Curso Básico de Segurança de Plataforma - PDF

Summary

Este é o manual do participante para o curso básico de segurança de plataforma. O manual fornece informações sobre prevenção e combate a incêndios, primeiros socorros, segurança pessoal e técnicas de sobrevivência. O manual também inclui uma descrição da filosofia da empresa West Group Treinamentos Industriais Ltda.

Full Transcript

**\ CURSO BÁSICO DE SEGURANÇA DE PLATAFORMA** **MANUAL DO PARTICIPANTE** **Company Details for Booking and Enquiries** West Group Treinamentos Industriais **Website**: [www.westgroup.com.br](http://www.westgroup.com.br) **Edição: 26** -- -- -- -- -- -- **Copyright © by West Group...

**\ CURSO BÁSICO DE SEGURANÇA DE PLATAFORMA** **MANUAL DO PARTICIPANTE** **Company Details for Booking and Enquiries** West Group Treinamentos Industriais **Website**: [www.westgroup.com.br](http://www.westgroup.com.br) **Edição: 26** -- -- -- -- -- -- **Copyright © by West Group Treinamentos Industriais Ltda.** **© Todos os Direitos Reservados:** Nenhuma parte deste documento pode ser reproduzida, armazenada ou introduzida em um sistema de recuperação, ou transmitida de quaisquer formas, meios (eletrônico, mecânico, fotocópia, gravação ou outro), ou propósito, sem a permissão expressa, por escrito, da West Group. **DISCIPLINAS** ![PCI](media/image2.png) **PCI** --------------------------------------------------------------------- --------- **PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO** PSE **PSE** **PRIMEIROS SOCORROS ELEMENTARES** ![SPR](media/image4.png) **SPR** **SEGURANÇA PESSOAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL** TSP **TSP** **TÉCNICAS DE SOBREVIVÊNCIA PESSOAL E PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA** **CDP** **CONSCIENTIZAÇÃO DE PROTEÇÃO** ![](media/image7.png) **SUMÁRIO DA DISCIPLINA - PREVENÇÃO E** **COMBATE A INCÊNDIO - PCI** [***UNIDADE DE ENSINO 1 - PREVENÇÃO DE INCÊNDIO* 5**](#_Toc500837863) [***UNIDADE DE ENSINO* 2 - COMBATE A INCÊNDIO 25**](#_Toc429423725) [**UNIDADE DE ENSINO 3 - ORGANIZAÇÃO DE COMBATE A INCÊNDIO 39**](#_Toc429423730) [**ANEXO DE EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 53**](#_Toc429423734) [***UNIDADE DE ENSINO* 1 - INTRODUÇÃO AOS PRIMEIROS SOCORROS 57**](#_Toc429423735) [**UNIDADE DE ENSINO 2 - CORPO HUMANO 70**](#unidade-de-ensino-2---corpo-humano) [***UNIDADE DE ENSINO* 3 - PROCEDIMENTOS DE PRIMEIROS SOCORROS 81**](#_Toc429423745) [**ANEXO DE EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 111**](#_Toc429423753) [**UNIDADE DE ENSINO 1 - RESPONSABILIDADE SOCIAL E RELAÇÕES HUMANAS A BORDO 114**](#unidade-de-ensino-1---responsabilidade-social-e-rela%C3%A7%C3%B5es-humanas-a-bordo) [**UNIDADE DE ENSINO 2 - SEGURANÇA NO TRABALHO A BORDO 129**](#unidade-de-ensino-2---seguran%C3%A7a-no-trabalho-a-bordo) [**UNIDADE DE ENSINO 3 - PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO E FISCALIZAÇÃO 159**](#unidade-de-ensino-3---preven%C3%A7%C3%A3o-da-polui%C3%A7%C3%A3o-e-fiscaliza%C3%A7%C3%A3o) [**ANEXO DE EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 172**](#_Toc429428901) [**ANEXO 2 - NORMAS REGULAMENTADORAS - MTB 174**](#anexo-2---normas-regulamentadoras---mtb) [**UNIDADE DE ENSINO 1 - SITUAÇÕES E PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA 176**](#unidade-de-ensino-1---situa%C3%A7%C3%B5es-e-procedimentos-de-emerg%C3%AAncia) [**UNIDADE DE ENSINO 2 - ORIENTAÇÃO SOBRE SEGURANÇA A BORDO 211**](#unidade-de-ensino-2---orienta%C3%A7%C3%A3o-sobre-seguran%C3%A7a-a-bordo) [**UNIDADE DE ENSINO 3 - TÉCNICAS DE SOBREVIVÊNCIA NO MAR 224**](#unidade-de-ensino-3---t%C3%A9cnicas-de-sobreviv%C3%AAncia-no-mar) [**ANEXO DE EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 247**](#_Toc429435345) [**ANEXO 2 - EXEMPLO DE TABELA MESTRA 249**](#_Toc429435346) [***UNIDADE DE ENSINO* 1 - CONSCIENTIZAÇÃO DE PROTEÇÃO 251**](#unidade-de-ensino-1---conscientiza%C3%A7%C3%A3o-de-prote%C3%A7%C3%A3o) [***UNIDADE DE ENSINO* 2 - AMEAÇAS À PROTEÇÃO 272**](#_Toc429437939) [**ANEXO DE EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 291**](#_Toc429437946) [**REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 293**](#_Toc528664992) [**GLOSSÁRIO 301**](#gloss%C3%A1rio) **\ SUMÁRIO DA DISCIPLINA - PRIMEIROS SOCORROS ELEMENTARES - PSE\ SUMÁRIO DA DISCIPLINA - SEGURANÇA PESSOAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL - SPR\ ** **SUMÁRIO DA DISCIPLINA - TÉCNICAS DE SOBREVIVÊNCIA PESSOAL E PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA - TSP\ SUMÁRIO DA DISCIPLINA - CONSCIENTIZAÇÃO DE PROTEÇÃO - CDP** **[APRESENTAÇÃO DO CURSO]** **A filosofia empresarial da West Group Treinamentos Industriais Ltda pode ser sintetizada no reconhecimento do valor das pessoas e na capacidade em lhes acrescentar novas competências, objetivando seu desenvolvimento não só profissional, mas sobre tudo como ser humano integral.** **Deste modo, estamos habilitados a oferecer e desenvolver soluções que atendam às necessidades de consultoria e treinamento empresarial focando a preservação da vida, em sua acepção mais ampla, contribuindo de forma significativa para o alcance dos objetivos de excelência empresarial dos nossos clientes.** **Este Manual do Participante é aplicado à disciplina de prevenção e combate a incêndio para** desenvolver nos profissionais uma atitude prevencionista, capacitá-los e habilitá-los com técnicas seguras no combate a uma situação inicial de incêndio. O curso atende as exigências da NORMAM-104/DPC. E as normas: NBR 9443, NBR 944, NBR 12615, NBR 14277, NBR 10721, NBR 11715, NR 23, NFPA - National Fire Protection Association - Organização americana de desenvolvimento de Normas, Padrões, Treinamentos e diretrizes de Combate a Incêndio; OSHA - Occupational Safety and Health Administration - Organismo Governamental que desenvolve Normas, Padrões, Treinamentos, Plano de Evacuação de emergência, classificação dos extintores e Etc. Tem por propósito, qualificar o aluno para as tarefas a bordo de Unidades \"*Offshore*\", dando-lhe conhecimentos básicos sobre medidas de segurança e proteção a bordo, de acordo com as recomendações contidas nos itens 5.3, 5.4 e 5.5 e com as Tabelas 5.5.1 a 5.5.6 da Resolução A.1079 (28) de 04/12/2013, da Organização Marítima Internacional. **Acreditamos que o seu aproveitamento neste curso seja eficaz para o enfrentamento dos problemas do dia-a-dia e possa contribuir efetivamente para o seu crescimento individual e profissional.** **Seja bem-vindo!** **West Group Treinamentos Industriais Ltda** **Company Details For Booking and Enquiries** ***UNIDADE DE ENSINO 1 - PREVENÇÃO DE INCÊNDIO***[]{#_Toc500837863.anchor} **1.1 COMPREENDER A COMBUSTÃO, MATERIAIS INFLAMÁVEIS A BORDO: O TRIÂNGULO DO FOGO.**[]{#_Toc429423716.anchor} O fogo é uma reação química das mais elementares, chamada COMBUSTÃO ou queima entre três elementos: COMBUSTÍVEL, COMBURENTE e ENERGIA DE ATIVAÇÃO. A existência do fogo está condicionada à presença desses três elementos em condições favoráveis. Durante a reação, isto é, durante a queima, há desprendimento de calor e luz, continuamente. Para efeito didático, foi criada uma abstração geométrica, denominada TRIÂNGULO DO FOGO, para facilitar a compreensão do processo de combustão. ![](media/image9.png) **Figura 1: Triângulo do fogo** - **Tetraedro do Fogo** **Tetraedro é uma evolução do conceito do triângulo do fogo onde foi descoberto um novo elemento (reação em cadeia).** **1.1.1 Elementos da combustão** **Como vimos atualmente são considerados quatro elementos da combustão:** **Combustível, comburente, calor e reação em cadeia.** a. **Combustível** É tudo que queima. Na natureza, teoricamente nenhum material é incombustível, mas, para efeito prático, dividimos os corpos em **combustíveis e incombustíveis**. Onde temos como combustíveis aqueles que entram em combustão abaixo de 1000°C e incombustíveis os que entram acima dessa temperatura. Apresentam-se nos três estados físicos da matéria: sólido, líquido e gasoso. b. Comburente Comburente, ou agente oxidante, é o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão. O mais comum na natureza é o oxigênio, encontrado na atmosfera em uma proporção de 21%. O ar atmosférico é composto de: - 78,06% de nitrogênio; - 21% de oxigênio; - 0,03% de gás carbônico; - 0,91% de gases raros e nobres. **Figura 2: Composição do ar atmosférico** Em relação ao nível de concentração de oxigênio em um determinado ambiente, a combustão apresenta-se sob diferentes formas, conforme tabela: **Tabela 1: Formas de combustão** +-----------------------------------+-----------------------------------+ | **PORCENTAGEM DE** | **CARACTERÍSTICA DA** | | | | | **OXIGÊNIO (%)** | **COMBUSTÃO** | +-----------------------------------+-----------------------------------+ | **12 a 21** | **Predomínio de chamas ambiente | | | rico em oxigênio. (Combustão | | | Completa)** | +-----------------------------------+-----------------------------------+ | **6 a 12** | **Fumaça ou brasas (Combustão | | | Incompleta)** | +-----------------------------------+-----------------------------------+ | **Abaixo de 6** | **Não haverá combustão (exceção | | | para os materiais com o | | | comburente incorporados em sua | | | própria estrutura).** | +-----------------------------------+-----------------------------------+ c. Calor (energia de ativação) É a forma de energia que se transfere de um corpo para outro, quando há entre eles diferença de temperatura. O calor faz com que os combustíveis desprendam gases ou vapores suficientes para fazê-los entrar em combustão. d. Reação em Cadeia A combustão é um fenômeno que se processa em cadeia, que uma vez iniciada é mantida pelo calor produzido durante a reação. Neste fenômeno são produzidos radicais livres instáveis e esses por sua vez transmitem energia química gerada pela reação, que se transformará em energia calorífica. **1.1.2 A reação em cadeia propicia a autossustentação da queima.