Manual de Manutenção MCA 66-7 (2017) - PDF
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UFMG
2017
Maj Brig Ar ANTONIO RICARDO PINHEIRO VIEIRA
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Summary
Este manual de manutenção descreve a doutrina, os processos e a documentação de manutenção do Sistema de Material da Aeronáutica. Fornece informações sobre níveis de manutenção, gestão de equipamentos, inspeções e procedimentos em aeronaves. Foi publicado em 2017.
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MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA MANUTENÇÃO MCA 66-7 MANUAL DE MANUTENÇÃO Doutrina, Processos e Documentação de Manutenção 2017 MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA DIRETORIA DE MATERIAL AERONÁUTICO E B...
MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA MANUTENÇÃO MCA 66-7 MANUAL DE MANUTENÇÃO Doutrina, Processos e Documentação de Manutenção 2017 MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA DIRETORIA DE MATERIAL AERONÁUTICO E BÉLICO MANUTENÇÃO MCA 66-7 MANUAL DE MANUTENÇÃO Doutrina, Processos e Documentação de Manutenção 2017 MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA DIRETORIA DE MATERIAL AERONÁUTICO E BÉLICO PORTARIA DIRMAB Nº 78/PLON-2, DE 05 DE JULHO DE 2017. Aprova a reedição do Manual que estabelece a doutrina, os processos e a documentação de manutenção do Sistema de Material da Aeronáutica. O DIRETOR DA DIRETORIA DE MATERIAL AERONÁUTICO E BÉLICO, no uso de suas atribuições e de acordo com o disposto no art. 12, inciso III do ROCA da DIRMAB, aprovado pela Portaria nº 1048/GC3 de 23 de julho de 2015, resolve: Art. 1º Aprovar a re edição do MCA 66-7 “Manual de Manutenção: Doutrina, Processos, e Documentação de Manutenção”, elaborada pela DIRMAB, para efeito de correção de numeração e reposicionamento de conteúdo. Art. 2º Esta Norma entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º Revoga-se a Portaria nº 24/3-AEEM-1 de 20 de Março de 2014. Maj Brig Ar ANTONIO RICARDO PINHEIRO VIEIRA Diretor da DIRMAB (Publicado no BCA nº 118, de 12 de julho de 2017) MCA 66-7/2017 SUMÁRIO 1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES............................................................................. 11 1.1 FINALIDADE..............................................................................................................11 1.2 CONCEITUAÇÕES...................................................................................................... 11 1.3 APRESENTAÇÃO DESTE MANUAL......................................................................... 11 1.4 SISTEMA DE MATERIAL DA AERONÁUTICA....................................................... 11 1.5 GRAU DE SIGILO.......................................................................................................15 1.6 ÂMBITO....................................................................................................................... 15 2 MANUTENÇÃO NO COMAER................................................................................ 16 2.1 PROPÓSITO.................................................................................................................16 2.2 DEFINIÇÕES............................................................................................................... 16 2.3 CONTEXTO E CONCEITUAÇÕES DA MANUTENÇÃO NO COMAER.................. 17 2.4 PROCEDIMENTOS GERAIS....................................................................................... 24 2.5 SILOMS........................................................................................................................ 29 2.6 PROCEDIMENTOS COM O SILOMS......................................................................... 31 2.7 PUBLICAÇÕES TÉCNICAS........................................................................................ 32 2.8 PROCEDIMENTOS COM PUBLICAÇÕES TÉCNICAS............................................. 39 2.9 PRIORIDADE DE ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA........................................... 41 3 PROCESSOS E NÍVEIS DE MANUTENÇÃO......................................................... 43 3.1 PROPÓSITO.................................................................................................................43 3.2 DEFINIÇÕES............................................................................................................... 43 3.3 NÍVEIS DE MANUTENÇÃO....................................................................................... 44 3.4 GESTÃO DOS NÍVEIS DE MANUTENÇÃO.............................................................. 46 3.5 COMISSÃO DE ANÁLISE CRÍTICA..........................................................................58 3.6 GESTÃO DA COMISSÃO DE ANÁLISE CRÍTICA................................................... 60 3.7 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO.................................................. 62 3.8 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS DE PAMA E G/ESM........................................... 65 3.9 ATRIBUIÇÕES DOS NÍVEIS ORGÂNICO E BASE................................................... 73 3.10 GESTÃO DE AERONAVE EM TRÂNSITO................................................................ 98 3.11 PROCESSOS DE MANUTENÇÃO..............................................................................99 3.12 PROCESSOS DE MANUTENÇÃO E MCC............................................................... 101 3.13 GESTÃO DE MCC..................................................................................................... 103 4 INSPEÇÕES EM AERONAVES.............................................................................. 105 4.1 PROPÓSITO............................................................................................................... 105 4.2 DEFINIÇÕES............................................................................................................. 105 4.3 PROCEDIMENTOS GERAIS..................................................................................... 106 4.4 INSPEÇÕES PROGRAMADAS................................................................................. 109 4.5 INSPEÇÕES BÁSICAS.............................................................................................. 112 4.6 INSPEÇÕES EVENTUAIS......................................................................................... 114 4.7 INSPEÇÃO NÃO DESTRUTIVA............................................................................... 117 4.8 GESTÃO DE UMA INSPEÇÃO................................................................................. 118 4.9 FASES DE UMA INSPEÇÃO.................................................................................... 120 4.10 CONTROLE DE QUALIDADE/INSPETORIA TÉCNICA........................................ 126 4.11 ATUALIZAÇÃO DE INSPEÇÃO.............................................................................. 130 4.12 DIRETIVA TÉCNICA................................................................................................ 131 4.13 FICHA DE ANÁLISE DE DIRETIVA TÉCNICA (FADT)........................................ 136 MCA 66-7/2017 4.14 FICHA DE COLETA DE DADOS DE DEFEITO....................................................... 137 5 PROGRAMA E PLANO DE MANUTENÇÃO DE RECUPERÁVEIS................. 143 5.1 PROPÓSITO............................................................................................................... 143 5.2 DEFINIÇÕES............................................................................................................. 143 5.3 PROCEDIMENTOS GERAIS..................................................................................... 146 5.4 SELEÇÃO DOS ITENS RECUPERÁVEIS................................................................ 150 5.5 FICHA DE ELABORAÇÃO DO PROGRAMA DE MANUTENÇÃO DE RECUPERÁVEIS....................................................................................................... 151 5.6 PLANO DE MANUTENÇÃO DE RECUPERÁVEIS................................................. 154 5.7 ELABORAÇÃO DO PLANO DE MANUTENÇÃO DE RECUPERÁVEIS............... 155 5.8 CÁLCULO DE GIRO E QTD A REVISAR DOS COMPONENTES RECUPERÁVEIS....................................................................................................... 156 5.9 DELINEAMENTO DE COMPONENTE RECUPERÁVEL........................................ 158 5.10 FICHA DE DELINEAMENTO DE MATERIAL RECUPERÁVEL........................... 159 5.11 PREENCHIMENTO DA FICHA DE DELINEAMENTO DE MATERIAL RECUPERÁVEL........................................................................................................ 159 5.12 PLANO ANUAL DE MANUTENÇÃO DE RECUPERÁVEIS..................................161 6 TROCA E REUTILIZAÇÃO DE ITENS RECUPERÁVEIS.................................164 6.1 PROPÓSITO............................................................................................................... 164 7 ITT SOB RELATO ESPECIAL............................................................................... 165 7.1 PROPÓSITO............................................................................................................... 165 8 AERONAVEGABILIDADE E SÍMBOLOS............................................................ 166 8.1 PROPÓSITO............................................................................................................... 166 8.2 DEFINIÇÕES............................................................................................................. 166 8.3 PROCEDIMENTOS GERAIS..................................................................................... 166 8.4 CRUZ VERMELHA................................................................................................... 168 8.5 TRAÇO VERMELHO................................................................................................ 170 8.6 DIAGONAL VERMELHA......................................................................................... 171 8.7 RETIRADA DE SÍMBOLO VERMELHO..................................................................172 8.8 TROCA DE SÍMBOLO VERMELHO........................................................................ 172 8.9 RETIRADA DE CRUZ VERMELHA PARA EFETUAR UM ÚNICO VOO.............. 173 9 LIVRO REGISTRO DE AERONAVE - RELATÓRIO DE VOO.......................... 175 9.1 PROPÓSITO............................................................................................................... 175 10 LIVRO REGISTRO DE AERONAVE - LOG BOOK............................................ 176 10.1 PROPÓSITO............................................................................................................... 176 11 EQUIPAMENTO DE APOIO DE SOLO (EAS)..................................................... 177 11.1 PROPÓSITO............................................................................................................... 177 11.2 DEFINIÇÕES............................................................................................................. 177 11.3 PROCEDIMENTOS GERAIS..................................................................................... 178 11.4 FERRAMENTA DE USO COMUM........................................................................... 