Resumo de Cultura Espanhola PDF
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Maria Inês Guedes
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Summary
Este documento resume a cultura espanhola, incluindo as comunidades autônomas, a Península Ibérica, os problemas com água e os diferentes tipos de clima do país. O documento apresenta informações sobre a organização política, geografia e desafios ambientais da Espanha, incluindo as características culturais das diferentes regiões autônomas.
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1 RESUMOS 1º TESTE DE CULTURA ESPANHOLA 1. MAPA DE ESPANHA – REGIÕES AUTONOMAS: A Espanha é dividida em 17 comunidades autônomas e 2 cidades autônomas (Ceuta e Melilla), cada uma com seu próprio governo e competências, embora todas estejam sob a con...
1 RESUMOS 1º TESTE DE CULTURA ESPANHOLA 1. MAPA DE ESPANHA – REGIÕES AUTONOMAS: A Espanha é dividida em 17 comunidades autônomas e 2 cidades autônomas (Ceuta e Melilla), cada uma com seu próprio governo e competências, embora todas estejam sob a constituição espanhola. Organização das Comunidades Autônomas: A Espanha é um Estado das autonomias, o que significa que as comunidades autônomas têm um alto grau de autogoverno, com suas próprias instituições, como parlamentos, governos e até sistemas judiciais em alguns casos. A organização política e administrativa da Espanha foi consolidada após a Constituição de 1978, que reconheceu a diversidade e a autonomia das regiões. Maria Inês Guedes - 3220646 2 Comunidade/Cidade Capital Localização Características Culturais Principais Autônoma Andaluzia Sevilha Sul da Espanha Flamenco, Alhambra, mesquita de Córdoba, gastronomia (jamón ibérico, gazpacho), festas tradicionais (Semana Santa, Feria de Abril) Catalunha Barcelona Nordeste, costa Arquitetura de Gaudí, movimento independentista, Festa de La mediterrânea Mercè, gastronomia (pa amb tomàquet, cava), língua catalã Comunidade Valenciana Valência Leste da Espanha, Festa de Las Fallas, paella, horchata, cultura mediterrânea, costa língua valenciana Galícia Santiago de Noroeste da Espanha Caminho de Santiago, língua galega, frutos do mar, empanada Compostela gallega, festas (Festa do Apóstolo) País Basco Vitória (Gasteiz) Norte da Espanha, Língua basca, movimento independentista, pintxos, bacalao a costa atlântica la vizcaína, Sidra, Festa de San Fermín (corrida de touros) Castela e Leão Valladolid Centro-norte da Castelos medievais, Catedral de Burgos, gastronomia (lechazo, Espanha morcilla de Burgos), herança cultural castelhana Castela-La Mancha Toledo Centro da Espanha Cenário de "Don Quixote", Toledo medieval, migas, gachas, patrimônio histórico Madrid Madrid Centro da Espanha Capital política e econômica, Museu do Prado, Palácio Real, vida noturna vibrante, cultura cosmopolita Aragão Saragoça Noroeste da Espanha Monumentos históricos (Basílica del Pilar), bacalao, ternasco de Aragón, vinhos, dança e cultura tradicional Ilhas Baleares Palma de Maiorca No Mar Mediterrâneo Turismo, praias, vida noturna, ensaimada (doce tradicional), língua balear (variante do catalão), forte influência inglesa e alemã Ilhas Canárias Las Palmas de Gran No Atlântico Influência africana e latino-americana, praias, vulcões, Canaria e Santa Cruz gastronomia (mojo picón, papas arrugadas), clima tropical de Tenerife Extremadura Mérida Oeste da Espanha Patrimônio romano (Teatro Romano de Mérida), jamón ibérico, caça, natureza e parques naturais Astúrias Oviedo Norte da Espanha, Picos de Europa, arte rupestre (Cavernas de Altamira), sidra Mar Cantábrico asturiana, fabada asturiana Cantábria Santander Norte da Espanha Praias, Picos de Europa, arte rupestre, anchoas, mariscos, paisagens verdes La Rioja Logroño Norte da Espanha Vinho (Rioja), gastronomia (patatas a la riojana, chistorra), paisagens vinícolas Múrcia Múrcia Sudeste da Espanha Mar Menor, huerta murciana (horta), arroz, pimentão, tamales, rica tradição agrícola e pesqueira Castela e La Mancha Toledo Centro da Espanha Patrimônio medieval, arte de cerâmica, espadas de Toledo, gastronomia (pisto manchego, queijos) Ceuta Ceuta Norte da África, à Influências africanas e europeias, cultura multirreligiosa, (Cidade Autônoma) beira do Estreito de gastronomia baseada em frutos do mar e pratos Gibraltar mediterrâneos Melilla Melilla Norte da África, costa Influências africanas, cultura e história entre Oriente e (Cidade Autônoma) mediterrânea Ocidente, cidade com grande diversidade religiosa e cultural, pratos tradicionais de frutos do mar e doces espanhóis Maria Inês Guedes - 3220646 3 2. Península Ibérica Forma: A Península Ibérica é a região geográfica onde se encontram Espanha e Portugal, e tem uma forma octogonal (mais ou menos com oito lados). Hispania: Antigamente, os romanos chamavam a Península Ibérica de Hispania. Fronteiras de Espanha: França: Ao norte da Espanha, faz fronteira com França. Portugal: A oeste, a Espanha tem uma longa fronteira com Portugal. Andorra: Também faz fronteira com o pequeno país de Andorra, que está entre Espanha e França, nos Pirineus. Rios de Espanha: A Espanha tem muitos rios importantes, mas alguns dos mais conhecidos são: Miño: No noroeste da Espanha, passa por Galícia. Duero: Passa por Castela e Leão e Portugal. Tajo: O maior rio da Península Ibérica, passa por Espanha e vai até Portugal. Guadiana: Passa por Extremadura e Andaluzia, e também na fronteira com Portugal. Guadalquivir: Passa pela Andaluzia, e é o único rio importante da Espanha que flui para o oeste. Ebro: Flui do norte da Espanha para o Mediterrâneo, passando por Aragão. Júcar: No leste da Espanha, perto da Comunidade Valenciana. Segura: Também no sudeste da Espanha, na região de Múrcia. Bidasoa: Limita a fronteira entre a França e a Espanha, no País Basco. Nervión: Passa por Bilbao, no País Basco. Sella: No norte, nas Astúrias. Maria Inês Guedes - 3220646 4 3. Problemas com a Água na Espanha A Espanha tem algumas áreas com falta de água. Para resolver esse problema, os espanhóis desenvolveram diferentes soluções: Sistemas de Regadío (irrigação) Para cultivar alimentos, especialmente em áreas secas, os espanhóis usam sistemas de irrigação (regar as plantações com água). Trasvases de Ríos Como a água é escassa em algumas regiões, é feito o trasvase de água, ou seja, transporta-se a água de um rio para outro. Por exemplo, a água do rio Tajo é levada para os rios da região do Mediterrâneo. Plantas Desaladoras Em algumas regiões, como Canárias, onde a água é muito rara, há plantas desaladoras. Essas plantas pegam água salgada do mar e a transformam em água potável, ou seja, água que pode ser consumida pelas pessoas ou usada na agricultura e na indústria. Essas plantas geralmente ficam próximas ao mar para facilitar o processo de bombeamento da água. Tecnologia de Irrigação Em regiões como Aragão, há sistemas de irrigação automática, que usam novas tecnologias para distribuir a água de forma mais eficiente. Além disso, em lugares como Murcia e Almería, são usados invernaderos (estufas) para cultivar produtos agrícolas, aproveitando a água de maneira mais eficiente, utilizando irrigação por gotejamento. Esse sistema ajuda a usar a água de forma mais econômica, evitando desperdício. Plantas Desaladoras de Água de Mar: Uma planta desaladora é uma grande instalação que retira água salgada do mar e a transforma em água doce, adequada para consumo humano, agricultura ou uso industrial. Essas plantas estão geralmente perto da costa, para que o processo de bombeamento da água seja mais fácil e econômico. Apesar de ser uma tecnologia útil para áreas com escassez de água, ela é um tema de debate. Algumas pessoas discutem sobre o impacto ambiental e o custo de sua operação, mas elas são uma solução importante para fornecer água potável em lugares onde a falta de água é um grande problema. Maria Inês Guedes - 3220646 5 4. O Clima: La España Seca (Espanha seca) Clima Mediterrâneo e Clima Continental predominam em muitas áreas da Espanha, o que significa que as zonas mais secas do país enfrentam longos verões quentes e invernos relativamente frios, com chuvas escassas e distribuídas de forma irregular. La España Verde (Espanha verde) Refere-se principalmente às zonas do norte e noroeste, como Galícia, onde o clima atlântico traz chuvas abundantes e temperaturas suaves, resultando em paisagens muito verdes. La España Subtropical (Espanha subtropical) Canárias tem um clima subtropical, com temperaturas quentes durante todo o ano e chuvas irregulares, especialmente durante o inverno. Tipo de Clima Localização Características 1. Clima Atlântico Norte e noroeste da Península Ibérica (desde os - Chuvas abundantes (acima de 1.000 mm/ano). Pirineus até Galícia) - Temperaturas suaves durante todo o ano. - Clima úmido, contribuindo para a vegetação verde. 