Desenvolvimento Humano II - Capítulo 17 PDF
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PUC-SP
Luciana Brooking
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Este documento apresenta um resumo do capítulo 17 sobre o Desenvolvimento Humano II, que explora o envelhecimento, incluindo indicadores de estudo sobre as mudanças na população de idosos, causas de envelhecimento, problemas de saúde comuns, perdas e ganhos cognitivos na vida adulta tardia, funções sexuais e principais causas de morte na velhice.
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Desenvolviment o Humano II Luciana Brooking Capítul o 17 Desenvolvimento Físico e Cognitivo na Vida Adulta Tardia Indicadores de Estudo De que modo a atual população de idosos está mudando? Como tem variado a expectativa de vida, quais são as causas do envelh...
Desenvolviment o Humano II Luciana Brooking Capítul o 17 Desenvolvimento Físico e Cognitivo na Vida Adulta Tardia Indicadores de Estudo De que modo a atual população de idosos está mudando? Como tem variado a expectativa de vida, quais são as causas do envelhecimento, e quais são as possibilidades de estender o tempo de vida? Quais são as mudanças físicas que ocorrem durante a velhice e como essas mudanças variam entre os indivíduos? Indicadores de Estudo Quais são os problemas de saúde comuns na vida adulta tardia, quais são os fatores que influenciam a saúde, e quais são os problemas mentais e comportamentais vivenciados por algumas pessoas idosas? Quais são as perdas e os ganhos em termos de habilidades cognitivas que tendem a ocorrer na vida adulta tardia? Existem meios para melhorar o desempenho cognitivo de pessoas idosas? A Velhice Hoje https://youtu.be/CDv6PRi1SgQ?si=jbNcCvyCWdledffh O envelhecimento é visto como indesejável Muitos estereótipos sobre o envelhecimento Idadismo Preconceito ou discriminação baseados na idade Em 2019: chegou a 32,9 milhões (IBGE) Tendência de envelhecimento da população se mantendo Número de pessoas com mais de 60: superior ao de crianças com até 9 anos de idade. Aumento de 29,5%: 7,5 milhões de novos idosos de 2012 a 2019 15% em 2060 1,5 milhão de pessoas vivendo com demência O que é ser velho? Envelhecimento Primário - Processo de envelhecimento gradual e inevitável - Ocorre ao longo dos anos, apesar dos esforços para retardá-lo - Natureza, biológico Envelhecimento Secundário - Resulta de doença, abuso e desuso - Fatores que a pessoa pode controlar - Ambiente, adquirido Idade Funcional - Como a pessoa funciona fisicamente e socialmente Hoje: três grupos de adultos mais velhos “Idoso jovem”- 65 e 74 anos: ativas, animadas e vigorosas “Idoso idoso”- 75 e 84 anos “Idoso mais velho” - 85 anos em diante: mais propensos à fragilidade e doença, dificuldade em administrar as atividades diárias da vida (ADVs). Consome recursos como pensões ou custos de assistência médica Longevidade e Envelhecimento Gerontologia (estudo do envelhecimento e seus processos) e geriatria Expectativa de Vida Probabilidade estatística de duração da vida, baseada na idade e condição de saúde, baseia-se na média de longevidade Longevidade Duração real da vida (quanto tempo vivem os membros de uma população) Tempo de Vida Período mais longo que membros da espécie podem viver (caso espanhola 117 anos; Brasil - Inah com 115 anos) Mudanças na expectativa de vida Diferenças de gênero na expectativa de vida As mulheres costumam viver mais que os homens Tendem a cuidar melhor de si próprias Estão mais propensas a procurar assistência médica 65 anos: 80 para 100 85 anos: 50 para 100 Diferenças Regionais e Étnicas na Expectativa de Vida Quem vive até os 70? 6 em cada 10 pessoas em países desenvolvidos 3 em cada 10 em países em desenvolvimento Envelhecimento Senilidade Senescência envelhecimento declínio físico esperado patológico Telômeros (fragmentos repetitivos do DNA nas extremidades dos cromossomos): ficam mais curtos – relação com doenças. Fatores de risco afetam o encurtamento. Alterações hormonais, seleção natural. Envelhecimento do cérebro Menor conectividade durante tarefas, compensa com atividades desafiadoras Áreas mais ativas para compensar – reserva cognitiva (processamento mais lento, mas melhor tomada de decisão) O cérebro perde volume e peso com o tempo (mais frontal e temporal), hipocampo encolhe, reduz espessura cortical, perda neuronal no cerebelo e não em outras áreas, diminuição de dopamina por menos conexões (regulação da atenção) Perda no cérebro A atrofia cortical é mais provável em: - Mulheres com sobrepeso - Pessoas sem instrução - Pessoas que não fazem exercício - Aquelas com dietas pobres em frutas e vegetais Ganhos: criam novas células a partir de células-tronco no hipocampo; atividade física; desafios