Apontamentos Cristianismo e Cultura PDF

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Cristianismo Religião Jesus Estudo bíblico

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Este documento contém apontamentos sobre o Cristianismo e a cultura, com enfoque na vida de Jesus, incluindo parábolas e ensinamentos. A discussão abrange aspectos relacionados à conversão, ao reino de Deus, e as relações de Jesus com os pecadores e as refeições.

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**Apontamentos Cristianismo e cultura** **Os mistérios da vida de Jesus** O que é possível "captar" acerca da pessoa de Jesus no Novo Testamento. Podemos centrar-nos em Jesus nos três tópicos seguintes**: o Jesus das parábolas, o Jesus dos diálogos e das discussões, e o Jesus dos ditos e e...

**Apontamentos Cristianismo e cultura** **Os mistérios da vida de Jesus** O que é possível "captar" acerca da pessoa de Jesus no Novo Testamento. Podemos centrar-nos em Jesus nos três tópicos seguintes**: o Jesus das parábolas, o Jesus dos diálogos e das discussões, e o Jesus dos ditos e ensinamentos**. No entanto, existem dois elementos que são transversais a estes três tópicos: o primeiro deles é **o anúncio do reino.** **Conversão:** Jesus chama as pessoas a se arrependerem e mudarem as vidas. Implica abandonar o egoísmo e abraçar a vontade de Deus. **Reino de Deus:** nova realidade de amor, justiça, e misericórdia que Jesus proclama e realiza O **centro e o marco da preação e da actividade de Jesus.** Consituia a causa de Jesus, não dizendo expressamente o que é mas que diz que está perto. Jesus **nunca define o conteúdo do Reino que anuncia, antes atualiza-o com a sua mensagem, com a sua pregação e os seus milagres, com as suas relações e as suas amizades**. Entrar no Reino **significa aceitar com Jesus que Deus se manifesta e que as coisas já não são como anteriormente.** Jesus diz que o reino é **dirigido aos pobres** (msg das Bem-aventuranças) promovendo uma visão de proximidade, misericórdia e compaixão de Deus. "Pobre"?- **Evangelho de Mateus, fala-se de "pobres de espírito",** pressupondo um conceito religioso de pobreza, no **sentido da humildade**, ou seja, **pobreza diante de Deus..** Já **em Lucas** fala-se dos pobres, não daqueles que carecem de bens, mas aqueles **que padecem de pobreza por causa da sua condição de discípulos.** Os **pobres são os que não têm nada a esperar do mundo, mas esperam tudo de Deus, aqueles que não têm mais recursos senão Deus.** **Abbá é a forma própria de utilização pelas crianças**. Se Jesus se atreveu a fazê-lo é sinal de que **anunciava de uma maneira única a proximidade de Deus, na qual os homens podem saber-se seguros**. Ao usar \"Abba\", Jesus revela uma relação de intimidade e confiança com Deus, destacando que Ele é um Pai amoroso e próximo. Isso revoluciona a visão de Deus como distante ou severo, promovendo um modelo de relação espiritual baseado no amor e na confiança 1. **As parábolas** As parábolas utilizam metáforas e histórias do cotidiano para transmitir verdades profundas, incentivando os ouvintes a **pensar infinitamente, porque são um trabalho sofisticado de comunicação que nos revela subtilmente o seu sentido.** Este método respeita a liberdade individual, pois exige que cada pessoa interprete e aplique a mensagem ao próprio contexto. Mostram-nos Deus como **mestre das pergunta**s e não tanto como mestre das respostas É uma máquina de nos pôr em crise, de criar desconcerto, de nos intrigar, de nos fazer pôr em causa o mundo. Ex: A parábola do bom pastor e da ovelha perdida põe em crise o hábito de fazermos contas à vida e seguirmos em frente, mesmo quando isso implica deixar algo ou alguém para trás. A parábola da dracma perdida põe em crise o hábito de nos contentarmos com as perdas. Padres da Igreja são unânimes ao alertar para a existência de um sentido anagógico e alegórico**: percebemos uma parte, mas há uma grande parte que não percebemos.