2. Clima Mediterrâneo Maioria da Espanha (com variações) - Chuvas irregulares e invernos suaves. - Verões muito quentes, com temperaturas elevadas. - Precipitação varia conforme a proximidade do mar e a altitude. 2.1. Clima Mediterrâneo Costa mediterrânea, Ilhas Baleares, costa sul do - Precipitações escassas, mas mais regulares do que no Marítimo Atlântico, Ceuta e Melilla interior. - Temperaturas mais amenas devido à influência do mar. - Verões não tão quentes. 2.2. Clima Mediterrâneo de Meseta Central, depressão do Ebro, parte do - Clima continental, com grandes variações de Invernos Frios Guadalquivir, norte de Alicante temperatura. - Invernos longos e muito frios (temperaturas até -13ºC) e verões muito quentes (média de 25ºC). - Precipitação escassa. 2.3. Clima Mediterrâneo Seco ou Murcia, Alicante, Almería e região central do Vale - Chuvas extremamente escassas (menos de 300 Estepario (Subdesértico) do Ebro mm/ano). - Zonas áridas com paisagens de estepe. - Vegetação adaptada à seca. 3. Clima Subtropical Arquipélago Canário (próximo ao Trópico de - Temperaturas quentes durante o ano (22ºC a 28ºC). Câncer) - Precipitação irregular (mais chuvas no inverno, mas pouca em algumas áreas). - Clima ideal para cultivos tropicais. 4. Clima de Montanha Áreas de alta altitude (Pirineus, Sistema Central, - Temperaturas muito baixas no inverno, verões frescos Sistema Ibérico, cordilheira Penibética, (nenhum mês acima de 22ºC). cordilheira Cantábrica) - Média anual abaixo de 10ºC. - Invernos rigorosos, com neve em muitas áreas. Maria Inês Guedes - 3220646 6 5. De Onde Viemos? A História da Espanha e Seus Diversos Povos Resumo: A Espanha tem uma história milenar marcada pela chegada e convivência de diferentes povos e culturas ao longo do tempo. Antes da invasão romana, várias civilizações habitaram a Península Ibérica, e com a chegada de Roma, iniciou-se um longo processo de romanização. Mais tarde, as invasões dos povos germânicos e muçulmanos mudariam a história da Espanha, dando origem a uma nova era. Os Povos Pré-Romanos Antes de os romanos chegarem à Península Ibérica, várias civilizações já habitavam a região: Celtas: Povos que vieram do norte da Europa, especialmente para o noroeste da Península. Iberus: Habitavam principalmente o leste e sul da Península. Tartessos: Uma civilização antiga no sul da Península, perto do que hoje é a Andaluzia. Fenícios: Povos originários do atual Líbano, que fundaram colônias comerciais importantes no sul da Espanha, como Gadir (Cádiz). Cartagineses: Vindos de Cartago (atualmente Tunísia), dominaram boa parte da costa leste da Península. Os Romanos (218 a.C.) A chegada dos romanos marcou o início de um período chave na história da Espanha. Em 218 a.C., Roma iniciou sua expansão pela Península, um processo que duraria vários séculos. Durante esse tempo, várias cidades importantes foram fundadas, como: Tarraco (atualmente Tarragona) Olisipo (atualmente Lisboa) Hispalis (atualmente Sevilha) Romanização A romanização foi um processo lento e progressivo de assimilação cultural que afetou grande parte da Europa Ocidental. Por meio da romanização, as tribos locais adotaram as costumes, instituições e a organização social de Roma. Além disso, o latim tornou- se a língua principal. A romanização incluiu diversos aspectos: A civitas: Organização e fundação de cidades romanas. A jurisprudência: Introdução das leis romanas, que influenciariam a legislação europeia. A infraestrutura: Construção de uma vasta rede de estradas para conectar o império. A língua: O latim consolidou-se como a língua dominante, que mais tarde daria origem às línguas românicas. Maria Inês Guedes - 3220646 7 Os Povos Germânicos (Século V d.C.) A partir do século V d.C., após a queda do Império Romano, os povos germânicos ou bárbaros começaram a invadir e se estabelecer em várias partes da Península. Esses povos, como os visigodos, criaram um novo ordem político, mas mantiveram muitas das tradições romanas. A Invasão Muçulmana (711 d.C.) Em 711 d.C., os muçulmanos invadiram a Península Ibérica vindos do norte da África e rapidamente tomaram grande parte do território. Esse período passou a ser chamado de Al-Ándalus. Durante essa fase, a influência muçulmana deixou uma marca profunda na cultura, na ciência, na arquitetura e nos costumes da Espanha. Línguas na Espanha e no Mundo Hispânico Quanto às línguas, a Espanha possui uma rica diversidade linguística. Além do espanhol (ou castelhano), que é a língua oficial em todo o país, existem outras línguas regionais reconhecidas, como o catalão, o gallego, o vasco e o valenciano. A nível mundial, o espanhol é falado por centenas de milhões de pessoas na América Latina, além de ser bastante comum em partes dos Estados Unidos e outras regiões, tornando-se uma das línguas mais faladas no mundo. Resumo dos Eventos Principais: Povos Pré-Romanos: Celtas, Iberos, Tartessos, Fenícios, Cartagineses. Romanização: Processo de assimilação cultural nas regiões sob domínio romano, que deixou um legado na língua, nas leis e na infraestrutura. Invasões Germânicas: Os povos bárbaros, como os visigodos, invadiram a Península após a queda do Império Romano. Invasão Muçulmana: Em 711 d.C., os muçulmanos estabeleceram o Al-Ándalus, marcando o início de uma nova era na Península Ibérica. A Reconquista: 722 a 1492: A Reconquista foi o processo longo e gradual pelo qual os reinos cristãos da Península Ibérica recuperaram territórios que estavam sob domínio muçulmano, iniciando-se em 722 e finalizando em 1492, com a tomada de Granada. Durante esse período, diversas marcas históricas e reinos cristãos se formaram, cada um com sua importância no contexto do avanço contra os muçulmanos e a unificação da Espanha. Maria Inês Guedes - 3220646 8 Principais Reinos Cristãos e Marcos da Reconquista Reino Descrição Reis e Períodos Importantes Reino de Asturias O primeiro reino cristão que se formou na Península Alfonso II (791-842): Estabeleceu a capital em Ibérica após a vitória de Pelágio sobre os muçulmanos Oviedo. na Batalha de Covadonga (722). Alfonso III (866-910): Expandiu o reino até o rio Duero. García I (910-914): Transferiu a capital para León e o reino passou a ser conhecido como Reino de León. Reino de Fundado em 824, com Íñigo Arista como seu primeiro Íñigo Arista (824): Primeiro rei do Reino de Pamplona/Navarra rei. Inicialmente, teve uma grande importância na luta Pamplona, que mais tarde se expandiria para o contra os muçulmanos no norte da Península. Reino de Navarra. Reinos de Taifas Após a fragmentação do califado de Córdova em 1031, Não é específico para um único rei, mas o surgiram pequenos reinos muçulmanos chamados fenômeno das Taifas foi crucial para a Taifas. Esses reinos eram frequentemente em guerra Reconquista, pois dividiu a força muçulmana e entre si, o que facilitava a expansão dos reinos cristãos. permitiu que os reinos cristãos ganhassem terreno. Reino de Castilla Um dos reinos mais importantes na Reconquista. A sua Fernão I de Leão (1037-1065): Unificou o Reino de expansão foi fundamental para a queda de Al-Ándalus. Leão e Castela. Alfonso VI (1065-1109): Grande expansionista, conquistou Toledo em 1085. Marco Final da Reconquista: 1492: A tomada de Granada pelos Reis Católicos, Isabel de Castela e Fernando de Aragão, marcou o fim da Reconquista e o estabelecimento da Espanha unificada sob o domínio cristão. Escudo Real de Castela Castelo com ameias e três torres. Símbolo da monarquia castelhana e da pertença ao território.. Maria Inês Guedes - 3220646 9 Anexação de Navarra (1512): A partir da decisão de Fernando de Aragão, Navarra foi incorporada a Castela, o que significou o fim de sua independência e sua inclusão no império castelhano. Dissolução do Reino de León (1230): Fernando III de Castela unificou Castela e León, dissolvendo o Reino de León e fortalecendo a unidade dinástica e a centralização do poder em Castela. Maria Inês Guedes - 3220646 10 6. Las Lenguas de España Lengua Regiones donde se habla Características Español (Castellano) Toda España Es la lengua oficial en todo el territorio y la más hablada. Es una lengua romance derivada del latín. Catalán Cataluña, Islas Baleares, Lengua cooficial en estas regiones. Es una lengua romance que comparte raíces Comunidad Valenciana (como con el español, pero con diferencias gramaticales y léxicas. valenciano) Gallego Galicia Lengua cooficial en Galicia. También es una