Patologia Básica do Membro Superior PDF
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This document presents information on upper limb pathology, focusing on basic aspects of fracture and dislocation analysis. The author(s) is/are not mentioned. The document's format is a presenation with slide titles and illustrative images.
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MEMBRO SUPERIOR PATOLOGIA BÁSICA ANATOMIA IMAGIOLÓGICA I LICENCIATURA EM IMAGEM MÉDICA E RADIOTERAPIA ANO LETIVO 24/25 Fraturas Luxações INTRODUÇÃO À PATOLOGIA TRAUMÁTICA ©RMP ([email protected]) FRATURA...
MEMBRO SUPERIOR PATOLOGIA BÁSICA ANATOMIA IMAGIOLÓGICA I LICENCIATURA EM IMAGEM MÉDICA E RADIOTERAPIA ANO LETIVO 24/25 Fraturas Luxações INTRODUÇÃO À PATOLOGIA TRAUMÁTICA ©RMP ([email protected]) FRATURA Rutura completa ou incompleta da continuidade óssea FRATURA Traumática Patológica De stress Completa Quanto à forma podem ser: Incompleta – Transversas (1) – Obliquas (2) Desalinhada – Espirais (3) – Cominutivas (4) Fechada – De compressão (5) – Em depressão Exposta 5 1 2 3 4 Fonte: Davies and Pettersson, 2002 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 3 DIAGNÓSTICO IMAGIOLÓGICOS DE FRATURAS ACHADOS IMAGIOLÓGICOS Perda da continuidade ósseas – Aparecimento de linha hipodensa (devido aos tecidos moles, hematoma) – Aparecimento de de linha/área densa, quandos os topos da fratura se sobrepõem Desalinhamento ósseo – Importante a realização de 2 planos, (ortogonais de preferência) Identificação da fratura (algumas fraturas apenas são visíveis em um dos planos) Avaliação adequada do grau de deformidade e desalinhamento. 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 4 DIAGNÓSTICO IMAGIOLÓGICOS DE FRATURAS ASPECTOS RELEVANTES NO DIAGNÓSTICO IMAGIOLÓGICOS DE FRATURAS Abranger ambas as articulações no caso dos ossos longos Algumas fraturas não são visiíveis nas radiografias iniciais. – Fraturas não desalinhadas de ossos maioritáriamente esponjosos – Fraturas de stress 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 5 FRATURAS EM PEDIATRIA Fratura Completa Em Ramo Verde Completa Ramo Buckle or Tipo Deformação (Buckle or Torus) Verde Torus Flauta Compressão Compressão (Pipe) Tipo Flauta Deformação É uma fratura que atinge toda (Toddler’s) Da Infância a cortical óssea, ficando os topos de fratura totalmente Epifisárias ou Metapifisárias separados pela linha de fratura Arrancamento 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 6 FRATURAS EM PEDIATRIA Fratura Completa Em Ramo Verde Completa Ramo Buckle or Tipo Deformação (Buckle or Torus) Verde Torus Flauta Compressão Compressão (Pipe) Tipo Flauta Deformação É uma fratura incompleta. De um lado, o osso cortical está (Toddler’s) Da Infância partido, do outro dobra Epifisárias ou provocando uma deformação com Metapifisárias flexão do osso cortical com a concavidade do lado dessa flexão. Arrancamento 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 7 FRATURAS EM PEDIATRIA Fratura Completa Em Ramo Verde Completa Ramo Buckle or Tipo Deformação (Buckle or Torus) Verde Torus Flauta Compressão Compressão (Pipe) Tipo Flauta É uma deformação do Deformação osso cortical produzido (Toddler’s) Da Infância por compressão (impactação). Epifisárias ou Tipicamente visto na Metapifisárias metáfise de ossos Arrancamento longos particularmente o rádio e o cúbito 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 8 FRATURAS EM PEDIATRIA Fratura Completa Em Ramo Verde Completa Ramo Buckle or Tipo Deformação (Buckle or Torus) Verde Torus Flauta Compressão Compressão (Pipe) Tipo Flauta Deformação É uma combinação de uma fratura (Toddler’s) Da Infância transversa incompleta de uma das Epifisárias ou corticais e uma buckle fracture no Metapifisárias lado oposto Arrancamento 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 9 FRATURAS EM PEDIATRIA Fratura Completa Em Ramo Verde Completa Ramo Buckle or Tipo Deformação (Buckle or Torus) Verde Torus Flauta