** Esta intuição foi recuperada hoje: **a solução** da parábola não está nela, mas **no caminho que fazemos com ela. E esse caminho pode apontar-nos para Deus, sõa analogia da fé.** Jesus **conta parábolas** **quando precisa de argumentar a outro nível**: elas estão **ligadas ao seu ministério pré-pascal;** **Jesus argumentava, defendia e persuadia por meio de parábolas.** A parábola é uma saída da história, mas uma saída em *boomerang*, porque a história da parábola volta ao seu ponto de partida, esclarecendo a situação inicial. É um **discurso argumentativo que convence pelo difícil discurso do Reino de Deus**, sendo então uma **máquina de persuadir.** **Que imagem nos dão estas parábolas de Jesus?** Importa salientar três aspetos: um **Jesus mestre,** um Jesus de **tipo sapiencial,** e um **Jesus profeta.** [**Jesus mestre**:] ensina sobre o paradigma antigo do que é ensinar. Os antigos, não se limitavam apenas a estudar, mas **a verdadeira aprendizagem com o mestre acontecia na vivência quotidiana com ele.** É um mestre neste sentido integral, **no que respeita à oração, ao convívio** e tem a **pretensão de falar com autoridade acerca de Deus, e, neste sentido, ser qualificado para o fazer, caracterizando a sua ação pública.** Com efeito, Jesus é diferente: ele não remete a qualquer experiência profética, nem a qualquer qualificação rabínica: **dele nos vêm palavras proféticas, fórmulas sapienciais, sentenças legais, parábolas, palavras referidas a si mesmo, palavras que nos convidam a segui-Lo**. Todas elas estão **determinadas pela sua autoconsciência e apoiadas na sua própria pessoa.** **[Jesus de tipo sapiencial:]** ao mesmo tempo que se nos apresenta como profeta, aparece- nos como **sábio.** Reforçado pela **força das imagens, pelos exemplos, pelo conhecer a vida quotidiana das pessoas.** **[Jesus de tipo profético]:** ao olharmos para a imagem de Jesus, esta é muito decalcada a partir do profetismo bíblico, ou seja, Jesus **é frequentemente assemelhado aos profetas do tempo bíblico** com pontos em comum, mas também com pontos de diferença. Dos **diversos pontos distintos** que existem, sublinho apenas um: **Jesus fala em nome próprio, ao contrário dos profetas bíblicos, em que a palavra que dizem não é sua.** Assim, enquanto nos oráculos dos profetas encontramos expressões como: "Assim diz o Senhor" ou "Palavra do Senhor dirigida a\...", em Jesus encontramos fórmulas próprias: "Eu, porém, digo-vos" ou "Eu garanto-vos" ou "Eu vim". **1.2 Diálogos ou discussões** **A história de Jesus pode também ser lida a partir dos encontros e diálogos com os seus contemporâneos.** **No Evangelho de João é mais frequente** encontrarmos estes registos, **do que nos Sinópticos.** Ex: \- **[relatos de vocação]:** **o chamamento dos doze discípulos.** **Nestes relatos vocacionais do Novo Testamento, com efeito, acontece com a palavra de Jesus, o que no Antigo Testamento acontecia com a palavra de Deus.** Acontece **por iniciativa de Jesus.** Em certo sentido este **convívio com Jesus tem tudo a ver com a mensagem do Reino e este chamar é o convocar para, é o entrar na dinâmica do Reino**. Assim surge **outro tópico decisivo:** a mensagem de Jesus **exige uma** **[decisão.]