lengua romance, muy parecida al portugués. Vasco (Euskera) País Vasco y Navarra (al norte) Lengua cooficial en el País Vasco y parte de Navarra. Es una lengua no indoeuropea, única en su familia lingüística, sin relación con las lenguas romances. Aranés Val d'Aran (en la provincia de Es una variedad del occitano y es cooficial en Cataluña, en la zona de la Val Lérida, Cataluña) d'Aran. Maria Inês Guedes - 3220646 11 7. Momentos Históricos Resumo de três acontecimentos importantes de 1492 A Conquista de Granada: Marca o fim da Reconquista, período de quase 800 anos de guerra entre os reinos cristãos da Península Ibérica e os muçulmanos. Os Reis Católicos, Isabel de Castela e Fernando de Aragão, tomaram o Reino Nazarí de Granada, o último reduto muçulmano na península. Este evento consolidou o poder da monarquia espanhola e reforçou a unidade territorial e religiosa. O Descobrimento da América (12 de outubro): Cristóvão Colombo, financiado por Isabel de Castela, chega às Américas pensando ter encontrado uma nova rota para as Índias. O evento marcou o início da colonização europeia no continente, dando início a um intercâmbio cultural, econômico e social entre os dois mundos. Publicação da Gramática de Nebrija: Antonio de Nebrija publicou a primeira gramática da língua castelhana, um marco na consolidação do idioma como instrumento de poder cultural e político. Isabel de Castela apoiou a obra, que também visava facilitar a unificação cultural do reino e a evangelização dos povos conquistados. Os Reis Católicos: Isabel de Castela e Fernando de Aragão Casamento: Uniram-se em 1469, marcando uma aliança política que consolidou os reinos de Castela e Aragão. Monarquia forte: Controlaram o poder da nobreza e da Igreja, estabelecendo uma monarquia centralizada, o embrião da Monarquia Hispânica. Conquistas territoriais: Sob seu reinado, a Espanha incorporou o Reino de Navarra, Granada, as Ilhas Canárias e territórios africanos. Isabel I de Castela (1451–1504) Proclamada rainha em 1474, destacou-se por sua liderança firme e decisões estratégicas. Patrocinou Cristóvão Colombo e foi essencial no início da expansão ultramarina. Implementou a Santa Inquisição e buscou a unificação religiosa e territorial de sua monarquia. Cristóvão Colombo e suas viagens Trajetória: Colombiano de origem genovesa, viveu em Portugal antes de apresentar seu projeto a Isabel. Após ser rejeitado por Portugal, a Rainha Católica apoiou sua expedição em busca de uma rota para as Índias através do Atlântico. Primeira viagem (1492): Descobriu as Bahamas (ilha de Guanahani) e deu início à exploração europeia das Américas. Outras viagens: Realizou mais três expedições entre 1493 e 1504, explorando várias ilhas do Caribe e partes da América Central e do Sul. Maria Inês Guedes - 3220646 12 Evento Data/Período Descrição Relevância Tratado de Paz entre 1432 Ratificado em Almeirim após o Tratado de Estabeleceu paz e definiu fronteiras entre os dois Portugal e Castilla Medina del Campo (1431) entre João I de reinos, base para estabilidade na Península Portugal e Juan II de Castilla. Ibérica. Península Ibérica em 1432 Século XV Fragmentada: Portugal, Castela, Aragão, Base para futuras unificações na Espanha e a Navarra e Emirado de Granada expansão marítima de Portugal. coexistiam. Expansão marítima Desde 1415 Tomada de Ceuta, ocupação de Madeira e Consolidou Portugal como potência marítima e portuguesa Açores; Vasco da Gama chega à Índia pioneiro nas rotas comerciais entre Europa, África, (1498); Cabral alcança o Brasil (1500). Ásia e América. Conflito pelas Ilhas Canárias Século XIV Disputa diplomática entre Portugal e Resultou no Tratado de Alcáçovas (1479), que Castela pela posse das ilhas. garantiu as Canárias à Castela e outras terras africanas a Portugal. Descobrimento da América 1492 Cristóvão Colombo, patrocinado por Iniciou a colonização europeia nas Américas e o Isabel de Castela, chegou à ilha de intercâmbio entre os continentes. Guanahani (Bahamas). Tratado de Tordesillas 7 de junho de Dividiu o mundo em duas partes: leste Garantiu a Portugal o controle das rotas africanas 1494 para Portugal e oeste para Espanha. e asiáticas, além do Brasil, e à Espanha o restante das Américas. Bula Inter Coetera 1493 Emissão do Papa Alexandre VI, Base para o Tratado de Tordesillas, ajustando os favorecendo os interesses de Castela nas limites para contemplar os interesses terras descobertas. portugueses. Mapa do Mundo (Carta de 1491 Representação do mundo antes dos Refletia o conhecimento geográfico limitado da Martellus) grandes descobrimentos. época. União Ibérica 1580-1640 Portugal integrou-se ao Império Espanhol, Unificou temporariamente a Península Ibérica, mantendo certa autonomia. mas gerou descontentamento em Portugal, levando à Restauração (1640). Maria Inês Guedes - 3220646 13 8. Questão Catalã Período/Evento Descrição Relevância Contexto Histórico Desde o século XVIII, persistia em Catalunha uma identidade Marca o início das aspirações políticas catalãs. cultural e linguística diferenciada. Essa identidade ganhou força política com o federalismo do Sexênio Democrático (1868-1874). Primeira República Espanhola Proclamada em 1873, foi curta (1873-1874) e terminou com o Catalunha buscava maior autonomia, mas a golpe de Martínez Campos. instabilidade política limitou avanços. Unió Catalanista (1891) Organização conservadora que lançou as Bases de Manresa, Documento fundador do catalanismo político. propondo autonomia para Catalunha. Lluís Companys Republicano e catalanista, declarou o Estado Catalão (6 de Símbolo do movimento autonomista; sua prisão outubro de 1934), mas foi preso. ilustra os limites impostos pelo governo central. Diada de 1977 Manifestação de mais de um milhão de pessoas em 11 de Momento chave para a recuperação da setembro. autonomia pós-Franquismo. Tarradellas e a Transição Josep Tarradellas retornou do exílio em 1977 e proclamou: “Ja soc Símbolo da restauração da Generalitat e das aquí” (“Já estou aqui”). liberdades democráticas na Catalunha. Primeiras Eleições Realizadas em 1980, consolidaram Jordi Pujol (CiU) como líder Início da modernização e do fortalecimento Autonômicas político dominante na Catalunha. institucional catalão. Novo Estatuto Catalão (2005) Reformulado sob o governo tripartito (PSC, ERC e ICV). Foi A decisão gerou frustrações e fortaleceu o parcialmente anulado pelo Tribunal Constitucional em 2010. movimento soberanista. Consulta de 2014 Artur Mas organizou uma consulta soberanista em 9 de Reforçou as demandas pela independência. novembro, apesar da oposição do governo central. Ruptura da CiU (2015) Divisão entre Convergència Democràtica de Catalunya (CDC) e Fragmentou o principal partido nacionalista Unió Democràtica de Catalunya (UDC). moderado. Referendo de 2017 Realizado em 1º de outubro, foi declarado ilegal pelo governo Intensificou o conflito entre Catalunha e Madrid, espanhol. A repressão gerou tensão política. resultando na fuga de Carles Puigdemont. Situação Atual Continua o debate sobre a independência. Partidos A questão catalã segue sem resolução definitiva, independentistas mantêm força, mas enfrentam oposição interna conforme previsto por Ortega y Gasset. e externa. Maria Inês Guedes - 3220646 14 A questão catalã é um tema complexo que envolve identidades culturais, históricas e políticas, refletindo as tensões entre as aspirações de autonomia ou independência de Catalunha e o poder central do Estado espanhol. Desde o século XVIII, a Catalunha preserva uma forte identidade cultural e linguística, sustentada por tradições, uma língua própria (o catalão) e raízes históricas distintas. No entanto, essa identidade começou a adquirir maior relevância política com o surgimento das ideias federalistas no Sexênio Democrático (1868-1874). Primeiros Passos do Catalanismo Político A Unió Catalanista, fundada em 1891, marcou o início do catalanismo organizado. Seu manifesto, as Bases de Manresa, propunha uma autonomia para a Catalunha dentro da Espanha. No início do século XX, grupos como o Centre Nacional Català (1899-1901) e a Lliga Regionalista (liderada por Francesc Cambó) impulsionaram o movimento catalanista, promovendo reformas dentro do sistema político espanhol. Durante a Primeira República Espanhola (1873-1874), houve tentativas de federalizar o Estado, mas a instabilidade política e o golpe de Martínez Campos encerraram esse período, limitando os avanços catalães. Segunda República e Lluís Companys Nos anos 1930, com a Segunda República Espanhola, a Catalunha ganhou um estatuto de autonomia e a Generalitat, governo catalão, foi restabelecida. Lluís