Compressão Compressão (Pipe) Tipo Flauta Deformação Usualmente resulta numa (Toddler’s)Da Infância deformação em curva do osso, sem uma fratura evidente, em Epifisárias ou regra associado a fratura de um Metapifisárias osso adjacente. Radio, cúbito e perónio são os ossos mais Arrancamento atingidos 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 10 FRATURAS EM PEDIATRIA Fratura Completa Em Ramo Verde Completa Ramo Buckle or Tipo Deformação (Buckle or Torus) Verde Torus Flauta Compressão Compressão (Pipe) Tipo Flauta Deformação Fratura encontrada em crianças da primeira infância (usualmente quando estão a (Toddler’s) Da Infância aprender a andar) sem história clara de traumatismo. São detetadas Epifisárias ou inesperadamente fraturas sem Metapifisárias desalinhamento. Descritas pela primeira vez Arrancamento para a Tíbia podem atingir o femur distal e o calcâneo. 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 11 FRATURAS EM PEDIATRIA Fratura A linha epifisária é local frequente de lesão traumática devido às suas características. Completa Salter-Harris classification é a classificação usada para as fraturas epifisárias, sendo o tipo II o mais frequente. Em Ramo Verde Uma das complicações mais frequentes destas fraturas é ossificação precoce da linha epifisária. (Buckle or Torus) Compressão (Pipe) Tipo Flauta Deformação (Toddler’s)Da Infância Muito 5% 75% 10% 10% raro Epifisárias ou Metapifisárias Arrancamento 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 12 FRATURAS EM PEDIATRIA Fratura Fratura comum com outras faixas estárias, de arrancamentos ósseos nas inserções de tendões ou Completa ligamentos. Nos adolescentes são os centros de crescimento Em Ramo Verde acessórios (das apófises) que são particularmente (Buckle or Torus) propensos a lesões por arrancamento (ou avulsão). Compressão Local mais frequente de occorrência é a pelvis (Pipe) Tipo Flauta Durante a fase de cura, o calo ósseo pode mimificar uma formação óssea tumoral. Deformação (Toddler’s)Da Infância Epifisárias ou Metapifisárias Arrancamento 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 13 PROCESSO DE CURA ÓSSEO DE FRATURAS Fase inflamatória: – Forma-se um hematoma no local da lesão Fase de reparação – Os topos da fratura são privados do suprimento vascular, resultando na reabsorção dos mesmos; Fraturas difíceis de visualizar inicialmente tornam-se mais evidentes nesta fase – As células que revestem o córtex começam a produzir osso imaturo (calo), visível como uma calcificação fraca em torno da fratura. Fase de remodelção – O calo imaturo é substituído por osso compacto (osso cortical) e osso esponjoso com a respetiva cavidade medular. 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 14 COMPLICAÇÕES DE FRATURAS COMPLICAÇÕES DE FRATURAS INTRÍNSECAS EXTRÍNSECAS Consolidação Consolidação Lesão de vasos, Tardia viciosa Lesão de viscera nervos ou tendões adjacentes oca Não consolidação Encurtamento Atrofia de Necrose Infeção Tromboembolismos Sudecks (distrofia Avascular simpático reflexa) Patologia Articular Degenerativa 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 15 LUXAÇÃO Deslocamento completo de uma articulação Com deslizamento de uma das superfícies articular sobre a outra com perda total do contacto articular Em caso de não haver perda completa do contacto articular, apenas perda parcial do contacto articular estamos perante uma SUBLUXAÇÃO A luxação pode ocorrer isoladamente ou associada a fratura, passando a chamar-se FRATURA-LUXAÇÃO 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 16 PATOLOGIA TRAUMÁTICA DO MEMBRO SUPERIOR 27/11/2024 ©RMP ([email protected]) 17 FRATURAS DA CINTURA ESCAPULAR FRATURAS DA CLAVÍCULA – O terço médio é o local mais frequente das fraturas da clavícula 70% ocorrem no terço médio 20% ocorrem no terço distal. – Local mais frequente de fratura na Infância 50% ocorre em crianças abaixo dos 10 anos; Ocasionalmente ocorre durante o parto; Nas crianças podem