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This document provides a summary of immunology, focusing on the topic of syphilis. It details the stages of syphilis, including primary, secondary, and tertiary, along with relevant clinical and laboratory diagnostic information.

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Resumo – Imunologia TVC II Sífilis – Treponema pallidum É uma doença infecciosa, sistêmica, de evolução crônica, sujeita a surtos de agudização e períodos de latência. Transmissão via parenteral (baixo), sexual e vertical; Forma congênita grave. Período de incubação: 2 - 4 semanas (10...

Resumo – Imunologia TVC II Sífilis – Treponema pallidum É uma doença infecciosa, sistêmica, de evolução crônica, sujeita a surtos de agudização e períodos de latência. Transmissão via parenteral (baixo), sexual e vertical; Forma congênita grave. Período de incubação: 2 - 4 semanas (10 a 90 dias). Transmissão: contato direto com as lesões infectadas (pele ou mucosa) ou fluidos corporais, bem como contaminação in utero, transfusão de sangue e perinatal. Estágios clínicos: Primária ○ Refere-se ao primeiro episódio sintomático da sífilis. ○ Cancro duro ou protossifiloma ○ Lesão ulcerada única, indolor, de bordos endurecidos, elevados e de fundo limpo. ○ Regressão espontânea em 2-6 semanas e sorologia positiva. Secundária ○ Recorrências da lesão primária, com disseminação de treponemas pelo organismo. ○ 4 a 10 semanas após o aparecimento da úlcera, podendo ocorrer até dois anos depois. ○ Duração de 2 a 6 semanas ○ Lesões mucocutâneas associadas a sintomas constitucionais, rash máculopapular (roséolas sifilíticas), pápulas palmoplantares, alopécia em “clareira” e adenomegalia generalizada condiloma plano ○ Hepatite e glomerulonefrite por imunocomplexos. Latente recente e tardia ○ Ausência de sinais e sintomas clínicos ○ Diagnóstico: testes sorológicos ○ Duração variável ○ período após a infecção com T. pallidum quando o paciente ○ É soropositivo mas não apresenta sinais ou sintomas da ○ doença. ○ Recente: adquirida em < 1 ano da detecção sorológica. ○ Tardia: adquirida em > 1 ano da detecção sorológica. ○ Recorrência das lesões cutâneas e mucosas e neurossífilis (acometimento de nervos cranianos e AVC) Terciária ○ Lesões de pele e mucosas evoluindo com granulomas destrutivos (gomas). ○ Envolvimento cardiovascular (aortite). ○ Neurossífilis pode ocorrer em qualquer estágio da sífilis. As manifestações incluem: sintomas auditivos ou oftalmológicos, sinais e sintomas de meningite e paralisia de nervo craniano. ○ 3 a 12 anos de infecção ○ Lesões cutâneo-mucosas: Tubérculos e gomas ○ Lesões neurológicas: Tabes dorsalis e demência ○ Lesões cardiovasculares: Aneurisma aórtico ○ Lesões articulares: Artropatia de Charcot Sífilis Congênita ○ A transmissão materna pode ocorrer em qualquer fase da gestação. ○ Taxa de transmissão vertical: Fases 1ª e 2ª : 70 a 100% Fase latente e 3ª: 30% Morte perinatal: 40% das crianças infectadas ○ Síndrome de sífilis congênita (baixo peso, alterações ósseas, nariz em sela e fronte olímpica, dente de Hutchinson, icterícia, ceratite, surdez, hidrocefalia, doenças trato respiratório, hepatoesplenomegalia) ○ Abortamento espontâneo feto natimorto Diagnóstico Laboratorial Pesquisa direta: Obter material na base do cancro por raspado e fazer exame direto por microscopia em campo escuro (método ideal) ou com técnica de anticorpos fluorescentes. O exsudato deve ser examinado a fresco de modo a permitir que o movimento espiralado da espiroqueta possa ser observado. Campo escuro: Técnica específica, 6 a 8 espiras regulares com movimentação progressiva e rotacional. Coloração: Coloração de prata (Fontana - Tribondeaux) ou panótico (Giemsa) Imunofluorescência direta: Anticorpos policlonais ou monoclonais marcados com fluoresceína PCR: Soro e LCR Reações não-treponêmicas - SORO E LCR Detecta antígenos cardiolipínicos / Alta sensibilidade / Baixa especificidade / Diagnóstico / Controle de cura VDRL (Veneral Disease Research Laboratory): O teste VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) é capaz de detectar anticorpos inespecíficos ou reaginas, presentes no soro de pacientes com infecção sifilítica. Usa soro ou