182 11.5 UFT, URA, ULH e UEMP.......................................................................................... 182 11.6 BARET....................................................................................................................... 184 11.7 INSPEÇÕES DE EAS.................................................................................................185 11.8 MANUTENÇÃO DE EAS.......................................................................................... 186 MCA 66-7/2017 11.9 CONDIÇÕES INSEGURAS OU DE FALHA DE MATERIAL DE EAS.................... 188 11.10 FICHA DE COLETA DE DADOS DE DEFEITO (FCDD)......................................... 189 11.11 LAUDO TÉCNICO..................................................................................................... 189 11.12 PARTES DO FORMULÁRIO DE REGISTRO DE EAS............................................ 189 11.13 SUBSTITUIÇÃO DE ITT E ITC DE EAS..................................................................193 11.14 REGISTRO DE MANUTENÇÃO DE EAS COMPLEXOS........................................ 194 12 MOVIMENTAÇÃO DE AERONAVE, COMPONENTE OU EAS........................ 196 12.1 PROPÓSITO............................................................................................................... 196 12.2 DEFINIÇÕES............................................................................................................. 196 12.3 PROCEDIMENTOS GERAIS..................................................................................... 197 12.4 DISTRIBUIÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE AERONAVE......................................... 198 12.5 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS PARA TRANSFERÊNCIA DE AERONAVE... 201 12.6 RECOLHIMENTO SEM TRANSFERÊNCIA DE CARGA........................................ 203 12.7 GUIA DE MOVIMENTAÇÃO DE AERONAVE....................................................... 204 12.8 AERONAVE PARA ENTREGA A UM PAMA.......................................................... 207 12.9 RELATÓRIO DE AVARIAS...................................................................................... 210 12.10 GRANDE REPARO, DESATIVAÇÃO E RECOLHIMENTO POR NECESSIDADE OPERACIONAL......................................................................................................... 216 12.11 DISTRIBUIÇÃO DE AERONAVE............................................................................ 217 12.12 REMANEJAMENTO DE AERONAVE..................................................................... 219 12.13 RECEBIMENTO DE AERONAVE NOVA................................................................ 220 12.14 PREPARO DE AERONAVE PARA TRANSFERÊNCIA POR ÚNICO VOO............ 221 12.15 TRANSFERÊNCIA DE COMPONENTE RECUPERÁVEL, EAS OU PUBLICAÇÃO TÉCNICA.......................................................................................... 221 12.16 GUIA DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAL........................................................ 222 13 DESCONTAMINAÇÃO DE AERONAVE.............................................................. 224 13.1 PROPÓSITO............................................................................................................... 224 13.2 DEFINIÇÕES............................................................................................................. 224 13.3 PROCEDIMENTOS GERAIS..................................................................................... 224 14 INDICADORES LOGÍSTICOS............................................................................... 227 14.1 PROPÓSITO............................................................................................................... 227 14.2 DEFINIÇÕES............................................................................................................. 227 14.3 CONCEITOS.............................................................................................................. 228 14.4 PROCEDIMENTOS GERAIS..................................................................................... 230 14.5 DISPONIBILIDADE..................................................................................................230 14.6 CONFIABILIDADE................................................................................................... 231 14.7 MANTENABILIDADE.............................................................................................. 232 14.8 SUPRIMENTO........................................................................................................... 233 14.9 DISCREPÂNCIA REPETIDA/RECORRENTE (DRR)............................................... 235 14.10 DIAGONAL DE MANUTENÇÃO............................................................................. 235 14.11 CANIBALIZAÇÃO.................................................................................................... 235 14.12 INDICADORES PRÓPRIOS...................................................................................... 236 15 RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DE PROJETO................................... 237 15.1 PROPÓSITO............................................................................................................... 237 15.2 CONCEITOS.............................................................................................................. 237 15.3 PROCEDIMENTOS GERAIS..................................................................................... 238 15.4 RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DE PROJETO......................................... 239 MCA 66-7/2017 15.5 TREINAMENTO DOS PARTICIPANTES.................................................................243 16 REUNIÃO COM OPERADORES............................................................................ 244 16.1 PROPÓSITO............................................................................................................... 244 16.2 DEFINIÇÕES............................................................................................................. 244 16.3 PROCEDIMENTOS GERAIS..................................................................................... 244 16.4 ATA DE REUNIÃO.................................................................................................... 246 16.5 PARTICIPANTES DA ROP....................................................................................... 248 17 AUDITORIA DE MANUTENÇÃO E VISITA ASSISTÊNCIA TÉCNICA........... 249 17.1 PROPÓSITO............................................................................................................... 249 17.2 DEFINIÇÕES............................................................................................................. 249 17.3 PROCEDIMENTOS GERAIS..................................................................................... 249 17.4 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS........................................................................... 250 17.5 RELATÓRIO DE AUDITORIA DE MANUTENÇÃO/VAT...................................... 255 17.6 AUDITORIA DE MANUTENÇÃO EM LINHA DE REVISÃO OU OFICINA DE PAMA......................................................................................................................... 257 18 ESTOCAGEM DE AERONAVE E COMPONENTES........................................... 259 18.1 PROPÓSITO............................................................................................................... 259 18.2 DEFINIÇÕES............................................................................................................. 259 18.3 PROCEDIMENTOS GERAIS..................................................................................... 260 18.4 CONTROLE DA ESTOCAGEM................................................................................ 262 18.5 CONTEÚDO DAS DT................................................................................................ 263 18.6 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS........................................................................... 265 18.7 REGISTRO DE ESTOCAGEM E DESESTOCAGEM............................................... 266 18.8 PRESERVAÇÃO DE MOTOR................................................................................... 267 19 CANIBALIZAÇÃO DE AERONAVE E/OU EQUIPAMENTO............................. 269 19.1 PROPÓSITO............................................................................................................... 269 19.2 DEFINIÇÕES............................................................................................................. 269 19.3 PROCEDIMENTOS GERAIS..................................................................................... 269 19.4 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS........................................................................... 270 19.5 INDICADOR DE CANIBALIZAÇÃO........................................................................ 271 20 DESATIVAÇÃO DE AERONAVES E DESCARTE DE MATERIAL.................. 272 20.1 PROPÓSITO............................................................................................................... 272 20.2 DEFINIÇÕES............................................................................................................. 272 20.3 PROCEDIMENTOS GERAIS..................................................................................... 272 20.4 PREPARO DE AERONAVE PARA DESATIVAÇÃO............................................... 274 21 PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE DA CORROSÃO............................. 277 21.1 PROPÓSITO............................................................................................................... 277 21.2 DEFINIÇÕES............................................................................................................. 277 21.3 PROCEDIMENTOS GERAIS..................................................................................... 278 21.4 AGÊNCIAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE DA CORROSÃO........ 278 21.5 AGENTES DE CORROSÃO...................................................................................... 280 21.6 CAPACITAÇÃO........................................................................................................ 281 21.7 CONTAMINAÇÃO DE COMBUSTÍVEL..................................................................282 21.8 RELATÓRIOS DO PROGRAMA............................................................................... 282 21.9 CRONOGRAMA DE EVENTOS............................................................................... 284 MCA 66-7/2017 22 CAPACITAÇÃO DE TÉCNICO DE MANUTENÇÃO.......................................... 285 22.1 PROPÓSITO............................................................................................................... 285 23 DIAGNÓSTICO DE PANES.................................................................................... 286 23.1 PROPÓSITO............................................................................................................... 