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Apostila - Metodologia de Ensino.pdf

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CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS Metodologia de Ensino Cap QOC BM Alisson Metodologia de Ensino CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS COMANDO DA ACADEMIA E ENSINO BOMBEIRO MILITAR Sumário Apresentação da Disciplina............

CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS Metodologia de Ensino Cap QOC BM Alisson Metodologia de Ensino CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS COMANDO DA ACADEMIA E ENSINO BOMBEIRO MILITAR Sumário Apresentação da Disciplina......................................................................................... 4 METODOLOGIA DE ENSINO........................................................................................ 4 Parte 1............................................................................................................................. 5 1.1 ETIMOLOGIA............................................................................................................ 5 1.2 DIDÁTICA................................................................................................................. 5 1.2.1 O QUE SERIA DIDÁTICA?................................................................................... 5 1.3 O FALAR EM PÚBLICO:......................................................................................... 5 1.3.1 NECESSIDADE E IMPORTÂNCIA:..................................................................... 6 1.4 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO:....................................................................... 6 1.5 TIPOS DE COMUNICAÇÃO:................................................................................... 6 1.6 COMUNICAÇÃO:..................................................................................................... 7 1.7 SEMÂNTICA:............................................................................................................ 7 Parte 2............................................................................................................................. 8 2.1 DESMEMBRAMENTO DE COMUNICAÇÃO:........................................................ 8 2.1.1 INTRODUÇÃO:...................................................................................................... 8 2.1.2 INEDITISMO NA COMUNICAÇÃO:..................................................................... 9 2.1.3 COMUNICAÇÃO COMO FERRAMENTA:........................................................... 9 2.2 TIPOS DE COMUNICAÇÃO:................................................................................. 10 2.2.1 PONTOS IMPORTANTES NA COMUNICAÇÃO VERBAL:............................. 10 2.2.2 PONTOS IMPORTANTES NA COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL:.................... 10 2.2.3 PONTOS IMPORTANTES NA COMUNICAÇÃO FACTUAL:........................... 10 2.3 TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E ORATÓRIA:................................................. 11 2.3.1 RESPIRAÇÃO..................................................................................................... 11 2.3.2 POSICIONAMENTO............................................................................................ 11 2.3.3 POSTURA E EXPRESSÃO CORPORAL.......................................................... 12 2.3.4 PERNAS............................................................................................................... 12 2.3.5 BRAÇOS E MÃOS.............................................................................................. 12 2.3.6 OLHAR................................................................................................................. 12 2.3.7 VOZ...................................................................................................................... 13 Metodologia de Ensino 2.4 A FALA DE IMPROVISO....................................................................................... 13 2.5 ELEMENTOS CLÁSSICOS................................................................................... 14 2.6 ORATÓRIA IN/PERFEITA..................................................................................... 15 2.7 ALCANCE DE LINGUAGEM................................................................................. 15 2.7.1 LINGUAGEM FACTUAL..................................................................................... 15 2.8 EXEMPLO DE ORADOR....................................................................................... 16 Parte 3........................................................................................................................... 17 3.1 BINÔMIO ENSINO-APRENDIZADO..................................................................... 17 3.1.1 ENSINO................................................................................................................ 17 3.1.2 APRENDIZAGEM................................................................................................ 17 3.2 PAPEL DO PROFESSOR...................................................................................... 18 3.2.1 O QUE ERA O PROFESSOR?........................................................................... 18 3.2.2 A VISÃO DO PROFESSOR HOJE..................................................................... 18 3.2.3 CARACTERÍSTICAS PARA O PROFESSOR E ALUNOS IDEAIS HOJE...... 19 3.3 ENSINO E DIDÁTICA............................................................................................. 19 3.4 LINHAS PEDAGÓGICAS...................................................................................... 19 3.4.1 LINHA TRADICIONAL........................................................................................ 20 3.4.2 LINHA CONSTRUTIVISTA................................................................................. 20 3.4.3 LINHA MONTESSORIANA................................................................................. 20 3.4.4 LINHA WALDORF............................................................................................... 20 3.4.5 LINHA RENOVADA............................................................................................ 21 3.5 DIDÁTICA: ANTIGA X NOVA................................................................................ 21 3.5.1 CARACTERÍSTICAS DA DIDÁTICA ANTIGA:................................................. 