plasma, processados rapidamente ○ Reação de Floculação / microfloculação: As reaginas, quando presentes na amostra, reagem com as partículas de colesterol revestidas com cardiolipina e lecitina provocando uma floculação, visível somente ao microscópio ○ Eles são empregados na triagem da doença, bem como no monitoramento de seu curso após o tratamento. ○ Os anticorpos detectados por esses testes em geral se desenvolvem em 1 a 4 semanas após o aparecimento do cancro primário. RPR (reagina plasmática rápida). Carbotest Significado dos testes não treponêmicos Reação treponêmica – FTA-Abs Fluorescent Treponemal Antibody Absorption – FTA-Abs – Fluorescent treponemal antibody absorption (teste padrão ouro) – 1º a aparecer positivo após a infecção. Cepas de Treponemas / Qualitativa / Confirmação da infecção / Reativa após 15º dia da infecção Outros: Imunocromatografia, ELISA, Teste de hematoaglutinação passiva, Imunoblot Testes qualitativos cuja reatividade indica que o usuário teve contato com Treponema pallidum em alguma época de sua vida e desenvolveu anticorpos específicos Diagnóstico confirmatório – detecta o treponema patogênico Utiliza-se o soro ou plasma FTA-Abs pesquisa IgM Testes sorológicos Teste de Micro-hematoaglutinação: Hemácias sensibilizadas com T. pallidum. Revelação rápida e simples ○ Hemaglutinação indireta – ligação de anticorpos treponêmicos no soro com as hemácias sensibilizadas com antígenos treponêmicos. ELISA: Placa com T. pallidum e Teste de Imunoblot IgM: Placa sensibilizada com T. pallidum ○ São testes treponêmicos que utilizam antígenos recombinantes G de Treponema pallidum fixados em uma fase sólida. ○ Esses antígenos se ligarão os anticorpos presentes na amostra do usuário. Interpretação dos Testes Sífilis Congênita Tratamento da Sífilis Primária, secundária e latente recente: ○ Adultos: Penicilina G Benzatina, 2,4 milhões UI IM em dose única. ○ Crianças: Penicilina G Benzatina, 50.000UI/Kg IM em dose única. Terciária e latente tardia: ○ Penicilina G Benzatina , 2,4 milhões UI IM semanal por 3 semanas. Alérgicos à penicilina: ○ Doxiciclina 100mg VO 12/12h por 28 dias. ○ Tetraciclina 500mg VO 6/6h por 28 dias. Pacientes com neurossífilis: ○ Penicilina G cristalina, 4 milhões UI IV 4/4 h por 14 dias. ○ Penicilina procaína, 2,4 milhões UI IM 1 vez ao dia + probenecida 500mg VO, 6/6 horas por 10 – 14 dias. ○ Alérgicos à penicilina: Ceftriaxona 2g/ dia EV ou IM por 10 – 14 dias. Sífilis na Gestação ○ Baseia-se no tratamento com penicilina benzatina conforme o estadio clínico da doença, mas com uma segunda dose de reforço (2,4 milhões UI IM) 1 semana após a primeira. SÍFILIS – Reação de Jarisch-Herxheimer A reação de Jarisch-Herxheimer é uma reação aguda febril, com calafrios e frequentemente acompanhada de cefaleia, mialgia, exacerbação das lesões cutâneas e outros sintomas (mal estar, artralgia) que podem ocorrer nas primeiras 24 horas após início do tratamento podendo durar de 24 a 48 horas. Ocorre quando uma grande quantidade de toxina é liberada no corpo devido a morte da espiroqueta em decorrência do tratamento. Rubéola – Rubella virus Vírus da família Togaviridae gênero Rubivirus, o Rubella virus O vírus selvagem contém RNA de fita simples e seu envelope contém lípides que são essenciais para a infecção e glicoproteínas E1 e E2. Vacina tríplice viral – cobertura está diminuindo, mas não há casos de rubéola a anos no Brasil (2009/2013) Transmissão pós natal A transmissão ocorre diretamente de pessoa a pessoa, por meio das secreções nasofaríngeas expelidas pelos doentes ao tossir, respirar, falar ou respirar. O período de transmissibilidade é de 5 a 7 dias antes e depois do início do exantema, que é uma erupção cutânea. Transmissão pré natal Na gravidez, a transmissão materno-fetal pode ocorrer durante todo o período gestacional (início é mais grave), risco de efeito teratogênico grave. Patogenia Período de incubação: 14 a 21 dias Transmissibilidade máxima: poucos dias antes até 5 a 7 dias do exantema Sinais e Sintomas A rubéola é uma doença infecto-contagiosa, cujo principal sintoma é: Exantema máculo-papular róseo que surge inicialmente na face e atrás da orelha e depois dirige-se para todo o corpo, em direção aos pés. Até