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Summary

Este documento contém informações sobre doenças infecciosas, especialmente focado em infecções respiratórias. Ele descreve vários tipos de bactérias envolvidas em infecções. O documento inclui discussões sobre diagnóstico, fatores de virulência e características de bactérias específicas, fornecendo detalhes sobre cada doença.

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Rinite Chlamydia Pneumoniae Mycoplasma pneumoniae Grupo A streptococus Uma imagem com Tipo de letra, texto, tipografia Descrição gerada automaticamente ![](media/image2.png) ![](media/image4.png) ![](media/image6.png) Amostras do Trato Respiratório Superior A maioria das infeções bacteriana...

Rinite Chlamydia Pneumoniae Mycoplasma pneumoniae Grupo A streptococus Uma imagem com Tipo de letra, texto, tipografia Descrição gerada automaticamente ![](media/image2.png) ![](media/image4.png) ![](media/image6.png) Amostras do Trato Respiratório Superior A maioria das infeções bacterianas da faringe é causada por Streptococcus do grupo A. Outras bactérias que podem causar faringite incluem Corynebacterium diphtheriae, B. pertussis, Neisseria gonorrhoeae, Chlamydophila pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae. Bordetella **Biologia, Virulência e Doença** Cocobacilos Gram negativos, extremamente pequenos Não fermentador mas pode oxidar aminoácidos como fonte de energia Aeróbio estrito Crescimento in vitro requer incubação prolongada em meio de cultura suplementado com carvão, amido, sangue ou albumina. Vários fatores de virulência responsáveis pela aderência a células eucarióticas e destruição tecidual localizada (Tab. 35-1) A coqueluche é caracterizada por três estágios: catarral, paroxístico e convalescente A maioria das doenças graves é em indivíduos não vacinados **Epidemiologia Reservatório e hospedeiro humano** Distribuição mundial Crianças com idade inferior a 1 ano apresentam maior risco de infeção, mas a doença atualmente é mais comum em jovens e adultos Indivíduos não vacinados apresentam maior risco para a doença Disseminação da doença pessoa a pessoa por aerossóis infeciosos **Diagnóstico** Microscopia com baixa sensibilidade e especificidade Cultura é específica mas não sensível Testes de amplificação de ácido nucleico apresentam maior sensibilidade e especificidade Deteção de IgG ou IgA pode ser usada como teste confirmatório **Fatores de virulência** Adesinas Hemaglutinina filamentosa - Necessária para adesão a glicoproteínas sulfatadas na membrana de células ciliadas na traqueia; Toxina pertússis - Subunidade S1 inativa G1α, a Toxina pertussis proteína de superfície da membrana que controla a atividade da adenil ciclase; a expressão não controlada leva ao aumento dos níveis do AMPc; a toxina inibe a morte por fagócitos e a migração de monócitos Após o período de incubação de 7 a 10 dias, a doença é caracterizada pelo estágio catarral (semelhante ao resfriado comum), progredindo para o estágio paroxístico (tosses repetidas seguidas por ruídos inspiratórios), e então para o estágio convalescente (redução do paroxismo e complicações secundárias) ![Uma imagem com texto, captura de ecrã, Tipo de letra, Gráfico Descrição gerada automaticamente](media/image8.png) **Diagnóstico Laboratorial** **Testes Baseados em Ácidos Nucleicos** Métodos de amplificação de ácidos nucleicos como a reação da polimerase em cadeia (PCR) consistem nos testes diagnósticos mais sensíveis disponíveis para coqueluche. **Deteção de Anticorpos** Os resultados dos testes sorológicos são de difícil interpretação pois a microscopia e as técnicas de cultura com os quais esses testes têm sido comparados e avaliados são padrões relativamente pouco sensíveis. Testes imunoenzimáticos (ELISA) têm sido desenvolvidos para a deteção de anticorpos IgA, IgM e IgG contra a toxina pertussis, hemaglutinina filamentosa, pertactina e fímbria. Staphilococus Anaeróbios facultativos (i.e., crescem tanto em ambiente aeróbio como em ambiente anaeróbio), são capazes de crescer em meios contendo alta concentração de sal (p. ex., 10% de cloreto de sódio) e a temperaturas que variam de 18°C a 40°C. Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) Produz a enzima coagulase Cocos Gram positivos em aglomerados Espécies caracterizadas pela presença de coagulase, proteína A e ácido teicoico ribitol espécie específico, com resíduos de N-acetilglucosamina ("polissacarídio A") Fatores de virulência que incluem componentes estruturais que facilitam a aderência aos tecidos do hospedeiro e evitam a fagocitose, e uma variedade de toxinas e enzimas hidrolíticas **Diagnóstico** Os meios seletivos (p. ex., agar manitol salgado) podem ser utilizados para recuperar S. aureus **Fatores de virulência** Cápsula - Inibe a quimiotaxia e a fagocitose; inibe a proliferação das células mononucleares Camada limosa - Facilita a aderência a corpos estranhos Peptidoglicano - Fornece estabilidade osmótica; estimula a produção de pirogênio endógeno (atividade semelhante à endotoxina); Ácido teicoico -- Proteína A **Toxinas** Citotoxinas Tóxica para muitas células, incluindo leucócitos, eritrócitos, fibroblastos, macrófagos e plaquetas Toxina esfoliativa (ETA, ETB) Serina proteases que clivam as pontes intercelulares no estrato granuloso da epiderme Enterotoxinas Superantígenos (estimulam a proliferação das células T e liberação de citocinas); estimulam a liberação de mediadores inflamatórios dos mastócitos, aumentando o peristaltismo intestinal e a perda de fluidos, bem como as náuseas e o vômito Toxina-1 da síndrome do choque tóxico Superantígeno (estimula a proliferação das células T e a liberação de citocinas); produz poros ou destruição das células endoteliais **Enzimas** **Coagulase** Converte o fibrinogênio em fibrina **Hialuronidase** Hidrolisa o ácido hialurônico do tecido conjuntivo, promovendo a disseminação dos estafilococos nos tecidos **Fibrinolisina** Dissolve os coágulos de fibrina **Lipases** Hidrolisa lipídios **Nucleases** Hidrolisa o DNA **Streptococcus** cocos Gram positivos, dispostos aos pares ou em cadeias. A maioria das espécies é anaeróbia facultativa e algumas crescem somente em atmosfera enriquecida com dióxido de carbono (crescimento capnofílico). As exigências nutricionais dos estreptococos são complexas, necessitando do uso de meios enriquecidos com sangue ou soro para o isolamento. Fermentam carboidratos, resultando na produção de ácido lático e, ao contrário das espécies de Staphylococcus, os estreptococos são catalase negativos. Streptococcus pyogenes (classificado como Streptococcus do grupo A no esquema de tipagem de Lancefield) é responsável pela faringite estreptocócica. Streptococcus agalactiae (grupo B de Lancefield) é usualmente β-hemolítico, porém, pode ser também não hemolítico **Streptococcus pyogenes** Este microrganismo seja a causa mais comum de faringite bacteriana Cocos Gram positivos de crescimento rápido dispostos em cadeias; carboidrato grupo específico (antígeno A) e proteínas tipo específicas (proteína M) na parede celular Virulência determinada pela capacidade de evitar a fagocitose (mediada principalmente pela cápsula, proteínas M e proteínas semelhantes a M, C5a peptidase), aderir e invadir as células do hospedeiro (proteína M, ácido lipoteicoico e proteína F) e produzir toxinas (exotoxinas pirogênicas estreptocócicas, estreptolisina S, estreptolisina O, estreptoquinase, DNases) Colonização transitória do trato respiratório superior e da superfície da pele; a doença é causada por cepas de aquisição recente (antes que anticorpos protetores sejam produzidos) Faringite e infeções em tecidos moles são causadas tipicamente por cepas com proteína M de tipos distintos Disseminação pessoa a pessoa por gotículas transmitidas no ar (faringite) **Diagnóstico** A microscopia é útil nas infeções de tecidos moles, mas não nos casos de faringites e complicações não supurativas Testes de deteção direta do antígeno do grupo A são úteis para o diagnóstico da faringite estreptocócica, mas resultados negativos devem ser confirmados pela cultura, que é altamente sensível As cepas são identificadas pelo teste da catalase (negativo), reação positiva para PYR (L pirrolidonil arilamidase), suscetibilidade à bacitracina e presença de antígeno grupo específico (antígeno do grupo A) O teste da antiestreptolisina O (ASO) é útil para confirmar a febre reumática (antígeno do grupo A de Lancefield) é um dímero de N-acetilglicosamina e ramnose. Este antígeno é usado para classificar os estreptococos do grupo A e distingui-los dos outros grupos de estreptococos. A proteína M é a principal proteína tipo específica e está associada à virulência dos estreptococos. Ela consiste de duas cadeias polipeptídicas na estrutura de uma alfa hélice. A proteína é ancorada na membrana citoplasmática, se estende pela parede celular e projeta-se sobre a superfície da célula. S. pyogenes pode invadir as células epiteliais, um processo mediado pelas proteínas M, F e outros antígenos bacterianos. **Toxinas e Enzimas** As exotoxinas pirogénicas estreptocócicas (Spe) quatro toxinas termolábeis, imunologicamente distintas (SpeA, SpeB, SpeC e SpeF) foram descritas em S. pyogenes A estreptolisina S é uma hemolisina ligada à célula, não imunogénica, estável na presença de oxigênio e que pode lisar eritrócitos, leucócitos e plaquetas. A estreptolisina S é produzida na presença de soro (o S indica solúvel no soro) e é responsável pela β-hemólise característica, observada no meio de agar sangue. A estreptolisina O é uma hemolisina lábil na presença de oxigênio, capaz de lisar eritrócitos, leucócitos, plaquetas e células em cultura. Esta hemolisina é antigenicamente relacionada às toxinas, que também são lábeis na presença de oxigênio. Estreptoquinase (A e B) têm