21 3.5.2 CARACTERÍSTICAS DA DIDÁTICA NOVA:..................................................... 21 3.6 FALTA DE DIDÁTICA – “COMO NÃO ENSINAR”.............................................. 23 3.7 PROBLEMAS ATUAIS NO ENSINO..................................................................... 23 Parte 4........................................................................................................................... 24 4.1 PRÁTICA DA ORALIDADE EM SITUAÇÕES ESPECIAIS DE SALA DE AULA....................................................................................................................................... 24 4.1.1 ORALIDADE LIVRE............................................................................................ 24 4.2 SITUAÇÕES COMPLICADAS EM SALA DE AULA............................................ 25 4.2.1 CRITICAR SEM OFENDER................................................................................ 25 4.2.2 DÚVIDAS FREQUENTES................................................................................... 26 Parte 5........................................................................................................................... 29 Metodologia de Ensino 5.1 TÉCNICAS DE PREPARAÇÃO DE AULA....................................................... 29 5.1.1 POR QUE ORGANIZAR A SALA DE AULA?................................................... 29 5.1.2 DEFINIÇÃO DE FORMATO................................................................................ 29 5.1.2.1 CÍRCULO.......................................................................................................... 29 5.1.2.2 MEIA-LUA OU FORMATO EM “U”................................................................ 30 5.1.2.3 FILAS TRADICIONAIS.................................................................................... 30 5.1.2.4 GRUPOS........................................................................................................... 30 5.2 INSTRUTOR E MONITOR..................................................................................... 31 5.2.1 INSTRUTOR........................................................................................................ 31 5.2.2 MONITOR............................................................................................................. 31 5.3 INFORMAÇÃO X CAPACITAÇÃO........................................................................ 32 5.3.1 INFORMAÇÃO.................................................................................................... 32 5.3.2 CAPACITAÇÃO................................................................................................... 32 5.3.3 INFORMAÇÃO X CAPACITAÇÃO..................................................................... 33 5.4 ANDRAGOGIA....................................................................................................... 33 5.4.1 ANDRAGOGIA SEGUNDO MALCOM KNOWLES....................................... 35 5.5 MONTAGEM DE APRESENTAÇÃO................................................................. 36 5.5.1 PLANEJAMENTO DA APRESENTAÇÃO..................................................... 36 5.5.2 DEFINIÇÃO DO DESIGN............................................................................... 37 5.5.3 UTILIZAÇÃO DA FONTE ADEQUADA......................................................... 37 5.5.4 ORGANIZAÇÃO DA APRESENTAÇÃO....................................................... 37 5.5.5 BUSQUE A SIMPLICIDADE........................................................................... 38 5.5.6 NÃO FIQUE APENAS LENDO....................................................................... 38 5.5.7 PRATIQUE SUA APRESENTAÇÃO.............................................................. 38 5.5.8 PLANEJE SEMPRE UM PLANO B............................................................... 38 5.5.9 FINALIZE EM GRANDE ESTILO................................................................... 38 5.6 TÉCNICAS DE EXPOSIÇÃO ORAL................................................................. 39 5.6.1 PREPARAÇÃO DE UMA AULA.................................................................... 39 5.6.2 ESTRUTURAÇÃO........................................................................................... 39 5.7 REFLEXÃO FINAL............................................................................................. 41 5.8 BIBLIOGRAFIA.................................................................................................. 42 Metodologia de Ensino APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA METODOLOGIA DE ENSINO 27 horas/aula.  Inter-relacionamento disciplinar: o Oratória; o Bombeiro Comunitário; o Instrução de tropa-pronta; o Docência; o Gestão de Pessoas. Metodologia de Ensino PARTE 1 1.1 ETIMOLOGIA Etimologicamente, considerando a sua origem grega, metodologia advém de methodos, que significa META (objetivo, finalidade) e HODOS (caminho, intermediação); É o estudo dos métodos para o alcance de um objetivo. Assim, o que seria Metodologia do Ensino? “O estudo de diferentes trajetórias planejadas pelos educadores para através da filosofia e teorias da educação, direcionar o processo de ensino em função de certos objetivos ou fins educativos/formativos.” (Sílvia Manfredi) 1.2 DIDÁTICA 1.2.1 O QUE SERIA DIDÁTICA?  O principal ramo de estudo da Pedagogia;  A arte de transmitir conhecimento, a técnica de ensinar;  A ela cabe converter objetivos sociopolíticos e pedagógicos em objetivos de ENSINO, selecionar conteúdos e métodos em função primordial de APRENDIZAGEM. 1.3 O FALAR EM PÚBLICO:  Acontece, que quando falamos em ensino, didática, apresentação, necessitamos conhecer melhor sobre a exposição e argumentação de fatos;  Afinal, aprendemos a andar ou a engatinhar primeiro?  E é aí, que entra a necessidade de se falar bem em público.  Não há método didático sem ANTES uma linguagem bem transmitida. Metodologia de Ensino 1.3.1 NECESSIDADE E IMPORTÂNCIA: Não há como fugir; Em qualquer atividade cotidiana: Uma das maiores competências profissionais; Em pequenas reuniões (Parada Matinal); Grandes eventos (Formaturas, Palestras, Aulas...). Poucas pessoas têm o preparo correto para expressar seus pensamentos; “Falar mais, nem sempre, caracteriza falar melhor”; Fale de forma fácil, clara e direta. 