ocorrer fraturas incompletas (ramo verde) – Nos adultos o mais comum é ocorrer fratura transversa da clavicula. – Quando completa, a fratura da clavícula tende a ficar desalinhada subida do fragmento medial por tração dos músculos do pescoço Descida do fragmento distal devido ao peso do ombro – Raramente tem associada como complicação no caso das fraturas do terço médio a lesão da artéria subclávia 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 18 FRATURAS DA CINTURA ESCAPULAR FRATURAS DA OMOPLATA – Resultam usualmente de traumatismo direto da omoplata Muitas vezes associado também a outras lesões do tórax e coluna vertebral – Afetam maioritáriamente o corpo e colo da omoplata 80% ocorrem no corpo e colo da omoplata São pouco comuns fraturas do acrómio ou apófise coracóide – Fraturas da glenóide estão por regra associadas a outras lesões Luxação do ombro Avulsão da inserção do tricípete – Bordo inferior da glenóide 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 19 LUXAÇÕES DA CINTURA ESCAPULAR LUXAÇÃO ESTERNOCLAVICULAR – Lesão pouco comum Representa apenas 3% de todas a luxações da cintura escapular – A maior parte são luxações anteriores A superficie articular medial da clavícula desloca-se anteriormente; Associada a mecanismos de lesão indiretas – usualmente golpes no ombro que provocam mecanismo de alavanca do topo medial para anterior – Luxações posteriores são muito raras, mas estão associadas com lesões dos grandes vasos mediastínicos Relação de 1:9 (luxação posterior:luxação anterior) – São lesões de dificil identificação em radiografias convencionais Uma incidência AP axial em que o raio central seja angulado 40º cefálicos pode ajudar na identificação da patologia A tomografia computorizada é uma excelente modalidade para a confirmação da patologia 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 20 LUXAÇÕES DA CINTURA ESCAPULAR LUXAÇÃO ACRÓMIOCLAVICULAR – Lesão mais comum quando comparada com a luxação esternoclavicular 12% das luxações da cintura escapular – Traumatismos indiretos levam a rutura dos ligamentos que suportam a articulação – A luxação acrómioclavicular pode ir de uma subluxação menor até ao deslocamento completo da clavícula Subluxações requerem radiografias em stress para que seja possivel identificar estas lesões – A articulação acromioclavicular no adulto deve medir entre de 3-8 mm – Nas crianças podemos estar perante uma pseudoluxação quando se dá fratura da clavícula distal 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 21 LUXAÇÕES DA CINTURA ESCAPULAR LUXAÇÃO DO OMBRO (GLENOUMERAL) – Luxação mais comum 50% de todas as luxações no corpo Pouco frequente em crianças – Classificação de acordo com a direção da deslocação da cabeça umeral em relação à cavidade glenóide Anterior (95% das luxações do ombro) Posterior (5% das luxações do ombro) Inferior Superior – Luxação Anterior A cabeça umeral desloca-se anteriormente e aloja-se abaixo da apófise coracóide (mais frequentemente) ou da cavidade glenóide Complicações: – Fratura do tróquiter – 15% – Fratura do bordo anterior da glenóide – 8% 40% das luxações anteriores são recorrentes – Luxações crónicas recorrentes vão provocar um defeito na superficie posterolateral da cabeça umeral 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 22 LUXAÇÕES DA CINTURA ESCAPULAR LUXAÇÃO DO OMBRO (GLENOUMERAL) (CONTINUAÇÃO) – Luxação Posterior Luxações do ombro raras – 50% destas luxações são omissas na primeira observação do paciente – Associadas a crise convulsivas Quando luxado, o úmero fica em rotação externa – Sinal “lampada elétrica” Outro sinal imagiológico é a perda de congruência da articulação glenoumeral São fácilmente diagnosticadas em incidências de perfil ou transaxilar Luxações crónicas recorrentes vão provocar um defeito na superficie anterolateral da cabeça umeral 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 23 FRATURAS DO ÚMERO PRÓXIMAL FRATURAS DO TRÓQUITER – Podem dividir-se em: Alinhadas “fratura escondida” Não alinhadas (desalinhadas) – Muitas vezes associadas a luxações anteriores do ombro 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 24 FRATURAS DO ÚMERO PRÓXIMAL FRATURAS DO COLO UMERAL – Afeta a metáfise próximal do úmero Usualmente a fratura dá-se no colo cirúrgico – Fratura muito comum em mulheres idosas – Pouco comuns em crianças Quando acontecem, são por regra fraturas epifisárias (Salter-Harris do Tipo I) 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 25 FRATURAS DO ÚMERO PRÓXIMAL 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 26 FRATURAS DA DIÁFISE DO ÚMERO FRATURA DA DIÁFISE DO ÚMERO – Afeta usualmente o terço médio do úmero – Fraturas em epiral Resultado de trauma indireto – Fraturas transversas Usualmente por golpes diretos – Fraturas com desalinhamentos podem apresentar complicações Lesão do nervo radial 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 27 FRATURAS DA DIÁFISE DO ÚMERO 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 28 FRATURAS DO COTOVELO Local comum de lesão, com especial incidência em crianças A incidência apresenta dois grupos estários preferênciais: – Jovens adultos (forças mecanicas elevadas) – Mulheres idosas (forças mecânicas baixas ) O cotovelo apresenta uma anatomia relativamente complexa – Algumas lesões apresentam por isso sinais muito subtís Sinais imagiológicos que ajudam no diagnóstico de lesões do cotovelo: – Avaliação dos centros de ossificação – Sinal da bolsa adiposa – Linha umeral anterior – Linha radiocapitelar 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 29 FRATURAS DO COTOVELO AVALIAÇÃO DOS CENTROS DE OSSIFICAÇÃO – O cotovelo possui 6 centros de ossificação: Capitulo Tacicula Radial Epitróclea (Condilo interno) Tróclea Olecrânio Epicondilo Lateral – O acrónimo CRITOL ajuda a memorizar a ordem 2 meses 4 meses 2 anos 4 anos mais comum de surgimento dos centros de ossificação do cotovelo A idade em que aparece o centro de ossificação é o menos importante A ordem em que aparecem os centros de ossificação é que é realmente importante 6 anos 9 anos 10 anos C capitulo 3 meses R tacícula radial (radial head) 6 meses I Epitróclea (internal epicondyle) T tróclea O olecrânio L epicôndilo lateral (lateral epicondyle) 12 anos Fonte: Davies and Pettersson, 2002 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 30 FRATURAS DO COTOVELO SINAL DA BOLSA ADIPOSA – O cotovelo possui 2 bolsas no interior da sua capsula articular Surgem na imagem de perfil como pequenas áreas hipodensas Bolsa adiposa anterior normal – Em pacientes normais: A bolsa posterior encontra-se escondida no interior da fossa olecraniana A bolsa anterior pode ser visível junto da superfície anterior do úmero distal – Em caso de derrame articular ou hemartrose (sangue no interior da articulação) as bolsas adiposas vão ficar deslocadas em relação à sua posição normal – Sinal da bolsa adiposa A visualização da bolsa adiposa posterior é sempre sinal de anormalidade A visualização da bolsa adiposa anterior só é considerada anormal se esta estiver deslocada anteriormente – Um sinal da bolsa adiposa positivo é sugestivo da presença de uma fratura Fraturas da tacícula radial nos adultos Fraturas supracondilianas nas crianças 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 31 FRATURAS DO COTOVELO LINHA UMERAL ANTERIOR – Incidência lateral do cotovelo Traçar uma linha ao longo do osso cortical anterior da diáfise do úmero Em casos normais, esta linha intercepta o capítulo entre no seu terço médio LINHA RADIOCAPITELAR – Incidências AP e Lateral do cotovelo Traçar uma linha ao longo da diáfise do rádio próximal deve interceptar o capítulo Se esta linha não interceptar o capítulo estamos perante um deslocamento tacícula radial ou do capítulo 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 32 FRATURAS DO COTOVELO Classificação de Fraturas do cotovelo: – Fraturas Do Úmero Distal Fraturas extrarticulares – Fraturas