Epidemiologia - Causalidade PDF

Summary

Este documento descreve causalidade em epidemiologia, incluindo conceitos, tipos de causas e situações que impactam a determinação da causalidade. Abrange a relação entre causa e efeito, bem como as orientações de Bradford Hill para avaliar a associação entre as causas e os efeitos. Fornece explicações e conceitos importantes na epidemiologia para fins académicos.

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Epidemiologia Causalidade em Epidemiologia - Em epidemiologia, considera-se que uma causa é: um evento, condição, característica ou combinação dos fatores que desempenham um papel importante no desenvolvimento de doença. - Historicamente, os critérios de causalidade tiveram um forte desenvolvime...

Epidemiologia Causalidade em Epidemiologia - Em epidemiologia, considera-se que uma causa é: um evento, condição, característica ou combinação dos fatores que desempenham um papel importante no desenvolvimento de doença. - Historicamente, os critérios de causalidade tiveram um forte desenvolvimento no séc. XIX fruto do panorama epidemiológico da altura que era dominado pelas doenças infeciosas como principais causas de morbilidade e de mortalidade. Tipos de Causas - No séc. XX, houve alteração do panorama epidemiológico, o qual passou a ser dominado pelas doenças multicausais, não infeciosas O conceito de causa em epidemiologia e o conceito de causa do senso comum muitas vezes colidem. Porque: - Do ponto de vista da lógica, estamos perante uma relação causal quando A leva a B, sendo que, para isso, é necessário que A anteceda B e que B resulte de A. causa (A) - efeito (B) - Em epidemiologia, tal nem sempre se verifica e isso resulta da natureza multifatorial da maior parte dos problemas de saúde. A relação de causa efeito nem sempre assume um formato linear. Portanto podemos ter 4 situações: 1. A causa (A) está presente e o efeito (B) está presente; 2. A causa (A) está presente, mas o efeito (B) não está presente, podendo vir a manifestar-se mais tarde ou a nunca se manifestar; 3. A causa (A) não está presente, mas o efeito (B) está presente; 4. A causa (A) não está presente e o efeito (B) também não está presente, podendo ou não vir a manifestar-se mais tarde. Fatores que Interferem na Causalidade - Conceito de interação ou modificação do efeito: consiste na “acumulação” de causas que ao tempo mais tarde produz um determinado efeito. Ex: Traumatismo craniano - distúrbio no equilíbrio - queda - fratura do cólo do fémur Fatores predisponentes: criam um estado de suscetibilidade a uma doença (ex: idade, sexo,...) Fatores facilitadores: pioram o estado de doença (ex: baixo rendimento, má nutrição, dificuldade em aceder aos cuidados de saúde) Fatores precipitantes: estão associados com o início da doença ou estado (ex: exposição a um agente de doença específico ou a um agente nocivo) Fatores de reforço: agravam a doença ou o estado (ex: exposição repetida) Orientações de Causalidade de Bradford Hill - No caso da associação estatística verificada ser, de facto, real, é necessário analisar a potencial relação de causa-efeito de acordo com as orientações de Bradford Hill: Força de associação: é a orientação que deve ser analisada em primeiro lugar Consistência: a não existência de consistência não significa necessariamente a ausência de relação entre causa e efeito Especificidade: refere-se à associação do fator causal a apenas algumas causas e a não a uma variedade delas, ou seja, uma associação tem maior probabilidade de ser causal se a causa estiver associada a apenas um efeito do que de estiver associada a diferentes efeitos. Relação temporal / temporalidade: a causa tem de anteceder sempre o efeito. Epidemiologicamente, nenhum efeito (doença) resulta de uma causa se essa causa não ocorrer antes do efeito. Gradiente biológico: uma potencial relação causal tem maior probabilidade de o ser se mudanças na causa estiverem associadas a alterações na prevalência ou incidência. Plausibilidade biológica e coerência: Plausibilidade biológica: uma associação é plausível, e assim com maior probabilidade de ser causal, se houver uma explicação fisiológica para a relação entre a causa e o efeito. A coerência: remete para uma maior probabilidade da existência de uma relação causal se existir coerência entre o conhecimento atual sobre a relação causa-efeito e aquele que emerge do estudo dessa relação. Experiência: qualquer relação de causa-efeito demonstrada desta forma terá mais valor científico. Analogia: algumas associações causais podem ser estudadas por analogia, esperando-se que para causas semelhantes ocorram efeitos também semelhantes. Situações que podem influenciar a determinação da causalidade: Acaso; - papel importante nos estudos epidemiológicos , por erro aleatório, que resultados desígnios do acaso , esta inerente a todas as observações Ex ;quanto menor for o nr de indivíduos em estudo maior é a probabilidade de os resultados serem influenciados pelo acaso , Vieses; Confundimento: Interação; Validade. Experiência: qualquer relação de causa-efeito demonstrada desta forma terá mais valor científico. Analogia: algumas associações causais podem ser estudadas por analogia, esperando-se que para causas semelhantes ocorram efeitos também semelhantes. Situações que podem influenciar a determinação da causalidade: Acaso; Vieses; Confundimento: Interação; Validade.

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