metade dos casos pode não apresentar sintomas (subclínica) Infecção pós natal – Manifestações clínicas Período Exantemático: ○ Exantema não característico ○ Máculo-papular róseo, início na face ○ Progressão crâniopodálica ○ Generalização em 24 a 48 h ○ Não muda de cor, não descama ○ Febre moderada; linfadenopatia ○ 25 a 50% subclínica Resposta Imune Celular A imunidade celular ao vírus da rubéola é mediada principalmente pela secreção de interferon e liberação de linfocinas por linfócitos Resposta imune humoral A resposta local à entrada do vírus via nasofaríngea é essencialmente formada por IgA e baixos níveis de IgG. Testes mais sensíveis podem detectar níveis de IgM em pessoas com re-infecção, nestes casos determinamos a avidez do anticorpo IgG para podermos diferenciar uma re-infecção de uma nova infecção. Na primeira o IgG é de alta avidez, já na segunda o IgG é de baixa avidez. Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) Sintomas Principais: Ação citopática do vírus em replicação ○ Catarata / glaucoma ○ Retinopatia pigmentar ○ Doença cardíaca congênita (PCA, EP) ○ Distúrbio de audição ○ Retardo psicomotor e de crescimento ○ Microcefalia Óbito Manifestações tardias na Síndrome da Rubéola Congênita ○ Púrpura trombocitopênica ○ Meningoencefalite neonatal ○ Doença óssea ○ Anemia hemolítica ○ Diabetes mellitus (tardio) ○ Linfoadenopatia ○ Retardo do crescimento ○ Hepatoesplenomegalia ○ Hipo e hipertireoidismo ○ Icterícia ○ Panencefalite aguda ○ Hepatite ○ Osteoporose ○ Menopausa precoce Diagnóstico Laboratorial Infecções subclínicas, variação na sintomatologia e inespecificidade dos exantemas tornam a sorologia indispensável para o diagnóstico diferencial. Cultura: material de nasofaringe, swabs de garganta, sangue, urina, líquor – exclusão de doenças com sintomas semelhantes e secundárias – alto custo, demorado e complexo. Determinação de anticorpos específicos – IgG e IgM (IgM especifica encontra-se alta, persiste aumentando até o 6º mês, ocorrendo queda entre 8º e 12º meses pós natal). Testes sorológicos: ○ Inibição da hemaglutinação ○ Hemólise radial simples ○ Imunofluorescência ○ ELISA IgM e IgG – avidez IgG ○ PCR Rubéola congênita/SRC ○ Cultura viral ○ PCR do RNA viral ○ Imunohistoquímica ○ Imunofluorescência ○ ELISA IgM e IgG – avidez IgG Inibição da Hemaglutinação (IHA) Teste foi utilizado por muitas décadas e é considerado referência para o diagnóstico sorológico da rubéola. Porém foi substituído por outros testes por ser de difícil padronização, com muitas etapas e que utiliza reagente perecível e de difícil obtenção (hemácias de aves de 1 dia de vida – Hemácias menos desses animais são menos reativas do que de humanos e os resultados são mais fidedignos) A presença da glicoproteína E1 no vírus é capaz de aglutinar com hemácias. Nesse sentido, caso o paciente apresente anticorpos antirrubéola, a ligação do vírus com os anticorpos irá inibir a hemaglutinação. Imunofluorescência indireta ELISA – Detecção de IgM antirrubéola é importante na infecção primária materna e rubéola congênita Teste de avidez de IgG Detecção de IgM antirrubéola é importante na infecção primária materna, nas reinfecções e na rubéola congênita Interpretação sorológica na Rubéola Citomegalovírus É um vírus DNA, pertencente à família Herpesviridae que inclui herpes simples, o vírus Epstein-Barr e o vírus varicela-zóster. Também conhecida como doença de inclusão citomegálica, cuja a replicação do vírus se faz no interior do núcleo na forma característica de inclusão. É um microorganismo oportunista por excelência, caracterizando-se por uma condição de latência, recorrência e cronicidade. O paciente, uma vez contaminado, alberga o vírus indefinidamente, no interior de vários órgãos, podendo ser reativado em decorrência de depressão da imunidade celular, na gravidez, nas doenças como AIDS, ou durante uso de drogas imunossupressoras. Período de incubação – dias a poucas semanas. Inativação – reativação Período de transmissibilidade – após período de incubação. Prevalência em Regiões de baixo nível socioeconômico Transmissão O homem é seu único reservatório; a transmissão ocorre por contato direto ou imediato, de pessoa/pessoa. As fontes humanas de disseminação