Supracondilianas – Fraturas de avulsão condilar Fraturas intrarticulares – Fraturas Condilares – Fraturas Intercondilares Fraturas Articulares – Fraturas do Capítulo e Tróclea – Fraturas da Tacícula Radial – Fraturas do Olecranio 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 33 FRATURAS DO COTOVELO FRATURAS INTERCONDILARES (INTRARTICULARES) – Fraturas comuns por trauma direto do cotovelo com flexão a mais de 90º Causa impacto do cúbito contra a tróclea – Ambas as colunas se encontram separadas do restante úmero – Podem ser classificadas: Classificação de Riseborough and Radin – Tipo I – Alinhada – Tipo II – Ligeiramente desalinhada, sem rotação entre os fragmentos condilares – Tipo III: Desalinhada com rotação – Tipo IV: Fratura muito cuminutiva da superfície articular Classificação de Mehne and Matta: – High T. – Low T – Y-type – H-type. – Medial. – Lateral 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 34 FRATURAS DO COTOVELO 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 35 FRATURAS DO COTOVELO FRATURAS SUPRACONDILIANAS (EXTRARTICULAR) – Fratura do cotovelo mais comum em crianças Cerca de 50% são fraturas em ramo verde – Fraturas tranversas da metáfise umeral distal – Sinais imagiológicos Perda da continuidade óssea do úmero distal Desalinhamento do fragmento distal para posterior, com a linha umeral anterior a passar no terço anterior do capítulo ou completamente anterior ao capítulo – Fraturas com desvios severos podem estar associados a compressão da artéria braquial CLASSIFICAÇÃO DE GARTLAND Tipo I Tipo II Tipo III 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 36 FRATURAS DO COTOVELO FRATURAS DE AVULSÃO CONDILAR (EXTRARTICULAR) – Arrancamento do côndilo medial (epitróclea) Muito raramente se dá arancamento do côndilo lateral (epicôndilo) – Nas crianças é necessário muita atenção, porque o côndilo medial pode migrar para o interior da articulação mimificando o centro de ossificação da tróclea 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 37 FRATURAS DO COTOVELO FRATURAS CONDILARES (INTRARTICULARES) – Fratura que abrange a superfície articular – Apenas uma das colunas se encontra separada do restante úmero Côndilo Medial (Epitróclea) e Tróclea Côndilo Lateral e Capítulo Epicôndilo Lateral Epicôndilo Medial 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 38 FRATURAS DO COTOVELO FRATURAS DO CAPÍTULO E DA TRÓCLEA (ARTICULARES) – Fraturas articular pura mais do cotovelo é a fratura do capítulo. – Identificada usualmente na incidência lateral com o fragmento a rodar anteriormente – Na incidência AP pode passar despercebida Apresenta aumento da densidade quando o fragmento se sobrepõe aos epicôndilos 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 39 FRATURAS DO COTOVELO FRATURAS DA TACÍCULA RADIAL – Fraturas muito comum do cotovelo Aproximadamento 1/3 de todas as fraturas do cotovelo – Muito comum em adultos – Nas crianças, por regra, tende a aparecer mais como uma fratura em ramo verda da zona do colo radial do que da tacícula radial – Pode ir de uma fratura alinhada até a uma fratura muito cuminutiva. 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 40 INCIDÊNCIAS PARA O ESTUDO DA TACÍCULA RADIAL Greenspam – Incidência de perfil do cotovelo com o radio central angulado 40 a 45º no sentido craniano – Total ausência de sobreposição do cubito com a tacícula radial – Melhor tolerada por paciente com fratura da Tacícula. 