Classificação das Cirurgias e Preparo da Pele - AULA 3
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Escola de Enfermagem Israel
Polyana Neves
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Summary
Este documento apresenta a classificação de cirurgias, de acordo com o potencial de contaminação, e o preparo da pele do paciente para procedimentos cirúrgicos. São descritos os conceitos de assepsia, antissepsia e degermação. Inclui referências. Este documento cobre os tópicos relacionados com a preparação do campo cirúrgico.
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CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS E PREPARO DA PELE Disciplina: Clínica Cirúrgica Professora: Polyana Neves CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS Segundo a Portaria do MS nº 2.616, de 12 de maio de 1998, de acordo com o potencial de contaminação, as cirurgias são classificadas em: Limpas: São as cirurgias...
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS E PREPARO DA PELE Disciplina: Clínica Cirúrgica Professora: Polyana Neves CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS Segundo a Portaria do MS nº 2.616, de 12 de maio de 1998, de acordo com o potencial de contaminação, as cirurgias são classificadas em: Limpas: São as cirurgias realizadas em tecidos estéreis, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local. Cirurgias que não ocorrem penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou urinário. Ex: Cirurgias neurológicas e cardíacas; Potencialmente contaminadas: São realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa. Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário. Ex: Colecistectomia; Contaminadas: As que são feitas em tecidos recentemente traumatizados e abertos, colonizados por flora bacteriana abundante, com ausência de supuração local. Ex: Cirurgia em reto ou ânus; Infectadas: São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão, em que há processo infeccioso (supuração local) e/ou tecido necrótico. Ex: Cirurgias com secreção purulenta (apendicectomia supurada). CONCEITOS FUNDAMENTAIS Assepsia: É o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microrganismos, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção; Antissepsia: É o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microrganismos ou removê-los. Para tal fim utilizamos antissépticos. Ex: Clorexidina; Degermação: Significa a diminuição do número de microrganismos patogênicos ou não, após a escovação da pele com água e sabão. Ex: Degermação cirúrgica. PREPARO DA PELE DO PACIENTE PARA CIRURGIA Utilizar solução antisséptica apropriada no preparo da pele do paciente – clorexidina ou iodopovidona (PVPI); O agente antisséptico deve ser aplicado com movimentos concêntricos do centro para a periferia, englobando toda a área de abordagem amplamente (inclusive o local da colocação de drenos); A antissepsia da pele deve ser realizada com solução antisséptica em combinação com produto alcoólico, clorexidina ou PVPI; O gluconato de clorexidina (CHG) não deve ser utilizado para mucosas ocular e otológica; Recomenda-se o banho pré-operatório com solução de clorexidina degermante a 2% aplicando do pescoço para baixo, nos três dias que antecedem o procedimento. Esta medida visa reduzir a colonização da pele e o risco de infecção do sítio cirúrgico (ISC). Recomenda-se também o banho com CHG o mais próximo possível do procedimento cirúrgico. PREPARO DA PELE DO PACIENTE PARA CIRURGIA Realização de tricotomia somente se necessária e imediatamente antes do ato cirúrgico com tricotomizador; Não usar lâminas de barbear ou lâminas de bisturi. REFERÊNCIA BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM nº 2.616, de 12 de maio de 1998. Estabelece diretrizes e normas para a prevenção e o controle das infecções hospitalares. Diário Oficial da União, Brasília-DF, 1998.