** - **Pontos Notáveis da Combustão** De acordo com a temperatura aplicada a cada material, divide-se em três etapas: a. **Ponto de fulgor -** Temperatura "T1" na qual o combustível começa a desprender vapores que em contato com uma fonte de ignição produzem um lampejo (flash), que por não estar na proporção ideal, esta concentração de vapores é insuficiente para manter a queima; b. **Ponto de combustão -** Temperatura "T2" na qual o combustível desprende vapores na relação ideal, que na presença de uma fonte de ignição com concentração de O2 maior que 12% em volume; provoca a combustão plena; c. **Ponto de autoignição -** Temperatura "T3" na qual o combustível sem a presença de uma fonte de ignição, mas com a presença de O2 em concentração maior que 12% em volume; provoca a combustão completa. ![](media/image11.png) **Figura 3: Pontos Notáveis da Combustão** - **Limite de Inflamabilidade (LII e LSI) Ou Limite de Explosividade (LIE e LSE)** Para que os gases ou vapores que formam a mistura inflamável com o ar entrem em combustão, é necessária uma concentração mínima de gases ou vapores. **Figura 4: Mistura Inflamável** **NOTAS:** a. A faixa compreendida entre os dois limites é chamada de faixa de inflamabilidade ou explosividade; b. A queima só ocorre quando a mistura de ar, gases ou vapores inflamáveis estiverem em proporções ideais. **Tabela 2: Características de algumas substâncias** +-------------+-------------+-------------+-------------+-------------+ | **CARACTERÍ | | | | | | STICAS | | | | | | DE ALGUMAS | | | | | | SUBSTÂNCIAS | | | | | | ** | | | | | +-------------+-------------+-------------+-------------+-------------+ | **SUBSTÂNCI | **PONTO DE | **PONTO DE | **LIMITE DE | | | AS** | FULGOR ºC** | IGNIÇÃO | INFLAMABILI | | | | | ºC** | DADE** | | | | | | | | | | | | **(% VOLUME | | | | | | NO AR)** | | +-------------+-------------+-------------+-------------+-------------+ | | | | **INFERIOR* | **SUPERIOR* | | | | | * | * | +-------------+-------------+-------------+-------------+-------------+ | Acetona | -17 | 465 | 2,6 | 12,8 | +-------------+-------------+-------------+-------------+-------------+ | Acetileno | Gás | 305 | 2,5 | 80 | +-------------+-------------+-------------+-------------+-------------+ | Amônia | Gás | 651 | 16 | 25 | +-------------+-------------+-------------+-------------+-------------+ | Benzeno | 11 | 560 | 1,3 | 7,1 | +-------------+-------------+-------------+-------------+-------------+ | Butano | Gás | 405 | 1,9 | 8,5 | +-------------+-------------+-------------+-------------+-------------+ | Etano | Gás | 515 | 3,0 | 12,5 | +-------------+-------------+-------------+-------------+-------------+ | Gasolina | -43 | 280 | 1,4 | 7,6 | +-------------+-------------+-------------+-------------+-------------+ | H2S | Gás | 260 | 4,3 | 4,6 | +-------------+-------------+-------------+-------------+-------------+ | Metano | Gás | 528 | 5,0 | 15 | +-------------+-------------+-------------+-------------+-------------+ | Nafta | -17 | 288 | 1,1 | 5,9 | +-------------+-------------+-------------+-------------+-------------+ | Propano | Gás | 466 | 2,2 | 9,5 | +-------------+-------------+-------------+-------------+-------------+ **1.2 DESCREVER O FENÔMENO DA COMBUSTÃO E A CLASSIFICAÇÃO DO INCÊNDIO QUANTO A SUA INTENSIDADE.**[]{#_Toc429423717.anchor} **1.2.1 Fenômeno da combustão** Queima, incêndio, cremação são sinônimos que podem ser utilizados para representar o **fenômeno químico chamado combustão**. Combustão é a reação química na qual são produzidas novas substâncias juntamente com desprendimento de luz e calor. Toda combustão provoca a modificação dos aspectos físicos e químicos dos corpos, e tem como resultado uma mistura de gases altamente aquecidos, que varia de acordo com a sua composição química: vapor d'água, CO, CO2, etc. Esses aspectos foram denominados de fenômenos da combustão, e destacamos alguns dos principais: a. **Pressão** Ocorre quando a combustão tem lugar em compartimentos confinados, originando a produção de gases em alta temperatura que, como consequência, redundará no aumento da pressão. O escapamento desses gases poderá causar queimaduras graves ou até mesmo explosão com o rompimento das paredes ou anteparas dos compartimentos. b. **Explosão** Há combustíveis que, por sua altíssima velocidade de queima e enorme produção de gases, quando inflamados dentro de um compartimento confinado, devido à velocidade com que os gases se expandem, geram o fenômeno da explosão. **Exemplo:** pólvora, nitroglicerina, etc. c. **Roolover** Este fenômeno ocorre normalmente na fase inicial de um incêndio que se desenvolve em um compartimento confinado. Os gases da combustão não queimados no incêndio misturam-se ao ar e se inflamam na parte superior do compartimento devido à alta temperatura naquela área. d. **Flashover** Assim como o "Roolover", este fenômeno ocorre durante a fase inicial do desenvolvimento de um incêndio, geralmente, quando a temperatura da camada superior de fumaça atinge a temperatura de cerca de 600 ºC (1.100 ºF). A característica principal deste fenômeno é o repentino espalhamento das chamas a todo o material combustível existente no compartimento, sendo praticamente impossível à sobrevivência do pessoal que não abandona o local. ![Resultado de imagem para fire on the ship](media/image13.jpeg) **Figura 5: Incêndio** e. **Backdraft** **É a explosão decorrente da repentina entrada de ar, num ambiente pouco ventilado, com grande concentração de gases aquecidos, fogo em estado de declínio. Nunca force uma abertura sem seguir procedimentos, caso contrário, você irá provocar uma explosão violenta.** **Os incêndios podem ser classificados sob vários aspectos, como veremos em seguida:** **Área de pequeno risco:** São aquelas em que o material combustível para incêndio das Classes A, B e C (incluindo partes estruturais, mobiliário e materiais depositados ou manuseados) se faz presente em pequenas quantidades e uma intensidade baixa, sendo disposto de tal forma que não forneça a rápida propagação das chamas, por exemplo: casario, salas de TV, escritórios, dentre outros. Offshore-accommodation-cabin-POSEIDON-2.jpg **Figura 6: Camarote** **Área de médio risco:** São aquelas em que combustíveis para incêndio das Classes A, B e C estão presentes em quantidades maiores com uma intensidade maior que no caso anterior, havendo facilidade de propagação de chamas, por exemplo: oficinas, estacionamento, cozinha e etc. ![C:\\Users\\dgm\\Desktop\\Cozinha.jpg](media/image15.jpeg) **Figura 7: Área de médio risco** **Área de grande risco:** São aquelas onde existe grande quantidade de combustíveis para incêndio das Classes A, B e C em estoque ou manuseio, alta intensidade por exemplo: praça de maquinas, paiol de tintas, almoxarifado e etc. Resultado de imagem para praça de máquinas de um navio **Figura 8: Grande risco** **Observação:** Áreas de grandes riscos serão dotadas de sistemas fixos. **A intensidade irá depender da quantidade de oxigênio e combustível.** **1.2.2 Classificação do incêndio quanto a sua intensidade** A intensidade do fogo relaciona-se diretamente à proporção da quantidade de material combustível disponível. É a intensidade do fogo a responsável pela magnitude de danos e também pelo grau de dificuldade no combate aos incêndios. Naturalmente, um palito de fósforo apresentará uma intensidade muito menor do que uma pilha de lenha, devido a menor quantidade de combustível, ou seja, quanto maior a quantidade de combustível, maior a dificuldade de controle de um incêndio, principalmente, devido ao aumento de liberação de calor e volume das chamas. Além disso, a variável intensidade está diretamente associada à reação da combustão, a concentração da mistura combustível e ar (oxigênio) produzirá uma intensidade maior ou menor em função dessa mistura. Por ter relação direta com a velocidade de propagação do fogo, quanto mais rápido o avanço do fogo, maior a quantidade de energia liberada para o ambiente, e mais rapidamente acontece a combustão do material. A concentração do comburente é outro fator que devemos considerar. É o que se observa quando um incêndio está ocorrendo com pequena intensidade num ambiente confinado (onde a concentração de oxigênio já atingiu níveis reduzidos) e uma porta é bruscamente aberta. Subitamente, sob o impacto do aumento da concentração de oxigênio ambiente, o fogo se reanima e aumenta de intensidade. **Os incêndios são classificados quanto a sua intensidade, da seguinte forma:** a. **Princípio de incêndio: Também conhecido como incêndio incipiente, é um evento de mínimas proporções que requer para sua extinção, um ou mais aparelhos extintores portáteis. São incêndios em sua fase inicial. Ex.: Fogo numa cesta de lixo ou fogo em um aparelho eletrodoméstico;** b. **Pequeno incêndio: É um incêndio que, para sua extinção, requer pessoal qualificado e material especializado. Esse nível de incêndio é caracterizado pela facilidade de extinção. Não apresenta risco imediato de propagação. Estes incêndios podem ser extintos com uma linha de mangueiras armada no sistema preventivo fixo da unidade. Ex.: Fogo que ocorre em um quarto ou outro cômodo qualquer da plataforma;** c. **Médio incêndio: Devido a sua intensidade, necessita de um socorro básico de incêndio (Brigada de Incêndio) para sua extinção, além de apresentar grande risco de propagação. Ex.: Incêndio em uma embarcação.** d. **Grande incêndio: Devido ao risco de propagação ser elevadíssimo, e a grande área atingida, exigem mais de um socorro básico para sua extinção. Ex.: Incêndio em refinarias.** e. **Incêndios extraordinários: São aqueles provocados por fenômenos da natureza ou por bombardeios. Ex.: Vulcões, tempestades elétricas, bombardeio nuclear e outros.** **1.3 LISTAR OS PRINCÍPIOS DA PREVENÇÃO DO INCÊNDIO A BORDO.**[]{#_Toc429423718.anchor} Incêndios e explosões podem ser os grandes riscos potenciais em navios e plataformas, já que podem destruir instalações, equipamentos e em casos extremos causar a perda de navios e plataformas. O Combate a Incêndio na área offshore é difícil e pode ser um desafio de alto risco para as Brigadas de Incêndio, considerando que seus componentes não são bombeiros em tempo integral. Com bons sistemas de prevenção de incêndios, treinamentos e exercícios, esses riscos e dificuldades podem ser enormemente reduzidos e quase eliminados. **Para prevenir incêndios, deve-se:** - Ter habilidade de reconhecer riscos de incêndio e agir para eliminá-los; - Fumar apenas em áreas seguras; - Fazer manutenção correta das instalações; - Deixar rotas de fugas livres; - Manter portas corta-fogo fechadas; - Fechar bem e separar os líquidos inflamáveis; - Certificar-se de que os extintores nas respectivas áreas são do tipo indicado; - Fazer treinamento de reação em emergência e saber usar o equipamento é essencial para a segurança do pessoal. **Fontes de Ignição** As fontes de calor podem ser: - **Elétrica:** equipamentos elétricos (curtos circuitos e arcos voltaicos), cabos com emendas mal feitas, sobrecarga, etc; - **Mecânica:** esmeril, atritos, aquecimento de motores, etc; - **Química:** reações químicas exotérmicas; - **Natural: é tudo que por natureza emite calor.** **1.4 DISCORRER SOBRE AS CAUSAS DE PROPAGAÇÃO DO INCÊNDIO**[]{#_Toc429423719.anchor} A principal causa da propagação de incêndio é a falta de prevenção. Por isso alguns cuidados simples são fundamentais, como não acumular trapos, observar a manutenção preventiva e manter os equipamentos isolados termicamente. O calor propaga-se através de três maneiras distintas: - Condução; - Irradiação; - Convecção. - **Condução** É a transferência de calor feita de um corpo para o outro de forma contínua. Essa transferência é feita molécula a molécula sem que haja transporte de matéria. **Figura 9: Propagação por condução** - **Irradiação** É a forma de transmissão de calor por meio de ondas caloríficas que atravessam o ar, irradiadas do corpo em chamas. O calor se processa sem a necessidade de continuidade molecular, entre a fonte calorífica e o corpo que a recebe. **Figura 10: Propagação por irradiação** - **Convecção** Consiste no deslocamento de energia térmica de uma região para outra, através do transporte de matéria. **Figura 11: Propagação por convecção** Propagação dos incêndios em navios e plataforma A propagação de incêndios a bordo de navios e plataforma acontece da seguinte forma: **Figura 12: Métodos de propagação** **1.5 CITAR OS MÉTODOS PREVENTIVOS.