1.4 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO: Fonte: é o emissor. A pessoa que envia a mensagem a outra pessoa ou grupo; Codificação: é a tradução do pensamento do emissor. Qual a forma? (Escrita, falada, sinais ou não verbal); Mensagem: é o produto da codificação. A mensagem escrita, a fala, o quadro (arte), movimento de braço ou expressão facial; Canal: é o que conduz a mensagem: no discurso oral (audição), a documentação escrita (visão e tato) e a comunicação não verbal (sentidos básicos); Decodificação: é a tradução da mensagem, para que a mesma possa ser compreendida pelo receptor; Receptor: é o sujeito a quem a mensagem se dirige. Também chamado de destinatário. Feedback: determina se a compreensão foi alcançada ou não; Ruídos: qualquer perturbação indesejável para alterar a mensagem a ser transmitida (sobrecarga de informação, juízo de valor, aplicação semântica...). 1.5 TIPOS DE COMUNICAÇÃO:  Portanto, deve-se observar em uma comunicação não somente: “o que falamos”, mas também: “como falamos”.  Segundo O´Connor (Joseph O´Connor - Neurolinguística): o 20% é compreendido pela linguagem verbal; o 80% é linguagem não verbal e factual: Metodologia de Ensino  Atentar para comunicação corporal;  Escolha as palavras adequadas ao receptor;  Selecione o tom de voz. 1.6 COMUNICAÇÃO:  Comunicação = ATITUDE o Comunicação gera AÇÃO.  Composta por: o Input: o que entra o Processamento o Output: o que sai  Na comunicação a gente: distorce, omite e generaliza (crenças). 1.7 SEMÂNTICA:  Semântica é o estudo do significado.  Incide sobre a relação entre significantes, tais como: palavras, frases, sinais e símbolos, e o que eles representam: a sua denotação;  Conjunção adversativa “MAS”: o Cancela tudo o que foi dito antes.  Substitua por “E SE”: o Trocamos uma palavra de Cancelamento por uma palavra de Encorajamento.  A palavra “NÃO”, quando utilizada com crianças, faz a criança viver tudo o que falamos que ela “não pode fazer”, de certa forma, estimulando a mesma a fazer o que não queremos. “Bom orador é o que se convence antes de convencer o auditório.” (Carlos Drummond de Andrade) Metodologia de Ensino PARTE 2 2.1 DESMEMBRAMENTO DE COMUNICAÇÃO: 2.1.1 INTRODUÇÃO:  “Se tivéssemos uma aula neste curso, essa aula seria: O homem e o uso da palavra” – Professor e Promotor Dani Sales (Aula Inaugural do CAESP/2024);  “Comunicação é como telhado de uma casa”.  Como eu comunico? Varia de pessoa para pessoa (“Sua personalidade pode ser a mesma, a comunicação, nem sempre”);  Ferramentas plásticas: o Oratória e outras ferramentas para a comunicação bonita (audível, que encanta, que conecta, que faça com que você esteja focado, e que gere um efeito) para se comunicar bem.  Tem gente que se comunica sem a necessidade do falar (bebê);  Só evoluímos como espécie por conta da nossa linguagem;  A oratória é uma ferramenta de evolução social, uma forma de se posicionar e ocupar espaços adequados. Metodologia de Ensino 2.1.2 INEDITISMO NA COMUNICAÇÃO:  O primeiro jurista a escrever um livro jurídico sem a citação de nenhum Artigo-Lei;  O primeiro professor a palestrar sobre Antropologia no Conselho Nacional de Antropologia, sem ser Doutor em Antropologia.  Mas o que isso quer dizer? o PROPÓSITO. Qual o seu propósito?  “Nós viemos 10% do macaco e 90% da abelha”. o A socialização é o que garante o desenvolvimento de uma sociedade;  “A palavra tem o poder de circunscrever o ouvinte”;  “Se você quiser corromper uma sociedade, corrompa pela falência bestil”. 2.1.3 COMUNICAÇÃO COMO FERRAMENTA:  Dessa forma, tendo na Oratória uma ferramenta de evolução social, e sendo a Docência a forma mais direta e eficaz para evoluirmos, trabalharemos: o Habilidades e técnicas para uma boa oratória e comunicação interpessoal; o O processo de comunicação e suas barreiras para uma comunicação efetiva; o A relação da escuta ativa e empatia no processo de comunicação; o Reflexão crítica. Metodologia de Ensino 2.2 TIPOS DE COMUNICAÇÃO: 1) Verbal: por meio da escrita ou da fala; 2) Não-Verbal: fisionomias e gestos; 3) Factual: conexão entre a verbal e não-verbal. Considera-se a prática, a experiência passada, o exemplo dado. Aqui se contesta a fama: positiva ou negativa de um profissional. 2.2.1 PONTOS IMPORTANTES NA COMUNICAÇÃO VERBAL:  Grau de domínio do assunto;  Vocabulário no mesmo nível do interlocutor;  Pontuação clara e variável;  Articulação de ideias (cruzamento de informações);  Fluência e ritmos;  Uso de audiovisuais. 2.2.2 PONTOS IMPORTANTES NA COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL:  Mobilidade da cabeça e rosto;  Olhar: direcionado (a todos ou alguns, “ponto cego”);  Gestos enriquecedores;  Respiração e desinibição;  Postura corporal;  Caminhar;  Roupas, cores, penteados e adornos. 2.2.3 PONTOS IMPORTANTES NA COMUNICAÇÃO FACTUAL:  Coordenação e domínio dos exemplos;  Administração do tempo;  Administração de conflitos gerados;  Ser exemplo de ação (coerência entre teoria e prática);  Ser decidido e prático em suas propostas. Metodologia de Ensino 2.3 TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E ORATÓRIA:  Vocabulário - “técnica”: “maneira, jeito ou habilidade especial de executar ou fazer algo.” (Dicionário Aurélio)  “O quê fazer?”, “Como fazer?”, e “Para quem fazer?”. 2.3.1 RESPIRAÇÃO Tranquilize-se!  O primeiro passo é estar tranquilo;  No mínimo três respirações longas (Oxigenar o cérebro); o Contração de abdômen + pausa + “s”; o Destravar músculo da boca.  Utilize-se da respiração a todo momento, colocando pausas entre as falas, dando espaço aos participantes, ou mesmo em uma pausa para hidratação. 2.3.2 POSICIONAMENTO Escolha o local de referência  É fundamental a mobilidade do instrutor; o Não deixe tornar-se mecânico (desconfortável).  Evite ficar de costas para a apresentação; o A voz se torna inaudível da maneira correta; o Mostre, e depois explique de frente.  Evite atravessar um ponto de luz (data show);  Evite apresentar sentado (monótona e/ou cansativa). Metodologia de Ensino 2.3.3 POSTURA E EXPRESSÃO CORPORAL 2 pontos básicos  O primeiro erro:  Ausência de gestos (O corpo fala); o Segundo, e principal erro:  Excesso de gestos; o Evite gestos que mesmo displicentes, comuniquem de forma diferenciada com o receptor. 2.3.4 PERNAS Equilibre-se: no sentido denotativo e também no sentido emocional.  Evite a displicência no posicionamento das pernas: o Pernas muito abertas expressam deselegância; o E muito fechadas expressam nervosismo, timidez, e prejudicam o equilíbrio. 2.3.5 BRAÇOS E MÃOS Liberte-se.  