cognitivos; propósito de vida (mais substância cinzenta no cortex insular) Olhos mais velhos 80% dos idosos têm dificuldade para enxergar Olhos mais velhos: - Precisam de mais luz para ver - São mais sensíveis ao brilho - Têm dificuldade em ver sinais de trânsito - Têm mais dificuldade para dirigir - Dificuldade com percepção de profundidade, cor e contrastes Deficiências visuais comuns Catarata Algumas regiões dos olhos são turvas ou opacas – visão embaçada Degeneração macular relacionada à idade A retina perde a capacidade de distinguir detalhes Glaucoma Dano irreversível ao nervo óptico causado por pressão crescente Deficiências auditivas Quem tem dificuldade para ouvir? - 17% de 45 a 64 anos - 30% das pessoas de 65-74 anos - 45,7% a partir dos 75 anos - Mais homens do que mulheres - Mais brancos do que outras etnias Perdas Físicas da velhice Os idosos têm menos: Força Quedas e fraturas Resistência x Equilíbrio treino funcional e Tempo de reação musculação Sono Funções Sexuais na Velhice A maioria dos idosos, homens e mulheres, apresenta expressão sexual, mantém desejo (algum declínio) Principais Causas de Morte Doença cardíaca Câncer AVC Doenças do trato respiratório inferior Diabetes Influenza/pneumonia Capacidade para Atividades Influências do Estilo de Vida na Qualidade da Saúde Atividade e exercício físico Dieta saudável - Geralmente não ingere frutas e vegetais o suficiente Exames médicos e odontológicos regulares Problemas Mentais Para a maioria, a saúde mental melhora com a idade Alguns problemas na velhice incluem: - Depressão - Demência ➔ Declínio cognitivo e comportamental de causa fisiológica e alteração nas atividades de vida diária Causas de Demência Doença de Alzheimer Mal de Parkinson Demência por múltiplos infartos (DM) Causada por uma série de pequenos acidentes vasculares Sintomas do Mal de Alzheimer Deficiência de memória Deterioração da linguagem Déficits no processamento visual e espacial Repete perguntas Tarefas do cotidiano não concluídas ou esquecidas Mudança de personalidade (rigidez, egocentrismo) Irritabilidade ou ansiedade Falta de concentração Alzheimer: Causas e Riscos Acúmulo de uma proteína anormal denominada peptídeo beta-amiloide Tentativas do cérebro de compensar a perda da mielina: volumes excessivos de emaranhados neurofibrilares (massas retorcidas de neurônios mortos formados pela proteína TAU) e placa amiloide (aumento gradativo de tecido não funcional formado pela beta-amiloide nos espaços entre os neurônios) – quando processo não dá certo = avanço demência Fortemente herdável (vários genes sendo descobertos) Fatores relacionados ao estilo de vida 55 milhões com mais de 65 anos, deve aumentar para 78 milhões em 2030 e para os 139 milhões em 2050 (https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2021-09/oms-demenci a-devera-afetar-139-milhoes-de-pessoas-em-2050) Brasil: 1990 a 2016: aumentou em 117%, de 20,2 milhões em 1990 para 43,8 milhões em 2016 Alzheimer: Diagnóstico e Prevenção Diagnóstico definitivo só após a morte Em vida: – Exames neurocognitivos, sangue, imagem (atividade reduzida e redução no metabolismo da glicose cerebral), físico – Testes prospectivos de memória Alzheimer: Tratamento e Prevenção Namenda (subst. memantina), vacina interrompida (meningoencefalite = edema dos tecidos cerebrais) Terapias comportamentais (manejo, treino cognitivo com pouco efeito cognitivo e pouco ganho cotidiano) Nutrição apropriada e ingestão de fluidos Exercício e terapia física Reserva cognitiva: vida ativa https://youtu.be/sXNOloPxIH0?si=pzlZ_VPp_p2slF9w https://www.instagram.com/reel/C9SJ2lBoHCn/?igsh=MXZkc2xuZXp1ZzF0ZQ== Desenvolvimento Cognitivo Medindo a Inteligência de Idosos Escala Wechsler de Inteligência Adulta (WAIS) Estudo Longitudinal de Seattle – Indica grandes variações – Desempenho cognitivo pode ser melhorado – Deterioração cognitiva pode estar relacionada a desuso WAIS Solução de Problemas do Cotidiano Eficácia permanece estável até a velhice, depois declina Fatores importantes incluem: – Pertinência emocional do problema – O problema é interpessoal – mais fácil (nora mostrando para sogra como segurar o bebê) ou instrumental (como devolver mercadoria com defeito)? Mudanças na Capacidade de Processamento de Informações Declinam: – Aptidões necessárias para novas habilidades complexas – Aptidão para mudar foco da atenção Melhoram: – Habilidades que dependem de hábitos e conhecimento Capacidades Cognitivas e Mortalidade Pesquisas têm mostrado vínculos entre longevidade e: QI alto na infância Poucas doenças sérias ao longo da vida (menos fragilidade) Tempo de reação Alterações na Memória Durante a Velhice Codificação, Armazenamento e Recuperação Codificar novas informações - Idosos são menos