01-03-2013 Anatomia Imagiológica I ©rmp ([email protected]) 41 FRATURAS DO COTOVELO FRATURAS DO OLECRÂNIO – São resultado de: uma ação direta sobre a zona do olecrânio Contração do tricípete braquial enquanto o cotovelo está fixo e fletido – A contração do tricípete faz com que se veja na imagem uma desalinhamento acentuado do olecrânio Tipo I- Fratura avulsão Tipo II- transversa Tipo III – Espiral ou Tipo IV- fratura e luxação 27/11/2024 cominutiva Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 42 LUXAÇÕES DO COTOVELO – Terceiro local mais comum de luxação em adultos Só ombro e dedos apresentam maior incidência – Local mais comum de luxação em crianças abaixo dos 10 anos de idade – 85% luxações posteriores ou posterolaterais – 50% associadas a fraturas 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 43 FRATURAS DO ANTEBRAÇO FRATURA-LUXAÇÃO RADIOCUBITAL PROXIMAL – FRATURA DE MONTEGGIA – Fratura do terço proximal ou terço médio do cúbito, associado com a luxação da tacícula radial Incongruência da linha radiocapitelar – Em pediatria os achados imagiológicos dependem da forma da fratura (imagem ao lado) 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 44 FRATURAS DO ANTEBRAÇO FRATURA-LUXAÇÃO RADIOCUBITAL DISTAL – FRATURA DE GALEAZZI – Fratura do terço distal do rádio, associado com a luxação luxação posterior da articulação radiocubital É frequente apenas se conseguir identificar a luxação radiocubital distal na incidência de perfil 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 45 FRATURAS DO ANTEBRAÇO FRATURA DO RÁDIO E CÚBITO – Fraturas das diáfises do rádio e cúbito são mais frequentes em crianças Podem apresentar uma vasta gama de formas – Fraturas de deformação (Bow fractures) – Ramo Verde (Greenstick fractures) – Fraturas completas 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 46 FRATURAS DO PUNHO FRATURAS DO ANTEBRAÇO DISTAL – O antebraço distal é um local frequente de fraturas, apresentando especial incidência em 2 grupos etários: Crianças e Adolescentes – Fratura do rádio distal, ou rádio e cúbito distal é a fratura mais comum em pediatria; – As formas mais comuns de fratura são: » Buckle fracture (na metáfise) » Fraturas em ramo verde » Fraturas completas – A combinação de uma fratura completa do rádio distal com fratura em ramo verde do cúbitodistal são a combinação mais comum – Nos adolescentes a linha de crescimento é uma zona débil » Local frequente de fraturas epifisárias Idosos, com especial incidência em mulheres com alterações na densidade óssea – Quedas sobre o punho são o mecanismo mais comum de fratura – Fratura de Colle – deslocação do fragmento distal (usualmente rádio e cúbito) para posterior – Fratura de Smith – deslocação do fragmento distal para anterior » Menos comum 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 47 FRATURAS DO PUNHO FRATURAS DO ANTEBRAÇO DISTAL 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 48 FRATURAS DO PUNHO FRATURAS DO ESCAFÓIDE – É dos ossos do carpo o mais afetado por fraturas Práticamente todas as fraturas do carpo são fraturas do escafóide – Fraturas de arrancamento do processo dorsal do piramidal são as segundas mais comuns – O terço médio é o mais afetado – Pouco comum em pediatria Apenas baixa incidência de avulsões do polo distal – Os pacientes apresentam como sinais clínicos dor e sensibilidade na zona da base do Metacarpo I (Zona da tabaqueira anatómica) – Fraturas que na fase inicial podem passar despercebidas imagiológicamente Realização de incidências complementares Repetição das incidências alguns dias depois (10 dias) se a clínica o sugerir – Local de muito frequentes complicações Não consolidação Necrose avascular (fraturas do polo proximal tratadas inadequadamente ) Patologia degenerativa da articulação radiocárpica 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 49 LUXAÇÕES DO PUNHO LUXAÇÃO SEMILUNAR – É uma luxação onde apenas o semilunar se encontra fora da sua posição habitual – Sinais imagiológicas Na incidência PA o semilunar aparece triangular Na incidência lateral o semilunar encontra-se deslocado anteriormente em relação ao rádio e cúbito e ainda aos restantes ossos do carpo – A concavidade radial apresenta-se vazia LUXAÇÃO PERISEMILUNAR – É uma luxação onde todos os ossos do carpo, com excepção do semilunar se deslocam posteriormente Na incidência PA o semilunar aparece triangular Na incidência Lateral, a concavidade distal do semilunar apresenta-se vazia, mantemde-se o rádio e o semilunar