**[]{#_Toc429423720.anchor} **1.5.1 Técnicas de prevenção de incêndios** Para que haja combustão, é essencial a presença dos três elementos do triângulo do fogo: o combustível, o comburente e energia de ativação. Não existindo um desses elementos, não se processará o fogo. Em ambientes industriais, tais como a bordo de uma Plataforma, FPSO, FSO e ou um navio-sonda, temos materiais combustíveis (roupa, madeira, papel, gasolina, graxa, óleo, etc.), comburente (oxigênio presente no ar atmosférico), fontes de calor (soldagem e corte a quente, cigarros, fósforos, lâmpadas elétricas, tubulações de vapor, solda elétrica, etc.). A prevenção consistirá em evitar que esses três elementos se combinem em condições propícias que possibilitem a ignição. Para tanto, é importante conhecer as principais causas de incêndios e as características dos processos e materiais utilizados nas instalações que se quer proteger. Segundo estatísticas da \"National Fire Protection Associaton\" (NFPA), entidade americana que desenvolve estudos nessa área, as fontes de incêndios mais comuns são: - Eletricidade incluindo eletricidade estática = 21%; - Atrito = 14%; - Centelhas = 12%; - Ignição espontânea = 8%; - Cigarros e fósforos = 8%; - Superfícies aquecidas = 7%; - Chamas abertas = 5%; - Solda e corte = 4%. O conhecimento das causas de incêndio consagrou certas práticas como recomendáveis para maior segurança do trabalhador e das instalações. Por exemplo: a. **Armazenagem de material** É fato comum nas plataformas manusear e trabalhar com materiais inflamáveis. **Exemplos:** pintura corte em oxi-acetileno, solventes, produtos químicos, etc. Algumas providências simples e práticas podem evitar a ocorrência do fogo: - Manter sempre, se possível, a substância inflamável longe de fonte de calor e de comburente, como no caso de operações de solda e oxi-corte. As operações de solda estarão muito mais seguras se as ampolas de acetileno estiverem separadas ou isoladas das ampolas de oxigênio; - A armazenagem em locais separados contribui muito para aumentar a segurança; - Manter sempre, no local de trabalho, a mínima quantidade de inflamável para uso, como no caso, por exemplo, de operações de pintura, nas quais o solvente armazenado deve ser apenas o suficiente para um dia de trabalho; - Possuir um depósito com boas condições de ventilação para o armazenamento de inflamável, o mais longe possível da área de trabalho e de operações; - Proibir o fumo nas áreas onde existem combustíveis ou inflamáveis estocados. Não se deve esquecer que todo fumante é um incendiário em potencial. (Ele conduz um dos elementos essenciais do fogo: o calor.) Uma ponta de cigarro acesa poderá causar incêndio de graves proporções. b. **Manutenção adequada** Além da preocupação com combustível e comburente, é preciso saber como se pode evitar a presença do terceiro elemento essencial do fogo: a energia de ativação. Como evitar sua ação? - **Instalação elétrica em condições precárias** Fios expostos ou desencapados podem ocasionar curtos circuitos, que serão origem de focos de incêndio; se encontrarem condições favoráveis à formação de chamas. - **Instalações elétricas mal projetadas** Poderão provocar aquecimento nos fios e podem ser origem de incêndios. A carga excessiva em circuitos elétricos pode e deve ser evitada. - **Pisos antifaísca** Em locais onde há estoque de líquidos ou gases inflamáveis, os pisos devem ser antifaísca, porque, um simples parafuso no sapato poderá ocasionar um incêndio. - **Instalação mecânica** Falta de manutenção e lubrificação em equipamentos mecânicos pode ocasionar aquecimento por atrito em partes móveis, criando a perigosa fonte de calor. c. **Ordem limpeza** Os corredores com papéis e estopas sujos de óleo e graxa pelo chão, são lugares onde o fogo pode começar e se propagar rapidamente, sendo mais difícil a sua extinção. Isto é extremamente importante no caso de escadas, porque as consequências podem ser mais graves. **1.6 DESCREVER VIGILÂNCIA E SISTEMA DE PATRULHA.**[]{#_Toc429423721.anchor} Nos navios e plataformas marítimas as pessoas estão expostas a perigos e riscos e, por isso, há necessidade de vigilância constante no dia a dia, visando prevenir a ocorrência indesejada de acidente envolvendo incêndio a bordo. As inspeções diárias servem para buscar possíveis impropriedades que devem ser corrigidas imediatamente. As medidas abaixo, também devem ser adotadas como formas de precaução: - Treinamentos periódicos, para capacitação profissional; - Treinamentos básicos de segurança offshore e exercícios internos através de simulações de emergência; - Instalação de sistemas de detecção de incêndio e alarmes em toda a Unidade; - Inspeções realizadas no local de trabalho, visando corrigir possíveis falhas nos equipamentos que possam contribuir para ocorrência de incêndio (vazamento, armazenamento inadequado de produtos, não atendimento aos padrões de segurança, etc.). O objetivo dessas medidas é fazer com que todos os residentes tenham a responsabilidade de reduzir os riscos, evitando possíveis focos de incêndio. **1.7 IDENTIFICAR O SISTEMA DE DETECÇÃO DE FOGO E FUMAÇA E ALARME AUTOMÁTICO A BORDO.**[]{#_Toc429423722.anchor} **Sistemas de Detecção e Alarme** São sistemas criados para a detecção automática da presença de focos de incêndio. **Detectores de Incêndio** podem ser de quatro tipos, conforme o fenômeno que detectam: - **Térmico** - que é sensível a aumentos de temperatura; - **De fumaça** - que é sensível a produtos de combustíveis suspensos na atmosfera; - **De gás** - que é sensível a produtos gasosos da combustão; - **De chama** - que responde a radiações emitidas por chamas. ![detector-fumaça.jpg](media/image22.jpeg)detetores-icendio.jpg **Figura 13: Detector de Incêndio** - **Acionador manual - que se constitui na parte do equipamento destinada ao acionamento do sistema de detecção;** - **Central de controle - através da qual o sistema é alimentado eletricamente e é responsável por receber os sinais dos detectores e transmitir para o sistema de alarme;** - **Alarme Sonoro e/ou Visual - cuja função é fazer soar o alarme de incêndio, por comando manual do operador;** - **Fonte de Energia - cuja finalidade é garantir o funcionamento do sistema em quaisquer circunstâncias.** ![](media/image24.jpeg) **Figura 14: Acionador manual e Alarme visual** **1.8 LISTAR AS AÇÕES AO SER DETECTADO FUMAÇA OU FOGO.**[]{#_Toc429423723.anchor} **Ao se deparar com a fumaça, princípio de incêndio, deve-se tomar as seguintes ações:** - Localizar o foco de incêndio e determinar sua extensão; - Identificar a classe de incêndio; - Informar a sala de controle (Intercom) (Que tipo? e Onde?); - Providenciar o desligamento dos circuitos elétricos do local incendiado; - Disponibilizar equipamentos para o combate; - Evitar a propagação para os compartimentos periféricos; - Interromper a ventilação para a área de incêndio; - Promover a retirada da fumaça do local de incêndio. **1.9 DISCORRER SOBRE A NECESSIDADE DE INSPECIONAR, ISOLAR, SINALIZAR COM FITAS E CONE A ÁREA PARA CORTE E SOLDA, INSTALANDO SISTEMA DE EXAUSTÃO E PROTEÇÃO FÍSICA CONTRA FOGO: GRADE DOBRÁVEL, BIOMBO E MANTA PREVISTOS PELA NR-34.** []{#_Toc429423724.anchor} Tem como finalidade, bloquear as fagulhas e chamas, provenientes de trabalhos a quente (exemplo - corte, solda, esmerilhamento e goivagem), impedindo que as mesmas atinjam materiais combustíveis, evitando assim, o início de um incêndio. Sendo necessária a utilização de equipamentos para fazer o isolamento adequado na execução de serviços (Ex: Trabalhos com solda, corte e goivagem e etc..), impedindo a permanência de pessoas não autorizadas no local. ![fita](media/image26.jpeg) **Figura 15: Fita** equipamento-epc-4 **Figura 16: Cone** Em locais onde estão sendo realizadas atividades com solda, a atmosfera fica IPVS (Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde), tendo a necessidade de instalar um sistema de exaustão que tem como objetivo principal reduzir ou eliminar a concentração de substâncias tóxicas ou asfixiante e perigosas, presentes no ambiente onde está sendo realizado o trabalho. Os fumos e gases envolvidos na soldagem podem contaminar rápido e perigosamente um local confinado. Assim, faz-se necessário a captação e/ou diluição destes poluentes através de sistemas de exaustão, como exemplo, o exaustor com uma mangueira flexível e um bocal que possa ser posicionado próximo ao ponto de soldagem. ![](media/image28.jpeg) sistema-de-ventilacao-ventiladores-axiais **Figura 17: Exaustor com mangueira flexível e bocal na ponta Figura 18: Ventiladores Axiais** ![1381532162\_1](media/image30.jpeg) **Figura 19: Exaustor centrífugo siroco monofásico** exaustor-de-fumaca-de-solda-estanho-110-volts-ts193-toyo\_1 **Figura 20: Exaustor de fumaça de solda** ![br\_solda](media/image32.jpeg) **Figura 21: Exaustão e filtragem de fumos e gases de solda** Adotamos as seguintes medidas nesses locais onde realizamos trabalhos de solda e corte, providenciando a eliminação ou manter sob controle possíveis riscos de incêndios, instalando proteções físicas adequadas contra fogo, respingos, calor, fagulhas ou borras, de modo a evitar o contato com materiais combustíveis ou inflamáveis, bem como não interferir em atividades paralelas ou na circulação de pessoas, manter desimpedido e próximo à área de trabalho, sistema de combate a incêndio, especificado conforme tipo e quantidade de inflamáveis e/ou combustíveis presentes, inspecionar o local de trabalho e as áreas adjacentes antes, durante e ao término do trabalho, a fim de evitar princípios de incêndio. **Figura 22: Local onde é realizado trabalho com solda** **Como exemplo:** As mantas de proteção são produzidas com tecidos resistentes ao calor e ao fogo, para proporcionar proteção contra fagulhas e respingos provenientes da soldagem e esmerilhamento. A manta mais utilizada é do tecido de aramida. ![images (2)](media/image34.jpeg) **Figura 23: Manta** produto160-257 **Figura 24: Biombo** ![\^B5C5AB646DDEE7797F6E9D6E65F0484BE617532A7BD7219B31\^pimgpsh\_fullsize\_distr](media/image36.png) **Figura 25: Antepara** **Figura 26: Grade Metálica Dobrável** **UNIDADE DE ENSINO 2 - COMBATE A INCÊNDIO**[]{#_Toc429423725.anchor} **2.1 DISCORRER SOBRE AS CLASSES DE INCÊNDIO E A SIMBOLOGIA PADRÃO ASSOCIADA.