Biomarcadores - Avaliação da Ingestão Alimentar - 02 de Dezembro de 2024 - PDF

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Universidade do Porto

2024

Lúcia Nova (5469N)

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nutritional biomarkers food intake assessment nutritional status

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This presentation, from the University of Porto, details the various biomarkers used to assess nutritional status. It covers direct and indirect methods, including consumption, anthropometry, and clinical signs. The document also discusses advantages and disadvantages of different methods, specific examples (like vitamin C levels), and different tests used. A glossary of terms and special attention sections are included.

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Biomarcadores Lúcia Nova (5469N) Avaliação da Ingestão Alimentar 02 de dezembro de 2024 Avaliação do estado nutricional Mede as condições nutricionais do organismo, determinadas pelos processos de ingestão, absorção, utilização e excreção de nutrientes; Resulta do balanço entre o consumo...

Biomarcadores Lúcia Nova (5469N) Avaliação da Ingestão Alimentar 02 de dezembro de 2024 Avaliação do estado nutricional Mede as condições nutricionais do organismo, determinadas pelos processos de ingestão, absorção, utilização e excreção de nutrientes; Resulta do balanço entre o consumo e a perda de nutrientes. Avaliação do Estado Nutricional Avaliação da Avaliação do Ingestão Direta Indireta Estado Nutricional Alimentar das Populações Ingestão alimentar Indicadores de Saúde Avaliação Antropométrica/ Indicadores com da composição corporal interesse nutricional Sinais clínicos Balanças Alimentares Provas laboratoriais Inq. aos Orçamentos (bioquímicas) Familiares Métodos diretos de avaliação do estado nutricional ⇒ Consumo alimentar ⇒ Avaliação antropométrica/da composição corporal ⇒ Avaliação física ⇒ História clínica ⇒ Estado funcional ⇒ Provas laboratoriais (Biomarcadores) 4 O que são Biomarcadores? Para que servem? São indicadores do estado 1. Avaliar o estado nutricional/consumo nutricional ou consumo alimentar alimentar a curto ou longo prazo; 2. Avaliar a eficácia da intervenção nutricional; Exemplo: Níveis plasmáticos de vitamina C refletem a ingestão de 3. Validar outros métodos de avaliação da vitamina C e estado nutricional ingestão alimentar; relativamente a essa vitamina. 4. Saber se o doente realmente consome o que reporta consumir. 5 Vantagens Desvantagens 1. Medidas objetivas e quantitativas; 1. A amostra biológica recolhida pode não refletir 2. Permitem, muitas vezes, detetar défices o estado nutricional geral; 2. A amostra biológica é influenciada pelas nutricionais muito antes do surgimento de condições em que a amostra foi recolhida, alterações antropométricas ou de sintomas clínicos; tratada e armazenada; 3. São independentes de erros associados com os 3. Variações na metodologia analítica adotada indivíduos em estudo; pelos laboratórios pode influenciar a 4. Algumas análises bioquímicas refletem o aporte interpretação dos valores; nutricional recente e, em conjunto com outros 4. Fatores não nutricionais (patologias, métodos de avaliação da ingestão alimentar, são medicação, etc...) podem influenciar os úteis para avaliar o consumo alimentar e aporte resultados. nutricional. Atenção! Nenhum indicador utilizado de maneira isolada, ou conjunto de testes bioquímicos utilizados sem outro tipo de auxiliar, é suficiente para avaliar e monitorizar o estado nutricional. Idealmente, em conjunto com os parâmetros bioquímicos, devem ser utilizados outros métodos para avaliar a ingestão alimentar, medidas antropométricas (como por exemplo o peso) e outros métodos clínicos. 