286 23.2 CONCEPÇÃO............................................................................................................ 286 23.3 PROCEDIMENTOS GERAIS..................................................................................... 287 23.4 NFF, ITENS MALICIOSOS E BOGUS PARTS.......................................................... 288 23.5 CONHECIMENTO E PODER.................................................................................... 290 23.6 TREINAMENTO........................................................................................................ 292 23.7 OITO CONCEITOS BÁSICOS................................................................................... 294 23.8 CONCLUSÃO............................................................................................................ 296 24 INSTALAÇÃO DE MANUTENÇÃO...................................................................... 298 24.1 PROPÓSITO............................................................................................................... 298 25 HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES DO MANUAL................................................... 299 26 DISPOSIÇÕES GERAIS.......................................................................................... 300 26.1 ALTERAÇÕES DESTE MANUAL............................................................................ 300 26.2 DESDOBRAMENTO.................................................................................................300 26.3 PROCEDIMENTOS DO SILOMS.............................................................................. 300 26.4 DOCUMENTAÇÃO DO SISMA ASSOCIADA......................................................... 300 27 DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS............................................................................ 303 Anexo A - LOGÍSTICA PRESENTE E FUTURA............................................. 308 Anexo B - INFORMAÇÃO NA CADEIA LOGÍSTICA....................................... 312 Anexo C - TÉCNICAS DE MELHORAR A CONFIABILIDADE....................... 315 Anexo D - TÉCNICAS DE MELHORAR A MANTENABILIDADE.................. 319 Anexo E - POR QUE FAZER MANUTENÇÃO?................................................. 322 Anexo F - MÉTODO MCC.................................................................................... 329 Anexo G - ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANUTENÇÃO.......................... 330 Anexo H - NDI E MÉTODOS DE MONITORAMENTO DA CONDIÇÃO........ 331 Anexo I - TIPOS DE NDI...................................................................................... 335 Anexo J - FÓRMULAS MATEMÁTICAS DO SILOMS..................................... 347 Anexo K - REQUISITOS LOGÍSTICOS DE AERONAVE..................................348 Anexo L - PROGRAMA DE GARANTIA DA QUALIDADE.............................. 349 Anexo M - DESCONTAMINAÇÃO DO SISTEMA HIDRÁULICO DE AERONAVE.......................................................................................... 350 Anexo N - ATA DE REUNIÃO COM OPERADORES........................................ 352 Anexo O - PROGRAMA DE ANÁLISE ESPECTROMÉTRICA DE ÓLEO...... 357 Anexo P - LIMPEZA E PRESERVAÇÃO DE AERONAVES E COMPONENTES.................................................................................. 375 Anexo Q - VOO DE EXPERIÊNCIA..................................................................... 379 Anexo R - FATOR HUMANO E MANUTENÇÃO............................................... 383 Anexo S - PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA...................................................... 398 Anexo T - CÓDIGOS DE FRASES DE MANUTENÇÃO.................................... 403 Anexo U - ORGANOGRAMA DA HIERARQUIA SISTÊMICA PARA EAS.... 404 Anexo V - FERRAMENTAS DE USO COMUM.................................................. 405 Anexo W - FORMULÁRIOS E FIGURAS............................................................. 409 MCA 66-7/2017 Anexo X - DEFINIÇÕES........................................................................................ 455 MCA 66-7/2017 PREFÁCIO A Força Aérea Brasileira, para o cumprimento da sua missão constitucional de manter a soberania do espaço aéreo nacional com vistas à Defesa da Pátria, conta com uma frota diversificada, e um grande número de Projetos, envolvendo aeronaves de asa fixa, helicópteros e aeronaves remotamente pilotadas, fabricadas em diversos países e com vários níveis de tecnologia. Essa quantidade e diversidade de Projetos, associada ao fato da realização das atividades de suporte logístico da frota estar estratificada em diversas Organizações Militares do COMAER, subordinados hierarquicamente à ODS distintos, torna a gestão e realização do apoio logístico à frota uma atividade extremamente complexa. Assim, para permitir um efetivo gerenciamento do suporte logístico à operação da frota da FAB, em particular das atividades de manutenção, foi necessário instituir um sistema para a gestão do material aeronáutico, o Sistema de Material da Aeronáutica (SISMA), ao qual estão subordinadas, sistemicamente, todas as Organizações Militares que realizam algum tipo de manutenção em aeronaves do COMAER. O SISMA, através do seu Órgão Central, a DIRMAB, tem a finalidade de planejar, orientar, coordenar, executar e controlar as atividades de suprimento e manutenção, para assegurar o pronto emprego dos meios aeroespaciais nas operações militares, em tempo de paz e de guerra. Em razão da complexidade dessa atividade, a legislação base do SISMA contempla cerca de quarenta e cinco normas emitidas somente pela DIRMAB, entre Folhetos, Instruções, Manuais e Tabelas. Esse volume de normas, com vários procedimentos interdependentes, dificulta, em certo grau, a divulgação e o acompanhamento das respectivas atualizações dessas publicações e, em conseqüência, da doutrina e dos procedimentos estabelecidos para a gestão do material aeronáutico. Assim, a DIRMAB, decidiu buscar a consolidação do maior número possível de documentos que tratam da atividade de manutenção um único manual, a exemplo do que foi feito para as normas de suprimento, consolidadas no MCA 67-1 Manual de Suprimento. É nesse contexto que a DIRMAB emitiu o presente Manual de Manutenção, que, além de reunir praticamente toda a documentação emitida sobre o assunto, também inclui informações sobre conceitos de manutenção e sobre a influência do fator humano nessa atividade. Desse modo, a DIRMAB está certa que essa nova abordagem de tratar a documentação do SISMA facilitará o entendimento da doutrina e dos procedimentos estabelecidos para a gestão e realização da atividade de manutenção na FAB, bem como despertará nos homens e mulheres da logística a motivação para um melhor desempenho de suas funções no âmbito desse sistema. MCA 66-7/2017 11 de 484 1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 1.1 FINALIDADE A presente publicação tem como finalidade estabelecer doutrina e procedimentos para realizar manutenção de aeronaves, componentes e equipamentos de apoio de solo (EAS) no Comando da Aeronáutica (COMAER), assim como para documentar sua execução. 1.2 CONCEITUAÇÕES Algumas conceituações tratadas neste Manual são ressaltadas no início dos respectivos Capítulos. Não obstante, todos os conceitos e definições abordados neste Manual constam do Anexo X - DEFINIÇÕES. 1.3 APRESENTAÇÃO DESTE MANUAL 1.3.1 A doutrina e procedimentos de manutenção são abordados neste manual divididos nas principais áreas que envolvem o processo de manutenção. São apresentados, como se fossem Capítulo, a partir do item 2 do manual, exceto o Sistema de Material da Aeronáutica, que é abordado no item 1.4. Essa divisão destina-se apenas a organizar a apresentação do assunto, pois todos os tópicos abordados, inclusive aqueles apresentados nos anexos, são interligados, em maior ou menor grau, e essenciais para assegurar a realização efetiva das atividades de manutenção estabelecidas para a frota. 1.3.2 Assim, é importante que os usuários explorem a possibilidade de realizar busca na mídia digital deste manual, uma vez que aspectos da sua área de atuação podem ser abordados em várias partes do manual. 1.3.3 Como pode ser observado, alguns tópicos ainda não foram finalizados, porém já constam no Sumário deste manual. Para esses assuntos, permanecem válidas as respectivas documentações do SISMA, listadas no item 26.4.2. Tão logo esses tópicos sejam finalizados, as respectivas documentações, atualmente em vigor, serão canceladas ou modificadas, dependendo do caso, e este manual atualizado. 1.3.4 No caso de assuntos na área de manutenção, para os quais ainda não exista documentação emitida pelo COMAER, os mesmos serão normatizados por meio da introdução de novos tópicos neste manual ou pela emissão de documentação específica, caso seja necessária a sua distribuição externa ao COMAER. 1.4 SISTEMA DE MATERIAL DA AERONÁUTICA 1.4.1 Material aeronáutico é a denominação genérica que compreende aeronaves e seus componentes, bem como todos os equipamentos e materiais neles utilizados, diretamente destinados ao apoio e à segurança do homem e dele próprio, em voo ou no solo. Nesse contexto enquadram-se como material aeronáutico os abaixo listados (lista não exaustiva): a) aeronaves, motores e demais conjuntos maiores; equipamentos e seus acessórios, tais como: equipamentos de navegação e comunicação de bordo; equipamentos fotográficos aéreos e de sensoriamento remoto; e os sobressalentes para manutenção desses materiais; MCA 66-7/2017 12 de 484 b) equipamentos de ensaio, máquinas, ferramentas de oficina e especiais e outros itens necessários ao atendimento a todos os níveis de manutenção; c) equipamentos de apoio no solo destinados às operações aéreas, compreendendo escadas, plataformas de manutenção, unidades de partida, reboques, tratores especiais, unidades de reabastecimento de oxigênio e congêneres; d) paraquedas, capacetes de voo, botes e coletes salva-vidas e outros equipamentos de segurança, salvamento e sobrevivência (SSS); dispositivos de amarração e acondicionamento de carga e outros itens relacionados com o emprego do avião; e e) matérias-primas e produtos industriais para consumo, transformação e aplicação em aeronaves. 1.4.2 O termo aeronave neste documento refere-se a aviões, helicópteros, treinadores e simuladores, seus sistemas e acessórios e EAS, inclusive bancadas, testes e ferramentas dos níveis de manutenção Parque, Base e Operador. (Neste caso, sistema é uma combinação de componentes independentes, ajustados para executar uma função definida em um avião. É a maior divisão de uma aeronave e como exemplo tem-se o Elétrico, de Navegação, Hidráulico. É constituído de subsistemas que possuem conjuntos maiores, estes sendo formados por subconjuntos, os quais, por sua vez, são constituídos de peças, que, finalmente, têm partes na sua composição, cadeia esta formada por um nível de indentação em cada uma das divisões referidas.) 1.4.3 Por função, entende-se como a expectativa do Operador quanto à capacidade do sistema ou componente de executar o seu propósito. Representa a ação característica do MSI e é o que ele realiza para atingir seu objetivo e a razão pela qual existe. 1.4.4 Maintenance Significant Item (MSI) ou Item significativo de Manutenção é aquele cuja falha funcional tem impacto operacional, econômico ou de segurança em uma aeronave, seus sistemas ou componentes. 