**[]{#_Toc429423726.anchor} Para facilitar a seleção dos melhores métodos para o combate de cada tipo de incêndio, são usualmente divididos em quatro classes principais, a saber: - **Classe "A"** São os que se verificam em materiais fibrosos ou sólidos, que formam brasas e deixam resíduos após sua queima. ![](media/image38.png) **Figura 27: Classe A** - **Classe "B"** São os que se verificam em combustíveis líquidos, graxas e gases inflamáveis. **Figura 28: Classe B** - **Classe "C"** São os que se verificam em equipamentos e instalações elétricas depois de energizados. ![](media/image40.png) **Figura 29: Classe C** - **Classe "D"** São os que se verificam em **metais pirofóricos** como sódio, titânio, potássio e magnésio. **Figura 30: Classe D** As duas primeiras classes, "A" e "B", caracterizam-se pelo modo como queimam. O incêndio tipo classe "A" apresenta como resíduos cinza e brasas, queimando em superfície e profundidade; já os de classe "B" queimam na superfície, não deixando resíduos. Para a terceira classe "C", o fator relevante é o risco de morte do operador no momento de executar os trabalhos de extinção, já que muitos dos principais agentes extintores de incêndio são bons condutores de eletricidade. A classe "D", em razão das características dos metais em combustão, requer o uso de agentes extintores especiais, bem como métodos especiais de aplicação desses agentes. ![Imagem relacionada](media/image42.png) **Figura 31: Principais classes de incêndios** **2.2 DESCREVER OS MÉTODOS DE COMBATE A INCÊNDIO.**[]{#_Toc429423727.anchor} O fogo, em seu início, é muito fácil de controlar e de extinguir. Quanto mais rápido o ataque às chamas, maiores serão as possibilidades de reduzi-las e eliminá-las. As ações para extinguir o fogo são voltadas para desfazer ou romper o tetraedro do fogo. **Assim, temos basicamente quatro métodos de extinção de incêndios:** - **Resfriamento** É o método mais antigo de se apagar incêndios, sendo seu agente universal, a água. Consiste na redução da temperatura dos corpos incendiados, abaixo da temperatura de ignição ou da região, onde seus gases estão concentrados extinguindo o fogo. - **Abafamento** Esse método consiste em reduzir a quantidade de oxigênio para abaixo do limite de 6% na atmosfera que envolve o fogo. - **Isolamento** É o método mais simples quanto à sua realização, pois na maioria das vezes, é executado com o emprego apenas da força física, não exigindo aparelhagem especial. Sua eficiência está mais para o controle de um incêndio do que sua extinção propriamente dita. Às vezes, com o simples fechamento de uma válvula ou a limpeza de uma área, conseguimos debelar um incêndio. - **Quebra da Reação em Cadeia** Ocorre a partir da introdução de determinadas substâncias na reação química da combustão com o propósito de inibi-la. Neste caso, não há resfriamento, apenas é criada uma condição favorável por um agente que atua a nível molecular, de forma que o combustível e o comburente percam ou tenham reduzida a capacidade de manter a cadeia da reação. MÉTODOS DE COMBATE A INCÊNDIO.jpg **Figura 32: Métodos de combate a incêndio** **2.3 RELACIONAR OS AGENTES EXTINTORES.**[]{#_Toc429423728.anchor} Agente extintor é tudo aquilo que é ou pode ser usado no combate ao fogo. Os principais agentes extintores são: - **Água** É o agente extintor mais antigo, e devido à sua abundância, é o agente mais utilizado, por excelência. Utilizado em incêndios da classe "A". É empregado sob a forma líquida, nas formas básicas de jato sólido e jato neblina. Em seu estado gasoso (vapor) é utilizado para combater incêndios em espaços confinados. Extingue principalmente, por resfriamento e secundariamente, por abafamento. ![](media/image44.jpeg) **Figura 33: Água** - **Espuma** A espuma é um agente indicado para extinção de incêndio classe "B", em especial os de grande vulto. Em função do método de produção, há dois tipos básicos de espuma: a química e a mecânica. A primeira é mais comumente encontrada em extintores portáteis, embora possa também ser gerada em instalações fixas. Resulta da reação entre soluções químicas para produção de um agente espumante. É o único agente extintor que flutua sobre os combustíveis inflamáveis. Em ambiente aberto, permanece isolando o combustível por períodos prolongados. Pelas características anteriores, é o único agente extintor capaz de extinguir incêndios de classe B em grandes áreas abertas. **Figura 34: Extintor de espuma mecânica** **Vantagens sobre os outros agentes extintores** a. **É o único agente extintor que flutua sobre os combustíveis inflamados;** b. **É o único agente extintor que, em ambiente aberto, permanece isolando o combustível por períodos prolongados;** c. **Pelas características anteriores, é o único agente extintor capaz de extinguir incêndios de classe B em grandes áreas abertas.** - **Agentes em Pó** São compostos químicos que variam em sua composição de acordo com o seu emprego. Os agentes à base de bicarbonato de sódio, conhecidos como "pó químico", foram desenvolvidos para extinguir incêndios em líquidos e equipamentos elétricos. Há também, agentes denominados de "pó seco especial", que foram desenvolvidos especialmente para incêndios em metais brancos (classe "D") e extinguem, principalmente, por abafamento. ![](media/image46.jpeg) **Figura 35: Pó químico seco** **Extintores a pó seco especial** São utilizados em incêndios de classe "D", segundo técnicas especiais e recomendações dos fabricantes. O agente e o método de aplicação dependem do tipo e qualidade do metal. **Figura 36: Extintor de pó seco** Atualmente, utilizamos o PQS para as classes A, B e C à base de fosfato monoamônio. ![](media/image48.png) **Figura 37: Fosfato Monoamônio** **Figura 38: Extintor ABC** - **Gás Carbônico (CO2)** É um gás inerte mais pesado que o ar, incolor, sem cheiro e não condutor de eletricidade. É indicado para os incêndios das classes "B" e "C", extinguindo-os primariamente por abafamento e secundariamente por resfriamento. ![](media/image50.jpeg) **Figura 39: Gás carbônico** - **HALON** Agente extintor de compostos químicos formados por elementos halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo). O uso do gás HALON está proibido, pois, afeta gravemente a camada de ozônio de nosso planeta, devido o CFC (CLOROFLUORCARBONETO) fazer parte da sua composição química. **Extintor de Halon** **Figura 40: Extintor de HALON** **Quadro 1: Ação dos agentes extintores** ![](media/image53.png) São equipamentos destinados ao combate de princípios de incêndios. Os extintores portáteis são marcados com símbolos e letras, conforme a classe de incêndio contra a qual devem ser utilizados. **Figura 41: Simbologia** **Quadro 2: Classes de incêndio** ![](media/image55.png) **2.4 IDENTIFICAR OS TIPOS DE EXTINTORES PORTÁTEIS E SEU EMPREGO ESPECÍFICO.**[]{#_Toc429423729.anchor} São equipamentos destinados ao combate de princípios de incêndios. Os extintores portáteis são marcados com símbolos e letras, conforme a classe de incêndio contra a qual devem ser utilizados. **Tipos de Extintores Portáteis** Os principais extintores em uso são: - **Água Pressurizada;** - **CO2;** - **Pó químico seco;** - **Espuma.** **Extintor de Água Pressurizada:** São extintores que utilizam a água como agente extintor. São de dois tipos, a saber: com pressão no próprio cilindro e com ampola de propelente, ambos utilizam como propelente o ar comprimido ou o nitrogênio. **Figura 42: Extintor de água pressurizada (AP)** - **Extintor de CO²** São extintores que utilizam o CO2 como agente extintor. São recomendados para incêndios das classes "B" e "C", não podendo ser usados em incêndios da classe "D". ![](media/image57.png) **Figura 43: Extintor de CO²** - **Extintores de Pó Químico** Os extintores de pó químico são recomendados para os incêndios das classes "B" e "C", não podendo ser usado nos da classe "D". **II Com Pressão no Próprio Cilindro - emprega o nitrogênio como propelente.** **Figura 44: Extintor de pó químico** **Espuma** A espuma é um agente extintor aplicado preferencialmente em incêndios para classe "B", podendo ser também utilizada em incêndios classe "A". ![](media/image59.png) **Figura 45: Extintor de espuma** **2.4.1 Componentes dos extintores** **Figura 46: Componentes dos extintores** **2.4.2 Utilização dos extintores** i. **Água, CO2 e PQS** Observe a direção do vento e ataque o fogo, dirigindo o jato para a base do mesmo. Com exceção do aparelho extintor de água para fogo de classe B. ![D:\\Nova pasta\\COMBATE INCÊNDIO 3.jpg](media/image61.jpeg) **Figura 47: Método para emprego do extintor** ii. **Extintor de espuma** Não se esqueça de observar a direção do vento. Direcione o jato da espuma para uma antepara, não diretamente para o fogo. Não havendo antepara próximo ao foco, direcione o jato para o alto e deixe cair sobre o foco. **Figura 48: Extintor de Espuma** **2.4.3 Água como agente extintor** A água é o mais comum dos agentes extintores. Age por resfriamento e abafamento, é eficiente em incêndios classe A, sob a forma de jato sólido ou neblina. Também se mostra eficiente nos incêndios classe B, com seu jato na forma de neblina. - **Contra indicação:** - Por ser boa condutora de eletricidade, não deve ser usada na classe C; - Por reagir violentamente com os metais combustíveis, não deve ser usada na classe D. - **Propriedades físico/químicas da água** - Na passagem do estado líquido para o gasoso, ocorre um aumento volumétrico na proporção de 1m³ de H2O para 1700m³ de vapor. ![](media/image63.jpeg) **Figura 49: Aumento volumétrico** - A água possui uma excelente estabilidade química, entretanto, pode ser decomposta pela ação da corrente elétrica e por temperaturas acima de 1200ºC, produzindo o perigoso gás hidrogênio (combustível) e o comburente oxigênio. - **Equipamentos que empregam água no combate a incêndio** Grande parte dos equipamentos de combate a incêndio é projetada para a utilização de água e espuma. Entretanto, alguns, devido às suas características de emprego, utilizam exclusivamente a água como agente extintor para fins específicos. Dentre eles, temos: - Água como névoa (Water Mist). **\ UNIDADE DE ENSINO 3 - ORGANIZAÇÃO DE COMBATE A INCÊNDIO**[]{#_Toc429423730.anchor} **3.1 DESCREVER A ORGANIZAÇÃO DE COMBATE A INCÊNDIO A BORDO E FUNÇÕES DA TABELA MESTRA DA UNIDADE.**[]{#_Toc429423731.anchor} Toda Unidade Marítima possui uma Sala de Controle que monitora 24 horas as áreas da embarcação através de sensores, botoeiras de alarmes e sistema de vídeos. Dessa forma, no caso de uma emergência ou qualquer anormalidade, o sistema de detecção localiza, aciona o alarme sonoro e o operador da sala de controle informa a localização do sinistro para ação imediata por parte do Coordenador Local da Emergência, definindo as ações das fainas de emergência descritas na Tabela Mestra. Tabela Mestra é a orientação e controle que identifica as funções principais em uma faina de emergência, determinando deveres que aumentem a velocidade de resposta construindo a estrutura de comando da equipe para uma tomada de decisão eficiente. A tabela Mestra é criada com base no projeto, dos níveis de gerenciamento, do tamanho, do tipo, da certificação e da complexidade da embarcação. **Observação: Para maiores informações sobre o assunto, modelo de Tabela Mestra Vide no Anexo 2 dessa disciplina.