Evite carregar caneta, papel e outros objetos. Podem muito mais atrapalhar do que ajudar; (exceção: laser-point ou hidratação quando permitir)  Procure deixar anotações sobre a mesa e verifique-as quando necessário;  O nervosismo será muito mais visível com um papel ou laser point nas mãos. 2.3.6 OLHAR Técnica da Triangulação do Olhar / Ponto Cego. Metodologia de Ensino  Ponto Cego: um ponto específico dentro do ambiente da apresentação em que não há o cruzamento de olhares;  Técnica da Triangulação: três pontos no ambiente, ou três rostos familiares para lhe expressar o feedback durante sua fala;  Percorra o ambiente com seu olhar quando estiver mais seguro. Isso fará com que as pessoas sintam-se incluídas na apresentação. 2.3.7 VOZ Elementos e suas variações:  Timbre, empostação, tom, entre outros;  Variações e sensações (dramatização); e  Prática: o Grave um video. 2.4 A FALA DE IMPROVISO  Lembre-se da importância de um cumprimento, apresentação, agradecimento e “frases de bolso”;  Desmonte uma idéia contida em uma palavra: o Em uma simples palavra, lembre-se de várias idéias e situações; o Estruture seu discurso em tópicos; o Divida em temas, e coloque-os em forma de notas (opcional); o Seja prático em sua estruturação:  Introdução, Desenvolvimento e Conclusão.  Fuja do tradicional em sua apresentação: Metodologia de Ensino o Encontre um meio termo entre o que você quer dizer e o que o público deseja escutar; o Inclua brincadeiras, curiosidades ou histórias legais. 2.5 ELEMENTOS CLÁSSICOS  Mas e agora? o Ficou mais fácil? Metodologia de Ensino 2.6 ORATÓRIA IN/PERFEITA Nelson Mandela |Barack Obama| M.Luther King | Steve Jobs “A desconstrução da Oratória Perfeita” “Como você verdadeiramente se enxerga como orador?” “E como ser humano?” 2.7 ALCANCE DE LINGUAGEM  Segundo Joseph O’connor: O 20% da comunicação é atribuído ao componente verbal da linguagem; O 28% a componentes não-verbais; O 52% da comunicação é atribuído ao componente factual (experiência e sentimento). 2.7.1 LINGUAGEM FACTUAL  Experiência, contextualização (EMPATIA): o Com quem é sua comunicação? o Contextualização; e o EMOÇÃO :  reação neural livre que gera sentimentos! Metodologia de Ensino 2.8 EXEMPLO DE ORADOR  Ariano Suassuna (1927-2014 / 87 anos): o Intelectual, escritor, dramaturgo, poeta, professor, jurista, presidente da academia brasileira de letras. COMPARATIVO ENTRE: Brasil Oficial x Brasil Real E como ser humano? “Você é capaz de transformar pessoas?” “Não troco o meu ‘oxente’, pelo ‘ok’ de ninguém.” (Ariano Suassuna) Metodologia de Ensino PARTE 3 3.1 BINÔMIO ENSINO-APRENDIZADO 3.1.1 ENSINO  Ensino é a transmissão de informações. 3.1.2 APRENDIZAGEM  Quando as informações atendem todas as QUATRO etapas a seguir, podemos dizer que houve um processo de Aprendizagem: 1. Recebimento; 2. Compreensão; 3. Arquivamento; 4. Utilização. Dessa forma, podemos dizer que a informação repassada, foi recebida pelo receptor, compreendida, arquivada em sua memória, e devidamente pronta para ser utilizada, concluindo assim, o que chamamos de processo de ensino-aprendizagem. Metodologia de Ensino 3.2 PAPEL DO PROFESSOR 3.2.1 O QUE ERA O PROFESSOR? O professor era quem trazia a informação em primeira mão para o aluno. 3.2.2 A VISÃO DO PROFESSOR HOJE O professor continua achando que é quem traz a informação em primeira mão para o Aluno, porém ele hoje é o Canal do conhecimento entre ele e os alunos. Metodologia de Ensino 3.2.3 CARACTERÍSTICAS PARA O PROFESSOR E ALUNOS IDEAIS HOJE  Professor:  Formação;  Conhecimento;  Atualização;  Comunicação;  RESPEITO.  Aluno:  Curiosidade;  Empenho;  Pesquisa;  RESPEITO. 3.3 ENSINO E DIDÁTICA  Ensino: como já vimos, ensino é a transmissão de informações.  Didática: é como transmitir as informações. Dessa forma, podemos dizer que a Didática é o principal instrumento que permite a transformação das informações em conhecimento, sendo assim, o ELO entre o Ensino e a Aprendizagem.  A boa didática consiste em bem ensinar fazendo uso eficiente do material didático disponível;  A excelente didática consiste em fazer o aluno se inteirar do conteúdo independente do materal didático adotado. 3.4 LINHAS PEDAGÓGICAS 1. Linha Tradicional; 2. Construtivista; 3. Montessoriana; 4. Waldorf; 5. Renovada. Metodologia de Ensino 3.4.1 LINHA TRADICIONAL  Centrada no professor;  Privilegia a transmissão do conteúdo;  Usa a repetição de exercícios;  Uso da memorização;  Exige comportamento mais rígido;  Avalia a quantidade de informações (não conhecimento) adquiridos;  Visa preparação dos alunos para algum tipo de exame. 3.4.2 LINHA CONSTRUTIVISTA  Crê na interação entre o aluno e o meio ambiente;  As pessoas aprendem melhor espontaneamente;  Construção do conhecimento através da organização dos dados recebidos (filtragem de informações úteis);  O professor não é a figura central;  O professor é um auxiliar do processo de formação. 3.4.3 LINHA MONTESSORIANA  Propõe incentivar o desenvolvimento do senso de responsabilidade através do aprendizado;  Respeito à personalidade de cada aluno;  O Professor é um guia para sugerir as autocorreções;  Privilegia as atividades motoras e sensoriais (prática);  Usa muitos jogos, atividades lúdicas e vivências. 3.4.4 LINHA WALDORF  Divide os alunos por idade e não por série;  O mesmo professor acompanha os alunos por diversos anos;  Incentiva principalmente o desenvolvimento da capacidade motora;  Incentiva a participação ativa da família no processo educacional. Metodologia de Ensino 3.4.5 LINHA RENOVADA  Mistura diferentes linhas;  Valorizar o aluno como ser livre, ativo e social;  O professor é um facilitador do processo de aprendizado;  O interesse pelo conhecimento deve partir do aluno, mas motivado pelo professor;  É apresentado ao aluno diversas formas de estudo e absorção. 3.5 DIDÁTICA: ANTIGA X NOVA 3.5.1 CARACTERÍSTICAS DA DIDÁTICA ANTIGA:  Prioriza o ensino;  Quanto à sala de aula os alunos são indiferenciados;  Quanto à aula, se traduz em dar e tomar lição, e uma orientação coletiva;  Quanto ao professor, é aquele que sabe, transmissor de conhecimentos, baseando-se no autoritarismo;  Quanto à matéria, é o fim em si, se traduzindo num programa a ser cumprido.  Quanto ao método, é formal, sendo que ensinar é o ato de transmitir informações, pautando-se num processo lógico;  Quanto ao aluno, é o objeto da ação do professor, sendo um mero receptor passivo (aquele que não sabe). 