Leishmaniose PDF
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Este documento apresenta informações sobre a leishmaniose, uma doença infecciosa. Ele descreve as diferentes formas da doença, incluindo formas cutâneas e viscerais. São fornecidos dados epidemiológicos, bem como informações sobre o agente etiológico da doença. Além disso, o texto cobre o ciclo de vida do agente etiológico e os vetores da doença.
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LEISHMANIOSE Notificação no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) Protozoário transmitido por meio da picada da fêmea de inseto flebotomíneo Leishmaniose Formas da doença Cut...
LEISHMANIOSE Notificação no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) Protozoário transmitido por meio da picada da fêmea de inseto flebotomíneo Leishmaniose Formas da doença Cutânea Cutaneomucosa Cutânea difusa Visceral ou calazar Família – Triponosomatidae Taxonomia Gênero – Leishmania do agente etiológico Espécies – braziliensis, amazonensis, guyanensis, donovani, chagasi, leishmania major Epidemiologia da Leishmania Tegumentar ou Cutânea Semana de Controle da Leishmaniose: semana de 10 de agosto Em média, são registrados 21.000 casos/ano, com coeficiente de incidência de 8,6 casos/100.000 habitants nos últimos 5 anos. A região Norte apresenta o maior coeficiente (46,4 casos/100.000 habitantes), seguida das regiões Centro-Oeste (17,2 casos/10.000 habitantes) e Nordeste (8 casos/100.000 habitantes). https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/l/lt/situacao-epidemiologica/arquivos/lt- graficos-e-mapas.pdf Epidemiologia da Leishmania Visceral ou Calazar ou Febre Negra 90% dos casos da América Latina ocorrem no Brasil, sendo endêmica nas regiões N, NE e CO. Região Nordeste com 49% dos casos. Em média, 3000 novos casos são notificados anualmente. Letalidade: entre janeiro de 2021 e julho de 2022 = 52 óbitos com suspeita de LV. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/l/leishmaniose-visceral/arquivos/lv-graficos-e- mapas.pdf Leishmaniose Cutânea Leishmaniose cutânea Lesões cutâneas (hiperplasia, hipertrofia, edema, infiltração celular) Ulcerosas (bordos salientes) ou não Limitadas Cicatrização: 2-15 m Leishmaniose cutânea Geralmente 1 lesão restrita ao local da picada Imunossuprimidos – pode evoluir para múltiplas lesões ou para a forma mucosa Leishmaniose Mucosa ou Cutâneomucosa Leishmaniose cutaneomucosa Aparecem como extensão da forma cutânea quando esta se encontra próxima a orifícios naturais revestidos por mucosa ou por via linfo- hematogênica. Lesões ulcerosas em mucosas do nariz, boca e faringe Propensão à mestástases via hematogênica Destruição de cartilagens e ossos Leishmaniose cutaneomucosa Leishmaniose cutaneomucosa Figura 1. Leishmaniose mucosa. Epiglote infiltrada e hiperemiada. Infiltração granulosa grosseira em prega ariepiglótica e laringe. Leishmaniose cutaneomucosa Em narina. Leishmaniose Difusa Leishmaniose cutânea difusa Rara e associada à resposta imunológica celular inadequada do hospedeiro. Lesões disseminadas, metástases via vasos linfáticos e sangue Não ulcerosas, ricas em macrófagos, pouca reação inflamatória Aparecem tardiamente em pacientes tratados de L. visceral ou calazar – doença de curso crônico Leishmaniose visceral ou calazar Afeta o Sistema Fagocitário Mononuclear Células com capacidade fagocitária Macrófagos Micróglia (cérebro) Células de Kupfer (fígado) Mastócitos Agente etiológico Cutânea Cutâneomucosa L. (Viannia) braziliensis L. (Viannia) braziliensis L. (V.) guyanensis L. (V.) guyanensis L. (Leishmania) mexicana L. (L.) amazonenses Agente etiológico Cutânea difusa Visceral L. (L.) pifanoi L. (L.) infantum L. (L.) mexicana donovani L. (L.) amazonensis – L. (L.) infantum Brasil infantum L. (L.) infantum chagasi O agente causador Formas evolutivas Amastigota Promastigota Amastigota No hospedeiro vertebrado Infecta células do sistema mononuclear fagocitário: macrófagos, neutrófilos, células dendríticas Pequenas, ovais e levemente achatadas Promastigota No hospedeiro invertebrado Extracelulares Habitat: intestino Possuem flagelo Vetores Insetos flebotomíneos que vivem e se reproduzem em solos úmidos de matas e florestas Marrons Asas com pilosidades e em V Regiões tropicais e temperadas A fêmea se alimenta de sangue de animais silvestres, domésticos e do homem. A sucção ocorre ao entardecer e à noite Vetor Conhecido por mosquito palha ou birigui Lutzomyia – Américas Phlebotomus – África, Europa e Ásia Lutzomyia Phlebotomus Silvestre: roedores, marsupiais e canídeos silvestres Hospedeiros (por ser doença associada Doméstico: cão ao desmatamento, o homem é considerado um hospedeiro acidental) Acidental: Homem Ciclo Biológico Ciclo Biológico Não há transmissão de pessoa a pessoa. Zoonose, porém apesar de ocorrer infecção em animais domésticos, não há evidências científicas que comprovem o papel desses animais como reservatórios das espécies de leishmanias, sendo considerados hospedeiros acidentais da doença. Média: 2-3 meses Período de incubação Mas pode variar de 2 semanas a 2 anos Diagnóstico Formas Cutâneas Clínico: com base nas lesões (áreas expostas, arredondadas ou ovaladas, base eritematosa e firme, bordas delimitadas e elevadas, contato com pele sadia) Diagnóstico Cutânea Imunológico – Reação Intradérmica de Montenegro Resposta de hipersensibilidade retardada Antígeno de promastigota 3º dia: pápula eritematosa igual ou > 5 mm 48 horas 144 horas 72 horas Diagnóstico Formas Cutâneas Laboratorial Esfregaços da borda da lesão – não se aplica à forma mucosa Histopatológico (biópsia) – infiltrado inflamatório com granuloma Cultura: para isolamento do parasita Diferencial: hanseníase, tuberculose cutânea, psoríase, Histoplasmose, etc. A probabilidade de achar o parasito é inversamente proporcional ao tempo de evolução da lesão cutânea, sendo rara após um ano. Diagnóstico Cutânea Imunofluorescência Indireta ELISA PCR – DNA do parasita Ac humanos ligados às promastigotas Diagnóstico Cutânea Imunofluorescência Indireta ELISA PCR – DNA do parasita Diagnóstico Evitar exposição em horários típicos Inseticidas e dedetização Construção de casas distante de matas (400-500 m no mínimo) Controle Repelentes e mosquiteiros Controle de animais que possam ser infectados Controle de lixo em quintais e terrenos Tratamento É gratuito e está disponível na rede do SUS LIMPEZA DAS FERIDAS Antimoniato de meglumine 20 dias – forma cutânea 30 dias – forma mucosa Anfotericina B lipossomal Tratamento Endovenosa 1x dia ou 3x por semana por 3-12 semanas 1a escolha para gestantes 2a escolha quando o tratamento acima não funciona Anfotericina B lipossomal Tratamento idade < 1 ano ou > 50 anos – não usar Insuficiência renal, hepatica ou cardíaca – não usar Miltefosina Oral Tratamento Contraindicada: Gestantes Doença renal ou hepatica pré-existente Pentamidina IV ou IM Tratamento Inibe a replicação do parasita A cada dois dias