 tipos principais de células nas ilhotas: ◦ Alfa (α): produtoras de glucagon (5-30%) A somatostatina inibe a secreção de gastrina, ácido gástrico e pepsina, diminui as secreções endócrinas e exócrinas do pâncreas e reduz a secreção de hormônio do crescimento. ◦ Beta (β): produtoras de insulina (60-80%) ◦ Delta (δ): produtoras de somatostatina (