3.5.2 CARACTERÍSTICAS DA DIDÁTICA NOVA:  Prioriza a orientação do aprendizado;  Quanto à sala de aula os alunos são diferenciados;  Quanto à aula, se traduz em sessão de estudos, com experiências variadas;  Quanto ao professor, é o dirigente do aprendizado, orientador de atividades, baseando-se na democracia;  Quanto à matéria, é o meio para o desenvolvimento do aluno, em um conteúdo que permite a assimilação por parte deste.  Quanto ao método, é ativo, sendo que ensinar é o ato de ajudar o aluno a aprender, pautando-se num processo psicológico;  Quanto ao aluno, é o centro de atenção do professor, sendo um mero participante ativo (pessoa em desenvolvimento). Metodologia de Ensino Metodologia de Ensino Mas qualquer que seja a didática, o objetivo fundamental desta, sempre deverá ser o APRENDIZADO. Assim, a melhor “dica” de Didática é: “Ensine como você gostaria de ser ensinado se estivesse no lugar de seus alunos”. 3.6 FALTA DE DIDÁTICA – “COMO NÃO ENSINAR”  Sentar e “ler” a aula;  Subavaliar o Aluno;  Superestimar o Aluno;  Menosprezar o Aluno;  Não preparar aula;  Chegar sistematicamente atrasado;  Não se atualizar. 3.7 PROBLEMAS ATUAIS NO ENSINO  Ensino desligado da realidade cotidiana: o Para que serve isso que estou estudando?  Antipatia preconcebida de disciplina(s): o Mitos sobre a(s) disciplina(s):  Matemática é complicada;  Química é “decoreba” de fórmulas;  Português é decorar regras e exceções.  Inércia dos atuais sistemas educativos: o Currículos inadequados; o Professores mal preparados; o Professores são mal remunerados. o “O verdadeiro professor defende os seus alunos contra a sua própria influência.” Amos Alcott Metodologia de Ensino PARTE 4 4.1 PRÁTICA DA ORALIDADE EM SITUAÇÕES ESPECIAIS DE SALA DE AULA 4.1.1 ORALIDADE LIVRE Fatores a serem levados em consideração são:  O automatismo da fala: o Fruto de treino e experiência.  Tenha um vocabulário pronto;  Tenha presença de espírito;  Ative sua capacidade de observação;  Exercite a memória;  Busque sempre confiança e coragem. Dicas primordiais:  Se você aprecia falar em público sem muita leitura, não deixe a responsabilidade do discurso por conta da sua memória. Ela não é confiável;  Não seja auto-suficiente, pesquise;  Se tiver tempo para se preparar, opte por um discurso planejado;  No planejamento, coloque no papel as principais idéias que envolvem a apresentação. É o que chamamos de Improviso Previamente Preparado;  Grandes oradores falavam por meio de oralidade livre, mas passavam horas preparando as idéias e, principalmente, os argumentos que iriam defender (Demóstenes, Cícero, Santo Agostinho, Churchill, Gandhi, Nelson Mandela);  Avalie o cenário e a atualidade dos dados que você vai utilizar para não ser surpreendido;  Imagine, antecipadamente, quais as questões que poderão ser lançadas contra você;  Lembre-se que, sendo você uma pessoa que está no “exercício” de uma representatividade (PM-GO, CBM-GO, entre outros), você REPRESENTA essa instituição a todo momento. Metodologia de Ensino 4.2 SITUAÇÕES COMPLICADAS EM SALA DE AULA “Ainda que pareça simples, nunca se esqueça: - O óbvio precisa ser dito.” (Guilherme Pintto) 4.2.1 CRITICAR SEM OFENDER Não é o que se fala, mas como se fala.  Palavras iguais ganham pesos diferentes, dependendo da forma como são faladas;  A dosagem ideal para substituir a “dureza” das palavras baseia-se integralmente na educação;  Para especialistas, criticar um subordinado com agressividade é um erro que um gestor não pode cometer;  Muitos líderes utilizam-se da chamada “tática reativa”, que consiste em apontar características positivas entre as críticas, gerando uma reação positiva no criticado;  Nunca misture avaliação profissional com julgamentos pessoais;  Concentre-se em fatos e consequências, e não no comportamento pessoal do criticado;  Imagine-se na pele de quem recebe a crítica. Raciocine se você reagiria positivamente com essa crítica (e lembre-se que ainda assim, as pessoas são diferentes de você);  Transmita credibilidade a todos;  Escolha locais e momentos ideais para repassar as críticas;  Observe as datas, e nada de escolher datas próximas a um evento importante;  O local deve ser preservado para os dois lados;  Em público, procure se ater à dúvidas esclarecedoras e elogios; Dicas fundamentais para fazer um boa crítica:  Aponte os caminhos ideais para que o criticado possa aproximar- se dos pontos em que foi alvo de críticas;  Coloque-se sempre à disposição de quem você critica;  Seja sempre franco e verdadeiro em suas conversas. Nada de ironias ou críticas em formas de piadas ou brincadeiras de mau gosto; Metodologia de Ensino  Não adianta criticar o que não pode ser mudado. É mais fácil tornar uma qualidade produtiva, do que investir tempo e fadiga em um defeito característico; o Ex: a voz, estatura, deficiências, características naturais, herança familiar.  Valorize as qualidades e contribuições perante a equipe;  Jamais utilize-se de sua superioridade para demonstrar quem manda naquela conversa;  Quem critica, também pode ser criticado;  Adote sempre o mesmo estilo de comunicação. Se a pessoa for objetiva, por exemplo, aja da mesma forma;  Procure olhar nos olhos, ainda que seja difícil, transmite segurança e confiança. 4.2.2 DÚVIDAS FREQUENTES Quando um ouvinte formular uma pergunta, qual deverá ser a atitude do orador se não souber a resposta?  Um ouvinte formula uma pergunta ao orador por vários motivos: o Por dúvida, na vontade de aprender; por necessidade de destacar-se no ambiente; para provocar ou mesmo para testar o conhecimento de quem fala.  Identifique primeiramente, o objetivo da indagação;  Procure não utilizar tanto de inversão da resposta;  Em último recurso, de maneira educada, diga: “sinto muito, mas buscarei esclarecer essa sua dúvida, pois de fato não sei a resposta”;  Mas antes, utilize de alguns procedimentos como: o Se identificar ser alguém que deseja demonstrar conhecimento, destacar-se no ambiente, provocar ou testar seus conhecimentos, neste caso, devolva a questão. Por exemplo:  “O que você pensa a respeito?”  Caso perceba que a pergunta tem como origem a dúvida ou a vontade de aprender, poderá devolvê-la ao grupo. Por exemplo:  “O que vocês pensam desta questão?”  Como o tema abordado é familiar ao orador, uma sugestão da platéia poderá ser suficiente para que se encontre uma saída para o problema formulado. Teremos o que chamamos de “solução Metodologia de Ensino compartilhada”;  Caso julgue a circunstância desfavorável para adotar qualquer uma destas sugestões, peça para voltar ao tema posteriormente (Caixinha de Perguntas). Quando alguém conversa na platéia, atrapalhando a apresentação. Como proceder?  