Companys, líder republicano e catalanista, foi presidente da Generalitat e, em 6 de outubro de 1934, declarou um Estado catalão dentro de uma Espanha federal. Essa tentativa foi duramente reprimida pelo governo central, e Companys foi preso. Franquismo e a Recuperação Democrática Com a ditadura de Francisco Franco (1939-1975), a Catalunha perdeu sua autonomia, e o uso do catalão foi severamente restringido. Após a morte de Franco, durante a Transição Espanhola, a Catalunha reconquistou sua autonomia. Em 1977, o retorno de Josep Tarradellas, exilado Francesc Cambó (1876–1947) foi presidente da Generalitat, foi um marco histórico. Sua frase “Ja soc aquí” simbolizou a um político catalão, líder da Lliga recuperação das instituições catalãs. Regionalista, que defendia a autonomia da Catalunha dentro da Lluís Companys (1882–1940) foi um político catalão, Espanha. Foi ministro, catalanista líder republicano e presidente da Generalitat da moderado e importante mecenas Catalunha. Em 1934, declarou o Estado catalão dentro cultural. Exilou-se após a Guerra de uma Espanha federal, o que levou à sua prisão. Civil Espanhola. Durante a Guerra Civil Espanhola, defendeu a autonomia catalã. Após o conflito, exilou-se, mas foi capturado pela Gestapo, extraditado para a Espanha e executado pelo regime de Franco. É símbolo da luta catalã por autonomia. A Diada de 1977, realizada em 11 de setembro, foi uma enorme manifestação em Barcelona, reunindo mais de um milhão de pessoas para exigir o O regresso do exílio de Josep Tarradellas em 1977 foi um restabelecimento da autonomia da evento simbólico crucial para a Catalunha após a morte de Catalunha após a ditadura de Franco. Franco e o início da Transição Espanhola. Tarradellas, que Esse evento marcou a retomada do havia sido presidente da Generalitat durante a Guerra Civil movimento autonomista durante a Espanhola, voltou após quase 40 anos de exílio, assumindo Transição Espanhola e foi fundamental novamente o cargo de presidente da Generalitat. Seu retorno, para o restabelecimento da Generalitat e acompanhado pela famosa frase "Ja soc aquí" ("Já estou a consolidação dos direitos políticos e aqui"), representou a recuperação da autonomia catalã e o culturais catalães no período restabelecimento das instituições políticas da Catalunha, que democrático. haviam sido suprimidas pelo regime de Franco. Maria Inês Guedes - 3220646 15 Autonomia e o Novo Estatuto Catalão Em 1980, foram realizadas as primeiras eleições autonômicas catalãs, e Jordi Pujol (CiU) tornou-se presidente da Generalitat. Durante seu longo mandato, a Catalunha fortaleceu suas instituições e promoveu sua identidade cultural. No entanto, em 2005, a reforma do Estatuto Catalão gerou polêmica. Em 2010, o Tribunal Constitucional anulou partes importantes do novo estatuto, incluindo a definição de Catalunha como "nação", alimentando as frustrações do movimento soberanista. A Intensificação do Soberanismo Nos anos seguintes, lideranças como Artur Mas e Carles Puigdemont impulsionaram as demandas pela independência. Em 2014, Mas organizou uma consulta simbólica sobre a independência. Em 2017, o governo de Puigdemont realizou um referendo não autorizado em 1º de outubro, que resultou em repressão policial e aumentou a tensão política. Após a tentativa de declarar unilateralmente a independência, líderes catalães enfrentaram processos judiciais e Puigdemont fugiu para o exílio. Situação Atual Embora partidos independentistas continuem a ter força na Catalunha, a questão catalã permanece sem uma solução definitiva. O Estado espanhol defende a unidade territorial, enquanto uma parcela significativa da sociedade catalã mantém o desejo por maior autonomia ou independência. Como afirmou o filósofo José Ortega y Gasset em 1932, “o problema catalão é um problema que não se pode resolver, apenas suportar”. Essa frase resume a complexidade histórica e política que ainda define as relações entre Catalunha e o restante da Espanha. Pasqual Maragall (1931–2018) foi um político catalão, membro do Partido Socialista da Catalunha (PSC). Ele foi presidente da Generalitat da Catalunha entre 2003 e 2006. Durante seu mandato, Maragall promoveu o Novo Estatuto Catalão de 2006, que buscava ampliar a autonomia da Catalunha, mas enfrentou oposição, especialmente do Tribunal Constitucional, que anulou alguns de seus artigos. Maragall também desempenhou um papel importante em temas relacionados à identidade catalã e à política espanhola, sendo uma figura central durante os debates sobre o status da Catalunha. Ele foi um defensor da autonomia, mas em um quadro mais amplo de respeito à unidade de Espanha. 4o mini José Montilla (1955-) é um político catalão do Partido Socialista da Catalunha (PSC), que foi presidente da Generalitat da Catalunha de 2006 a 2010. Montilla assumiu o cargo após as eleições autonômicas de 2006, liderando um governo formado pelo Tripartido (PSC, Esquerra Republicana de Catalunya (ERC) e Iniciativa per Catalunya - Verds (ICV)). Durante seu mandato, Montilla enfrentou desafios como a implementação do Novo Estatuto Catalão, cujas reformas foram parcialmente anuladas pelo Tribunal Constitucional em 2010. Ele também lidou com as tensões entre os movimentos independentistas catalães e o governo central espanhol, em um período marcado por debates sobre a autonomia e o futuro político da Catalunha. Artur Mas (1956-) é um político catalão, ex-presidente da Generalitat da Catalunha (2010-2016) pelo partido Convergència i Unió (CiU). Durante seu governo, ele impulsionou o movimento soberanista catalão, promovendo uma maior autonomia e liderando uma consulta sobre a independência em 2014, que foi considerada ilegal pela Espanha. Mas também enfrentou críticas devido às políticas de austeridade adotadas em seu mandato. Em 2015, seu partido se dividiu, com uma crescente radicalização do movimento independentista. Maria Inês Guedes - 3220646 16 Carles Puigdemont (1962-) é um político catalão, ex-presidente da Generalitat da Catalunha (2016-2017) pelo partido Convergència i Unió (CiU), que mais tarde se transformou em Junts per Catalunya. Ele assumiu a presidência após a renúncia de Artur Mas e foi um dos principais defensores da independência da Catalunha. Em 2017, durante seu mandato, Puigdemont organizou um referendo sobre a independência de Catalunha, que foi considerado ilegal pelo governo espanhol. Após a declaração unilateral de independência em outubro de 2017, o governo de Puigdemont foi destituído pelo governo central, e ele fugiu para o exílio na Bélgica, onde permaneceu evitando a prisão por acusações de rebelião e sedição. Puigdemont continua sendo uma figura central no movimento independentista catalão. Ponto Descrição Identidade Catalã e Língua A identidade catalã é fortemente ligada à língua e cultura. Durante o regime de Franco, a língua foi proibida, gerando um movimento de preservação cultural. A língua catalã é central na política e educação da região. Evolução do Estatuto de O Estatuto de 2006 reconheceu a Catalunha como "uma nação", mas foi parcialmente anulado pelo Tribunal Autonomia Constitucional em 2010, especialmente em relação ao reconhecimento da Catalunha como nação. Movimento Independentista Após 2010, o movimento pela independência cresceu devido à frustração com a falta de reconhecimento e a Pós-2010 crise econômica e política. A percepção de que a Catalunha contribui desproporcionalmente para a economia de Espanha também impulsionou o movimento. Papel da União Europeia A independência da Catalunha enfrentaria desafios, como a possível exclusão automática da União Europeia, o que gera dúvidas sobre a viabilidade política e econômica de uma Catalunha independente. Consequências Legais e A crise de 2017 levou à prisão de líderes catalães e ao exílio de outros, como Carles Puigdemont. A sociedade Políticas catalã ficou dividida, com uma parte a favor da independência e outra contra. Papel das Instituições e Partidos como Junts per Catalunya, ERC e CUP defendem a independência, enquanto PSC e Ciudadanos são Partidos contra a independência e defendem uma maior autonomia dentro de Espanha. A divisão interna dificulta o consenso político. A Diáspora Catalã A diáspora catalã, especialmente na França e na América Latina, apoia o movimento soberanista, organizando eventos e campanhas internacionais para pressionar pelo reconhecimento de um Estado catalão independente. Maria Inês Guedes - 3220646 17 9. De Alfonso XIII a la Segunda República Ficheiro Alfonso XIII de Borbón (1886-1941) foi o rei da Espanha durante um período turbulento da história do país, marcando a