** Nas Unidades Offshore, a ação de Combate a Incêndio é Coordenada pelo Gerente da Plataforma (Unidades Fixas) ou pelo Comandante/OIM, em caso de unidade offshore autopropelida. Cabe ao Gerente ou Comandante, as seguintes atribuições: - Centralizar as informações, decidir e orientar as ações a serem tomadas para o controle da emergência; - Comunicar as ações do controle de emergência para a estrutura de resposta em terra; - Certificar-se sobre as providências adotadas para a parada operacional de emergência, de forma segura; - Decidir sobre a evacuação ou abandono da Unidade Marítima; - Solicitar os recursos necessários ao Coordenador Geral do Plano de Contingência, que é o responsável maior pela coordenação de emergência; - Coordenar a elaboração dos relatórios que buscam investigar as causas básicas que deram origem à emergência, para que tomem medidas corretivas e preventivas; - Aplicar o Plano de Contingência da Unidade para Controle do Incêndio; - Solicitar apoio externo, conforme Plano de Contingência Central, sempre que as proporções do incêndio indicarem a necessidade de sua adoção. A resposta de emergência envolvendo incêndio a bordo de uma plataforma ou navio, será acionada pelo Coordenador Local, utilizando-se inicialmente dos tripulantes que compõem a Brigada de Incêndio. **3.2 RELACIONAR OS SISTEMAS FIXOS DE COMBATE E CONTENÇÃO DE INCÊNDIO A BORDO COMO: CO2, ESPUMA, REDES, TOMADAS, SPRINKLERS E BOMBAS.**[]{#_Toc429423732.anchor} Os **sistemas fixos de combate a incêndio** são aqueles cujo propósito é a supressão de um incêndio local, num dado sistema ou equipamento, através de uma instalação fixa, geralmente de atuação automática. A maioria dos sistemas fixos de combate a incêndio funciona automaticamente, sendo necessária uma ligação a um sistema de detecção automática de fogo, como detectores de fumaça ou calor, por exemplo: **Figura 50: Sistema Fixo de combate a incêndio** **3.2.1 Sistemas de Supressão por Gás (CO2)** - Os sistemas de CO2 suprimem o fogo por supressão total ou aplicações locais, sequestrando o O2 do espaço; - Os sistemas de CO2 são recomendados para a proteção de áreas não ocupadas, em função do risco potencial de asfixia; - O sistema é composto por baterias de cilindros com suas respectivas válvulas, mangueiras flexíveis, válvulas solenoides para liberação do agente do cilindro através da tubulação, difusores, painéis e dispositivos de campo; - O Sistema de Supressão é interligado a painéis de controle que monitorizam a detecção e comandam eventuais descargas. ![](media/image65.jpeg) **Figura 51: Instalação fixa de CO2** - **Sistemas de Supressão por Gás (FM-200)** - O FM-200 é armazenado na fase líquida, minimizando o espaço de armazenagem e usando como propelente o nitrogênio (N2); - É um agente não condutor de eletricidade, não deixa resíduos nos equipamentos mais sensíveis; - A descarga do agente supressor ocorre em no máximo 10 segundos após o comando de disparo, minimizando os riscos de maiores danos; - Age por abafamento e resfriamento físico-químico, isto é, as moléculas do agente entram em contato com a frente da chama e absorvem o calor, por intermédio de reações químicas e físicas, quebrando a estrutura molecular do fogo. ![](media/image67.jpeg) **Figura 52: Sistema de supressão por gás** **3.2.2 Sistemas Fixos a Água - (Rede de Sprinkler)** Esses dispositivos são dotados de um elemento termo-sensível, que se rompe por ação do calor proveniente do foco de incêndio, permitindo a descarga da água sobre o ambiente. Esse sistema possui grande confiabilidade e pode ser aplicado em ambientes onde não existam equipamentos que se danifiquem pela ação da água. Possui as seguintes características: 1. Rapidez de atuação; 2. Possibilidade de extinção do incêndio em seu início; 3. Confinamento do incêndio no ambiente onde se originou, facilitando a extinção do fogo. ![Imagem relacionada](media/image69.jpeg) **Figura 53: Sprinkler** - **Sistemas Fixos a Água - (Rede de Dilúvio)** Sistema dotado de tubulação seca e ramais com projetores abertos. O Sistema funciona da seguinte forma: a partir do acionamento de um ou mais elementos de detecção é emitido um sinal de abertura para a válvula de dilúvio, permitindo a passagem do agente extintor pela rede, sendo este, descarregado simultaneamente por todos os projetores. São utilizados para proteger equipamentos e áreas classificadas, tais como: - Cabeças de poços; - Equipamentos de separação óleo/gás; - Compressores de gás; - Tanques pressurizados; - Bombas de transferência de óleo; - Manifolds de óleo e gás; - Cellar Deck. **Figura 54: Sistema de dilúvio** **3.2.3 Bombas e Redes de Incêndio.** A Rede de Incêndio consiste em um sistema de canalizações que alimentam tomadas de incêndio e sistema de borrifo, através de bombas que constantemente as mantêm pressurizadas. A pressão da Rede de Incêndio é da ordem de 150 libras/pol², sendo que é necessária, uma pressão mínima de 70 libras/pol² no terminal das mangueiras para operação de quase todos os equipamentos produtores de espuma. ![](media/image71.png) **Figura 55: Bomba de incêndio** **3.2.4 Tomadas de Incêndio** As tomadas de incêndio são dispositivos colocados na rede para captação da água, para o combate de incêndio e a bordo são instaladas nas canalizações ou nas extremidades das derivações verticais. **Figura 56: Tomada de incêndio** - **Mangueiras e Reduções** "Atualmente encontramos a bordo dos navios e plataformas, mangueiras de incêndios nos diâmetros de 1 ½ e 2 ½". Cada seção mede cerca de 15,25 m (50 pés) de comprimento e suas extremidades são adaptadas com conexões tipo engate-rápido. ![Mangueira 1 1/2\" x 15m Tipo 2](media/image73.jpeg) **Figura 57: Mangueira e Conexão** - **Aduchamento de Mangueiras** Visando o seu pronto emprego, as mangueiras são acondicionadas devidamente e enroladas em "caixas de Incêndios", localizadas próximas das tomadas de incêndios. O procedimento de enrolarmos as mangueiras para facilitar o seu uso, chama-se ADUCHAR. As mangueiras podem ser aduchadas das seguintes formas: **Figura 58: Aduchamento de mangueira** **I - Aduchada pelo centro -** Center Rolled (Método Marinha) ![](media/image76.jpeg) **Figura 59: Método Marinha** **II - Aduchada pela extremidade** - Dutch Rolled (Método Alemão) **Figura 60: Método Alemão** **III - Aduchada em camadas** - Flaked (Método ziguezague) ![](media/image78.jpeg) **Figura 61: Método ziguezague** **NOTA:** Existem outros métodos de aduchamento, que por não serem usados em navios e plataformas deixaremos de mencioná-los. Cuidados básicos com as mangueiras: - Nunca pressioná-las com equipamentos pesados; - Limpá-las após o uso; - Guardá-las em local apropriado; - Armazená-las em local seco e limpo; - Não arrastá-las pelo chão; - Secá-las antes de guardar; - As conexões não devem ser atiradas ou jogadas no chão. - **Divisor ou Derivante** Aparelho metálico dotado de uma boca de admissão de 2 ½ e três ou duas bocas de descarga de 1 ½, providas de registro e todas com juntas storz. Resultado de imagem para Derivante **Figura 62: Divisor** ![](media/image80.png) **Figura 63: Derivante** - **Esguichos** Esguicho é o termo aplicado ao componente montado na saída da mangueira. Os esguichos apresentam diversos detalhes que, dependendo do fabricante, se diferenciam uns dos outros. As principais diferenças dizem respeito à existência de punho ou não. Todos têm o mesmo princípio: o difusor dispõe de um movimento de aproximação e afastamento do corpo do esguicho pela rotação de uma luva roscada na extremidade de saída. - **Esguichos Variáveis** ![](media/image82.png) **Figura 64: Esguichos variáveis** - **Regulagem do esguicho** O movimento do difusor permite uma variação da forma dada ao jato de água, em dois modos: ---------------- ------------- **JATO PLENO** **NEBLINA** ---------------- ------------- ![](media/image84.png)![](media/image86.png) **Figura 65: Regulagem dos esguichos** - **Reação do jato** Quando a água é projetada através de um esguicho, uma reação igual e oposta à força do jato acontecem, causando o recuo do esguicho no sentido oposto ao do jato. A pessoa encarregada de segurar o esguicho deve aplicar esforço suficiente para compensar esta força. - **Golpe de aríete** Quando o fluxo de água é estancado subitamente pelo fechamento rápido do esguicho, ondas de choque são transmitidas ao longo da extensão da mangueira ou tubo. Isso pode resultar no enfraquecimento ou ruptura das mangueiras. A abertura rápida do hidrante para pressurização, também provoca chicoteamento. - **Outros tipos de esguichos:** - **Esguicho proporcionador de espuma** Consiste num tubo metálico, tendo externamente, uma cobertura sanfonada de lona, e na parte inferior, um pequeno tubo de borracha, (tubo aspirante). Internamente, possui aletas tendo na extremidade de entrada junta storz. Produz espuma com a passagem de água no seu interior, com a pressão mínima de 5kg/cm². Esta passagem provoca fisicamente, o arrasto do agente espumígeno contido em galões através do tubo de borracha. A mistura água e saponina, ao sofrer ação mecânica do choque com as aletas, provocam uma turbulência que se transforma em espuma mecânica. **Figura 66: Esguicho proporcionador de espuma** - **Esguicho monitor ou canhão** Tem proporções bem maiores, dotado de pés e garras para fixação, possui um sistema para movimentos rotativos e direcionamento do jato. Utilizado no Helideck para lançamento do jato compacto a grandes distâncias. ![](media/image88.png)![](media/image90.png) **Figura 67: Canhão de espuma** **3.3 CITAR, SUCINTAMENTE, AS AÇÕES DA EMCIA E DA BRIGADA DE INCÊNDIO EM RELAÇÃO AO CONTROLE DE AVARIAS EM CASO DE QUEDA *(CRASH)* DE AERONAVE NO HELIDEQUE DA PLATAFORMA.**[]{#_Toc429423733.anchor} **3.3.1 Ações da EMCIA em caso de Crash no Helideque** Conforme previsto na NORMAM-223 e na anterior NORMAM - 201, a ocorrência de emergência envolvendo aeronave no Helideque (CRASH), cabe inicialmente à Equipe de Manobra e Combate a Incêndio em Aeronave (EMCIA) dar o primeiro combate sob a coordenação do ALPH (Agente de Lançamento e Pouso de Helicóptero). **3.3.2 Ações da Brigada de Incêndio em caso de Crash no Helideque** Após esse primeiro combate, a Brigada de Incêndio será acionada para complementar os recursos necessários ao controle da emergência, acionada, deverá observar os seguintes procedimentos: **Ao soar o alarme -** a brigada deverá dirigir-se ao Ponto de Incêndio e aguardar orientação; **Após receber as orientações necessárias -** deverá dirigir-se ao local da emergência; **Logo que chegar ao local -** o Coordenador da Brigada deverá buscar orientação com o ALPH (Agente de Lançamento e Pouso de Helicóptero), quanto aos riscos existentes; **Após as orientações -** combater o Incêndio e resfriar os equipamentos. **Constatada a existência de vítimas -** resgatá-las e prestar primeiros socorros; A Brigada de Incêndio é uma equipe treinada para agir em incêndio em qualquer parte da Unidade Marítima. Após o alarme de emergência, a Brigada se reúne na Estação de Incêndio, sob a coordenação do GIO / OIM, se equipam e se informam sobre o tipo de emergência. Fazem a aproximação até o local do sinistro, utilizando e/ou acionando os recursos necessários para combatê-lo de forma eficiente e utilizando as técnicas conforme treinamento desenvolvido nos simulados de controle de emergência, de acordo com o Plano de Contingência da Unidade Marítima. **Figura 68: Treinamento de combate a Incêndio** ![Imagem relacionada](media/image92.jpeg) **Figura 69: Treinamento de Incêndio no Helideck** **3.3.3 Equipamentos de Proteção Respiratória (EPR)** Tem como finalidade, impedir