Ao contrário do que muitos fazem, fale um pouco mais baixo; o Falar mais alto intensifica o tom de concorrência, portanto deixe que a voz da pessoa na platéia sobressaia no ambiente.  Passe a falar olhando na direção de quem conversa: o Utilize-se do recurso anterior, e olhe na direção de quem atrapalha.  Pare de falar; o Praticamente todas as situações serão resolvidas com os dois procedimentos anteriores, mas caso não sejam, em uma pausa prolongada, dificilmente os ouvintes deixariam a situação tornar-se constrangedora;  Peça que se cale; o É desagradável ter que chegar a este estágio; o Mas se chegar a este estágio, não tenha receio, seja firme.  Retire-o(a) da sala; o Último recurso; o Tenha autoridade para isso.  Faça uma simples pergunta; o Relacione uma pergunta ao tema apresentado; o Busque envolvê-lo pela sua própria resposta. Quando um orador comete um engano, deve corrigir o erro ou continuar falando?  Depende do tipo de erro cometido: o Se transmitir uma informação incorreta e este fato prejudicar a compreensão do auditório:  Corrija o erro e não dê demasiada importância ao fato; o Seja descontraído e siga em frente. o Se transmitir uma informação incorreta e este fato NÃO Metodologia de Ensino prejudicar a compreensão do auditório: o Procure encaixar esta informação de forma correta em uma das frases seguintes para demonstrar que se tratou mesmo de um engano;  Encare os erros como algo natural e inevitável. Quando ocorrer um “branco”, e não encontrar palavras para continuar, o que deverá ser feito?  O branco ocorre basicamente por três motivos: o Excesso de nervosismo; o Falta de conhecimento profundo sobre a matéria; o Despreparo na ordenação das diversas partes da apresentação.  Estando você: o Bem preparado sobre o conteúdo da mensagem; o Sem medo de falar em público; o Ordenando de maneira correta as partes da apresentação; Dificilmente terá “branco” ao falar diante de plateias.  Mas se vier a acontecer: o Repita as últimas informações, se possível com palavras diferentes, como se estivesse fazendo uma revisão; o Caso ainda não lembre durante a revisão, prossiga sem esta parte; o Se não lembrar de mais nada, interaja com a platéia através de perguntas; o Procure se hidratar, e recuperar a calma. Em todas as circunstâncias busque a calma e tranqüilidade anterior à apresentação. “Aquele que conhece o poder da palavra, presta muita atenção à sua conversação. Vigia as reações causadas por elas, porque sabe que elas não voltarão ao mesmo ponto sem haver causado um novo efeito em quem as escuta.” Florence Scovel Shinn - 1925 Metodologia de Ensino PARTE 5 5.1 TÉCNICAS DE PREPARAÇÃO DE AULA 5.1.1 POR QUE ORGANIZAR A SALA DE AULA?  Fundamental no processo de definição de interação e troca de conhecimento entre estudantes e professores;  Melhor aproveitamento do espaço físico;  Melhor aproveitamento do potencial do aluno;  Redução de ruídos;  Hoje há uma quebra da formatação tradicional (evolução social, e consequentemente, educacional);  O modelo tradicional surgiu com a Revolução Industrial: “Pessoas enfileiradas frente às suas máquinas, com foco exclusivo ao instrutor.”;  A indústria mudou e a escola não (Pedagogia da Nuca). 5.1.2 DEFINIÇÃO DE FORMATO  Deve-se pautar sempre na INTENCIONALIDADE PEDAGÓGICA de cada professor;  Assim, trabalhamos com quatro formatos principais: o Círculo; o Meia-lua ou formato em “U”; o Enfileirados (Tradicional); o Grupos. 5.1.2.1 CÍRCULO  Favorece a mediação do professor; o Compartilha seu lugar de destaque com os alunos quando convida-os a fazer parte desta mediação.  Pode ser utilizada em qualquer ambiente (sala de aula, campo aberto,...);  Bastante utilizada em dinâmicas de apresentação e/ou entrevistas. Metodologia de Ensino 5.1.2.2 MEIA-LUA OU FORMATO EM “U”  Também favorece as trocas de informações entre os estudantes/professor;  O professor ainda tem um lugar de destaque, porém como direcionador de conteúdo;  Bastante utilizada em dinâmicas de apresentação, opinativas e/ou entrevistas.  Pró: o Encoraja discussões e interações; o Facilita a observação (entre alunos e também professor); o Controle de alunos com dificuldade de comportamento.  Contra: o Tratamento com o aluno envergonhado; o Não pode ser usado com todas as idades; o O tamanho da sala pode interferir. 5.1.2.3 FILAS TRADICIONAIS  Forma mais tradicional de se alocar os alunos (Pedagogia de Nuca);  O instrutor é o foco e o elemento mais importante em sala de aula;  Pró: o Foco no professor e conteúdo; o Mais fácil para aulas com muitos alunos;  Contra: o Desestimulação durante a aula; o Limite de interação; o Limite de observação (fileiras do meio para trás). 5.1.2.4 GRUPOS  Aprendizagem colaborativa;  Geralmente utilizada em atividades ou temas;  Pró: o Atmosfera reduzida; Metodologia de Ensino o Divisão de saberes; o Fácil monitoramento pelo professor.  Contra: o Alunos que apenas copiam e não interagem; o Podem não ouvir o professor enquanto estiverem conversando; o Podem não se interagir. 5.2 INSTRUTOR E MONITOR 5.2.1 INSTRUTOR  É o responsável pelo planejamento, preparação, orientação e controle da aula, fazendo avaliação constante do instruindo;  Deve tornar realidade, na prática, o processo de ensino- aprendizagem, motivando no grupo de alunos o desejo de aprender, participar e compartilhar conhecimento. Qualidades do bom instrutor:  Gosta de transmitir e receber conhecimentos;  Tem boa autoestima sem deixar de ser humilde e entender que não sabe tudo;  Procura falar e escrever corretamente, de forma clara e precisa, evitando cacoetes de fundo nervoso, ou gírias repetitivas;  Mantem-se atualizado no papel de instrutor e na disciplina que ensina;  Prepara a aula e o conteúdo a ser ministrado, com antecedência, adaptando-o ao público;  Diversifica seus métodos de ensino;  Explora o maior número de sentidos humanos;  Verifica as dificuldades coletivas e individuais e procura solucioná-las; e  Tem sensibilidade, entusiasmo e bom senso de humor. 5.2.2 MONITOR  É a pessoa que auxilia o instrutor no planejamento, preparação, Metodologia de Ensino execução, controle e avaliação de uma aula;  Deve ser conhecedor dos objetivos da instrução e estar totalmente alinhado a eles;  Espera-se do bom monitor as mesmas qualidades inerentes ao bom instrutor. 