7 Classificação dos testes bioquímicos Testes estáticos/diretos Testes funcionais/indiretos Correspondem à medição da Assentam no pressuposto de que uma deficiência quantidade de um nutricional e a sua importância biológica não se metabolito/nutriente no define apenas através da medida do nível desse sangue, urina ou tecido nutriente num tecido/fluído corporal, mas sim com a corporal (ex.: albumina, cálcio, falha de um ou mais processos fisiológicos vitamina A…). dependentes deste, no organismo. Muitas vezes não refletem o estado Não conseguem identificar deficiências nutricional do indivíduo, quando nutricionais em micronutrientes consideramos o organismo como um específicos. todo. 8 Glossário Sérico – no soro (sangue coagulado) Albuminúria – presença de albumina na urina Albuminémia - presença de albumina no sangue Hipoalbuminemia – baixa concentração de albumina no sangue Hiperalbuminemia – alta concentração de albumina no sangue Avaliação do estado nutricional através de Biomarcadores Resposta Inflamatória Concentrações Séricas Sistémica de (Micro)nutrientes Relação Inversamente Proporcional: (Micro)nutrientes são desviados para a produção de moléculas pró-inflamatórias em fase aguda (regra geral). 10 Testes Bioquímicos para a Avaliação do Estado Nutricional Proteínas Séricas + IGF-1 Balanço Azotado É a diferença entre a ingestão proteica e as perdas de azoto (urina, fezes, cabelo, pele, etc…): Neutro - Ingestão e taxa de síntese proteica = Taxa de degradação proteica; Grupo amina H H O Grupo carboxilo Positivo - Ingestão proteica > Perdas proteicas/de azoto (ex.: crescimento na H N C C OH infância, recuperação de doença/trauma – maior regeneração e construção de tecidos); R Negativo – Ingestão proteica < Perdas proteicas/de azoto (ex.: ingestão proteica Estrutura química geral de um aminoácido insuficiente, situações de catabolismo proteico por doença - doença oncológica, infeção, cirurgia, disfunção renal, traumas…). Para determinar o balanço azotado, é preciso avaliar a ingestão proteica, determinar o azoto presente na urina de 24h e determinar o azoto fecal 12 Balanço Azotado como indicador do estado nutricional Não é um indicador fidedigno do Estado Nutricional em: Doentes com queimaduras extensas (perdas de tecidos e atividade catabólica) Doença renal (excreção de proteína na urina – balanço azotado diminuído) Doenças gastrointestinais (absorção afetada - o balanço azotado não reflete a ingestão) Nestes doentes verificam-se perdas significativas de azoto que vão interferir nos resultados (maiores perdas do que as habituais). 13 Proteínas totais 𝑻𝒆𝒔𝒕𝒆 𝒑𝒓𝒐𝒕𝒆í𝒏𝒂𝒔 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒊𝒔 = 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑡𝑒í𝑛𝑎𝑠 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑛𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑠𝑚𝑎 Constituído por muitos tipos de proteínas com diferentes funções, sendo as principais : Plasma Albumina Sintetizadas no fígado Glóbulos brancos + plaquetas Pré-albumina Proteína transportadora de retinol Marcadores do estado Eritrócitos Transferrina nutricional proteico Comparativamente a outros métodos de avaliação da alteração do estado proteico- energético, a medição das proteínas plasmáticas é rápida, mais precisa e mais barata. 14 Albumina Proteína mais abundante do sangue ~60 % da albumina encontra-se no sangue Semivida relativamente longa (14-20 dias) Elevada reserva corporal (4 a 5g de albumina/kg peso corporal) Tempo de semivida Tempo necessário para que Responde lentamente a alterações da ingestão alimentar e do estado 50 % de uma substância presente num indivíduo, numa nutricional. população ou num ecossistema se decomponha ou seja eliminada naturalmente. O uso exclusivo da avaliação dos níveis séricos de albumina para a deteção de défices no estado nutricional atrasa a implementação de https://www.efsa.europa.eu/pt/glossary/half-life intervenções nutricionais adequadas 15 Albumina O que ocorre numa resposta de fase aguda? Processo inflamatório sistémico Responsável também pela manutenção da pressão osmótica do plasma Aminoácidos da albumina, pré-albumina e transferrina desviados a nível hepático para Desidratação → valores de albumina produção de proteínas de fase aguda aumentados (não refletindo a ingestão proteica) Desnutrição proteica grave → Síndrome DIMINUIÇÃO de Kwashiorkor dos níveis séricos de albumina, pré-albumina