que o usuário respire em uma atmosfera imediatamente perigosa à vida e à saúde (IPVS), devido à deficiência de oxigênio ou presença de contaminantes na atmosfera. ![](media/image94.png) **Figura 70: EPR** **NOTA:** O EPR só pode ser usado após o treinamento específico para utilização. a. **Sinais de controle** De acordo com a situação em que se possa encontrar, o uso dos sinais de controle é imprescindível para a realização segura de manobra à distância. **Figura 71: Sinais de controle** **ANEXO DE EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO**[]{#_Toc429423734.anchor} 1. O que é fogo? \_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_ 2. Descreva as Classes de Incêndio e seus agentes extintores respectivamente. \_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_ 3. Marque Verdadeiro ou Falso. F V Um só homem é suficiente para operar a mangueira. O Esguicho é um equipamento para controlar o jato de água. 4. Escreva os elementos necessários para que o fogo aconteça. \_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_ 5. Quais são os meios de propagação dos incêndios? \_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_ 6. Quais são as responsabilidades de uma brigada de incêndio? \_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_ 7. Cite os pontos notáveis da combustão. \_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_ 8. Quais são os métodos de combate a incêndio? \_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_ 9. Por que o agente extintor HALON foi proibido? \_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_\_ 10. Marque a alternativa correspondente a regulagem do esguicho: - - - - **IMPORTANTE:** "Mais importante que saber apagar o fogo, é ter conhecimento de como ele pode ser prevenido, prevenir ainda é a melhor solução!" Os grandes incêndios, quase sempre iniciam em pequenas proporções. "Um bom sistema de detecção, avaliação dos riscos e pessoas qualificadas, pode fazer o local de trabalho mais seguro." *Luciano Barros* ![](media/image97.jpeg) **[APRESENTAÇÃO DO CURSO]** **A filosofia empresarial da West Group Treinamentos Industriais Ltda pode ser sintetizada no reconhecimento do valor das pessoas e na capacidade em lhes acrescentar novas competências, objetivando seu desenvolvimento não só profissional, mas, sobretudo como ser humano integral.** **Deste modo, estamos habilitados a oferecer e desenvolver soluções que atendam às necessidades de consultoria e treinamento empresarial focando a preservação da vida, em sua acepção mais ampla, contribuindo de forma significativa para o alcance dos objetivos de excelência empresarial dos nossos clientes.** O curso atende às exigências da NORMAM-104/DPC. **Este Manual do Participante é aplicado à disciplina de primeiros socorros elementares para** **capacitar** os profissionais a identificar e avaliar um cenário de emergência médica; desenvolvendo e aplicando procedimentos e técnicas básicas de socorrista para garantir um melhor atendimento a um acidentado, analisando os problemas, determinando a gravidade de suas lesões, e encaminhando-o, o mais breve possível, aos profissionais de saúde. **Acreditamos que o seu aproveitamento neste curso seja eficaz para o enfrentamento dos problemas do dia a dia e possa contribuir efetivamente para o seu crescimento individual e profissional.** **Seja bem-vindo!** **West Group Treinamento Industriais Ltda-ME** Company Details For Booking and Enquiries ***UNIDADE DE ENSINO* 1 - INTRODUÇÃO AOS PRIMEIROS SOCORROS**[]{#_Toc429423735.anchor} **1.1 DESCREVER AS REGRAS BÁSICAS PARA SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA DE SAÚDE.**[]{#_Toc429423736.anchor} Primeiros socorros são atendimentos básicos e simples prestados à uma vítima no local do acidente, com o objetivo de gerar "sobrevida", mantendo sinais vitais e evitando agravamento do seu estado, até a chegada de uma equipe especializada como: médico, paramédico ou enfermeiro. **1.1.1 Aptidões do Socorrista** **Alguém com disposição adquirida a tal atividade, com capacidade e habilidade no exercício de Primeiros Socorros, tendo bom senso e eficiência.** **1.2 EXPLICAR COMO ACIONAR O ALARME OU COMUNICAR UMA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA.**[]{#_Toc429423737.anchor} **1.2.1 Definição de Emergência e Urgência** **Emergência é todo caso em que há ameaça iminente à vida, sofrimento intenso ou risco de lesão permanente, havendo necessidade de tratamento médico imediato. Alguns exemplos de emergências são a parada cardiorrespiratória, hemorragias volumosas e infartos que podem levar a danos irreversíveis e até ao óbito.** **Urgência é uma situação que requer assistência rápida, no menor tempo possível, a fim de evitar complicações e sofrimento. São exemplos de urgência: dores abdominais agudas e cólicas renais.** **Uma emergência pequena pode transformar-se em uma situação sem controle. Detectada a emergência, a atitude inicial adequada pode fazer a diferença entre a vida e a morte.** **Como fazer? Utilizar:** - **Telefone;** - **Botoeira de emergência (em casos de incêndios);** - **Interfone;** - **Gritos;** - **Rádio.** ![Botoeira 02.jpg](media/image99.jpeg) **Figura 1: Botoeira de emergência** **Situações de emergências que podem ocorrer em uma plataforma, como:** - **Incêndio;** - **Explosão;** - **Mau tempo;** - **Vazamento de gases;** - **Colisão;** - **Queda de aeronave;** - **Homem ao mar;** - **Alarmes;** - **Ferimento/ lesões graves** - **Acidente com mergulhadores;** - **Água aberta;** - **Derramamento de óleo;** - **Naufrágio.** **1.2.2 Alarmes de emergência** **Os alarmes de emergência são acionados a bordo para indicar algum tipo de emergência. Estes alarmes podem ser acionados pelo alarme geral e são escutados no interior de toda a unidade.** **Em caso de situação de emergência, a Sala de Controle deverá ser comunicada.** **Em caso de abandono, as instruções são passadas verbalmente pelo comandante, através do sistema de alto-falantes, seguido de toque contínuo da sirene.** **1.2.3 Procedimento de emergência** **Estando em seu camarote, vista o Equipamento de Proteção Individual (EPI) e seu colete salva-vidas e se dirija para o seu Ponto de Reunião.** **Fora do camarote, pare o serviço imediatamente, deixe seu local de trabalho seguro (desligue os equipamentos) e siga para seu Ponto de Reunião. Dependendo da Unidade, os coletes salva-vidas podem estar nos camarotes ou no convés, próximos às baleeiras.** 1.3 DESCREVER AS TÉCNICAS DE RESGATE E TRANSPORTE DE PESSOA FERIDA OU EM ESTADO DE EMERGÊNCIA DE CUIDADOS MÉDICOS. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ **Em caso de acidentes com vítimas que precisam de remoção, existem dois meios de transporte a uma unidade offshore: por embarcação ou aeronave.** **Figura 2: Resgate via embarcação** ![](media/image101.png) **Figura 3: Resgate aéreo** O resgate de vítimas será definido pelo recurso que melhor e mais rápido possa atender. **1.3.1 Transporte da vítima** A remoção da vítima do local do acidente é uma tarefa que requer da pessoa prestadora de primeiros socorros o MÁXIMO DE CUIDADO E CORRETO DESEMPENHO. A remoção da vítima deve ocorrer quando a mesma estiver devidamente imobilizada na maca ou, mesmo sem imobilização, quando o local apresentar uma situação de risco iminente para a vítima (desmoronamento, explosão, vazamento de gás, etc). **Figura 4: Transporte da vítima** **Procedimento antes da remoção:** **O que fazer?** - Verificar nível de consciência; - Monitorar Sinais Vitais; - Iniciar compressão torácica, em caso de Parada Cardiorrespiratória; - Controlar a hemorragia; - Imobilizar membros com suspeita de fratura. Para o transporte da vítima, podemos utilizar os meios habitualmente empregados - maca ou padiola, helicóptero ou de RECURSOS IMPROVISADOS: - Ajuda dos tripulantes; - Maca (Offshore, Prancha longa e rígida, STR); - Helicóptero; - Embarcação. **1.3.2 Rolamento** São utilizados dois tipos de rolamento: 90° e 180° a. **Rolamento de 90°** - Indicado para vítimas que estão em decúbito dorsal (barriga para cima): - Um dos socorristas estabiliza a cabeça do paciente por trás (líder); - Rola-se a vítima em bloco ao comando do líder, até a posição de decúbito lateral; - Após o comando do socorrista líder, a vítima é devolvida em bloco ao decúbito dorsal sobre a prancha; - Fixar o tronco e extremidades com cintos; - Aplicar e fixar a cabeça da vítima com o imobilizador lateral. ![](media/image103.png) **Figura 5: Rolamento 90º** **b) Rolamento 180°** Indicado para vítimas encontradas em decúbito ventral (barriga para baixo). **Procedimentos de condução** Após realizar o rolamento de 90 ou 180 graus para colocação da vítima na maca, deve-se: - Cada um dos carregadores fica junto a um dos quatro pegadores da maca; - Cada carregador se agacha e segura o pegador com firmeza, quando for dada à ordem, todos se erguem ao mesmo tempo, mantendo a maca nivelada; - A uma segunda ordem, os carregadores saem com o pé que está mais perto da maca, dando passos curtos; - Para pousar a vítima, os carregadores param, obedecendo a um comando, a outro comando, eles se agacham e abaixam a maca até que ela pouse suavemente no chão. Resultado de imagem para Rolamento 180º **Figura 6: Rolamento 180º** **1.3.3 Transporte de vítimas sem equipamentos** ![posicao1](media/image105.jpeg) posicao2 **Figura 7: Posição 1 Figura 8: Posição 2** **Vítima inconsciente** - **Como levantar a vítima do chão sem auxílio de outra pessoa:** ![posicao03](media/image107.jpeg) **Figura 9: Posição 1** posicao04 ![posicao05](media/image109.jpeg) posicao06 ![posicao07](media/image111.jpeg) -------------------------- ----------------------------------- -------------------------- ----------------------------------- **Figura 10: Posição 2** **Figura 11: Posição 3** **Figura 12: Posição 4** **Figura 13: Posição 5** - **Como levantar a vítima do chão com a ajuda de uma ou mais pessoas:** posicao08 **Figura 14: Posição 1-2** ![posicao09](media/image113.jpeg) posicao10 ----------------------------------- -------------------------- **Figura 15: Posição 3** **Figura 16: Posição 4** **Vítima consciente ou inconsciente** - **Como remover a vítima, utilizando-se de cobertor ou material semelhante:** ![posicao11](media/image115.jpeg) posicao12 ----------------------------------- -------------------------- **Figura 17: Posição 1** **Figura 18: Posição 2** - **Como remover vítimas acidentadas com suspeita de fraturas de coluna e pelve: Utilize uma superfície dura - porta ou tábua (maca improvisada).