eficientes - Requer a criação de novas associações Armazenamento - Com a idade, aumentam as “falhas de armazenamento” Recuperação - Idosos têm dificuldade - Reconhecem melhor do que recordam Perda de Memória e Funcionamento do Cérebro Áreas onde ocorre deterioração cerebral: Hipocampo - Memória episódica Lobos frontais - Codificação e recuperação Córtex pré-frontal - Memória de trabalho Idosos e Metamemória Idosos, mais do que jovens adultos, reportam: Mais alterações na memória Menos capacidade de memória Menos controle sobre a memória Memória prospectiva alterada - poucos estudos Emoção afeta O Desempenho Cognitivo Pode Melhorar? A deterioração está relacionada ao desuso Manter a “plasticidade” da mente com treinamento ajuda a melhorar o desempenho cognitivo Mnemônica – técnicas que ajudam as pessoas a lembrar 2020 As evidências sugerem que o bilinguismo pode contribuir para a neuroplasticidade e reserva cognitiva, permitindo que os indivíduos resistam ao declínio cognitivo associado à progressão da doença de Alzheimer, embora a ideia continue controversa. Aqui, nós argumentamos que a razão para a discrepância decorre da combinação das taxas de incidência de demência e da idade em que os sintomas aparecem pela primeira vez, bem como questões estatísticas e metodológicas nos desenhos de estudo. Para esclarecer as questões, conduzimos uma meta-análise abrangente na literatura disponível sobre bilinguismo e doença de Alzheimer, incluindo estudos retrospectivos e prospectivos, bem como a idade de início e taxas de incidência. Os resultados revelaram um tamanho de efeito moderado para o efeito protetor do bilinguismo na idade de início dos sintomas da doença de Alzheimer (d de Cohen = 0,32), e evidências mais fracas de que o bilinguismo previne a ocorrência da própria incidência da doença (d de Cohen = 0,10). Além disso, nossos resultados não podem ser explicados por SES, educação ou viés de publicação. Concluímos com uma discussão sobre como o bilinguismo contribui para a reserva cognitiva e protege contra Doença de Alzheimer e recomendam que estudos futuros relatem a idade de início e as taxas de incidência, quando possível. 2021 Contexto: A atividade física total está positivamente associada ao volume cerebral e à cognição em adultos mais velhos. Enquanto temos ampla evidência de que a atividade física recreativa influencia a saúde do cérebro, as contribuições de outras atividades são menos compreendidas. Em particular, as associações entre atividade física doméstica e saúde cerebral em adultos mais velhos são pouco explorados. Objetivo: identificar associações entre atividade física doméstica, volume cerebral e cognição em uma amostra de idosos sem comprometimento cognitivo. Métodos: Relatamos dados de 66 idosos sem comprometimento cognitivo (71 ± 4 anos) que participaram de um programa de avaliação de saúde, avaliação cognitiva e imagens estruturais do cérebro. Quantificamos todo o volume do cérebro, volume de substância cinzenta e volume de substância branca e desempenho cognitivo avaliado em quatro domínios: memória, memória / atenção de trabalho, velocidade de processamento e função executiva. Associações entre atividade física, cérebro volume e cognição foram investigados em uma abordagem abrangente usando duas análises multivariadas de variância (MANOVA) modelos. O primeiro modelo avaliou as associações entre a atividade física e o ajuste do volume cerebral para idade, sexo, pontuação de risco de Framingham (FRS) e volume intracraniano. O segundo modelo avaliou as associações entre atividade física e desempenho cognitivo geral ajustando para idade, sexo, ERF e escolaridade. Post hoc análises de regressão foram conduzidas para investigar resultados significativos de MANOVA. Também conduzimos mais análises de regressão para investigar associações com o volume do hipocampo e do lobo frontal. Resultados: a atividade física doméstica, mas não recreativa, foi positivamente associada ao volume cerebral (F = 3,07, p = 0,035), especificamente o volume de matéria cinzenta (t = 2,51, p = 0,015). Outras análises exploratórias identificaram que a atividade física doméstica estava associada ao hipocampo (p = 0,015) e lobo frontal (p = 0,010). Nenhuma relação significativa foi observada entre atividade física doméstica ou recreativa e conhecimento. Conclusão: o tempo gasto na prática de atividade física doméstica foi positivamente associado ao volume cerebral, especificamente o volume de matéria cinzenta, em adultos mais velhos. Destacar os benefícios associados às tarefas domésticas pode motivar os idosos a serem mais ativos, proporcionando uma forma de atividade física mais acessível e de baixo risco How to Keep Your Brain Sharp as Your Age (youtube.com)