sido descritas. Estas enzimas mediam à clivagem do plasminogênio, libertando a protease plasmina que, por sua vez, cliva a fibrina e o fibrinogênio, resultando na dissolução de coágulos e de depósitos de fibrina. Assim, como estas enzimas podem dissolver coágulos sanguíneos e depósitos de fibrina, facilitam a rápida disseminação de S. pyogenes nos tecidos infetados. A febre reumática é uma complicação não supurativa da faringite por S. pyogenes. É caracterizada por alterações inflamatórias envolvendo coração, articulações, vasos sanguíneos e tecidos subcutâneos. A diferenciação de S. pyogenes das demais espécies de estreptococos que apresentam o antígeno específico do grupo A pode ser realizada pela suscetibilidade à bacitracina e presença da enzima L-pirrolidonil arilamidase (PYR). A suscetibilidade à bacitracina é determinada pela utilização de discos saturados com este antimicrobiano, que são colocados na superfície de placas inoculadas com as cepas a serem testadas; **Diagnóstico Laboratorial** Microscopia Deteção de Antígenos Testes Baseados em Ácidos Nucleicos Cultura **Streptococcus agalactiae (Grupo B)** Cocos Gram positivos de crescimento rápido, dispostos em cadeias; carboidrato grupo específico (antígeno B) e carboidrato capsular tipo específico (Ia, Ib, II -- VIII) Virulência determinada principalmente pela capacidade de evitar a fagocitose (mediada pela cápsula) **Diagnóstico** Testes para deteção de antígenos são menos sensíveis do que a microscopia e não devem ser utilizados Cultura é o teste diagnóstico mais sensível; A identificação bacteriana é realizada pelo teste da catalase (negativa), teste de CAMP e hidrólise do hipurato positivos e presença do carboidrato grupo específico (antígeno de grupo B) As cepas de S. agalactiae podem ser caracterizadas com base em três marcadores sorológicos: (1) antígeno polissacarídico de parede celular grupo específico ou antígeno do grupo B (antígeno de grupo de Lancefield; composto por ramnose, N-acetilglicosamina e galactose); (2) nove polissacarídeos capsulares tipo específicos (Ia, Ib, II a VIII); e (3) proteínas de superfície (a mais comum é o antígeno c). Os polissacarídeos tipo específicos são importantes marcadores epidemiológicos, sendo os sorotipos Ia, III e V os mais comumente associados à colonização e doença. O fator de maior importância relacionado ao S. agalactiae é o polissacarídeo capsular, que interfere com a fagocitose até que o paciente desenvolva anticorpos tipo específico. **Diagnóstico Laboratorial** Deteção de Antígeno Teste Baseados em Ácidos Nucleicos Cultura **Streptococcus pneumoniae** Cocos Gram positivos alongados ou em "forma de lança", dispostos aos pares (diplococos) e em cadeias curtas; ácido teicoico rico em fosfocolina (polissacarídeo C) e enzima autolítica (amidase) presente na parede celular Virulência determinada pela capacidade de colonizar a orofaringe (proteínas de superfície responsáveis pela aderência), disseminação para tecidos normalmente estéreis (pneumolisina, IgA protease), estímulo a resposta inflamatória local (ácido teicoico, fragmentos de peptidoglicano, pneumolisina), evasão da morte por fagócitos (cápsula polissacarídica) **Diagnóstico** A microscopia é altamente sensível O teste para deteção do antígeno polissacarídico C Testes baseados em ácidos nucleicos não são comumente utilizados para o diagnóstico A cultura requer o uso de meio nutricionalmente rico (p. ex., agar sangue de carneiro); As cepas são identificadas pelo teste da catalase (negativo), suscetibilidade à optoquina **Haemophilus** Cocobacilos ou bastonetes Gram negativos, pequenos e pleomórficos Anaeróbios facultativos, fermentadores A maioria das espécies requer o fator X e/ou V para o crescimento H. influenzae é subdividido sorologicamente (tipos a até f) e bioquimicamente (biótipos I a VIII) H. Influenzae tipo b é clinicamente mais virulento (com PRP \[polirribitol fosfato\] na cápsula) **Diagnóstico** A microscopia consiste em um teste sensível para a deteção de H. influenzae nos líquidos cefalorraquidiano (LCR), sinovial e espécimes do trato respiratório inferior, mas não de outros sítios A cultura é realizada em agar chocolate Os testes antigênicos são específicos para H. influenzae tipo b; O crescimento da maioria das espécies de Haemophilus requer suplementação do meio com um ou ambos dos seguintes fatores de estimulação do crescimento: 1. hemina (também chamada de fator X por ser um fator desconhecido); e (2) nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD; também chamada de fator V pela "vitamina"). Apesar de ambos os fatores estarem presentes em meios enriquecidos com sangue, o agar sangue de carneiro deve ser levemente aquecido para destruir os inibidores do fator V. 2. Por esta razão, o agar sangue aquecido ("chocolate") é utilizado no isolamento in vitro de Haemophilus.

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