numa perfeita linha linha – Muitas vezes associada com fratura do escafóide 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 50 FRATURAS DA MÃO FRATURAS DOS METACARPOS 1 2 – Fratura comum que abrange todas as idades – Podem ser fraturas da base, diáfise ou colo do metacarpo – Fraturas do colo dos metacarpos Usualmente são fraturas alinhadas Fratura do colo do 5º metacarpo normalmente 3 4 apresenta o fragmento distal desalinhado anteriormente – fratura do boxer; (4) – Fratura da base do Metacarpo I Transversa (ou obliqua curta) (6) – Não involve a superfície articular – Fratura estável – usualmente sem necessidade de tratamento cirúrgico 5 6 Fratura de Bennett (5) – Fratura- luxação da base do 1º Metacarpo – Traço de fratura obliquo através da base do Metacarpo I com atingimento da superfície articular – Fratura com maiores problemas, usualmente instável e com necessidade de fixação interna. 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 51 FRATURAS DA MÃO FRATURAS DAS FALANGES 1 2 3 4 – Fratura relativamente comum. Pode apresentar várias formas – Nas crianças é comum acontecerem fraturas epifisárias de separação da linha de crescimento (1) Dedo de Mallet (4, 6) – Rutura da zona de inserção do tendão extensor na superfície dorsal da base dafalange distal Associado a mecanismos de flexão bruscos da articulação interfalangica distal – O paciente apresenta-se com deformidade em flexão da articulação interfalangica distal Pode ser visível um pequeno fragmento do arrancamento 5 Avulsão da componente anterior da cápsula articular da articulação interfalangica (7) 6 – Usualmente atinge mais frequentemente a base da falange média – O mecanismo de lesão é por hiperextensão 7 8 Rutura do ligamento colateral (8) – Lesões em valgo ou varo provocam avulsão dos ligamento colaterais lateral ou medial – Local mais frequente é no lado cubital da base da falange proximal do polegar. – Podem não ser visualizados fragmentos ósseos Realização de incidências em stress podem ser úteis para diagnosticar estas ruturas 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 52 LUXAÇÕES DA MÃO LUXAÇÃO CARPO-METACÁRPICA – 4º e 5º metacarpos são os mais afetados – Associado frequentemente com fratura das bases do metacarpos – Achados imagiológicos Apagamento do normal espaço articular na incidência PA Deslocação posterior dos metacarpos atingidos na incidência Lateral LUXAÇÃO INTERFALÂNGICA – Associadas com mecanismos de hiperextensão forçada – A componente mais distal está usualmente deslocada posteriormente em relação à proximal – Associado a pequenas lesões de avulsão que podem dificultar a redução da luxação. 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 53 PATOLOGIA INFLAMATÓIA E DEGENERATIVA MEMBRO SUPERIOR 27/11/2024 ©RMP ([email protected]) 54 ARTRITE Patologia Inflamatória e Degenerativa das articulações Tipos mais comuns de artrite: 1. Osteoartrite (patologia degenerativa das articulações) 2. Artrite reumatóide 3. Espondiloartropatias seronegativas 4. Artrite crónica juvenil 5. Artrite de indução por cristais 6. Artropatia neuropática 7. Artrite infeciosa (piogênica, tuberculosa e fúngica) A incidência dos diferentes tipos de artrite varia geográficamente. Os primeiros sinais clínicos são edema e dor nas articulações – Sintomas de instalação muito rápida (dias ou semanas) associados maioritáriamente com infeção e não artrite A interpretação do exame radiográfico de uma articulação com artrite deve ser abordado de forma sistemática focando os seguintes aspectos: – Alterações dos tecidos moles – Alterações de densidade óssea – Alterações nas superfícies articulares – alinhamento ósseo 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 55 ARTRITE – ACHADOS IMAGIOLÓGICOS Alterações dos tecidos moles – Associado maioritáriamente ao edema, mas a perda de tecido também é relevante – Exemplo: Nos dedos edema fusiforme periarticular é típico da artrite reumatóide. Edema excêntrico é típico da gota