do vírus incluem secreções respiratórias, saliva, sangue e derivados, urina, secreção de colo uterino, esperma, leite materno e órgãos para transplantes (doadores contaminados). A transmissão pode se dar por via transplacentária, da mãe para o feto (infecção congênita), por contato do RN com secreções infectadas no canal de parto ou pelo leite materno (infecção perinatal) ou transmissão por contato direto ou imediato, de pessoa/pessoa (infecção adquirida) Infecção por CMV Maioria assintomática IgM positivo – 10 a 12 semanas Reação cruzada com outros herpesvírus Soroconversão – IgG positivo Quando sintomática: febre, fadiga, mialgia, náusea, diarreia, linfonodomegalia cervical, linfocitose relativa ou absoluta, aumento de AST E ALT. Infecção por CMV: Quando se faz o isolamento do vírus em qualquer sítio, ou há evidências sorológicas da infecção; Infecção primária: Quando o vírus infecta um indivíduo soronegativo – Gestantes é mais grave para o feto (40 a 50% de transmissão); Infecção secundária: Reativação do vírus ou reinfecção (soropositivos) – baixa transmissão para o feto - 0,5 a 2%; Infecção congênita: Isolamento em RN ou até 3 meses de vida. CMV em pacientes imunodeprimidos Pacientes HIV positivos (60%); Transplantados (até 90%) Pacientes em tratamento de câncer. Risco aumentado de infecção oportunista por CMV (REATIVAÇÃO) Sintomas: Febre persistente, alterações hematológicas e hepáticas, úlceras gástricas, retinite e pneumonia. Infecção congênita por CMV ALTERAÇÕES – Anemia, baixo peso, púrpura, petéquias, icterícia, hepatoesplenomegalia, microcefalia, hidrocefalia, calcificações intracranianas, retardo mental, coriorretinite, estrabismo, defeitos motores, surdez, convulsões neonatais. FORMAS GRAVES – Generalizada; taxa de mortalidade de até 30% dos casos. Mecanismo de evasão da resposta imune O vírus altera a função de linfócitos e leucócitos, e impede a apresentação de antígenos para os linfócitos TCD8 citotóxicas e TCD4. A proteína viral também bloqueia o ataque das células NK sobre as células infectadas por CMV. Diagnóstico Laboratorial 1) Hemograma: Marca característica da infecção por CMV é a célula citomegálica, que consiste em uma célula aumentada contendo um “olho de coruja” central basofílico, o qual é um corpo de inclusão intranuclear. As inclusões são facilmente vistas à coloração de Papanicolau ou hematoxilina-eosina. 2) Sorologia ▪ ELISA ou IFI ▪ IgG ou IgM específica para o CMV ▪ Aglutinação passiva em látex ▪ CMV congênito – teste de avidez de IgG Obs: caráter assintomático da doença dificulta a detecção anticorpos dentro da janela imunológica. 3) PCR ▪ Determinação direta da presença e quantidade de DNA ou proteínas virais nos leucócitos é útil como indicador de doenças invasivas. ▪ PCR no líquido amniótico - infecção intra-uterina ▪ PCR no soro para CMV congênita. ▪ Vírus extracelulares na urina, lágrima ou saliva podem simplesmente ser o resultado de uma recidiva assintomática. 4) Cultura viral – (Sangue, saliva, urina, sêmen) – em linhagens de fibroblastos exame direto por microscopia eletrônica, porém caro e só possível em amostras de alta viremia. 5) Histopatológico e citológico ▪ Presença das inclusões citomegálicas em fragmentos de rim, fígado e pulmão. ▪ Fácil manuseio, baixo custo e rapidez, porém pode apresentar falso-negativo. 6) Antigenemia CMV ▪ Pesquisa direta de antígeno pp65 do CMV no núcleo de neutrófilos. ▪ 90% de sensibilidade e 95% de especificidade. Tratamento medicamentoso Inibidores da DNA polymerase 1) Ganciclovir, um análogo da guanina que é fosforilado por uma proteína quinase codificada pelo vírus e indicado para infecções invasivas de receptores de transplante e paciente com AIDS, mas tem toxicidade considerável, 2) Cidofovir, um análogo da desoxicitidina. 3) Ácido fosfonofórmio (foscarnet). Prevenção ao CMV lavar bem as mãos antes de se alimentar e após as idas ao banheiro; evitar colocar as mãos na boca e nos olhos; lavar e prepare bem os alimentos que vai consumir; cuidar da higiene dos bebês; evitar beijar as crianças próximo aos olhos e boca; não compartilhar os objetos durante a alimentação; fazer sexo com proteção. Imunohematologia

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