** A mensagem de Jesus só existe **quando há resposta do auditório**. -**disputas de Jesus com os fariseus e com os Saduceus**, em que Jesus participa nas polémicas do seu tempo, com temas **caros do judaísmo do tempo**: [o preceito sabático; o respeito por vários preceitos rituais; a eleição do que é mais importante na Torah]. Por isso, percebe-se que Jesus seja tido como próximo dos fariseus: **Jesus discutia a Lei, porque a conhecia**. Em certo sentido o Jesus que lê na sinagoga o rolo, é o Jesus que conhece a Lei, uma vez que a leitura necessitava também de um comentário àqueles que já não conheciam o hebraico. Encontramos, mais frequentemente em João do que nos Sinópticos, outro aspecto importante: as **[conversas de Jesus no Evangelho segundo São João não são conversas fáceis.]** Bem pelo contrário, não poucas vezes parecem atravessadas por uma **falta de sintonia entre Jesus e os seus interlocutores**, parece haver um **desencontro** entre ambos. -'**desconversa' entre Jesus e a samaritana:** Jesus começa por lhe pedir água; ela percebe-o e estranha o pedido (a uma mulher; a uma samaritana); imediatamente Jesus introduz uma descontinuidade no diálogo e fala-lhe de uma 'água viva'; a mulher ainda lhe fala da água daquele poço (faz-lhe ver que ele nem tem com que tirar a água); Jesus fala-lhe de **uma água a jorrar para a 'vida eterna'**. **1.3. Os ensinamentos** Neste quadro**, Jesus surge**, como tantas vezes ao longo da narração evangélica, como um **intérprete qualificado da Lei, como um mestre na Lei. [Intérprete,]** porque ele mostra **conhecer a "Lei e os Profetas" e mostra capacidade de os referir à vida quptidiana do povo, participando assim em muitos dos debates do seu tempo** (com fariseus e suas escolas; com saduceus; com prosélitos; etc.). **[Intérprete qualificado,]** porque Jesus aqui e além parece ir além do que seria expectável a um simples intérprete. O texto explica o papel de Jesus como mestre e intérprete da Lei nos Evangelhos. Aqui está um resumo simplificado que abrange todos os tópicos: 1. 2. 3. - - - 4. 5. 6. Resumidamente, Jesus é apresentado como um mestre que renova e aprofunda a compreensão da Lei e dos ensinamentos religiosos, ligando-os ao advento do Reino de Deus e à vivência autêntica da fé. **2. Os gestos de Jesus** Se alguma coisa caracteriza a acão de Jesus, é que a sua palavra é inseparável da sua ação, pois o Reino que anuncia é uma mensagem que chega com as palavras e os actos. Jesus não se limita a anunciar o reino com palavras, não se limita a criar uma doutrina que convida à conversão. Jesus vai mais longe e age. **2.1. Os milagres** 1. **Contexto Cultural**: Os milagres devem ser entendidos no contexto em que foram registrados. Na época, eram amplamente aceitos como possíveis. Para alguns, eram sinais de Deus; para outros, como os adversários de Jesus, eram vistos como truques ou enganos. 2. **Características dos Milagres**: - **Obra de Deus**: São atribuídos a Deus como o criador e Pai amoroso. Apenas atos que revelam a transcendência e bondade divina podem ser considerados milagres no sentido religioso. - **Realização por Cristo**: Jesus é o mediador e executor dos milagres. Eles revelam sua compaixão e compreensão do mundo, além de fortalecerem sua identidade como revelador da salvação divina. - **Sinais para o Homem**: Os milagres têm como objetivo levar o ser humano a um diálogo com Deus e à reflexão espiritual, não apenas causar admiração. - **Superação da Ordem Natural**: Os milagres não contradizem as leis da natureza, mas representam um aumento da presença divina, ajudando a natureza a cumprir sua finalidade de aproximar o homem de Deus. - **Antecipação do Fim dos Tempos**: Eles oferecem uma visão da comunhão final com Deus, antecipando a redenção e a plenitude da vida prometida na escatologia. - **Significado Cristológico**: Os milagres atestam que Jesus é o Messias e sinalizam a chegada do Reino de Deus. Eles convidam as pessoas à fé e testemunham a ação contínua de Deus na história. **2.2 O perdão dos pecados**  **Quem são os pecadores?