transição do final do século XIX para o século XX. Seu reinado é caracterizado por vários desafios políticos e militares, incluindo a perda das colônias e uma série de tentativas de reforma interna. Perda de Cuba, Filipinas e Puerto Rico (1898) Em 1898, ocorreu o Desastre de Cuba, que marcou a derrota militar da Espanha na Guerra Hispano-Americana, resultando na perda de suas últimas grandes colônias: Cuba: após uma longa luta pela independência, Cuba foi tomada pelos Estados Unidos. Filipinas e Puerto Rico: também foram adquiridos pelos Estados Unidos após a derrota espanhola na guerra. Essa perda significou o fim do Império Colonial Espanhol, que havia sido um dos maiores do mundo. Consequências e Fidel Castro Embora a perda das colônias tenha ocorrido durante o reinado de Alfonso XIII, o impacto dessa derrota continuaria a ser sentido por muito tempo. Em 1959, décadas depois do fim do império colonial, a Revolução Cubana resultou na queda do regime de Fulgencio Batista e na ascensão de Fidel Castro ao poder, o que levou à transformação de Cuba em um estado comunista. Antonio Maura e seu Governo Antonio Maura foi um importante político conservador que serviu como primeiro-ministro da Espanha em duas ocasiões (1903-1904 e 1907-1909). Durante seu governo, Maura implementou várias reformas: Expansão Colonial: Ele tentou aumentar a presença colonial da Espanha, especialmente em Marrocos, um dos últimos territórios disputados por potências europeias na África. Combate ao Caciquismo: Maura tentou reformar o sistema político espanhol para reduzir o caciquismo, que era o controle político local exercido por líderes corruptos e clientelistas. Reformas Eleitorais: Sua intenção era melhorar o processo eleitoral e tornar as eleições mais justas. Redução do Centralismo: Maura também procurou descentralizar o poder em algumas regiões da Espanha. Apesar dessas tentativas, as reformas de Maura não conseguiram resolver os problemas estruturais da política espanhola, e o país continuou a enfrentar uma série de crises políticas e sociais durante o reinado de Alfonso XIII. Maria Inês Guedes - 3220646 18 Evento Descrição Detalhada Tratado de Paris (1898) - Guerra Hispano-Americana: em 1898, os EUA derrotaram a Espanha. O tratado de Paris pôs fim à guerra, resultando na perda das últimas colônias ultramarinas da Espanha. - Cuba se proclamou independente, mas permaneceu sob influência dos EUA. - As Filipinas, Guam e Puerto Rico foram cedidas aos EUA, e os EUA pagaram 20 milhões de dólares à Espanha. A derrota espanhola marcou o fim de seu império colonial. Protectorado de Marruecos - Em 1912, a Espanha assumiu um protectorado sobre o norte de Marrocos, após um acordo com a França. Esta região do Rif tornou-se um ponto estratégico para os interesses econômicos e militares da Espanha. - A Compañía Española de Minas del Rif começou a explorar ferro na região. - A resistência local levou a várias tensões, incluindo a guerra do Rif, onde a Espanha enfrentou uma forte resistência berbere, com o objetivo de consolidar seu domínio colonial. Guerra do Rif (1909) - A Guerra do Rif iniciou com o confronto entre os exércitos espanhol e berbere, e em 1909, houve uma grande derrota para a Espanha, o Desastre de Barranco del Lobo. - Muitos reservistas, insatisfeitos com o serviço militar obrigatório, fugiram pagando para evitar o serviço. Isso causou descontentamento geral entre a população. - O confronto resultou em uma guerra prolongada, e o reforço da presença militar na região de Marruecos foi fundamental para a consolidação do Protectorado. Semana Trágica de Barcelona - Entre 26 de julho e 2 de agosto de 1909, em Barcelona, houve grandes protestos contra o recrutamento militar (1909) para a Guerra do Rif. - Trabalhadores e operários se revoltaram, fazendo barricadas e incendiando conventos, escolas e igrejas. - O governo de Antonio Maura respondeu com a força militar, resultando em uma repressão violenta. A revolta gerou grande indignação nacional e internacional, o que levou à demissão de Maura e à queda do governo. José Canalejas (1910-1912) - José Canalejas foi o primeiro-ministro liberal de 1910 a 1912. Durante seu governo, ele tentou modernizar a Espanha com uma série de reformas, incluindo a Lei do Candado, que visava reduzir a influência da Igreja Católica nas questões políticas e sociais. - Também implementou o serviço militar obrigatório para garantir um exército nacional forte. - Canalejas foi assassinado em 1912 por um anarquista, o que causou uma crise política e social na Espanha. Unión Republicana (1903) - Em 1903, foi criada a Unión Republicana, uma aliança de diferentes movimentos republicanos, com o objetivo de restaurar a Constituição de 1869 e instaurar uma República. - Os principais líderes da união eram Nicolás Salmerón e Alejandro Lerroux, que defendiam a supressão da monarquia e a criação de uma república democrática. - Nas eleições de 1905, a Unión Republicana teve uma vitória significativa, especialmente em Catalunha, Valência e Madrid. Panorama Político (1912) - A Espanha vivia um momento de crescente instabilidade política, com o fortalecimento dos partidos republicanos, como o Partido Republicano Radical de Lerroux e o Partido Reformista de Manuel Azaña. - A oposição à monarquia de Alfonso XIII ganhava força, e muitos intelectuais, como Ortega y Gasset, começaram a apoiar a ideia de uma República. - A crescente crise política e os desafios sociais tornaram cada vez mais evidente a falência do sistema político monárquico. Primeira Guerra Mundial - Durante a Primeira Guerra Mundial, a Espanha manteve uma postura de neutralidade, apesar das pressões para (1914-1918) se aliar a um dos lados do conflito. - A opinião pública estava dividida entre os que apoiavam a Alemanha e o Império Austro-Húngaro (particularmente entre os monarquistas) e aqueles que apoiavam a França e o Reino Unido (principalmente republicanos e socialistas). - A guerra provocou uma crise econômica, com a alta de preços e escassez de produtos essenciais. Huelga General (1917) - Em 1917, uma grande greve geral eclodiu na Espanha, especialmente nas grandes cidades industriais como Barcelona, Madrid, Vizcaya e Astúrias. - A greve foi uma resposta à crescente insatisfação com o governo monárquico, à crise econômica e ao descontentamento com a falta de reformas. - PSOE (Partido Socialista Obrero Español) e UGT (Unión General de Trabajadores) organizaram a greve, que também exigia eleições livres e a queda da monarquia. Maria Inês Guedes - 3220646 19 Eventos que ocorreram após a Primeira Guerra Mundial até a proclamação da Segunda República em 1931: Evento Descrição Detalhada Consecuências da Huelga - Líderes socialistas e sindicalistas foram condenados à prisão perpétua devido à participação na greve. General (1917) - A greve gerou uma violência generalizada no país, especialmente em Catalunha, onde a Federação Patronal se envolveu. - O presidente do governo Eduardo Dato foi assassinado em 1921, e em 1923, o líder anarcosindicalista Salvador Seguí também foi morto. Golpe de Estado (1923) - Em 1923, o general Miguel Primo de Rivera liderou um golpe de Estado e impôs uma ditadura militar na Espanha. Este golpe surgiu devido à instabilidade política e social após a Primeira Guerra Mundial e a greve geral de 1917. Rebeliões no Campo (1918-1921) - Entre 1918 e 1921, houve várias rebeliões de camponeses na Andaluzia e Extremadura, com os trabalhadores rurais protestando contra as péssimas condições de vida e trabalho. - Em 1921, o Desastre de Annual ocorreu, quando o exército espanhol foi derrotado na Guerra do Rif, o que foi um golpe militar e moral para o governo de Alfonso XIII. Desembarco de Alhucemas - Em 1925, a expedição de Alhucemas foi uma operação militar bem-sucedida da Espanha contra os berberes (1925) do Rif, ajudada por tropas francesas, com o objetivo de pacificar a região e consolidar o domínio espanhol em Marrocos. Ditadura de Primo de Rivera - A ditadura de Primo de Rivera durou de 1923 a 1930 e foi um período de relativa tranquilidade política, (1923-1930) onde o movimento obreiro e os partidos políticos ficaram inativos. - A questão de Marrocos foi pacificada após as vitórias militares. - Durante seu governo, foram realizadas grandes obras de infraestrutura, como a construção de 5.000 km de estradas e a eletrificação rural. Desafios e Perda de Apoio (1930) - Embora a ditadura de Primo de Rivera tenha trazido estabilidade no início, ele começou a perder apoio de diversos setores, incluindo intelectuais, universitários, o movimento obreiro e até algumas facções militares. - Em 