** Solicite ajuda de pelo menos cinco pessoas para transferir o acidentado do local encontrado até a maca. Movimente o acidentado COMO UM BLOCO, isto é, deslocando todo o corpo ao mesmo tempo, evitando mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os braços e as pernas. ![posicao13](media/image117.jpeg) posicao14 ----------------------------------- -------------------------- **Figura 19: Posição 1** **Figura 20: Posição 2** - **Como remover o acidentado grave não suspeito de fratura de coluna vertebral ou pelve, em decúbito dorsal:** Utilize macas improvisadas como: portas, cobertores, cordas, roupas, etc. **Observação:** - Previna-se contra o aparecimento de danos irreparáveis ao acidentado, movendo-o o menos possível; - Solicite, sempre que possível, a assistência de um médico na remoção de acidentado grave; **1.3.4 Busca e resgate através do Bote de Resgate** Qualquer que seja o Bote de Resgate, é necessário que a tripulação esteja atenta e preparada para realizar o resgate. Seguem abaixo ações importantes: ![C:\\Users\\acp\\Desktop\\Sem título.png](media/image119.jpeg) **Figura 21: Bote de resgate** - Realizar uma comunicação eficaz com a embarcação, através do rádio; - Desembarcar separadamente cada tripulante, sempre mantendo a calma e a ordem; - Utilizar os EPI's necessários no momento da transferência, principalmente, o colete salva-vidas. **Observações importantes:** Manter sempre a coluna ereta antes de elevar um peso, dobrar os joelhos, posicionar-se com um dos joelhos ao chão (posição de 3 pontos), para elevar a vítima do solo, ficar bem próximo à vítima e se estiver em dois, sempre se movimentar em conjunto com o outro. 1.4 CITAR OS MEIOS DISPONÍVEIS DE ASSISTÊNCIA MÉDICA NA UNIDADE OFFSHORE E NAS PROXIMIDADES. -------------------------------------------------------------------------------------------- **Cada unidade tem profissionais qualificados e responsáveis pelo atendimento aos tripulantes.** **Assistência Médica:** - **Marinha: Serviço de Busca e Salvamento Marítimo e Evacuação Aero-Médica;** - **Unidades próximas do local do acidente: unidades capazes de oferecer apoio rápido em situações de emergência (Embarcações de apoio);** - **Base da empresa (Plano de Saúde);** - **Enfermaria nas unidades.** **Figura 22: Assistência médica em plataforma** 1.5 RECONHECER A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE E DA SAÚDE PESSOAL A BORDO: ROTINA DE HIGIENE PESSOAL, ROTINA DE LIMPEZA DOS AMBIENTES, MANTER A SAÚDE FÍSICA E MENTAL E CONTROLE DE INFECÇÕES. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- **1.5.1 Rotina de higiene** **É um conjunto de hábitos de limpeza e cuidados com o nosso corpo. Estes hábitos devem estar presentes no nosso dia a dia, pois acabam por influenciar no relacionamento interpessoal e devem virar normas de vida em caráter individual, como:** - Manter roupas limpas; - Escovar os dentes e usar fio dental; - Esfregar-se bem durante o banho; - Lavar os cabelos; - Lavar as mãos antes das refeições, e antes e após usar o banheiro; - Unhas aparadas; - Usar antisséptico; - Lavar e secar áreas de contato, como virilha, axila, entre os dedos e orelhas. **Figura 23: Pasta de dentes, escova, fio dental e limpador de língua** **1.5.2 Saúde física e mental** **Durante a folga, faz-se necessária a manutenção do sono para descanso do corpo, durante a jornada de trabalho, praticar esportes ou exercícios físicos, leitura, jogos para entretenimento e o convívio social para equilibrar a saúde física e mental.** **A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a prática de 30 minutos de atividade física, em cinco ou mais dias por semana.** ![saudefiscaemental](media/image125.jpeg)Imagem relacionada![Imagem relacionada](media/image127.jpeg) **Figura 24: Saúde física e mental: Dormir, Controlar a pressão e Entretenimentos** **1.5.3 Rotina de limpeza do ambiente e controle de infecção** **Infecção é a entrada de micro-organismos no corpo humano e sua multiplicação causando uma resposta imunológica.** **É possível evitar e controlar as infecções com hábitos de higiene, coleta seletiva, lavando alimentos antes do consumo, mantendo ambientes limpos e arejados, lavando as mãos quando necessário, não jogando objetos no vaso sanitário, evitando entupimentos na filtragem da água.** higienevasosan **Figura 25: Não jogar objetos no vaso** **Figura 26: Coleta seletiva** **Figura 27: Filtro** UNIDADE DE ENSINO 2 - CORPO HUMANO ---------------------------------- 2.1 DESCREVER A ESTRUTURA ÓSSEA E MUSCULAR. ------------------------------------------- **A estrutura óssea e muscular é formada pelo sistema músculo esquelético. Esse sistema é formado por ossos, músculos e articulações. O esqueleto desempenha várias funções importantes: sustentação, movimentação, proteção e modelagem.** ![musculo\_artificialA](media/image133.jpeg) **Figura 28: Sistema muscular** **2.1.1 Ossos** Os ossos são formas de tecido, endurecidas pela decomposição de cálcios. Cerca de 206 ossos com tamanhos variáveis compõe o esqueleto humano. Podemos citar como exemplos, crânio, coluna vertebral, esterno, clavícula, osso ilíaco (osso da bacia), membros superiores (úmero, radio, ulna) e membros inferiores (fêmur, tíbia, fíbula). o-esqueleto-humano23-jpg **2.1.2 Músculo** Os músculos são tecidos ativos do movimento. Eles possuem a capacidade de contrair-se e de relaxar-se, em consequência, transmitem movimentos aos ossos sobre os quais se inserem. Os músculos têm uma variedade grande de tamanho e formato, de acordo com a sua disposição, local de origem e de inserção. ![anatomia](media/image135.jpeg) **Figura 30: Musculatura humana** **2.1.3 Articulações** A função das articulações é reduzir o atrito e amortecer os choques, promovendo o movimento. Para reduzir ainda mais o atrito, toda a articulação é cercada por uma resistente bolsa de um tecido especial que produz um líquido sinovial que age como óleo, lubrificando as juntas. articulação **Figura 31: Articulações** **2.2 CITAR OS PRINCIPAIS ÓRGÃOS E SUAS FUNÇÕES DE FORMA SUCINTA**[]{#_Toc429423743.anchor} **Principais Órgãos E Suas Funções** Cada sistema do corpo tem seus órgãos que provém as funções necessárias para a vida. Cada órgão humano é feito de tecidos que permitem que ele faça suas funções. Por exemplo, as proteínas sintetizadas nos pulmões são completamente diferentes das sintetizadas no coração. Os sistemas do corpo humano incluem o digestivo, nervoso, cardiovascular, endócrino, linfático e respiratório. Esses sistemas possuem órgãos que fazem as funções diárias que mantêm o corpo vivo. **Pele** A pele é responsável pela termorregulação, pela defesa, pela percepção e pela proteção. É o revestimento externo do corpo, considerado o maior [órgão](https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3o_(anatomia)) do [corpo humano](https://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo_humano) e o mais pesado. ![Resultado de imagem para pele orgão](media/image137.jpeg) **Figura 32: Pele** **Cérebro** O cérebro é o controlador central do corpo humano. Ele é parte do sistema nervoso, que manda impulsos elétricos para o corpo para que ele realize as funções voluntárias e involuntárias. O cérebro mantém o coração bombeando sangue, dá aos músculos controle voluntário e permite que a memória e a capacidade de pensar funcionem. O cérebro recebe, também, informações sensoriais, como a visão, o tato, a audição e o olfato. Resultado de imagem para cerebro **Figura 33: Cérebro** **Coração** O coração é parte do sistema cardiovascular e é responsável por levar o sangue aos tecidos do corpo. O sangue carrega o oxigênio e os glóbulos brancos, que fazem parte do sistema imunológico. O coração recebe sangue desoxigenado das veias e o bombeia até os pulmões, onde as células do sangue pegam mais oxigênio para distribuir pelo corpo. O sangue transporta o oxigênio e os nutrientes para fornecer subsídios para o corpo e também recolhe as excretas do metabolismo. ![Resultado de imagem para coração humano](media/image139.jpeg) **Figura 34: Coração** **Pulmões** Os pulmões são os órgãos responsáveis pela troca da gasosa "hematose". Eles possuem pequenos bronquíolos, que têm como função absorver oxigênio e eliminar dióxido de carbono. O sangue oxigenado é, então, enviado novamente ao coração para nutrir os tecidos com o oxigênio necessário. Os pulmões possuem também pequenos cílios que expelem para fora do pulmão qualquer objeto estranho. Esse processo gera a tosse para manter os pulmões livres de bactérias, sujeira e fumaça. Resultado de imagem para pulmão humano descrição **Figura 35: Pulmões** **Estômago e Intestinos** O estomago é o órgão que recebe a alimento e envia para os intestinos para que eles façam a digestão e a absorção de nutrientes. O pâncreas e a vesícula biliar provêm a quebra de enzimas que está no estômago, dando ao intestino moléculas pequenas para absorver. O sistema digestivo é também responsável pela absorção de água, que ocorre no intestino grosso. As sobras metabólicas são enviadas até o cólon e depois eliminadas através das fezes. ![](media/image141.png) **Figura 36: Estômago e intestinos** **Rins** Os rins fazem parte do sistema endócrino. Esses órgãos são responsáveis pela filtragem necessária para evitar o acúmulo de resíduos nos tecidos, como por exemplo o nitrogênio, que é resíduo do catabolismo protético. Ele é prejudicial ao corpo, então, os rins o retiram do sangue e o excretam em forma de uréia. Os rins são também responsáveis pela absorção de água. Imagem relacionada **Figura 37: Rins** 2.3 DESCREVER OS SISTEMAS CIRCULATÓRIO, RESPIRATÓRIO, DIGESTIVO E URINÁRIO. --------------------------------------------------------------------------- **2.3.1 Sistema circulatório** É um sistema fechado que tem a função de fazer com que o sangue circule por todo o corpo. É composto pelo coração, pelos vasos sanguíneos e pelo sangue, que é o fluido movimentado sobre pressão. O sangue transporta o oxigênio e os nutrientes para fornecer subsídios para o corpo e também recolhe as excretas do metabolismo. ![coracao](media/image143.jpeg) **Figura 38: Sistema circulatório - Coração** Celulas de hemoglobina **Figura 39: Sistema circulatório - Células de hemoglobina** ![sistema circulatorio](media/image145.jpeg) **Figura 40: Sistema circulatório - Veias e Artérias** **2.3.2 Sistema Respiratório** O sistema respiratório é composto pelo nariz, cavidade nasal, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos. Nos pulmões, os glóbulos vermelhos descarregam seu dióxido de carbono no ar e dele tomam sua nova carga de oxigênio. O processo se chama hematose. sistema\_respiratorioa **Figura 41: Sistema Respiratório** O diafragma é o músculo responsável pelos movimentos respiratórios: inspiração e expiração. ![](media/image147.png) **Figura 42: Diafragma Humano** sistema-respiratorioA **Figura 43: Expiração e inspiração** A respiração é a função mediante a qual as células vivas do corpo tomam oxigênio (O2) e eliminam o dióxido de carbono (CO2). É um intercâmbio gasoso (O2 e CO2) entre o ar da atmosfera e o organismo. ![alveoloevasocapilar](media/image149.jpeg) **Figura 44: Troca gasosa entre alvéolo e vaso capilar** **2.3.3 Sistema Digestório** O sistema digestório humano é formado por um longo tubo musculoso, ao qual estão associados órgãos e glândulas que participam da digestão, com a finalidade de transformar o alimento ingerido em partículas bem pequenas para que elas sejam absorvidas. O sistema apresenta como componentes principais: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus. **Figura 45: Sistema digestório** **2.3.4 Sistema Urinário** O sistema urinário participa da manutenção do organismo através da eliminação de restos do metabolismo, de água e outras substâncias pela urina. O sistema urinário é formado por 2 rins, 2 ureteres, 1 bexiga e 1 uretra. A urina é composta de aproximadamente 95% de água. As principais excretas da urina humana são: a ureia, o cloreto de sódio e o ácido úrico. ![sistema\_urinario](media/image151.jpeg) **Figura 46: Sistema urinário** **2.3.5 Sistema nervoso** O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central e sistema nervoso periférico. O sistema nervoso central é formado pelo encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) e pela medula espinhal. O sistema nervoso periférico é formado por nervos e gânglios. De uma maneira geral coordena todas as atividades do corpo: funções sensoriais (visão, audição, olfato, paladar e tato); funções motoras (realização de movimentos) e funções integradas (consciência, memória, emoção, voz). Resultado de imagem para Sistema nervoso **Figura 47: Sistema nervoso** **Sistema tegumentar (PELE)** Revestimento externo do corpo que desempenha diversas funções: protege o corpo, regula a temperatura, constitui barreiras contra infecções, possui terminações nervosas destinadas ao tato, à percepção da temperatura, sintetiza vitamina D e elimina e absorve substâncias. A pele é constituída por três camadas: epiderme, derme e hipoderme. ![](media/image153.png) **Figura 48: Sistema tegumentar** **UNIDADE DE ENSINO 3 - PROCEDIMENTOS DE PRIMEIROS SOCORROS**[]{#_Toc429423745.anchor} **3.1 RECONHECER A NECESSIDADE DE REANIMAÇÃO E APLICAR AS PRIMEIRAS MEDIDAS DE SOCORRO.