** - Nos Evangelhos, são aqueles que estão fora da Lei de Moisés, como cobradores de impostos (ex.: Zaqueu em Lucas 19,1-10) e prostitutas (ex.: mulher pecadora em Lucas 7,36-50). - Ao contrário dos \"justos\", que cumprem a Lei, os pecadores são marginalizados, mas Jesus desenvolve uma relação acolhedora com eles.  **Relação de Jesus com os pecadores**: - Sua amizade é gratuita e não exige conversão prévia. A mudança de vida ocorre como resposta ao amor e perdão recebidos. - Sua relação com os pecadores é vista por eles como um chamado divino, trazendo entusiasmo e transformação.  **Perdão dos pecados como milagre**: - Assim como os milagres revelam o poder divino, o perdão dos pecados é uma ação exclusiva de Deus. - Ao perdoar, Jesus reivindica o lugar de Deus, algo considerado escandaloso e blasfemo por muitos de seu tempo.  **Missão de Jesus**: - Jesus reconciliava os pecadores com Deus, sem impor barreiras sociais (homens, mulheres, ricos, pobres) ou religiosas (judeus, estrangeiros, puros, impuros). - Esses gestos revelam sua identidade divina e sua missão de trazer todos de volta à Aliança com Deus. **2.3 Refeições**  **Acusação a Jesus**: - Jesus foi criticado por ser chamado de \"comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e pecadores\" (Mt 11,19; Lc 7,34). - O problema não era sua alimentação, mas as pessoas com quem ele compartilhava refeições, como cobradores de impostos e pecadores (Mc 2,16).  **Refeições no mundo antigo**: - Refeições eram espaços de encontro e estreitamento de laços, geralmente entre pessoas de status similar (cultural, econômico, religioso ou étnico). - Para os fariseus, comer com alguém considerado \"impuro\" resultava em contaminação espiritual.  **O que Jesus faz de diferente?**: - Jesus desconsidera as normas e tradições exclusivistas, promovendo a inclusão: \"Quando deres uma festa, convida pobres, aleijados, coxos e cegos\...\" (Lc 14,13-14). - Ele come com aqueles marginalizados pela sociedade, demonstrando amizade e acolhimento.  **Significado das refeições**: - Refeições se tornam espaços de perdão e reconciliação: não são apenas rituais sociais, mas ocasiões para expressar o perdão de Deus e a nova comunhão. - Nos Evangelhos, a mesa simboliza o Reino de Deus, representando a vida nova e a antecipação do banquete celestial. 3. **A morte de Jesus** **1. A Morte de Jesus e o Yom Kippur** A Última Ceia de Jesus pode ser compreendida à luz do rito do Yom Kippur no Antigo Testamento (Lv 16): - **Rito Sacerdotal**: O sumo-sacerdote oferecia sacrifícios pelo perdão dos pecados do povo e entrava no Santo dos Santos, aspergindo sangue sobre o propiciatório, simbolizando a purificação e renovação da comunhão com Deus. - **Bode Expiatório**: Um animal, carregando simbolicamente os pecados do povo, era enviado ao deserto, completando o rito. **2. A Última Ceia e o Sangue da Aliança** Na Última Ceia, Jesus retoma os elementos simbólicos do Yom Kippur e da Aliança no Sinai (Ex 24, 4-8): - **O Pão e o Vinho**: Representam o corpo e o sangue de Jesus, separados, sinal de sua morte sacrificial. - **Sangue da Nova Aliança**: Assim como Moisés aspergiu o sangue para selar a Aliança com Deus, Jesus entrega o cálice aos discípulos, afirmando que seu sangue será derramado \"para perdão dos pecados\" (Mt 26, 28). **3. Significado Sacrificial da Morte de Jesus** - **Cumprimento do Antigo Testamento**: Jesus compreende sua morte como um sacrifício novo e definitivo que aperfeiçoa os rituais antigos. - **Perdão dos Pecados**: A entrega de sua vida e o derramamento de seu sangue têm o mesmo propósito que os sacrifícios judaicos -- reconciliar o povo com Deus. **4. Perspectiva da Carta aos Hebreus** - **Cristo como Sumo Sacerdote**: Jesus não entrou em um santuário terreno, mas no próprio céu, para interceder diante de Deus (Hb 9, 24). - **Sacrifício Definitivo**: Sua morte substitui os sacrifícios temporários do Antigo Testamento, inaugurando uma comunhão eterna com Deus. Em suma, Jesus antecipa sua morte como um sacrifício redentor e o fundamento de uma Nova Aliança, plenitude dos rituais de expiação do Antigo Testamento. A Última Ceia torna-se o momento simbólico e preparatório para este evento central. 