1930, Alfonso XIII depôs Primo de Rivera devido à crescente insatisfação popular e política. Pacto de San Sebastián (1930) - Em 1930, todas as forças republicanas se reuniram em San Sebastián para criar um comitê revolucionário com o objetivo de derrubar a monarquia. - A reunião foi promovida por Niceto Alcalá-Zamora e Miguel Maura, e o Pacto de San Sebastián teve um papel importante na preparação da queda da monarquia. Segunda República (1931) - Em abril de 1931, após a vitória nas eleições municipais nas principais cidades espanholas, a Segunda República Espanhola foi proclamada. - O rei Alfonso XIII foi forçado a deixar o país e viver no exílio, encerrando sua dinastia e o regime monárquico. Presidentes da República (1931) - O primeiro presidente da República foi Niceto Alcalá-Zamora, e o presidente do governo foi Manuel Azaña, um político republicano e de orientação esquerdista. - A partir de 1931, o novo governo republicano iniciou reformas políticas e sociais que iriam transformar a Espanha, embora também gerassem divisões internas e externas. Miguel Primo de Rivera (1870–1930) foi um Alfonso XIII (1886–1934) foi o rei da Espanha de general e ditador espanhol. Em 1923, deu um 1886 a 1931. Seu reinado foi marcado por golpe de Estado e assumiu o poder, estabelecendo instabilidade política, crises econômicas e a perda uma ditadura militar para resolver a crise política das colônias Cuba, Filipinas e Puerto Rico em 1898. e social da época. Durante seu governo, ele Em 1923, apoiou o golpe de Miguel Primo de implementou algumas reformas, como a Rivera, que instaurou uma ditadura militar. Em construção de estradas e a eletrificação rural, mas 1931, diante do crescente apoio à república, também suspendeu a Constituição e reprimiu a Alfonso XIII abdicou e deixou a Espanha, oposição política. Seu regime perdeu apoio com o encerrando a monarquia e dando início à Segunda tempo, e em 1930, ele renunciou, preparando o República. caminho para a Segunda República. Maria Inês Guedes - 3220646 20 Manuel Azaña (1880–1940) foi um Niceto Alcalá-Zamora (1877–1949) foi o primeiro político e escritor espanhol, presidente presidente da Segunda República Espanhola (1931– do governo e da República durante a 1936). Jurista e político, ele assumiu a presidência após Segunda República Espanhola. a proclamação da República, buscando garantir a Conhecido por suas reformas estabilidade e moderar as divisões políticas internas. progressistas, como a separação da Durante seu governo, enfrentou desafios como a Igreja e do Estado, enfrentou oposição polarização entre a esquerda e a direita, a questão da direita e da Igreja. Durante a Guerra religiosa e os movimentos separatistas. Sua Civil Espanhola, apoiou a República e, presidência terminou em 1936, quando foi deposto após a vitória franquista, se exilou na devido à crescente crise política e social, sendo França, onde morreu. substituído por Manuel Azaña pouco antes do início da Guerra Civil Espanhola. Evento Informação Detalhada Proclamação da Segunda A Segunda República foi proclamada em 1931, após a vitória do movimento republicano nas eleições municipais. O República governo provisório liderado por Niceto Alcalá-Zamora buscou construir uma sociedade moderna, democrática, e com liberdade para todos. A ideia era garantir um estado laico, centralizado, mas ao mesmo tempo com autonomia para as regiões, como a Catalunha e o País Basco. Constituição de 1931 A Constituição de 1931 estabeleceu a base jurídica da República, promovendo a igualdade e a laicidade do Estado. O sufrágio universal foi garantido a partir dos 23 anos para homens e mulheres. Instituiu um sistema monocameral, onde o parlamento seria composto por uma única câmara, e reconheceu o matrimônio civil e o direito ao divórcio como direitos civis. Reformas na educação Uma das principais reformas foi o aumento da educação pública, com a construção de 10.000 novas escolas e a formação de mais professores, além de melhores condições salariais. A reforma também propôs uma nova abordagem nos planos de estudo, promovendo a modernização e a criação de uma educação mais acessível. Este esforço visava também combater o analfabetismo e promover a educação laica. Ações contra a Igreja O governo republicano tomou medidas radicais contra a Igreja Católica, como a dissolução da Companhia de Jesus, e proibiu a Igreja de oferecer ensino religioso nas escolas. Também houve uma secularização da educação, buscando um sistema educacional livre de influências religiosas. Além disso, a Igreja perdeu o controle sobre vários hospitais e instituições de caridade. Reforma Agrária A Reforma Agrária foi uma tentativa de redistribuição de terras, visando a divisão dos grandes latifúndios entre os camponeses. No entanto, os altos custos de expropriação e a resistência dos latifundiários fizeram com que a reforma tivesse pouco impacto. Apesar das promessas, muitos camponeses ficaram desiludidos com a pouca efetividade da reforma, o que levou a conflitos sociais. Levante no campo - Casas Em 1933, houve um levante de jornaleiros anarquistas em Casas Viejas (Cádiz), onde os trabalhadores, revoltados Viejas com as condições de vida, ocuparam terras e enfrentaram as forças do governo. O levante foi violentamente reprimido, e a ação do governo resultou na morte de vários trabalhadores, gerando ainda mais descontentamento entre a classe trabalhadora e os anarquistas. Violência e repressão Durante o período de agitação, houve a queima de conventos e igrejas, especialmente após os levantes sociais. O governo e o exército responderam com violência, usando armas e forças para controlar a revolta. Além disso, houve uma repressão a qualquer movimento social que desafiava o governo republicano, com detenções em massa e punições severas para os rebeldes. Eleição de 1933 Nas eleições de 1933, houve uma vitória da direita, com a CEDA (Confederación Española de Derechas Autónomas), de José María Gil-Robles, e o Centro, liderado por Alejandro Lerroux. Esse governo de direita bloqueou muitas das reformas republicanas, como a Reforma Agrária, e começou a suspender a secularização do ensino e os avanços nas leis trabalhistas. Huelga de 1934 A Huelga de 1934 foi convocada pelos socialistas em resposta ao avanço da direita no governo. As grandes revoltas ocorreram em Asturias, Vizcaya, Catalunha e Barcelona, com os trabalhadores e sindicalistas ocupando fábricas, minas e até se confrontando com a guarda civil. O governo respondeu com repressão violenta, com a morte de muitos trabalhadores e uma severa prisão em massa. Maria Inês Guedes - 3220646 21 Resposta do governo à A repressão do governo à greve foi brutal: ocorreram 9 dias de intensos combates. A violência do governo causou Huelga 30.000 encarcerados, e a situação gerou um descontentamento generalizado entre a esquerda, que viu o governo como uma força autoritária que ameaçava os direitos dos trabalhadores e das classes mais pobres. Eleição de 1936 e vitória Em 1936, o Frente Popular composto por PSOE, PCE, POUM e Izquierda Republicana venceu as eleições e passou a do Frente Popular implementar novas reformas de esquerda. O governo atacou com mais intensidade a Igreja, e grupos de extrema- direita como os falangistas começaram a se organizar para resistir à ascensão da esquerda. Assassinatos e início da Em julho de 1936, a tensão política e social levou ao assassinato de figuras importantes como o tenente da Guarda Guerra Civil de Assalto e José Calvo Sotelo. Esses assassinatos, seguidos pela revolta militar liderada por Francisco Franco, resultaram no início da Guerra Civil Espanhola em 17 de julho de 1936, quando os militares tomaram o poder e começaram uma luta contra o governo republicano. Partidos do Frente Popular O Frente Popular foi uma coalizão de partidos de esquerda, composta por PSOE (Partido Socialista Obrero Español), PCE (Partido Comunista de España), POUM (Partido Obrero de Unificación Marxista) e Izquierda Republicana, que foram os principais responsáveis por organizar a resistência ao golpe militar e tentar implementar uma política progressista e de reformas sociais antes da eclosão da Guerra Civil. Maria Inês Guedes - 3220646 22 10. Navarra Navarra é uma comunidade foral no norte da Espanha, com uma história e identidade própria, que remonta aos primeiros assentamentos de povos vascones na região. Situação geográfica Navarra apresenta diferentes paisagens, com áreas montanhosas ao norte e mais planas ao sul, variando do verde dos Pirineus à seca das zonas mais próximas da região de La Rioja. História A região foi originalmente habitada pelos vascones, um