Densidade óssea – Refere-se sobretudo a quão denso surge o osso nas incidências radiográficas – Densidade óssea aumentadaem torno das articulações – surge na osteoartrite – Densidade óssea diminuída Pode ser localizada ou generalizada Alterações da superfície articular – Diz respeito ao dano na articulação própriamente dita – Alterações do espaço articular Diminuição dos espaço articular indica destruição da cartilagem – Caracter inflamatório – estreitamento uniforme em toda a superfície articular – Doença articular degenerativa – estreitamento não uniforme/assimétrico – Erosões (desgaste do osso) são focos de destruição óssea subcondral. São tipicamente – mal definidas e marginais na artrite reumatóide, – Na gota tendem a ser bem definidas e periarticular Alinhamento ósseo – Normalmente está alterado na presença de artrite Resultado em deformidade ou subluxação Subluxação cubital das articulações metacarpofalângicas são típicas de estados avançados da artrite reumatóide 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 56 ARTRITE OSTEOARTRITE (PATOLOGIA DEGENERATIVA DAS ARTICULAÇÕES) Definida como degeneração não-inflammatória, localizada da cartilagem hialina das articulações sinoviais Fatores que levam à predisposição para o aparecimento da osteoartrite num paciente são numerosos – Fatores sistémicos Idade, predisposição genética, actividade física… – Fatores específicos para uma articulação Trauma, patologia degenerativa pré-existente ou feformidade Sinais radiográficos da Osteoartrite: – Estreitamento excentrico do espaço articular levando a deformidade – Esclerose subcondral – Formação de osteófitos Crescimento ósseo de protuberâncias de osso junto das articulações – Avanço lento das alterações Podem ser observados quistos subcondrais e naos dem ser confundidos com processos neoplásicos ou infeciosos Podem ser observados corpos livres intraarticulares (pequenos fragmentos de osso) em doentes com esta patologia a longa data. 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 57 ARTRITE ARTRITE REUMATÓIDE Definida como doença generalizada do tecido conjuntivo de causa desconhecida que pode afetar qualquer articulação sinuvial Apresenta uma incidência muito diferente para cada país, sendo comum em alguns países e rara noutros Sinais imagiológicos: – Edema dos tecidos moles – Osteoporose periarticular – Estreitamento difuso do espaço articular – Erosões ósseas marginais – Distribuição simétrica das alterações – Em estados avançados pode apresentar anquilose óssea ou fibrosa 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 58 PATOLOGIA NEOPLÁSICA DO MEMBRO SUPERIOR 27/11/2024 ©RMP ([email protected]) 59 NEOPLASIAS Massa com crescimento autónomo Neoplasia (Tumor) Benigna Maligna Primária Sufixo “oma” Secundária (metástases) Sufixo “sarcoma” 22-02-2013 Anatomia Imagiológica I © rmp ([email protected]) 60 NEOPLASIAS TERMINOLOGIA – Quanto à origem: Condro – tecido cartilagíneo Osteo – tecido osse Lipo – Tecido lipídico Hemangio – Tecido vascular Fibro – Tecido Fibrogénico Mio – Tecido Muscular 22-02-2013 Anatomia Imagiológica I © rmp ([email protected]) 61 NEOPLASIAS ÓSSEAS Benignas Malignas Hemangioma Metástase de Calcificado Tumor Pulmonar Lipoma Osteossarcoma Econdroma Fonte: Davies and Pettersson, 2002 22-02-2013 Anatomia Imagiológica I © rmp ([email protected]) 62 BIBLIOGRAFIA Netter, M.D. Atlas of Human Anatomy. 4th Edition. A Saunders, 2006. Moeller, T.; Reif, E. Pocket Atlas of Radiographic Anatomy. Georg Thieme Verlag, 2000. Ryan S., McNicholas M., and Eustace S. - Anatomy for Diagnostic Imaging. 3rd edition. London: Saunders Elsevier, 2011. Davies, A. M., Petterson, H. (2002). The WHO manual of diagnostic imaging Radiographic Anatomy and Interpretation of the Musculoskeletal System. Malta: World Health Organization. 27/11/2024 Anatomia Imagiológica I ©RMP ([email protected]) 63 OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO 27/11/2024 ©RMP ([email protected]) 64