4. **A ressureição de Jesus** **A Sensação de Falência Após a Morte de Jesus** Após a crucificação de Jesus, os relatos evangélicos descrevem um clima de desânimo e frustração entre os seus seguidores: - **Desilusão dos Discípulos**: Os discípulos de Emaús expressam bem esse sentimento ao dizer:\ *"Nós esperávamos que fosse Ele que viesse redimir Israel"* (Lc 24, 21).\ Há uma clara percepção de que o projeto messiânico havia falhado. - **Grupo Desanimado**: O grupo que havia seguido Jesus parecia agora sem direção e esperança, lidando com a perda do líder e a aparente derrota de sua missão. **A Transição Para a Boa Nova da Ressurreição** Apesar do desânimo inicial, os discípulos passam de uma postura de desilusão para o anúncio vibrante da ressurreição: - **A Transformação**: Este retorno à esperança e ao entusiasmo é difícil de explicar apenas historicamente, pois implica uma mudança profunda em muito pouco tempo. - **O Evento Central**: A convicção de que Jesus, morto, estava vivo novamente, transformou completamente a atitude do grupo. **Desafios nas Tradições Sobre a Ressurreição** Embora a ressurreição seja central para a fé cristã, há diferenças significativas entre os relatos nos Evangelhos: - **Diversidade Narrativa**: - **Exclusividades dos Evangelhos**: - **Lucas**: Discípulos de Emaús e Ascensão (Lc 24, 13-38.50-53). - **Mateus**: Reação das autoridades (Mt 28, 11-15). - **João**: Incredulidade de Tomé e a aparição junto ao lago (Jo 20, 24-28; 21, 1-23). - **Marcos**: O final longo (Mc 16, 9-20), provavelmente um acréscimo posterior, tenta harmonizar as diversas tradições. - **Dois Tipos de Textos**: - **Querigmáticos**: Breves anúncios da ressurreição, focados na proclamação do evento. - **Narrativos**: Histórias mais elaboradas, como as aparições de Jesus ressuscitado, que variam entre os Evangelhos. **Reflexão Final** A passagem do desânimo à proclamação da ressurreição é uma transformação essencial para a fé cristã. Apesar das diferenças nos relatos, a mensagem central permanece: o crucificado está vivo, e isso redefine completamente a missão e a esperança dos seguidores de Jesus. **4.1 Querigmático** São fórmulas condensadas de fé, usadas em contextos litúrgicos e catequéticos, que circularam antes de serem integradas no Novo Testamento. Exemplos incluem: - **Fórmulas de Fé**: 1Cor 15, 3-11. - **Hinos**: Fil 2, 6-11. - **Catequeses**: Rm 1, 3-4; 10, 9. - **Discursos nos Atos**: At 2, 14-36; 13, 16-43. Esses textos equilibram uma cristologia verbal (ações de Jesus) e nominal (títulos como Messias, Senhor, Filho de Deus). **4.2. Narrativo** As narrativas da ressurreição nos Evangelhos são mais extensas e menos densas que os anúncios querigmáticos, combinando duas tradições: - **Sepulcro Vazio**: Centralizado em Jerusalém, com discrepâncias nos detalhes, mas interpretado como sinal da ressurreição. - **Aparições**: Relatam encontros pessoais com o Ressuscitado, enfatizando a corporeidade de Jesus (Ele come, fala, é tocado). Essas narrativas respondem a dúvidas e reforçam a historicidade do evento, iluminado pela fé pascal, sem descrevê-lo diretamente, já que a ressurreição é um acontecimento transcendente. quizgueko

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