povo que se estabeleceu nas montanhas e vales da região. O nome "Naba" refere-se a uma área entre as montanhas, e Navarra foi um ponto de encontro de várias civilizações, como os vascones, visigodos, francos, romanos e muçulmanos, o que fez com que fosse uma terra de grandes influências culturais e militares. Fundação do Reino de Navarra O Reino de Pamplona foi fundado em 75 a.C. por Pompaelo, e mais tarde evoluiu para o Reino de Navarra sob a liderança de Íñigo Arista, um dos primeiros monarcas importantes da região (séculos VIII-IX). Esse reino era uma potência no norte da península ibérica. Sancho VI El Sabio Durante o reinado de Sancho VI El Sabio (1150-1194), Navarra experimentou um período de grande prosperidade e expansão. Sancho VI fundou as cidades de Vitoria e San Sebastián, além de promover a construção de importantes monastérios, como o de Leyre, um centro religioso de grande relevância. O Caminho de Santiago O Caminho de Santiago, que passa por Navarra, tem uma forte conexão histórica e religiosa com a região, já que foi uma das principais rotas de peregrinação medieval que atraía devotos e viajantes para Santiago de Compostela. A região desempenhou um papel essencial na preservação e expansão desse caminho. Maria Inês Guedes - 3220646 23 Tópico Informação Detalhada História Antiga - Poblados Vascones: A área que hoje corresponde a Navarra era habitada por povos vascones, um dos grupos pré-romanos, que resistiram à invasão romana. - “Naba”: O nome “Naba” refere-se à terra entre montanhas, caracterizando a geografia da região, uma zona de cruzamento de povos e culturas. Essa região foi influenciada por diversos povos ao longo dos séculos, incluindo os vascones, visigodos, francos, romanos, e muçulmanos, todos deixando sua marca na cultura e história da Navarra. Fundação de - Pamplona foi fundada em 75 a.C. por Pompeu como uma cidade estratégica no Império Romano. Sua fundação estabeleceu Pamplona a base para o que viria a se tornar o Reino de Pamplona, e depois o Reino de Navarra. A cidade desempenhou um papel importante na história da região durante a Antiguidade e a Idade Média. Iñigo Arista - Iñigo Arista foi o primeiro rei de Navarra (século VIII-IX). Ele fundou a dinastia Arista, e estabeleceu as bases do Reino de Navarra, que se expandiria e consolidaria durante os séculos seguintes. Durante seu reinado, Navarra resistiu à expansão muçulmana na Península Ibérica e iniciou uma trajetória de independência que continuaria a ser uma característica distintiva do reino. Sancho VI El Sabio - Sancho VI El Sabio (1150-1194) foi um dos monarcas mais notáveis de Navarra, responsável pela fundação das cidades de Vitoria e San Sebastián. Ele também estabeleceu vários monastérios, como o Monastério de Leyre, que se tornariam centros religiosos importantes. Seu reinado marcou a expansão e a consolidação de Navarra como uma potência regional no norte da Península Ibérica. Monastérios de - O Monastério de Leyre foi fundado no século IX e é um dos mais antigos e importantes monastérios da região. Localizado em Leyre Navarra, era um centro de cultura e espiritualidade durante a Idade Média, além de ser um marco do Caminho de Santiago, que ligava os peregrinos ao centro religioso da Europa medieval, Santiago de Compostela. Roncesvalles - Roncesvalles é um dos locais mais emblemáticos do Caminho de Santiago e da história de Navarra. A batalha de Roncesvalles em 778, onde o exército de Carlos Magno foi derrotado pelos bascos, é um evento fundamental na formação da identidade histórica da região. Puente la Reina e - Puente la Reina: Uma importante cidade ao longo do Caminho de Santiago, onde os peregrinos se reuniam. O Pontífice la Eunate Reina, que se destaca por sua ponte medieval, é um ponto turístico e histórico essencial. - Eunate: Uma igreja românica em Navarra, situada também no Caminho de Santiago, com uma construção distintiva que atrai tanto peregrinos quanto estudiosos da história medieval. Las Navas de - Las Navas de Tolosa: Em 1212, a batalha das Navas de Tolosa foi uma das vitórias decisivas contra os muçulmanos, na qual o Tolosa rei Sancho VII El Fuerte de Navarra teve um papel crucial. Esta vitória reforçou a posição de Navarra como um reino independente e determinou a futura configuração política da Península Ibérica. O escudo de Navarra, que inclui cadeias e uma esmeralda, reflete essa vitória histórica. Fernando El - Em 1512, Fernando El Católico anexou Navarra ao Reino de Aragão e Castela, mas a região conseguiu manter uma série de Católico foros (direitos e leis especiais), o que permitiu que Navarra mantivesse certo grau de autonomia até o século XIX. Navarra foi fortemente influenciada pela história francesa devido à dinastia dos reis de França e Navarra, que exerceu poder sobre a região. Baja Navarra e - Baja Navarra manteve sua independência até o século XVI, quando foi finalmente incorporada ao Reino de França após o França reinado de Henrique III de França. A incorporação de Navarra à França ocorreu enquanto a região também mantinha laços estreitos com a Coroa Espanhola. Revolução Francesa - Em 1789, a Revolução Francesa teve um impacto significativo em Navarra, que, em 1841, foi oficialmente incorporada à e Navarra Espanha como uma província, mas com seus foros preservados. A região continuaria a lutar por sua autonomia ao longo dos séculos XIX e XX. Atualidade de - Navarra atualmente tem uma população de 636.924 habitantes e é composta por 272 municípios. A região é conhecida por Navarra seu alto nível de vida e uma das maiores rendas per capita da Espanha. A qualidade de vida na região é uma das mais altas, com uma economia estável e moderna. Economia - A economia de Navarra é diversificada, com forte presença no setor agrícola, indústria automobilística (com empresas como a Volkswagen estabelecendo fábricas na região) e maquinário industrial. Também é importante a indústria agroalimentar, que é uma das maiores fontes de exportação da região, com produtos como o presunto de Navarra sendo altamente valorizados. Maria Inês Guedes - 3220646 24 Educação - Navarra se destaca por sua forte infraestrutura educacional, com três universidades: a UPNA (Universidad Pública de Navarra), a Universidad de Navarra, e a UNED (Universidad Nacional de Educación a Distancia). Além disso, possui instituições de ensino superior artísticas, incluindo o Conservatório Superior de Música. Cidades - Fitero, Irache, Oliva, Eunate: Essas cidades e locais estão fortemente ligados ao Caminho de Santiago e à tradição religiosa e Importantes cultural de Navarra. Fitero, por exemplo, é conhecida pelo Monastério de Fitero, que é um dos mosteiros cistercienses mais antigos da região. Fueros - Os Foros são os direitos especiais de Navarra que datam da Idade Média e que permitiram à região manter uma certa autonomia, principalmente em relação à tributação e leis. A preservação desses foros foi uma característica única de Navarra ao longo da história, permitindo-lhe manter um grau significativo de autonomia, mesmo após a sua integração ao Reino de Castela e à Espanha. Pais Vasco - Embora administrativamente separada, Navarra tem uma forte ligação cultural e linguística com o País Vasco. O euskera (a língua basca) é falado em algumas partes de Navarra e a região compartilha muitas tradições, festivais e identidades culturais com as outras comunidades bascas. A proximidade geográfica e histórica entre Navarra e o País Vasco tem uma grande influência nas relações políticas e culturais da região. Religião e Cultura - Navarra tem uma forte tradição religiosa, principalmente vinculada ao Catolicismo, com muitos monastérios históricos, igrejas e locais religiosos ao longo do Caminho de Santiago. A região é conhecida pela sua rica herança cultural que mistura tradições espanholas e bascas, refletidas nas festas, danças e na gastronomia. Maria Inês Guedes - 3220646 25 Tópico Informação Detalhada Geografia - Zona Norte (Pamplona): A região norte de Navarra, com Pamplona como centro, é culturalmente mais ligada ao País Vasco, Cultural com forte presença do euskera (língua basca). Essa área tem influências culturais tanto espanholas quanto bascas, com o euskera sendo falado amplamente. - Zona Sul: A região sul de Navarra apresenta tradições mais próximas da cultura espanhola central, com o espanhol predominando como língua e influências culturais de Castela. A diferença entre as duas zonas reflete-se também nas tradições e no folclore, com cada região preservando suas festas e rituais próprios. Folclore e - Navarra tem um rico patrimônio folclórico, com diferentes manifestações