e transferrina Também não pode ser utilizada para caracterizar o estado nutricional em AUMENTO situações em que exista uma resposta de fase das concentrações séricas das proteínas de fase aguda aguda. ex.: Proteína C-reativa 16 Transferrina Beta-globulina plasmática produzida no fígado Transporta o ferro no plasma Semivida 8-9 dias Reflete um pouco melhor a ingestão Menor reserva corporal que a albumina alimentar que a albumina Carateriza malnutrição moderada ou severa Não é um bom biomarcador nutricional durante a resposta de fase aguda ( transferrina) Outros fatores que podem afetar a concentração sérica de transferrina não relacionadas com a ingestão alimentar ou estado nutricional: Diminuição: Infeções/feridas crónicas, estados catabólicos agudos (ex.: cirurgia, queimaduras…)… Aumento: Doentes renais desnutridos com anemia (mecanismo fisiológico para aumentar o transporte de ferro) 17 Pré-Albumina - Proteína transportadora de hormonas tiroideias Concentração sérica volta ao normal quando a - Circula como um complexo retinol – pré-albumina ingestão energética passa a ser adequada mesmo na ausência de uma adequada ingestão Semivida relativamente curta (2-3 dias) proteica Baixa reserva corporal (0.01 g/kg peso corporal) Para indicador do estado proteico é preferível usar Responde rápido a alterações da ingestão a albumina ou a transferrina alimentar (o seu nível sérico desce logo em resposta a um défice de É mais adequada como indicador da ingestão ingestão proteico-energético – sensível a fases iniciais alimentar recente e não como indicador do estado de desnutrição nutricional Não é um bom biomarcador nutricional durante a resposta de fase aguda ( pré-albumina) Fatores que podem afetar a concentração sérica de pré-albumina não relacionadas com a ingestão alimentar ou estado nutricional: Falência renal crónica, hipertiroidismo, pós-cirurgia, síndrome nefrótico... 18 Proteína de Ligação ao Retinol (RBP) RBP + pré-albumina + retinol (vitamina A) complexo trimolecular 1:1:1 que circula no sangue A proteína de ligação ao retinol é responsável pelo transporte de retinol do fígado aos tecidos Semivida 12 horas (mais curta que da pré-albumina) baixa reserva corporal (0,002 g/kg de peso corporal) É mais adequada como indicador da ingestão Responde rápido a alterações da ingestão alimentar recente e não como indicador do estado alimentar e à terapia nutricional nutricional (tal como a pré-albumina) (o seu nível sérico desce logo em resposta a um défice de ingestão proteico-energético) Não é um bom biomarcador nutricional durante a resposta de fase aguda ( RBP) Os níveis séricos de proteína de ligação ao retinol estão diminuídos em caso de deficiência em vitamina A, estados catabólicos agudos e hipertiroidismo. 19 Fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1) Não é uma proteína sérica. É uma hormona peptídica produzida no fígado em Níveis séricos baixos de IGF-1 resposta à estimulação pela hormona de crescimento. É marcador do estado nutricional e da reabilitação nutricional. A combinação de valores baixos de IGF-1 e concentração normal ou elevada de hormona de Semivida curta (2-6 horas) crescimento, geralmente indica a presença de malnutrição proteico-energética. indicador do estado proteico mais sensível e específico do que as proteínas séricas Ainda não se tem a certeza se os seus níveis serão influenciados pelo estado de inflamação. albumina, transferrina, pré-albumina ou proteína de ligação ao retinol 20 Testes Bioquímicos para a Avaliação do Estado Nutricional Micronutrientes Ferro Componente essencial para o transporte de oxigénio pela hemoglobina e mioglobina Ferro heme - alimentos de origem animal; Ferro não heme – alimentos de origem vegetal Presente na hemoglobina e mioglobina OU armazenado como ferritina Ingestão ou absorção inadequada de Ferro na dieta As necessidades de ferro estão Necessidades deste mineral não supridas aumentadas durante o crescimento, durante o período menstrual, Deficiência em ferro gravidez. Podem estar aumentadas também em casos de doença como sangramento intestinal. Causa mais comum de anemia Também pode ser provocada por infeções, doenças crónicas, deficiência de folatos e/ou vitamina B12. 