1.4.5 Falha funcional representa a falha do MSI em realizar sua função dentro de limites especificados, ou seja, é a sua incapacidade em atingir o padrão desejado de desempenho. É normalmente expressa pela negação da função. 1.4.6 Parte é normalmente tratada como uma peça única ou constituída fisicamente por duas ou mais peças unidas de forma que impeça a sua desmontagem sem a destruição ou o impedimento de utilização projetada. Como exemplo, tem-se porca, parafuso, junta, rolamento, gaxeta, escova, engrenagem, fusível, lâmpada, tubo, capacitor e resistência. 1.4.7 Um Sistema de Armas é composto pela aeronave e pelo armamento e seus constituintes, bem como pelos simuladores, treinadores e EAS associados, ou seja, incorpora o conjunto de equipamentos, habilidades e técnicas que forma um instrumento de combate e tem usualmente uma aeronave, tripulada ou não, como o seu principal elemento operacional. Um completo Sistema de Armas compreende pessoal, instalações, equipamentos, materiais, serviços e outros elementos, de modo que se torna uma unidade autossuficiente em poder de ataque no ambiente operacional pretendido. 1.4.8 Apoio logístico é o conjunto de atividades relativas à previsão e provisão de recursos de toda a natureza, que visam assegurar a satisfação das necessidades referentes ao material MCA 66-7/2017 13 de 484 aeronáutico, material bélico, edificações, infraestrutura, transporte aéreo e de superfície, contra incêndio e patrimônio, na quantidade, momento e local adequados. 1.4.9 Como um sistema de apoio logístico de aeronave é o conjunto de equipamentos, habilidades e técnicas que, embora não seja um instrumento de combate, é capaz de executar a função de suporte a uma missão de Força Aérea, envolvendo assim pessoal, instalações, equipamentos, materiais e serviços, conclui-se que este documento normatiza o funcionamento, sob o ponto de vista de manutenção, do sistema de apoio logístico de aeronaves do COMAER, denominado de Sistema de Material da Aeronáutica (SISMA). 1.4.10 Por Sistema entende-se o conjunto de Órgãos ou Elementos de uma Organização que tem por finalidade realizar uma tarefa de apoio em proveito da missão principal. A vinculação desses Órgãos ou Elementos entre si ocorre por interesse de coordenação e orientação técnica e normativa, não implicando em subordinação hierárquica. 1.4.11 Órgão Central do Sistema é aquele responsável pela orientação normativa, coordenação, supervisão técnica e fiscalização específica quanto ao funcionamento harmônico e eficiente dos elos do Sistema ao qual pertence. 1.4.12 Elos do Sistema são Órgãos e setores responsáveis pela execução das atividades específicas atribuídas. Também podem ser as Organizações e setores responsáveis pela execução das atividades específicas atribuídas ao sistema ao qual pertencem. 1.4.13 Atividade de manutenção é a ação relacionada com inspeção, teste, delineamento, conservação, reparo, recuperação, modificação, fabricação, reabastecimento, recarga, neutralização, depanagem, salvamento, destruição, calibração, planejamento de manutenção e controle de manutenção. Abrange também a execução de serviços diretamente em equipamento, tais como limpeza, correção de panes, substituição de componentes, pintura, reabastecimento de combustível, provisão de óleo, aferição de itens e outros mais. Visa, desse modo, mudar a sua condição atual para uma desejada. Os seus recursos (pessoal, material, equipamentos e informação) constituem as capacidades essenciais necessárias para cumprir uma missão, seja em tempo de paz ou de guerra. São seus sinônimos, entre outros, serviço, tarefa e trabalho de manutenção. 1.4.14 O SISMA é um sistema instituído com a finalidade de planejar, orientar, coordenar, executar e controlar as atividades de manutenção e suprimento do material aeronáutico do COMAER. Sabe-se que apenas de uma estrutura sistêmica obtém-se uma administração logística proficiente que permite integrar as atividades operacionais com as de apoio, otimizando recursos e meios, de modo a evoluir, sem solução de continuidade, da situação de paz para a de guerra. 1.4.15 O SISMA inclui a Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB), Órgão Central do sistema, e tem como elos, entre outros, Parques Centrais (PAMA Central), Parques Oficina (PAMA Oficina), Grupo ou Esquadrão de Suprimento e Manutenção (GLOG/ESM), Unidades Aéreas (UAe), Operadores Isolados, Comissões de Compra (compreendido nestas o CELOG), Instituto de Logística da Aeronáutica (ILA) e CTLA (Centro de Transporte Logístico da Aeronáutica). A DIRMAB tem por finalidade o trato dos assuntos relativos ao apoio logístico de material aeronáutico e bélico, necessários ao preparo e emprego da FAB. 1.4.16 Por Grupo ou Esquadrão de Suprimento e Manutenção (GLOG/ESM) compreende-se GSM, ESM, Destacamento de Suprimento e Manutenção (DSM), Esquadrilha de Suprimento MCA 66-7/2017 14 de 484 e Manutenção (EsqdSM) e todas as demais Organizações que têm por atribuição o apoio nível Base, tais como Divisão de Suprimento e Manutenção (DSM) e Divisão de Apoio Militar (DAM), para fins deste Manual. 1.4.17 UAe e Unidade Operadora são denominadas Operador para efeito deste documento. 1.4.18 Os objetivos básicos do SISMA são: a) prestar o apoio logístico necessário para que a Força Aérea Brasileira cumpra com eficácia sua destinação constitucional, b) aumentar progressivamente a produtividade nas atividades de suprimento e de manutenção inerentes aos elos do SISMA; c) prestar o apoio logístico, a tempo e a hora, para proporcionar a máxima mobilidade às UAe; d) prestar o apoio logístico em guerra ou conflito, dentro da política governamental de mobilização nacional; e) buscar continuamente a eficiência, procurando minimizar os custos de manutenção em homens-hora (H/h), materiais e instalações; f) prestar o apoio logístico, em combate, dentro do esforço estipulado pelo Estado-Maior da Aeronáutica; g) contribuir para o fortalecimento da Base Industrial de Defesa (BID), dentro da sua área de atuação e do contexto estabelecido pela Estratégia Nacional de Defesa (END); h) perseguir o aprimoramento técnico-profissional e a valorização dos recursos humanos (RH); i) garantir que os materiais e serviços empregados no SISMA atendam aos requisitos de qualidade aeronáutica; j) aprimorar os métodos e processos de planejamento, coordenação e controle das atividades de manutenção e de suprimento; k) conscientizar os profissionais da área logística sobre a sua importância para o todo da Força Aérea; l) incrementar a coordenação entre as áreas operacional e logística (interação entre os Grandes Comandos); e m) buscar a integração com sistemas congêneres das demais Forças Singulares e Forças Armadas das nações amigas. 1.4.19 Em tempo de guerra, tais metas alteram-se para: a) serviços de manutenção executados por firmas especializadas não comprometerão a mobilidade e operacionalidade da FAB; b) equipamentos pertencentes aos Sistemas de Guerra Eletrônica terão, em princípio, suas manutenções e reparos, em todos os seus níveis, realizados internamente por motivos de segurança; c) o SISMA providenciará o fluxo de suprimento necessário a dar continuidade às operações aéreas das UAe desdobradas; MCA 66-7/2017 15 de 484 d) as UAe de combate serão dotadas do suprimento necessário com o fim de atender ao esforço de combate (Esforço Máximo de Combate - EMC, Esforço Intensivo de Combate - EIC ou Esforço Contínuo de Combate - ECC) definido pelo EMAER, que comporão as UCM; e) a manutenção das UAe desdobradas limitar-se-á a procedimentos de remoção e substituição de acessórios e equipamentos. Para aqueles de caráter emergencial, equipes de Aircraft Battle Damage Repair (ABDR) serão acionadas. O princípio do ABDR é não usar as técnicas de reparo padrão, a fim de obter uma aeronave com dano de batalha de volta ao voo o mais rápido possível e poder executar, pelo menos, mais uma missão. Os consertos dos materiais não atendidos pelo ABDR serão executados nos níveis Parque e Base, quando possíveis, pelos Elementos de Apoio Recuado das UCM; e f) os meios materiais e humanos, para desdobramento da UAe, estarão disponíveis para, a qualquer momento, serem acionados de acordo com o Apoio Logístico às Unidades Desdobradas. 1.4.20 Meios materiais e humanos com o objetivo de desdobramento dos Operadores estarão disponíveis para, a qualquer momento, serem movi MANUAL DE MOBILIDADE. Contudo, observações sobre o emprego da tecnologia na construção de Sistemas de Armas e seu apoio em ambiente de combate identificam a possível redução na sustentabilidade. Assim, a tendência atual é possuir maior confiabilidade e menor infraestrutura de apoio logístico para as aeronaves, incluindo a redução da capacidade de ABDR, pelo emprego de materiais compósitos, pelo uso de um menor número de peças estocadas com a aplicação da logística enxuta e pelo aproveitamento de novas fontes de produção com a difusão da nanotecnologia em materiais. (Ver Anexo A - LOGÍSTICA PRESENTE E FUTURA.) 1.5 GRAU DE SIGILO 1.5.1 Este Manual possui grau de sigilo ostensivo. 1.5.2 Toda orientação do SISMA possuidora de informação classificada será adequada ao seu grau de sigilo e processada de conformidade com as diretrizes de segurança estabelecidas em normas regulamentadoras do assunto. 1.5.3 Com a finalidade de obter a transparência determinada por lei específica, sempre que possível todos os documentos de manutenção do SISMA serão ostensivos, exceto aqueles cujo teor possa afetar a segurança, tal como formulário de equipamento eletrônico de comunicação criptografado. 1.6 ÂMBITO 1.6.1 Os procedimentos deste manual são aplicáveis a todas as Organizações do SISMA. Todo pedido de isenção de um seu artigo será encaminhado à DIRMAB através da cadeia de comando, justificando-o e identificando as ações em curso ou planejadas para resolver o problema. MCA 66-7/2017 16 de 484 2 MANUTENÇÃO NO COMAER 2.1 PROPÓSITO 2.1.1 Este Capítulo estabelece definições e limites dos serviços da manutenção do SISMA e define normas para sua realização, bem como operar seu processo de coleta de informações, empregar publicações técnicas e priorizar fornecimento de material em emergência. 2.2 DEFINIÇÕES 2.2.1 Componente Item, conjunto, subconjunto, peça ou material que serve como uma das partes de um todo. 2.2.2 Equipamento Na maioria das vezes, é interpretado como um item final, mas em certos casos refere-se a conjunto, subconjunto ou componente que está em manutenção em oficina. Em geral, o contexto em que aparece neste documento designa o seu significado. 2.2.3 Habilitado Técnico de Manutenção com curso teórico de aeronave, sistema e/ou conjunto maior no qual executa serviço de nível Parque, Base ou Operador realizado na própria OM à qual pertence, em outra OM do COMAER ou em empresa cujo curso seja reconhecido e/ou aceito pela DIRMAB, assim como tenha realizado a sua parte prática e sido considerado apto. 2.2.4 Histórico de manutenção Assentamento permanente de ações significativas ao longo do tempo de uso em uma aeronave e acessórios designados na OT aplicável. Isto será feito no COMAER em um conjunto de formulários de manutenção existentes com essa finalidade. 