culturais dependendo da região. As tradições bascas, Tradições como a dança, música e o uso do euskera, estão muito presentes na zona norte. A zona sul, embora influenciada pela cultura basca, possui também influências de outras partes da Espanha. As festas populares e tradições de Navarra são expressões importantes da identidade cultural local. Euskera - O euskera é uma das línguas mais antigas da Europa, falada predominantemente na zona norte de Navarra. Embora o espanhol seja a língua mais falada em toda a região, o euskera é protegido e promovido, especialmente nas áreas mais próximas ao País Vasco, sendo ensinado nas escolas e usado em administrações locais e festivais culturais. Teatro e Música - Teatro: Navarra possui uma rica tradição teatral, com várias produções locais e nacionais sendo encenadas ao longo do ano. Além disso, cidades como Pamplona possuem teatros históricos e modernos que são centros culturais da região. - Gran Auditorio: Navarra é lar de grandes espaços culturais como o Gran Auditorio de Pamplona, que recebe eventos musicais e culturais de renome. - Biblioteca e Filmoteca General: A região também tem instituições dedicadas à preservação e promoção cultural, como a Biblioteca e Filmoteca General, que desempenham um papel importante na educação e na conservação de materiais audiovisuais e literários. - Orquestra Sinfónica: A Orquestra Sinfónica de Navarra é uma das principais expressões culturais da região, realizando concertos e promovendo a música clássica e moderna. - Orfeón Pamplonés: O Orfeón Pamplonés é uma das principais instituições musicais da cidade, um coro famoso em Navarra e na Espanha, que participa de vários festivais e eventos internacionais. Premios Culturais - Premios Pablo Sarasate: Este prêmio é concedido anualmente para reconhecer talentos na música clássica e na interpretação musical, nomeado em homenagem ao famoso violinista espanhol Pablo Sarasate, que nasceu em Pamplona. - Premios Julián Gayarre: Este prêmio é um reconhecimento importante para a música e o canto lírico, em homenagem ao tenor de ópera Julián Gayarre, uma das maiores figuras da história musical de Navarra. A Festa - San - San Fermín: A festa mais famosa de Navarra, celebrada de 6 a 14 de julho em Pamplona. É uma festa internacionalmente Fermín reconhecida, especialmente famosa pelo encierro (a corrida de touros). A festa começa no dia 7 de julho com o chupinazo, o disparo de um foguete que marca oficialmente o início das festividades. - Internacionalidade: Embora seja uma festa profundamente enraizada na cultura local, San Fermín atrai milhares de turistas de todo o mundo todos os anos, com celebrações que incluem música, danças tradicionais e eventos religiosos. O Chupinazo - Chupinazo: O Chupinazo é o evento que dá início às festividades de San Fermín no dia 7 de julho. É um momento de grande emoção para os habitantes de Pamplona e os milhares de visitantes que participam da celebração. O foguete é lançado da prefeitura da cidade e marca o início dos encierros e das demais festividades. Encierro - Encierro: O encierro é uma das tradições mais conhecidas de San Fermín, onde os participantes correm à frente de touros pelas ruas estreitas de Pamplona. Este evento é arriscado e emocionante, sendo o ápice das celebrações, atraindo tanto turistas quanto locais. Ele simboliza a coragem e a tradição, sendo transmitido ao vivo para muitas partes do mundo. O encierro ocorre todos os dias da festa, a partir de 7 de julho até o dia 14 de julho. Maria Inês Guedes - 3220646 26 11. País Vasco (Euskal Herria) Evento/Informação Detalhes Antigos Territórios do O País Vasco tem uma história rica que remonta à Idade Média. Originalmente habitada pelos vascones, a região foi País Vasco influenciada por diferentes povos como os romanos, visigodos e francos. Durante a Idade Média, o território basco se tornou parte dos Reinos de Navarra e Castela. A região tem uma longa história de identidade própria, com uma forte cultura, língua e tradições. Durante a Idade Moderna, os territórios do País Vasco foram divididos entre o Reino de Navarra (que eventualmente foi absorvido pela Espanha e França) e o Reino de Castela (que mais tarde se uniu para formar a Espanha moderna). Território Atual O País Vasco moderno é composto por três províncias espanholas: Álava, Guipúscoa e Vizcaya, que formam a Comunidad Autónoma del País Vasco (CAPV). Além disso, inclui parte do território francês (parte da Baixa Navarra e Labourd), conhecidos historicamente como Euskal Herria, que é um conceito cultural e histórico que abrange a região histórica e geograficamente vasca. O País Vasco tem um estatuto de autonomia que lhe permite ter um parlamento e um governo próprio. Lauburu (Símbolo) O Lauburu, que significa "quatro cabeças" em euskera, é um símbolo tradicional que é amplamente utilizado na cultura basca. Representa os quatro pontos cardeais e a união dos quatro elementos: terra, fogo, água e ar. Este símbolo é utilizado em bandeiras, arquitetura e outros contextos culturais, sendo um emblema de identidade basca e um reflexo da visão do mundo do povo basco. Bandeira (Ikurriña) A Ikurriña é a bandeira oficial do País Vasco. Criada em 1894 por Luis e Sabino Arana, a bandeira simboliza a identidade basca com as cores vermelha (representando o povo basco), verde (representando o território) e branco (simbolizando a liberdade). A Ikurriña foi adotada como a bandeira oficial do País Vasco após a Guerra Civil Espanhola e é um símbolo visível da autonomia e da luta pela preservação da cultura basca. Ikurriña - Bandeira da Comunidade Autónoma do País Basco O Lauburu, que significa "quatro cabeças" em basco (lau = quatro, buru = cabeça), é um símbolo cultural do País Basco, reconhecido por sua forma de cruz com braços curvados. Suas origens são incertas, mas acredita-se que esteja ligado a representações solares e aos ciclos da natureza em tradições pré-cristãs. Durante o cristianismo, foi associado aos quatro elementos ou pontos cardeais e usado em lápides e arte sacra. Hoje, o Lauburu é um emblema da identidade basca, simbolizando vida, energia e unidade cultural. Ele aparece em bandeiras, joias, arte e como ícone de orgulho regional. Seus braços girando no sentido horário representam vitalidade, enquanto o giro anti-horário é raramente associado à morte ou ciclos finais. Maria Inês Guedes - 3220646 27 Língua (Euskera) O euskera, também conhecido como basco, é uma das línguas mais antigas e únicas da Europa, que não tem nenhuma relação comprovada com outras línguas indo-europeias. É falado por cerca de 30% da população do País Vasco e é uma parte fundamental da identidade cultural basca. O governo basco promove ativamente o ensino do euskera nas escolas, e é utilizado em muitos meios de comunicação e literatura. Há também um esforço para reviver o euskera nas áreas urbanas e entre as gerações mais jovens. Bilbao / Bilbo Bilbao é a maior cidade e o centro econômico do País Vasco, localizada na província de Vizcaya. A cidade tem se transformado ao longo das últimas décadas, especialmente após a construção do Museu Guggenheim, projetado pelo arquiteto Frank Gehry. Este museu se tornou um ícone de modernidade e arquitetura contemporânea e ajudou a revitalizar a cidade. Bilbao também é famosa pela sua gastronomia, especialmente pelos pinchos (uma variação dos tapas) e pela cultura vibrante, incluindo teatro, música e eventos culturais. Ongi Etorri, que significa "bem-vindo" em euskera, é a saudação tradicional que acolhe os visitantes. San Sebastián / San Sebastián (ou Donostia, seu nome em euskera) é uma cidade costeira famosa por suas praias, especialmente a La Donostia Concha, considerada uma das mais bonitas da Europa, e Ondarreta. A cidade é também um destino gastronômico mundialmente reconhecido, famosa por seus pinchos (tapas bascas), que podem ser encontrados nos bares locais. San Sebastián também é um importante centro cultural, abrigando o famoso Festival Internacional de Cinema de San Sebastián e o Festival de Jazz de San Sebastián. A cidade é um ótimo exemplo de como o País Vasco combina beleza natural, cultura e gastronomia. Vitoria / Gasteiz Vitoria (ou Gasteiz, em euskera) é a capital administrativa do País Vasco e a cidade mais tranquila das três províncias. Vitoria é conhecida pelo seu Casco Viejo (centro histórico), que é muito bem preservado, e pela Bajada de Celedón, uma tradicional festa que acontece em agosto, quando um boneco de Celedón desce da torre da igreja principal para iniciar as celebrações. A cidade tem uma rica história e cultura, com museus, teatros e uma gr