22 Ferro 1ª fase de depleção de ferro 2ª fase de depleção de ferro 3ª fase de depleção de ferro Reservas de ferro baixas Deficiência de ferro sem anemia Anemia por deficiência de ferro Níveis baixos de ferritina sérica, Não existe ferro suficiente para a normal DIMINUIÇÃO mas valores normais nos outros produção de hemoglobina, mioglobina e Ferritina; parâmetros bioquímicos. enzimas que contenham ferro. Saturação da transferrina; Hemoglobina; Hemoglobina normal DIMINUIÇÃO da saturação da transferrina Volume corpuscular médio (transporta menos ferro, está mais livre) AUMENTO AUMENTO protoporfirina eritrocitária Protoporfirina eritrocitária (não é convertida no grupo heme e acumula) Hemoglobina no limite inferior da normalidade A hemoglobina não é um bom indicador de deficiência de ferro na 1ª e 2ª fase 23 Hemoglobina Molécula que contém ferro e transporta oxigénio, presente nos glóbulos vermelhos. É o parâmetro bioquímico mais comum para determinação de anemia por deficiência de ferro. É necessário haver uma depleção muito acentuada das reservas de ferro para haver uma diminuição considerável ao nível da hemoglobina plasmática! Os níveis plasmáticos de hemoglobina não devem ser usados como indicador recente da deficiência em ferro. 24 Ferritina Formada pela junção de Ferro + apoferritina Forma primária de armazenamento de ferro no organismo. Encontra-se principalmente no fígado, baço e medula óssea. A ferritina sérica é o método mais sensível para detetar deficiência de ferro, até mesmo antes da ocorrência de mudanças morfológicas nos glóbulos vermelhos e/ou instauração do quadro anémico. A partir do momento em que as reservas de ferro sofrem uma depleção, os níveis séricos de ferritina deixam de refletir a severidade da deficiência de ferro. Os níveis séricos de ferritina podem estar aumentados pela presença de inflamação, infeção, trauma, algumas doenças crónicas, níveis excessivos de ferro (reservas excessivas), hepatite viral e ainda certos cancros. 25 26 Folatos 1. Concentração sérica de folatos Fornece informações sobre a ingestão recente de Grupo de compostos hidrossolúveis com propriedades folatos e não representa necessariamente as químicas e estrutura similares ao ácido fólico. reservas tecidulares. Folatos séricos Folatos séricos Exerce funções de coenzima transportando carbonos livres de um composto para outro no metabolismo de Insuficiência renal Consumo de aminoácidos e na síntese de ácidos nucleicos. aguda, doença hepática álcool, tabagismo ativa e hemólise dos e uso contracetivo ⇒ É especialmente importante durante períodos de rápida glóbulos vermelhos. oral. divisão celular e crescimento, como a gravidez e a infância. 2. Concentração de folatos nos eritrócitos ⇒ A deficiência de folatos pode levar à inibição da síntese de É considerada o melhor biomarcador das reservas ADN, divisão celular deficiente e alterações na síntese tecidulares de folatos. Menos sujeita a flutuações proteica. transitórias resultantes da ingestão. O estado de folatos deve ser avaliado através da concentração sérica de folatos ou da concentração Tem-se correlacionado com reservas hepáticas e de folatos nos eritrócitos. reflete as reservas corporais. 27 Vitamina B12 (cobalamina) Sintetizada por bactérias, fungos e algas. Acumula-se nos tecidos de animais (depois consumidos pelo homem) Causa maioritária de deficiência de vitamina B12: Anemia perniciosa Absorção inadequada de B12 causada pela produção inadequada do (défice de B12) fator intrínseco Biomarcadores para avaliar o estado de vitamina B12 Testes estáticos: medição direta da B12 sérica (A concentração sérica de vitamina B12 é diminuída na gravidez e em casos de deficiência de folato e aumenta em casos de insuficiência renal avançada) Proteína transportadora de vitamina B12 (holo-transcobalamina II) (aumenta em casos de insuficiência renal avançada) Testes funcionais: medem metabolitos que se acumulam quando a B12 Medição