5.3 INFORMAÇÃO X CAPACITAÇÃO  Ao ministrar uma aula devemos considerar se o objetivo é informar ou capacitar;  Através dessa informação, definiremos quais estratégias didáticas utilizaremos, o nível de aprofundamento do conteúdo, o tempo gasto e qual será o tipo de avaliação da aprendizagem. 5.3.1 INFORMAÇÃO  É uma ação de instrução que tem como objetivo transmitir conhecimentos ou assuntos específicos sem tanta interação com os instruendos. o Exemplo: uma pequena palestra de poucos minutos sobre a atuação da Fundação Dom Pedro II no âmbito do CBMGO. Não tem a intenção de capacitar os militares a atuarem na Fundação e sim, dar informações básicas sobre como buscar o atendimento junto a mesma. 5.3.2 CAPACITAÇÃO  Experiência de ensino-aprendizagem, definida e praticada de maneira que garanta aos participantes o alcance de objetivos de desempenho pré-estabelecidos. o Exemplo: Instrução teórica e prática, durante o serviço operacional sobre a utilização do Kit Pickup. Tem o objetivo de capacitar o bombeiro para utilizar a ferramenta de trabalho em ocorrências de incêndio em vegetação. Metodologia de Ensino 5.3.3 INFORMAÇÃO X CAPACITAÇÃO  A informação é imprescindível, mas não é suficiente para capacitar;  A capacitação sempre utilizará de informações, com a diferença que a parte “prática” ou de vivência, tornará mais claro e “visual” o conteúdo. 5.4 ANDRAGOGIA O que é:  É a arte e a ciência de orientar adultos a aprender;  Há uma diferença óbvia entre a compreensão de aprendizagem do adulto e da criança: o Não baseamos nos princípios pedagógicos e sim nos pilares andragógicos;  O adulto é o sujeito da educação e não meramente o objeto dela: o Propõe autonomia, colaboração e autogestão da aprendizagem; o Define aquilo que o faça crescer profissionalmente. No CBMGO:  Apesar de em algumas missões (principalmente palestras em escolas ou Projeto Bombeiro Mirim), o Bombeiro Militar se deparar com turmas Metodologia de Ensino de público infantil, a maior parte das missões de ensino na corporação são voltadas para o público estritamente adulto;  Assim, é fundamental entendermos quais os principais aspectos envolvidos e relacionados ao processo de ensino-aprendizagem de adultos. Características do Aluno Adulto:  Faz parte de um grupo heterogêneo em: o Idade; o Área de atuação; o Motivação e experiência.  Busca ascensão profissional e social;  Preocupa-se com os resultados a serem alcançados (mecanismo competitivo);  Busca proporcionar a si mesmo e aos seus familiares qualidade de vida;  Responsável por seus atos:  Conhece o poder de suas ações;  No fracasso tende a sentir “vergonha” dos seus colegas.  Possui valores, hábitos, atitudes e comportamentos já estabelecidos e arraigados (você é um incentivador, inspirador, mas não construtor);  Traz consigo experiências anteriores:  Podem ser positivas para o grupo;  Pode gerar resistência ao novo.  Busca aplicação para o conhecimento adquirido, o que o torna mais dedicado, e também mais crítico;  É suscetível* a comentários críticos, e também, reativo;  As responsabilidades que acumula (familiar, profissional, social, religiosa, etc..) o torna também mais suscetível à fadiga. Aplicação da Andragogia:  Os adultos, em sua maioria, estão acostumados ao método tradicional (mero receptor de conhecimento – Militar);  É preciso demonstrar que o maior responsável pelo aprendizado é o aluno; o professor na Andragogia é um facilitador/orientador: o Deve mostrar diferentes óticas, possibilidades e experiências. O que deve ser definido junto ao docente?  O objetivo do treinamento/disciplina/aula; Metodologia de Ensino  O que esse conhecimento implica na atuação profissional prática;  Qual o resultado esperado? Qual o resultado esperado no docente?  Espera-se ganhar algo funcional e/ou produtivo;  Exercícios práticos ou avaliativos práticos fazem parte da absorção e lapidação dos alunos;  A interação experiencial, sobretudo em cenários reais é fundamental. 5.4.1 ANDRAGOGIA SEGUNDO MALCOM KNOWLES A figura do Professor Modelo Pedagógico:  O aluno depende do professor, que tem toda a responsabilidade de decidir o que ser aprendido, quando e como. Modelo Andragógico:  O aluno torna-se menos dependente e passa a auto-dirigir sua experiência de aprendizado. Conhecimento Prévio Modelo Pedagógico:  O aluno tem pouca experiência no tema e conta com o professor, livros e outros materiais; Modelo Andragógico:  O aluno inicia o aprendizado com conhecimento e experiências prévios relevantes em quantidade e diversidade. Metodologia de Ensino Prontidão para a aprendizagem Modelo Pedagógico:  O aluno está pronto para aprender quando determinado conhecimento é exigido para um próximo estágio. Modelo Andragógico:  O aluno está pronto para aprender quando necessita de conhecimento para uma aplicação prática. Plano de Curso Modelo Pedagógico:  Plano organizado em torno de temas, assuntos, livros e unidades; Modelo Andragógico:  Plano organizado para a execução de uma atividade ou solução de um problema, combinando elementos, experiências e vários assuntos. 5.5 MONTAGEM DE APRESENTAÇÃO  É fundamental conhecer as principais dicas para montar uma boa apresentação de slides;  Uma das maiores dificuldades de instrutores em geral se dá na hora de montar suas apresentações;  Apesar de existirem outros atuais e complexos, o software padrão e mais popular é o Power Point, que será nosso referencial para estudo. 5.5.1 PLANEJAMENTO DA APRESENTAÇÃO  O primeiro passo pra toda apresentação é planejamento anterior, ainda que sempre seja possível adicionar ou retirar outros slides; Metodologia de Ensino o Não é interessante que fique parecendo uma colcha de retalhos; o Importante se informar bastante a respeito do tema ou ideia a ser abordada, para planejar (rascunhando) sua apresentação. 5.5.2 DEFINIÇÃO DO DESIGN  Sem dúvidas a escolha do design chamará bastante a atenção, seja para algo bom, agradável, ou para algo ruim;  Não utilize de muitas combinações de cores: isso causa distração;  Dê preferência por letras escuras em fundos claros. É mais agradável, confortável, e claro, facilita a leitura;  A transição das letras deve ser utilizada de uma forma que desperte a atenção do que está por vir;  Pode ser utilizada quando se tem um maior número de frases para ser expostas;  A exposição de todas as frases de uma só vez faz com que seu instruindo ou avaliador antecipe aquilo que você ainda apresentará, além de já formular perguntas, sem nem mesmo terminar de ouví- lo;  Porém, tome muito cuidado com a transição escolhida (estrela, pula-pula, dividir...). 