2.2.5 Manutenção Modificadora Consiste nas atividades destinadas a adequar equipamento às necessidades ditadas pelas exigências operacionais, melhorar o desempenho de equipamentos existentes, ou ainda a otimizar os trabalhos da própria manutenção. Para efeito deste manual, com exceção do caso de modificações para atender exigências operacionais, é abrangida pela manutenção preventiva. 2.2.6 Manutenção Preditiva Baseada em parâmetros estatísticos de confiabilidade, pré-definidos, que visam caracterizar, acompanhar, diagnosticar e analisar a evolução do estado de equipamentos e sistemas, subsidiando o planejamento e a execução de ações de manutenção quando forem efetivamente necessárias, a fim de prevenir a ocorrência de falhas, permitindo a operação contínua pelo maior tempo possível. Neste documento, está incorporada na manutenção preventiva. 2.2.7 Montagem MCA 66-7/2017 17 de 484 Processo de juntar peças funcionais de um dispositivo, mecanismo, ou qualquer objeto complexo, em especial equipamento, motor, subsistema, parte da fuselagem ou outro material aeronáutico, de modo que possa operar ou preencher o fim a que se destina. 2.2.8 Norma Padrão de Ação (NPA) Documento de caráter interno de uma OM que estabelece norma para regular e disciplinar os serviços e processos existentes em um ou mais setores. 2.2.9 Projeto É o conjunto de controles e informações referentes a um determinado tipo de avião, equipamento ou agrupamento de itens afins no COMAER. 2.2.10 Unidade Aérea (UAe) Organização Militar (OM) que reúne meios aéreos de emprego e meios orgânicos de apoio em manutenção e suprimento necessários à eficiência desse emprego, podendo também dispor de meios auxiliares e administrativos. 2.2.11 Unidade Operadora Designação genérica dada aos Órgãos do COMAER dotados de aeronaves orgânicas. 2.2.12 Unidade de Troca em Linha (Line Replaceable Unit - LRU) Item que pode ser normalmente removido e trocado como uma única unidade com o fim de corrigir uma deficiência ou mau funcionamento de um equipamento. NOTA Conceitos existentes neste Capítulo não relacionados em incisos precedentes estão contidos no Anexo X - DEFINIÇÕES. 2.3 CONTEXTO E CONCEITUAÇÕES DA MANUTENÇÃO NO COMAER 2.3.1 Logística é o conjunto de atividades relativas à previsão e provisão dos recursos e serviços de toda natureza necessários à realização das ações impostas por uma estratégia. No mínimo, a noção envolve cinco elementos essenciais de suporte à aeronaves: a) equipamentos de teste e apoio; b) publicações técnicas; c) peças de reposição; d) treinamento; e e) assistência técnica. Desse modo, inclui meios para assegurar apoio ao longo do Ciclo de Vida, com os seus constituintes sendo desenvolvidos de forma integrada entre si. Além dos citados, são seus integrantes: a) planejamento da manutenção; b) embalagem, manuseio, armazenagem e transporte; MCA 66-7/2017 18 de 484 c) instalações de apoio; d) dados técnicos, relatórios, documentação e catalogação; e e) recursos de informática, contendo este último todo o fluxo de informações imprescindíveis ao seu funcionamento. 2.3.2 Logística Aeroespacial envolve o conjunto de atividades relativas à previsão e provisão dos recursos e serviços de toda natureza necessários ao emprego do Poder Aeroespacial. Por sua vez, estrutura logística fixa é aquela onde apoio é prestado nas Organizações fixas que, em sua maioria, existem desde o tempo de normalidade (PAMA, Bases Aéreas, Centros de Instrução e Treinamento, Hospitais e outras Organizações), as quais permanecem prestando o suporte necessário em situação de conflito. De outro lado, caracteriza-se a estrutura logística móvel pelo emprego de Unidades temporárias, organizadas para atender um determinado tipo de operação, e são desmobilizadas depois de cessados os motivos de sua ativação. Utiliza-se de recursos humanos, materiais e serviços oriundos do apoio logístico fixo para sua organização. 2.3.3 Entende-se por Ciclo de Vida de um equipamento o conjunto de procedimentos que vai desde a detecção da necessidade operacional, seu pleno atendimento por intermédio de um Sistema ou Material, o seu emprego, a sua avaliação operacional, a sua oportuna modernização ou revitalização até a sua desativação. 2.3.4 A Fase de Utilização existente no Ciclo de Vida inclui atividades operacionais e logísticas do Ciclo de Vida de um avião, abrangendo aspectos de garantia da qualidade, avaliação de desempenho em operação durante seu transcorrer (avaliação operacional periódica), desde o seu período de garantia até a sua desativação, quanto aos aspectos técnicos, logísticos e doutrinários e análise da expectativa de vida. Durante este período serão realizadas ações com o intuito de padronizar a operação e registrar parâmetros para avaliar o desempenho e a expectativa de vida com vista às futuras propostas de Revitalização, Modernização ou Melhoria. 2.3.5 Na doutrina do COMAER, concebe-se a Função Logística Manutenção como o conjunto de ações executadas para conservar em condições de uso o material existente ou restaurá-lo a essa condição. 2.3.6 Conceitua-se falha como a condição na qual um sistema, conjunto maior ou componente não cumpre a função à qual se destina. A sua situação será identificada durante a utilização ou em uma inspeção programada ou não programada. No Programa de Manutenção de Recuperáveis serão apreciadas apenas aquelas falhas que acarretarem a remoção do item da aeronave e recolhimento para revisão geral ou reparo, com a constatação do defeito acontecendo durante os serviços em oficina. 2.3.7 Manutenção é o conjunto de ações ou medidas necessárias à preservação do material, para mantê-lo em serviço, restituir suas condições de utilização, prover a máxima segurança em sua operação e estender sua vida útil tanto quanto seja desejável e viável técnica e economicamente. Também, pode ser as ações que têm por encargo reduzir ou evitar a queda do desempenho do material, sua degradação e, ainda, reduzir a possibilidade de avarias por intermédio da inspeção periódica ou não dos itens, acompanhada das intervenções julgadas necessárias ao restabelecimento de sua condição operacional. É interpretada, semelhantemente, como a preservação e conservação de equipamento em situação normal de operação pela verificação sistemática, detecção e correção de discrepâncias para evitar falhas e pela checagem de funcionamento ou restauração dessa condição para aquele que foi sujeito MCA 66-7/2017 19 de 484 a uso, desgaste ou deterioração causado por elementos operacionais ou ambientais. Uma definição mais simples, abrangente e atual relata ser o processo de assegurar que um sistema realiza continuamente sua função projetada no nível pretendido de confiabilidade e segurança. NOTA As atividades de manutenção e de suprimento são interdependentes. A manutenção inadequada impõe um aumento das necessidades de suprimento e, inversamente, a carência de suprimento exige maior esforço de manutenção. Esta, se corretamente executada, aumenta a vida útil dos equipamentos, reduz as necessidades de suprimento e permite economizar recursos humanos, materiais e financeiros para atender outras finalidades, inclusive a falta de materiais. 2.3.8 A manutenção incorpora a manutenção programada ou preventiva que é aquela realizada em aviões, equipamentos ou acessórios e em outros materiais aeronáuticos, em intervalos preestabelecidos, definidos pelo fabricante ou por publicações específicas do COMAER. Analogamente, é concebida como os requisitos conhecidos ou previsíveis planejados para cumprir em períodos de curto e longo prazos, compreendendo a execução de discrepâncias pendentes, e inclusão de projeto de modificação e restauração de nível Parque. De modo similar, é a conservação e preservação normal do equipamento pela verificação, detecção e correção sistemática de discrepâncias com o fim de prevenir falhas, verificar e/ou restaurar o nível de abastecimento de fluidos em equipamento submetido a uso, desgaste, quebra ou deterioração causada por elementos operacionais ou ambientais. Igualmente, são as ações executadas para evitar ou minimizar ao máximo a probabilidade de ocorrência da falha funcional de um sistema, acessórios ou constituintes com o objetivo de manter a segurança de operação e os níveis de confiabilidade aceitáveis. Também, consiste na verificação detalhada de certas áreas, sistemas e conjuntos maiores de uma aeronave para determinar se existem condições que, se não corrigidas, poderão resultar na falha ou mau funcionamento de qualquer um deles antes da próxima checagem prevista. A frequência de sua realização assegurará que um equipamento esteja sempre em estado aeronavegável e, assim, atenderá ao tipo de operação em que está normalmente engajada o máximo tempo possível. Finalmente, é considerada como sendo o conjunto de serviços ou medidas necessárias à preservação do material para mantê-lo em serviço, restituir seu estado de utilização, prover a máxima segurança em sua operação e estender sua vida útil tanto quanto seja desejável e viável técnica e economicamente. Ao executar fielmente o programa de manutenção preventiva, os sistemas dos aviões e seus componentes irão operar com maior confiabilidade ao longo do tempo. 2.3.9 Manutenção não programada ou corretiva é aquela realizada fora da manutenção programada devido, de modo usual, a falhas inesperadas de equipamentos e sistemas. Igualmente, é entendida como a necessidade não previsível, e não previamente planejada de tal modo, mas cuja atenção é requerida prontamente, que se adicionará a, integrará com ou substituirá tarefas idealizadas anteriormente, abrangendo aplicar DT de caráter imediato, corrigir discrepâncias ocorridas em voo ou na operação de equipamento, realizar consertos resultantes de acidentes ou incidentes e cumprir serviço especial de nível Parque (grande reparo). 2.3.10 O Responsável pela Manutenção de uma OM do COMAER é o Chefe da Divisão Técnica (DT) nos PAMA Central/Oficina, o Chefe de G/ESM nas Bases Aéreas ou MCA 66-7/2017 20 de 484 equivalentes e o Chefe da Seção de Material (S4) nas UAe, Operadores Isolados ou semelhantes, e a ele, assim como aos Oficiais que trabalham na área logística de sua OM, cabe fiscalizar e fazer cumprir todas as orientações emanadas por este documento e em outras normas do SISMA, assim como assessorar seu Comandante quanto à necessidade de sua observância. 2.3.11 Entende-se por Diretiva Técnica (DT) neste documento a publicação elaborada pelo fabricante, por autoridade aeronáutica reguladora ou pelo PAMA Central de um Projeto com o objetivo de prevenir, corrigir ou melhorar o funcionamento ou operação de um item, componente, conjunto maior ou sistema de um tipo de avião ou EAS. Provê instruções de atividades a serem efetuadas por Técnicos de Manutenção do COMAER ou por Organização contratada para cumprir alteração única, modificação, inspeção de equipamento ou instalação de um novo equipamento. Para efeito deste Manual, compreende: a) Boletim de Alerta (ALERT BULLETIN); b) Boletim de Informação (INFORMATION BULLETIN); c) Boletim de Serviço (SERVICE BULLETIN); d) Boletim Técnico; Instrução Técnica; Instrução de Serviço (SERVICE INSTRUCTION); e) Carta de Serviço (SERVICE LETTER); f) Diretriz de Aeronavegabilidade; g) TCTO e STCTO (ARMY - NAVY - USAF); h) Proposta de Modificação; e i) todo e qualquer tipo de publicação com outras denominações, mas emitida com a mesma finalidade. NOTA A abreviatura DT serve a Divisão Técnica de um PAMA e a Diretiva Técnica neste documento, com o contexto em que se encontra dirimindo a dúvida. 