**[]{#_Toc429423746.anchor} São procedimentos feitos para manter as condições mínimas de uma vítima, para que tenha uma chance de sobrevivência após um evento traumático, que não traga riscos diretos. **3.1.1 Sinais vitais:** Sinais vitais são dados fisiológicos que indicam as condições de saúde da pessoa. Priorizando a respiração e a pulsação. **a) Respiração** **A respiração na prática é o conjunto de 2 movimentos normais dos pulmões e músculos do peito:** **1 - Inspiração (entrada de ar pela boca/nariz);** **2 - Expiração (saída de ar, pelas mesmas vias respiratórias).** tab**Nota-se a respiração pelo movimento de sobe e desce do peito ritmado do indivíduo.** **A frequência respiratória normal do adulto oscila entre 14 a 20 respirações por minuto.** ![inspiracaoeexpiracao](media/image155.jpeg) **Figura 49: Inspiração e Expiração** **b) Pulso** **O que se chama comumente de \"pulso\" está associado às pulsações ou às batidas do coração, impulsionando o sangue pelas artérias e que podem ser sentidas ao posicionarmos as pontas dos dedos (indicador e médio) em locais estratégicos do corpo.** **As principais artérias para verificação de pulso são: carótida, radial, braquial e femoral.** **Valor normal de pulso é de 60 a 100 batimentos por minuto.** pulsacao **Figura 50: Pulsações** **3.1.2 Medidas que antecedem a abordagem da vítima** - **Acionar apoio especializado;** - **Avaliar o local para identificar possíveis riscos;** - **Isolar ou sinalizar a área para facilitar a atuação dos socorristas;** - **Providenciar proteção individual à equipe, a fim de evitar contaminação.** **3.1.3 Abordagem da Vítima - Análise primária** A análise primária da vítima é a primeira etapa de um conjunto de avaliações realizadas para detectar as condições físicas da vítima. Segue as etapas da avaliação primária: 1. **Verificar a consciência da vítima:** Deve-se tocar (com a palma da mão nos ombros) e chamar pela vítima, se ela responder ao comando de voz ela se encontra consciente, portanto, deve-se manter a vítima acordada para avaliar o nível de consciência da mesma (lúcida, confusa, desorientada). Se a vítima não responder ao estímulo verbal pode-se dizer que a mesma se encontra inconsciente, devendo proceder com as outras etapas da avaliação primária. 2. **Abrir Vias aéreas:** Realize um leve movimento de inclinação da cabeça da vítima para trás elevando-lhe o queixo, observe se há obstrução das vias áreas por um corpo estranho. Deve-se tomar cuidado com a possibilidade de lesão na coluna cervical. ![abertura+das+vias+a%C3%A9reas](media/image157.png) **Figura 51: Abertura de vias aéreas** 3. **Verificar respiração:** Visualize os movimentos respiratórios característicos do tórax e abdome. Se a vítima estiver com ausência de movimentos respiratórios deve-se proceder com os procedimentos de parada cardiorrespiratória. 4. **Verificar a circulação:** A maneira correta de verificar a pulsação, é colocando dois dedos na artéria carótida, que fica entre o músculo do pescoço e a traqueia. Não se deve demorar mais que 10 segundos para identificar o pulso. **3.1.4 Reanimação Cardiopulmonar (RCP)** - **Parada Cardiorrespiratória (PCR)** É a cessação repentina dos batimentos cardíacos ou quando o músculo cardíaco, em condições de extrema debilidade, distende com dificuldade para demanda da quantidade de sangue na circulação. O tempo de atendimento no caso da PCR é primordial, pois bem sabemos que a massagem cardíaca aumenta a taxa de sobrevivência da vítima, uma vez que mantém o sangue circulando pelo corpo e a chegada do oxigênio em todos os órgãos e tecidos. - **Sinais e sintomas** - A pessoa fica muito pálida, com lábios descorados, devido a seu sangue não estar circulando e sua respiração estar fraca ou mesmo imperceptível; - A respiração pode não ser constatada quando os batimentos cardíacos e a pulsação em artérias, como a carótida, femoral ou radial, são imperceptíveis; - A pupila fica dilatada e ela não consegue piscar os olhos. - **Primeiros socorros** - Comprovar ausência de resposta e da respiração da vítima; - Colocar essa vítima em decúbito dorsal em uma superfície plana e rígida; - Atentar para um possível trauma na cervical; - Iniciar a RCP (C-A-B) **C= compressão torácica** **A= abrir vias aéreas** **B= boa ventilação** **Obs:** Segundo as diretrizes da American Heart Association, em 2015, para RCP, houve alteração na sequência recomendada para o leigo, para que este inicie as compressões torácicas antes de abrir as vias aéreas e aplicar as ventilações de resgate (C-A-B ao invés de A-B-C). O formato anterior usava o A-B-C para designar vias aéreas, insuflações e compressões torácicas. A nova forma usa C-A-B, para designar compressões torácicas, abrir vias aéreas e prover boa ventilação. As novas diretrizes se aplicam a adultos. A recomendação para a utilização da respiração boca a boca, só poderá ser realizada com o uso da pocket mask e sem a necessidade de improvisos para preservação da biossegurança. DSC01384 ![](media/image159.png) **Figura 52: Localização do Ponto Figura 53: Massagem Cardíaca** **Figura 54: Bolsa de Ar (Ambu)** ![](media/image161.png) **Figura 55: Pocket Mask** **Fluxograma 1: Suporte básico de vida** - **A profundidade da compressão esternal, em adultos, será de no mínimo 5 cm;** - **A frequência de compressão deve ser, de 100 a 120 compressões/minuto;** - **Socorristas leigos sem treinamento em RCP deverão aplicar RCP somente com as compressões torácicas;** - **Socorristas treinados e com equipamento de ventilação, iniciarão o quanto antes as compressões torácicas, mantendo uma relação de 30 compressões para 02 ventilações.** Quando devo Interromper a RCP? - Quando for reavaliar os sinais vitais da vítima; - Quando precisar desobstruir as vias aéreas; - Quando houver o **DEAs** (Desfibrilador Externo semi-automático) ou **DEA** (Desfibrilador Externo Automático) para utilização. **Quando devo parar a RCP?** - **C**hegada do socorro especializado; - Se houver algum sinal de vida; - Extremo desgaste físico. 3.2 RECONHECER OS SINAIS DE CHOQUE: PULSO, BATIDAS E COR FACIAL. APLICAR MEDIDAS PARA CONTORNAR O ESTADO DE CHOQUE. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- É o quadro clínico que resulta da incapacidade do sistema cardiovascular de prover circulação suficiente para os órgãos. A chegada de sangue rico em O~2~ aos órgãos é denominada PERFUSÃO. - **Causas:** - - - - - - - - - ![Acidente Choque Eletrico 03.jpg](media/image163.jpeg) **Figura 56: Choque elétrico** **Sinais e sintomas do estado de choque:** - - - - - - - - - - Imagem relacionada **Figura 57: Taquicardia** **3.2.1 Conduta do socorrista:** Em uma situação de emergência devemos tomar as seguintes atitudes: 1. Posicionar o paciente em decúbito dorsal com os membros inferiores elevados (quando não houver fraturas), para aumentar o retorno venoso e a volemia efetiva; 2. Verificar se as vias aéreas superiores estão pérvias; 3. Na presença de hemorragias, utilizar técnicas para controle do sangramento; 4. Não administrar líquidos, alimentos ou medicamentos; 5. Reduzir perda de calor corporal com cobertores; 6. Reavaliação constante dos sinais vitais. 3.3 APLICAR OS PROCEDIMENTOS PARA CONTER HEMORRAGIA COMO: TORNIQUETE; COMPRESSÃO; POSICIONAMENTO DO PACIENTE, ETC. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ **3.3.1 Conceito de Hemorragia** A hemorragia é uma perda de sangue devido à ruptura de vasos sanguíneos. A hemorragia pode ser **interna** ou **externa**, implicando atitudes diferentes por parte do socorrista. **3.3.2 Hemostasia** Resposta fisiológica normal, que previne a perda significativa de sangue após um dano vascular, com intuito de controlar a hemorragia, estancar um sangramento. - **Sinais e sintomas de uma Hemorragia Interna:** - - - - - - - - - - **Primeiros socorros de uma Hemorragia Interna:** - - - - - **Não administrar líquidos, alimentos ou medicamentos à vítima.** ![](media/image165.png) **Figura 58: Primeiros Socorros - Hemorragia Interna** - **Primeiros socorros de uma Hemorragia Externa:** - - - - hemorragia **Figura 59: Hemorragia** **3.3.3 Torniquete** Servem para controlar hemorragias nos casos em que a vítima teve a perna ou o braço amputado e onde procedimentos normais de estancamento não obtiveram êxito, ou seja, em último caso. ![](media/image167.png) **Figura 60: Torniquete** **3.3.4 Aplicação de torniquete** Siga estes passos: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. **3.3.5 Amputação traumática** São lesões em que há separação de um membro ou de uma estrutura protuberante do corpo, podem ser causadas por objetos cortantes, por esmagamento ou por forças de tração. Amputação **Figura 61: Amputação Traumática** - **Cuidados:** - - - - - 3.4 APLICAR PRIMEIROS SOCORROS APROPRIADOS PARA QUEIMADURAS E ESCALDADURAS DECORRENTES DE ÁGUA QUENTE, GASES, VAPOR E ELETRICIDADE. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Queimaduras são ferimentos produzidos por inúmeras causas: A gravidade de uma queimadura depende da localização, extensão e profundidade. **Queimaduras térmicas;** Fogo, vapor, líquidos superaquecidos (óleos, água fervente, fluidos, etc.), gelo. **O que fazer:** - Resfriar com água fria corrente; - Proteger a área com gaze, pano limpo e seco, ou manta aluminizada; - Elevar o membro afetado para evitar inchaço. **O que NÃO fazer:** - Não retirar roupas grudadas; - Não aplicar gelo no local da queimadura devido à vaso constrição e diminuição da irrigação sanguínea; - Não aplicar produtos como: pasta de dente, óleo, margarina, café, açúcar, água sanitári

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