5.5.3 UTILIZAÇÃO DA FONTE ADEQUADA  Dê preferência por fontes sans-serif (sem serifas): Arial, Verdana, Calibri, etc...), são mais fáceis de ler na tela;  Evite usar fontes menores que 28 e nunca use menores que 24 (pode ser complicado de ler, dependendo da distância);  Use negrito ou cores para destacar palavras-chave;  O itálico dificulta a leitura, sobretudo à distância. 5.5.4 ORGANIZAÇÃO DA APRESENTAÇÃO  Crie um título que sintetize a apresentação: “Montagem de Apresentação”;  No slide inicial, procure deixar claro qual a finalidade da aula, bem como os objetivos (Faz parte da ambientação do apresentador);  Procure apresentar um foco de ideia por slide;  No slide final (e/ou antes, em caso de apresentações longas), Metodologia de Ensino retome o objetivo e faça um parecer de sua apresentação e estudo (Conclusão do artigo). 5.5.5 BUSQUE A SIMPLICIDADE  Evite exageros nos efeitos, animações e vídeos;  O texto deve ser enxuto e direto (poucas linhas);  Não use longas sentenças, organize sua fala em tópicos;  Não sobreponha textos e figuras. 5.5.6 NÃO FIQUE APENAS LENDO  Os slides foram feitos para guiar a apresentação, não para ser um livro digital, por isso as frases curtas;  Saiba o tema principal do slide e discorra sobre ele sem ficar lendo a tela;  Formate seus slides para gerar perguntas que você espera responder. 5.5.7 PRATIQUE SUA APRESENTAÇÃO  Antes da apresentação, leia, pratique, adeque e repasse cada slide para facilitar o que falar em relação a cada tópico;  Saiba sempre qual será o próximo slide para organizar as ideias e fazer correlações. 5.5.8 PLANEJE SEMPRE UM PLANO B  Imagine que você necessita da internet e na hora da apresentação a “rede caiu”;  Ou ainda, a energia caiu, qual sua estratégia?  Materiais impressos, pen drive, flip chart, modelagem prática, são bons exemplos de desenrolação. 5.5.9 FINALIZE EM GRANDE ESTILO  Começar bem uma apresentação é fundamental, mas o nervosismo inicial faz com que, mesmo seguros, não tenha o mesmo “clímax” do final; Metodologia de Ensino  O desenrolar deve de fato respeitar o tempo previsto;  Mas o desfecho de sua apresentação tem que trazer algo: perguntas, admiração, questionamentos, reflexão ou agradecimento. 5.6 TÉCNICAS DE EXPOSIÇÃO ORAL 5.6.1 PREPARAÇÃO DE UMA AULA  Nesta fase, tente responder para si mesmo, estas perguntas: o Qual é o tema? o Qual a finalidade desta apresentação? o A quem se destina (Idade, sexo, educação)? o Quantos serão? o O que eles sabem sobre o assunto? o Onde devo ficar? Será que todos me ouvem ou me enxergam? o O que eles precisam? O que eu preciso? o Que necessidades específicas eu devo tratar? o O que os ouvintes esperam aprender ou ouvir de mim? o Quanto tempo dura a exposição? o Com que recursos eu conto?  Reserve tempo para: o Preparar sua aula; o Ensaiar a apresentação; o Realizar uma revisão final. 5.6.2 ESTRUTURAÇÃO A aula deve estruturar-se em três partes: 1. Introdução; 2. Corpo; 3. Conclusão. Início, Meio e Fim? NÃO. Pois você pode começar pincelando coisas que constarão no final de sua aula. Metodologia de Ensino 1. INTRODUÇÃO  Revelação do que será dito: o O começo é vital para qualquer apresentação; o É a fase de preparação do ânimo do ouvinte para receber bem o restante da apresentação; o Aqui, o professor deverá envolver o público, sala ou ambiente de apresentação, aguçando o interesse e curiosidade de todos.  Uma sequência possível a seguir nesta fase pode ser: o Apresentação pessoal; o Comentar os pontos principais e os objetivos; o Explicar as regras do jogo e a metodologia a seguir. 2. CORPO  ONDE O DISCURSO SE DESENVOLVE: o Aqui é onde a sala perceberá exatamente o que você quer passar; o Tenha um discurso simples; o Trabalhe para um discurso claro e preciso.  Algumas regras nesta fase do discurso: o Use suas notas, mas não fique apenas lendo para o público (use os outros tipos de linguagem); o Evite solicitar que os ouvintes leiam seu discurso para os demais; o Em uma linguagem clara, utilizam-se frases curtas com ritmos suaves, e transições lógicas entre as pontuações; o Se puder, fale sem usar anotações e se mova com confiança pelo palco (torne-se interativo); o Ao falar, mantenha seu olhar no centro da sala; o Ganhe confiança através das pessoas que demonstrem simpatia por você. No geral, tendem a ser a maioria; o Mantenha o contato visual e encoraje o público com perguntas gerais ou individuais; o Procure fazer seu público rir, isso cria uma ambientação favorável. Metodologia de Ensino 3. CONCLUSÃO  A melhor forma de conseguir o bom discurso é terminá-lo bem;  O final tem de constituir o compêndio do que foi dito ao longo do discurso.  Assim, deve-se analisar os seguintes elementos: o Faça um breve resumo do conteúdo principal do discurso; o Faça um apelo a ação; o Faça um agradecimento sincero; o Utilize de boas citações, trechos ou pensamentos; o Crie uma frase de impacto (seja lembrado); o Evite dizer: “Por hoje é só” ou “Era só isso que eu queria dizer”.  O interesse esfria na mesma medida em que o orador não sabe como terminar seu discurso ou termina-o de qualquer jeito;  Prepare o clímax do seu discurso com o mesmo cuidado com o que você procura as primeiras palavras;  Um velho ditado adaptado já diz: “A primeira impressão vale muito, mas a última é a que fica”. 5.7 REFLEXÃO FINAL “Se pudéssemos simplificar o objetivo primordial de Metodologia de Ensino, este seria: - Fomentar o pensamento crítico através da educação, despertando nos discentes uma consciência crítica e sabedoria em relação à realidade social, política e econômica.” Alisson Oliveira “O Brasil é o exemplo perfeito de como a encenação e a eloquência vazia são a flauta mágica do nosso tempo, atraindo multidões de alienados.” Joice Berth Metodologia de Ensino 5.8 BIBLIOGRAFIA BONDARUK, Roberson Luiz. Manual do Palestrante. 1a ed. Curitiba: AVM, 2008; Marsha P. Giesler, Fire and Life Safety Educator, Principles and Practices, 2a edition. Matriz Curricular da SENASP/2014; Norma de Ensino 04 - Regula as Atividades de Planejamento e Execução do Ensino, publicada no BG 12/2018 de 18 de janeiro de 2018; Ética a Nicômaco, Aristóteles; tradução e notas, Luciano Ferreira de Souza - São Paulo: Martin Claret, 2016.; A Vida dos Estoicos: a arte de viver, de Zenão a Marco Aurélio; Ryan Holiday , Stephen Hanselman; tradução Alexandre Raposo - Rio de Janeiro: Intrínseca, 2021. Metodologia de Ensino Metodologia de Ensino

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