2.3.12 OT aplicável é a designação dada neste documento aos manuais técnicos de manutenção emitidos pelo fabricante de um avião, seus sistemas e/ou acessórios, especificamente, mas não restritos, a (MAINTENANCE INSTRUCTIONS (INSPECTION REQUIREMENT MANUAL), ou a DT resultante do Plano de Manutenção emitido por PAMA Central que complementa e/ou substitui integral ou parcialmente qualquer documento original do fabricante. Mas, o termo poderá referir-se a um manual específico eventualmente. Tal designação aplica-se, também, a manuais e DT referentes a EAS. 2.3.13 Entende-se por conjunto ou conjunto maior (CJM) a unidade normalmente removida e substituída como um item único, consistindo de peças e partes que realizam coletivamente uma operação funcional específica, tal como motor, caixa para guiagem e controle, caixa de engrenagens, caixa eletro-hidráulica, atuador mecânico e equipamento de comunicações e navegação. Também pode ser um subsistema completo, ou seja, parte de um todo maior que é montado a partir de pequenas peças. MCA 66-7/2017 21 de 484 2.3.14 Denomina-se subconjunto a unidade pertencente a um conjunto maior que pode ser removida, trocada e reparada separadamente, encontrando-se normalmente disponível em estoque para apoiar ações de manutenção. 2.3.15 Designa-se acessório todo item mecânico, eletromecânico, eletrônico ou elétrico que complementa a aeronave ou seus sistemas. Pode ser também a unidade contida em si própria, constituindo ou montada em um conjunto maior, ou instalada em um avião ou equipamento, que é projetada com o fim de realizar uma função específica, como gerar energia elétrica, produzir pressão hidráulica ou aplicar essa fonte para atuar portas, mecanismos e superfícies de comando de voo. 2.3.16 Plano de Manutenção são os requisitos das verificações das aeronaves e seus componentes prescritos na OT aplicável, sendo reproduzidos nos cartões de inspeção e/ou checklists. Também, pode ser o agrupamento de cartões de inspeção que estabelecem um conjunto de tarefas de manutenção preventiva e corretiva para um sistema ou acessório, baseando-se em um dado valor de horas de voo, período de calendário, quantidade de ciclos ou número de acionamentos (inclusive tiros). Procura- empregar os recursos de manutenção de modo mais efetivo e minimizar as vezes que o sistema ou conjunto maior fica fora de serviço. De igual modo, é o documento emitido pelo PAMA Central, e encaminhado à DIRMAB fins de apreciação, através do qual o SISMA toma conhecimento, entre outras, das seguintes definições e atribuições de um determinado Projeto: a) Inspeções periódicas e especiais, por nível de manutenção, com a indicação dos respectivos intervalos de realização e manuais e/ou cartões que definem os procedimentos de execução; b) Órgãos de execução, G/ESM ou Operador, responsáveis pelo cumprimento verificações intermediárias e orgânicas estabelecidas; c) STRUÇÕES DE MANUTENÇÃO (MAINTENANCE INSTRUCTIONS (INSPECTION REQUIREMENT MANUAL); e d) itens controlados com ou sem Ficha Histórico. 2.3.17 Cartão de inspeção é a reprodução da OT aplicável desenvolvido por um PAMA Central para registrar tarefa de manutenção em cada passo de uma verificação ou correção de discrepância de avião, conjunto maior e/ou constituintes. É produzido a partir de tarefa STRUÇÕES DE MANUTENÇÃO (MAINTENANCE INSTRUCTIONS MANUAL DE REQUISITOS DE INSPEÇÃO (INSPECTION REQUIREMENT MANUAL), para remoção/instalação de materiais, testes funcionais e operacionais de sistemas e componentes, reabastecimento e recompletamento de fluidos e outros serviços de manutenção indicados a serem cumpridos, como lubrificação e verificações visuais, e disposto em folha separada de modo que os Técnicos de Manutenção possam executar as atividades previstas sem que seja preciso ter em mãos os Manuais completos. É empregado no estado em que se encontra na OT aplicável ou modificado pela setor de Engenharia do PAMA Central, alteração que se faz necessária para evitar a realização duplicada de certas atividades em uma zona da aeronave, como abertura e fechamento de painéis, interrupção da energia fornecida a acessórios, desligamento de fusíveis, bem como adaptar as atividades constituídas pelo fabricante ao perfil operacional do usuário. É reproduzido no SILOMS para gerar Ordens de MCA 66-7/2017 22 de 484 Serviço (OS). Atende o estabelecido em 2.6.14 quanto à sua implantação e contém, entre outras, as seguintes características: a) tem um código próprio; b) informa a documentação técnica em que se baseia; c) descreve os trabalhos a executar e relata as especialidades técnicas responsáveis pelo seu cumprimento; d) expõe, se for o caso, o apoio necessário em materiais, EAS, energia elétrica e outros, modo de acessar o sistema, área ou equipamento previsto para inspeção e se existem outros cartões identificados como pré-requisito a serem cumpridos; e e) reúne as tarefas de uma mesma área, sempre que for conveniente, a fim de racionalizar os serviços, evitando que alguns encargos, representando grande carga de trabalho a um Técnico de Manutenção, sejam colocados em um único documento. NOTA No caso de atividade em item final de equipamento com PAMA Oficina distinto do PAMA Central, aquele assessorará este na tarefa de desenvolver os cartões de inspeção, os quais atenderão esta necessidade em todos os níveis de manutenção. 2.3.18 Revisão geral ou revisão maior é o serviço executado em avião, seus sistemas e/ou conjuntos maiores que completaram os limites previstos, caso existentes, ou necessitam colocá-los dentro dos parâmetros estabelecidos, possibilitando o funcionamento por um outro período similar. De modo semelhante, é o serviço executado em decorrência de inspeção MAIOR ou, ainda, a desmontagem, limpeza, checagem, reparo ou substituição de partes ou peças, montagem e teste com padrões e dados técnicos determinados de qualquer componente ou acessório, de acordo com a OT aplicável e de maneira a prover um item final de equipamento operacionalmente seguro e confiável. Também será compreendida como a ação de manutenção durante a qual um acessório é restaurado ao estado comparável ao de um novo. 2.3.19 ILUSTRADO DE PEÇAS (ILLUSTRATED PARTS CATALOG semelhante que determine seu P/N, nomenclatura e localização em equipamento, prioritariamente. Caso a informação não conste deste manual, será consultada a DT de implantação do item ou mesmo o SILOMS, caso já conste em seu banco de dados. Se ocorrer divergência entre as informações existentes nessas documentações e aquelas implantadas no SILOMS, o fato deve ser comunicado imediatamente ao PAMA Central do Projeto, de modo que tal não conformidade seja solucionada e a documentação e/ou o SILOMS, corrigidos. De igual modo, é qualquer combinação de partes ou subconjuntos reunidos em um todo capaz de cumprir uma função limitada dentro de um conjunto. 2.3.20 Item final de equipamento é a entidade de componentes que não está instalada em outra parte de equipamento, sendo aquele de uma unidade que voa a própria aeronave e de um motor removido o próprio motor. Para EAS, é a configuração de conjunto maior não instalado, nem fisicamente ligado a outra parte. Igualmente, é um item que não atende MCA 66-7/2017 23 de 484 quaisquer desses critérios mas foi selecionado pela DIRMAB para assim ser tratado, tal como canhão, cadeira de ejeção, pod eletrônico e outros. É similar a conjunto maior e acessório. 2.3.21 Inspeção é a vistoria aplicada a material ou matéria-prima com a finalidade de controlar a sua qualidade e observar se o item está de acordo com as especificações previstas em OT aplicável. Também, pode significar a confirmação que procedimento determinado pela OT aplicável foi executado como escrito por Técnico de Manutenção habilitado, e julgado compreensível, adequado e, mais importante, provado cumprir o propósito para o qual foi especificado. São seus sinônimos averiguar, checar, examinar e verificar. 2.3.22 Reparação ou Reparo é o serviço executado em determinadas partes de um item recuperável recolhido à oficina em razão de falha, o que lhe permite continuar em operação até a próxima inspeção. Também é a restauração ou troca de parte ou componente de um item recuperável por desgaste, falha, dano ou algo similar, de modo a mantê-lo em condição de operar com eficiência ou restaurá-lo a esta situação. Ajustes e lubrificação previstos de realizar periodicamente ou situação dependente da condição não são incluídos nesta definição. 2.3.23 Item consumível é aquele que corresponde às condições de ter consumo no uso, não ter a possibilidade de ser utilizado novamente, ser de troca obrigatória e serem considerados antieconômicos os serviços que lhe restituem a possibilidade de uso. É constituinte de item recuperável ou aplicável diretamente em avião, empregado para fixar um conjunto maior ou parte deste, como gaxeta, porca, arruela, parafuso, etc., também sendo considerado integrante de sua classe os líquidos e lubrificantes empregados, tais como combustíveis, óleos, graxas, etc. 2.3.24 Item recuperável é aquele que satisfaz as condições de ter emitidas publicações técnicas específicas, necessitar de EAS, inclusive bancadas, testes e ferramentas, precisar de Técnicos de Manutenção treinados para realizar a sua inspeção ou reparo e ser considerado econômico os serviços que lhe podem restituir o estado de uso. Sobressalentes deles são denominados de giro, entendendo-se do conceituado que aqueles parcialmente recuperáveis estão inseridos na definição. Também é qualquer material removível de um item final de equipamento, conjunto maior ou subconjunto para ser processado em separado e efetuar revisão geral ou reparo com o fim de restabelecer a sua disponibilidade. Reparáveis e trabalháveis são itens incluídos no conceito. 2.3.25 Maintenance Resource Management (MRM) é uma filosofia a ser estimulada no setor de Manutenção para que todo o seu pessoal a conheça e pratique, de modo a evitar a ocorrência de erros causado por fatores de humanos nas atividades diárias que possam resultar em incidentes e acidentes, individuais e/ou aeronáuticos. Esforços para sua redução serão feitos pela melhoria de processos, redução de falhas, diminuição dos danos induzidos e minimização das lesões em serviço. Isso será praticado por meio da integração das habilidades técnicas com capacidades interpessoais e conhecimento das limitações básicas de cada um, juntamente com gestão de risco operacional. Com isso, poder-se-á melhorar a comunicação, eficácia e segurança nas ações de manutenção. (Ver Anexo R - FATOR HUMANO E MANUTENÇÃO.) 2.3.26 Planejamento de manutenção é o ato de programar cargas de trabalho conhecidas para usar com eficácia e eficiência a capacidade disponível, estando a alocação de mão de obra dentro das prioridades nas várias atividades executadas nos níveis Parque, Base e Operador. O planejamento proporciona o uso mais eficaz e eficiente de Técnicos de Manutenção, instalações e equipamentos, reduz a manutenção não programada e permite ações MCA 66-7/2017 24 de 484 progressivas em relação a manter e permitir o retorno seguro ao voo de equipamentos. É, para efeito de controle da manutenção, fazer a programação de Técnicos e serviços para efetivamente realizar todas as tarefas conhecidas segundo as prioridades estabelecidas no Plano de Manutenção. Em linha de revisão, oficina e equipe, significa programar e sequenciar trabalho individual na ordem a cumprir mais lógica e prática possível para evitar desperdício de esforço, prevenir interrupções que possam ocorrer por interferência entre atividades e promover práticas eficientes de modo a assegurar a mais alta qualidade possível. 2.3.27 Controle de Manutenção é a atividade que compreende ações gerenciais da manutenção, tais como acompanhamento de inspeções periódicas de aviões, motores, reparáveis, trabalháveis, bancadas de teste e EAS, de calibrações de equipamentos de medida de precisão, de material com Tempo Limite de Vida (TLV), de registro de reparos nas aeronaves, motores, conjuntos maiores, bancadas de teste e EAS, de coleta de dados de defeitos de material aeronáutico, registro de incorporação de DT do material aeronáutico, incluindo o seguimento de sua incorporação, de controle e atualização das publicações técnicas, DT, etc. 2.3.28 Entre outras ações, a Engenharia de Manutenção realizará o controle de configuração dos equipamentos sob sua incumbência, pela checagem do lançamento do apontamento das DT aplicadas em cada um, e estudará a incidência de defeitos em seus constituintes, através da avaliação, análise e emissão de relatórios e/ou outros documentos resultantes da coleta de registros de falhas, ambos em coordenação com o Controle de Qualidade (Inspetoria Técnica). 2.3.29 Programa de Trabalho Anual (PTA) é o conjunto de metas e tarefas a serem desenvolvidas pela DIRMAB e suas Organizações subordinadas durante um determinado ano, desdobradas e deduzidas das metas e diretrizes do COMGAP e dos demais Órgãos superiores, priorizadas de acordo com o cenário logístico vislumbrado para o período e condicionadas à previsão de recursos disponíveis ao seu cumprimento. 2.4 PROCEDIMENTOS GERAIS 2.4.1 A missão da manutenção no COMAER é executar tarefas que visam conservar o material aeronáutico de acordo com a sua condição de projeto e, quando houver defeitos, restabelecê-lo para permitir sua utilização, mantendo a sua capacidade de realizar missões, com o enfoque sendo de realizar aquela programada, pois assegura estar pronta quando necessário. 2.4.2 O método utilizado pelo COMAER para operar com confiabilidade ao longo do tempo e garantir disponibilidade de aviões de forma segura e eficaz é a abordagem consciente e disciplinada para com a sua manutenção. 2.4.3 O encargo da Seção de Material de uma OM é entregar aeronaves e equipamentos sob sua guarda aeronavegáveis à Seção de Operações, o que significa estarem seguras, reabastecidas dos fluidos previstos, completados ou retardados os serviços de manutenção, neste último caso devidamente justificados, e configurados segundo a demanda, em tempo de atender as necessidades. Em síntese, a aeronave estará com todas as tarefas obrigatórias e não passíveis de postergação estabelecidas no Plano de Manutenção cumpridas. 2.4.4 As UAe executarão, antes de tudo, os trabalhos de manutenção programada e não programada na aeronave. Isto significa que o Operador é responsável por conservar as condições de aeronavegabilidade daquelas que é detentor e por atualizar sua documentação. MCA 66-7/2017 25 de 484 Também, a operação segura dela é sua atribuição, isto significando que todos as restrições estabelecidas em OT aplicável (limites), inclusive aquelas referentes ao envelope de voo, serão respeitadas. 2.4.5 Os Órgãos de manutenção buscarão estreito relacionamento com os usuários dos equipamentos para implementar as ações necessárias e obter o seu melhor desempenho, maior durabilidade e menor custo operacional. 2.4.6 A FAB será capaz de executar os serviços de manutenção em seus aviões, sistemas e/ou conjuntos maiores imprescindíveis à garantia da pronta resposta. 2.4.7 Todos os níveis gerenciais do SISMA e o Comandante de uma Unidade do COMAER enfatizarão segurança, qualidade e pontualidade ao executar manutenção de aeronave sob seu encargo. 2.4.8 Os serviços de manutenção terão como alicerce um eficiente Sistema de Garantia de Qualidade aeronáutica (Inspetoria Técnica) implantado nos órgãos do SISMA. 2.4.9 O conceito de qualidade, e da garantia desta, será estimulado por cada Oficial ou Inspetor de Manutenção com o fim de manter a capacidade de qualquer Técnico, e toda atividade será conduzida de forma a sustentá-la. (Ver Anexo L - PROGRAMA DE GARANTIA DA QUALIDADE.) 2.4.10 A qualidade será rastreável pelo registro de todos os fatos significativos na história de uma aeronave, de forma a garantir a sua aeronavegabilidade. Isto será efetivado através de apontamentos previstos em documentos estabelecidos neste e em outros documentos do SISMA, em particular aqueles consumados nos Livro de Registro de Aeronave (LRA) - RELATÓRIO DE VOO, LRA - LOG BOOK e SILOMS (cartões de inspeção e FCDD). Sempre que qualquer um deles for completado manualmente, será usada letra de forma para caracteres alfabéticos e algarismos arábicos para aqueles numéricos, evitando ao máximo cometer erros, efetuar rasuras ou omitir dados. Além disto, a escrita será realizada com clareza, evidenciando-se se é “6”, “C” ou “G” (colocar um traço horizontal na extremidade inferior direita deste), se é ”I” (introduzir um traço horizontal nas suas bases superior e inferior) ou “1” (colocar um traço horizontal na sua parte de baixo), e se é “S” ou “5”. Também, cortar-se-á sempre o “0” (zero) e o “7”(sete). Ainda, o Responsável pela Manutenção assegurar-se-á que as entradas realizadas pelos Técnicos de Manutenção a si subordinados estarão sempre atualizadas, completas, corretas e legíveis. Se nenhuma cor de caneta for referida para designar como será o preenchimento de um espaço em documento de manutenção, será empregada a azul. Se incorreções forem feitas, pôr-se-á risco horizontal vermelho na informação inexata e feita entrada com o dado correto. Também estão autorizados ser usados máquina de escrever e/ou computador para o completamento, exceto onde seja permitido o assentamento a lápis. 2.4.11 Os aplicativos do SILOMS fazem diversas críticas quanto à validade dos dados dos registros de documentos do SISMA. Mesmo assim, é fundamental ter a máxima atenção ao preencher os seus campos, pois nem todas as ocorrências serão corrigidas automaticamente ou não serão aceitas, e uma grafia ruim tem o risco de ser digitada erradamente, com consequências imprevisíveis. 2.4.12 As atividades de manutenção no SISMA devem valer-se de um sistema de elaboração e gerenciamento de publicações técnicas de forma a atender às necessidades de seus elos. MCA 66-7/2017 26 de 484 2.4.13 Os dados de um conjunto maior, subconjuntos e/ou item, tais quais número de parte, nomenclatura e fabricante, a serem lançados em formulários ou documentos do SISMA serão ILLUSTRATED PARTS CATALOG consultar-se-á a DT de implantação do item ou mesmo o SILOMS, caso já conste em seu banco de dados. Se ocorrer divergência entre as informações existentes nessas documentações e aquelas implantadas no SILOMS, o fato deve ser comunicado imediatamente ao PAMA Central do Projeto, de modo que tal não conformidade seja solucionada e a documentação e/ou o SILOMS, corrigidos. 2.4.14 A DIRMAB avaliará, diretamente ou não, o desempenho da manutenção de aviões de um elo do SISMA por meio de Auditoria, Visita de Assistência Técnica e indicadores logísticos, e identificará áreas que requeiram melhorias em termos de atualização, orientação e aplicação dos procedimentos técnicos e administrativos estabelecidos neste e em outros documentos do SISMA. (Ver Capítulo 17 AUDITORIA DE MANUTENÇÃO E VISITA ASSISTÊNCIA TÉCNICA.) 2.4.15 Os Comandantes de uma OM do COMAER envidarão esforços para máximo aproveitamento da capacidade instalada dos PAMA, Bases Aéreas e outras OM em termos de infraestrutura e pessoal para apoiar as aeronaves sob seu encargo. 2.4.16 Ao Comandante de uma OM do COMAER caberá alocar recursos humanos e materiais a fim de atender aos requisitos da missão atribuída à sua Unidade. Além do determinado em outros tópicos deste documento, do aspecto logístico: a) cumprirá e fiscalizará o cumprimento do constituído neste documento e em outras normas do SISMA; b) assegurar-se-á que não serão atribuídos encargos excessivos ao pessoal de manutenção, pois, se os aviões não estão disponíveis, redução no esforço aéreo é imprescindível, considerando a necessidade de uma relação equilibrada entre o cumprimento da missão e a capacidade de manutenção; c) não se preocupará apenas com problemas imediatos das aeronaves sob sua responsabilidade, mas com a sua situação e condição no longo prazo, dentro do nível de manutenção atribuído a sua OM; d) realizará reuniões semanais, de modo a rever os problemas de manutenção ocorridos em períodos anteriores e planejar os seguintes, focando-se em identificar e orientar a resolução de questões relativas à programação de voo e manutenção; e) executará encontro diário com subordinados imediatos, que incluirá, no mínimo, uma revisão das atividades dos dias anterior, atual e seguinte, e enfocará a identificação e resolução de problemas, de modo a poder executar a programação de voo e de manutenção estabelecidas; f) manterá o assentamento em ordem e em dia de LRA - RELATÓRIO DE VOO, LRA - LOG BOOK e SILOMS. As anotações seguirão as instruções contidas nesta e em outras legislações existentes, e salvaguardadas quando contiverem informações classificadas. Poderá delegar esta tarefa ao Responsável pela Manutenção e/ou outro Oficial da área de Material da OM, encerrando igualmente nesta transmissão a assinatura. MCA 66-7/2017 27 de 484 2.4.17 O Responsável pela Manutenção de uma OM do COMAER utilizar-se-á eficazmente dos recursos logísticos disponíveis (pessoal, material e informação) com planejamento e controle, de modo a assegurar o cumprimento da missão atribuída, enfatizando segurança, qualidade e pontualidade na execução das tarefas; do mesmo modo, criará a capacidade de apoiá-la pelo suporte aos aviões sob sua responsabilidade em tempo de paz ou de guerra. 2.4.18 A disciplina na manutenção envolverá integridade em todos os aspectos de seu processo. É responsabilidade de cada componente do setor de Manutenção de uma OM, em especial dos Técnicos de Manutenção, acatar, seguir e fazer cumprir as normas do SISMA e da OT aplicável para assegurar que um reparo e/ou inspeção, bem a sua documentação de registro, sejam feitos de modo correto, seguro, oportuno e eficaz. 2.4.19 O Responsável pela Manutenção de uma OM do COMAER estabelecerá, terá, aplicará e fiscalizará disciplina de manutenção. 2.4.20 A disciplina na manutenção inclui, entre outros aspectos, o uso de equipamento de proteção coletiva (EPC) e equipamento de proteção individual (EPI) previsto em legislação específica, considerando a exposição dos Técnicos de Manutenção a uma variedade de situações perigosas (máquinas, equipamentos e produtos químicos, biológicos e radiológicos), com a maioria das situações de risco podendo ser evitada pela prática de procedimentos seguros e/ou solicitação de auxílio quando necessário. (Ver Anexo S - PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA.) 2.4.21 Ao Responsável pela Manutenção de uma OM do COMAER caberá atender os requisitos de manutenção de aeronaves sob sua incumbência de modo a ponderar a quantidade de saídas realizadas e a situação de disponibilidade e confiabilidade da frota. Afora o deliberado em outras partes deste Manual: a) coordenará o emprego de aviões com requisitos de manutenção e estabelecerá prioridades de serviço pelo emprego eficaz de planejamento e controle das atividades programadas e não programadas; b) padronizará o conteúdo dos requisitos específicos de aeronave que sua UAe é detentora e fornecerá instrução adicional, em forma de PoP e/ou NPA, sobre o Plano de Manutenção e processos não abrangidos pela OT aplicável com detalhe suficiente para cumprimento da tarefa no seu nível de manutenção, de modo a minimizar a necessidade de suplementar qualquer instrução aos subalternos; c) assegurar-se-á que: - procedimentos deste documento e da OT aplicável estão sendo seguidos; - a força de trabalho está distribuída com harmonia nos períodos de serviços, inclusive quando da necessidade de serão; - somente Técnicos de Manutenção habilitados estão realizando as atividades previstas e no tempo mínimo; - o Programa de Treinamento está vigente; - a disciplina de manutenção está sendo praticada; - os procedimentos estão padronizados; MCA 66-7/2017 28 de 484 - a estrutura organizacional está funcionando adequadamente e as normas e orientações do SISMA estão sendo seguidas; - a capacidade de efetuar manutenção está sendo considerada nas atividades aéreas; - somente as ações de manutenção autorizadas pela DIRMAB e PAMA Central/Oficina estão sendo executadas. Também, são cumpridas estritamente as ações de manutenção definidas nos Planos de Manutenção das aeronaves e aquelas adicionais, eventualmente estabelecidas pelo PAMA Central; - os procedimentos previstos para efetuar inspeções estão sendo realizados; - a troca e a reutilização de ITT e ITC seguem a regulamentação pertinente; - os EAS estão devidamente controlados e utilizados conforme prescrito; - a movimentação de aeronave, componente ou EAS está observando o constituído na legislação; - a participação em Reunião com Operadores (ROP) e as orientações das Visitas de Assistência Técnica (VAT) estão sendo cumpridas de modo eficaz; - a estocagem de aeronaves e componentes estão de acordo com a ordenação constituída; - a desativação de aviões e o descarte de materiais atendem o estabelecido; - o Programa de auditoria interna está vigente; - o Programa de prevenção, controle e combate da corrosão está sendo conduzido de modo ativo; - a filosofia de MRM está sendo aplicada e palestras anuais sobre o tema realizadas; - a coordenação com os bombeiros e o setor de Operações do aeródromo ocorre quanto a procedimentos de proteção a aeronaves, equipamentos e instalações quanto a condições climáticas adversas; - o plano de longo prazo indica as necessidades de manutenção, melhoramento e atualização das instalações de Manutenção da OM; - as recomendações de segurança do trabalho estão sendo observadas; - aviões e instalações estão protegidas e seguras; d) supervisionará os lançamentos nos LRA - RELATÓRIO DE VOO e LRA - LOG BOOK de cada aeronave que sua OM é detentora, de modo a observar o preconizado neste e em outros documentos do SISMA, mantendo seus registros em perfeito estado e em dia; e) sugerirá o estabelecimento de procedimentos escritos em DT ou PoP para: - investigar e sanar, se possível, falhas, em especial aquelas consideradas NFF e CND. (Ver no Anexo X - DEFINIÇÕES para suas definições); MCA 66-7/2017 29 de 484 - atualizar as publicações técnicas pelas Subseções envolvidas em seu uso e determinar a sua consulta pelo menos nas atividades apontadas neste documento; - coletar dados para o SILOMS com a Inspetoria Técnica e Equipes de Manutenção, corrigindo-os se encontrada discrepância; - obter e divulgar indicadores logísticos. (Ver Capítulo 14 INDICADORES LOGÍSTICOS e Capítulo 15 RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DE PROJETO); - controlar e cumprir as normas de canibalização. (Ver Capítulo 19 CANIBALIZAÇÃO DE AERONAVE E/OU EQUIPAMENTO); - efetuar e satisfazer o estabelecido para descontaminação de aeronave. (Ver Capítulo 13 DESCONTAMINAÇÃO DE AERONAVE); - operar o Programa de Desinterdição de Pista; e - atender o Programa Lead the Fleet estabelecido pelo PAMA Central. (Ver Anexo G - ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE MANUTENÇÃO); f) fará reunião diária com os Oficiais do setor de Manutenção com o objetivo de verificar a utilização de aeronaves e equipamentos e estabelecer requisitos de manutenção programada do decorrer do dia e dos seguintes, apontar prioridades de trabalho e coordenar mudanças no cronograma já prescrito quando da ocorrência de manutenção não programada; g) assessorará o Comandante quanto a pedidos de assistência técnica a PAMA Central/Oficina, quando pertinente; h) administrará ou determinará que seja administrada palestra anual sobre Fatores Humanos na Manutenção de Aeronaves; e i) atenderá as deliberações logísticas para a OM não explicitadas nas alíneas precedentes, entretanto apontadas neste e/ou em outros documentos do COMAER. 2.4.22 A falha em reconhecer a extensão de prontidão necessária para um equipamento pode resultar em aceitação excessiva de deficiências e atraso na manutenção. Por outro lado, requisitos elevados de prontidão podem causar a manutenção ser retardada com o mesmo resultado. Os extremos servem para reduzir a capacidade de missão de uma UAe, devendo ser evitados. 2.4.23 Todos os materiais aeronáuticos usados em qualquer nível de manutenção de aeronave da FAB terão feitos planejamento e controle para o correto cumprimento do PTA de material aeronáutico. 2.4.24 Na aquisição de EAS, como testes e ferramentas, aplicados pelo SISMA considerar- se-á a padronização para facilitar as atividades de apoio. 2.5 SILOMS 2.5.1 Informações Logísticas incluem os recursos necessários para assegurar que um fluxo de dados efetivo e eficiente é provido pelas e às Organizações responsáveis pela execução das tarefas de manutenção. Neste fluxo, para a FAB, estão contidas as ligações necessárias entre MCA 66-7/2017 30 de 484 fabricantes, fornecedores, Órgãos de apoio à manutenção do SISMA e Organizações Fornecedoras de Serviços de Manutenção (OFSM). 2.5.2 A ferramenta gerencial da manutenção, suprimento e apoio administrativo do SISMA é o Sistema Integrado de Logística de Materiais e de Serviços (SILOMS). É um aplicativo de informática (software) de apoio à decisão administrativa em que são lançados dados de acervo, feitas estatísticas e obtidas indicações de desempenho para o planejamento e controle dos serviços e necessidades da frota. De igual modo, é um sistema de tecnologia da informação desenvolvido pelo COMAER que consiste em um meio de coleta e armazenamento de dados logísticos, permitindo a análise, controle e planejamento de atividades e finanças pela sua gerência. 2.5.3 O SILOMS foi criado com o fim de informatizar, de forma integrada e modular, as funções e atividades logísticas, visando propiciar o planejamento e o controle em todos os seus níveis, incluindo os recursos humanos, materiais, equipamentos, fornecedores e distribuidores. (Ver Anexo B - INFORMAÇÃO NA CADEIA LOGÍSTICA.) 2.5.4 A missão do SILOMS é oferecer às Organizações do COMAER meios de gestão do setor de maneira corporativa, integrada, efetiva e atualizada, segundo Tecnologias de Informação apropriadas a garantir o pronto atendimento, a segurança dos dados e a satisfação dos usuários. Assim, possibilita melhorar a prontidão e sustentabilidade dos sistemas de armas da FAB, aumentando a disponibilidade, precisão e o fluxo de informações essenciais à sua manutenção. 2.5.5 No módulo Manutenção do SILOMS é realizado o planejamento dos recursos necessários a cada Projeto e programação dos serviços, controle e análise de defeitos e obtenção de indicadores logísticos. Os seus submódulos são: a) Produção, que consente registrar inspeções preventivas e corretivas, averbar DT aplicadas, inserir, recolher materiais e acompanhar programas de trabalho; b) Controle, o qual permite controlar a produção, configuração, utilização, disponibilidade operacional e localização de equipamento; c) Planejamento, que faculta gerenciar implantação de material, delinear manutenções, planejar verificações das aeronaves e itens reparáveis, planejar aquisições de material e estabelecer necessidade de recursos financeiros; d) Engenharia, o qual admite analisar exames técnicos, DT, confiabilidade, mantenabilidade, nacionalização, calibração, pesagem e realizar assessoramento; e e) Publicação, que deixa consumar recebimento, distribuição, cadastramento, empréstimo e requisição de publicações técnicas. 2.5.6 Produção de manutenção é a quantidade de serviço de manutenção em aeronave, equipamento ou componente praticada pelas Organizações do SISMA, de acordo com o PTA de material aeronáutico elaborado pela DIRMAB. 2.5.7 O objetivo do SILOMS é fornecer informações e auxiliar na tomada de decisões em todos os níveis de apoio logístico de uma aeronave. Inclui aplicativos que suportam os MCA 66-7/2017 31 de 484 processos de manutenção que serão usados para documentar as suas ações e, assim, determinar o status da frota. 2.6 PROCEDIMENTOS COM O SILOMS 2.6.1 As atividades de gerenciamento e controle de materiais e serviços de manutenção no âmbito do COMAER serão executadas através da ferramenta SILOMS. 2.6.2 O SILOMS será empregado com o objetivo de padronizar os métodos e processos de gerenciamento e controle de manutenção do SISMA, bem como as publicações técnicas pertinentes e os procedimentos em geral, refletindo o conjunto de procedimentos (doutrina) estabelecido para a realização das atividades do SISMA. A evolução dessa doutrina implicará, obrigatoriamente, em ocorrer o mesmo com o SILOMS. 2.6.3 É vital o seu uso correto por todos os elos do SISMA, especialmente durante operações de contingência, para obter dados de manutenção apropriados em locais inóspitos, de modo a permitir análise de ações a tomar por escalões superiores. 2.6.4 Qualquer dado relevante do SISMA estará contido no SILOMS, sendo compulsório o seu preenchimento com valores exatos e confiáveis com o intuito de manter e poder melhorar os indicadores de disponibilidade, confiabilidade, mantenabilidade e suprimento. 2.6.5 Avaliar a disponibilidade, e em consequência a confiabilidade e a mantenabilidade, em uma OM não será uma preocupação apenas da DIRMAB e/ou PAMA Central/Oficina de um Projeto. O Comandante de uma UAe e o Responsável pela Manutenção dela sempre observarão as deficiências dos aviões dos quais é detentora nesses aspectos para determinar aquelas causadas por fatores locais, e se possível os externos, revendo as tendências estatísticas de manutenção e suprimento, em especial aquelas que demandam reparo com grande consumo de H/h. 2.6.6 Informação na manutenção é iniciada quando uma tendência ou estado é descoberto, mas não se limita, a respeito de aeronave. Ela será compartilhada com outros Operadores e dar a mais ampla divulgação, a fim de prevenir ou reduzir a possibilidade de incidente ou acidente, ferimento em pessoa ou dano em equipamento ou propriedade do COMAER. 2.6.7 Entradas de dados SILOMS não têm que ser feitas pela mesma pessoa que deu entrada nos formulários, mas a identif