do ácido metilmalónico urinário ou sérico (aumentado quando há défice de vitamina B12 ou função renal reduzida) Concentração plasmática de homocisteína total (aumentado quando há défice de vitamina B12, folato ou vitamina B6 ou função renal reduzida) 28 Vitamina B6 80% das reservas corporais de A vitamina B6 tem 3 formas mais comuns: vitamina B6 são reservas musculares PLP = ~ 70 – 90 % do total de vitamina B6 presente no plasma sanguíneo Piridoxal (PL) Piridoxamina (PM) As necessidades de vitamina B6 são Piridoxina (PN) diretamente proporcionais à ingestão proteica. A ingestão proteica e de vitamina B6 também poderão afetar as concentrações plasmáticas metabolismo proteico, HC, Piridoxal Piridoxamina metabolismo Ingestão proteica PLP plasmática lípidos e ácidos nucleicos fosfato (PLP) fosfato (PMP) proteico Ingestão de vitamina B6 PLP plasmática 29 Vitamina B6 O estado de vitamina B6 no organismo pode ser determinado com: Testes estáticos: doseamento de B6 no sangue ou urina Testes funcionais: avaliação da atividade de enzimas dependentes da vitamina B6 - Multiplicação da PLP plasmática por 1,25 (método mais comum) - Limitação: concentração anormalmente baixa de PLP no plasma sanguíneo poderá dever-se a asma, doença coronária e gravidez, não refletindo sempre uma deficiência em vitamina B6 30 Vitamina A Os níveis séricos de vitamina A podem ser O nível sérico de vitamina A é apenas bom preditor do estado caracterizados de 5 formas: da vitamina A quando as reservas corporais desta vitamina 1. Deficientes 3. Adequados 5. Tóxicos estão criticamente baixas (défice) ou criticamente altas 2. Marginais 4. Excessivos (toxicidade). A avaliação bioquímica de vitamina A é realizada com Os níveis séricos de vitamina A podem estar dentro da gama esperada, apesar das baixas concentrações no fígado Testes bioquímicos estáticos ao nível: do soro; do leite materno; do tecido hepático; Testes funcionais: testes dose-resposta; exame das alguns investigadores não recomendam avaliação da células epiteliais da conjuntiva; avaliação da vitamina A sérica como screening para o estado de adaptação visual ao escuro; vitamina A. A forma mais comum de avaliar o estado de 95 % como retinol ligada à proteína transportadora de vitamina A é através da determinação do seu valor sérico retinol + 5 % livres, como ésteres de retinol 31 Vitamina C (ácido ascórbico) Necessária à formação de colagénio Promove a absorção de ferro Manutenção dos capilares, ossos e dentes Previne a oxidação de vitaminas e minerais Método mais comum de determinar o Outro método de determinar o estado estado de vitamina C de vitamina C Ácido ascórbico sérico Ácido ascórbico leucocitário (biomarcador fiável a refletir a ingestão (reflete os níveis de Vitamina C nos tecidos alimentar recente de vitamina C) corporais) Não é um bom biomarcador Exige uma técnica de execução nutricional durante a resposta e interpretação difíceis. de fase aguda (concentração ) O consumo de tabaco afeta os níveis de vitamina C – os fumadores apresentam níveis de vitamina C séricos e leucocitários inferiores, quando comparado com não fumadores 32 Cálcio 99% ossos + 1% em fluidos extracelulares, estruturas intracelulares e membranas celulares 80% do Cálcio é transportado pela albumina O Cálcio Urinário reage mais a mudanças dietéticas do que o cálcio Se a quantidade de albumina no sangue for baixa, há sérico. A presença de cálcio na urina risco de hipocalémia pode ser maior quando: Os níveis séricos de cálcio estão As concentrações séricas de cálcio são rigorosamente aumentados (há mais disponível e mais é excretado) controladas a partir de mecanismos biológicos que não A dieta é rica em proteína e pobre permitem uma grande variação destes valores, em fosfato independentemente da variação na ingestão alimentar O volume urinário é grande e/ou o rim apresenta dificuldades em É raro estes valores estarem alterados reabsorver o cálcio (quando estão, há comprometimento de funções metabólicas não relacionadas com a dieta) 33 Zinco Os níveis séricos de zinco não são um indicador fiável da ingestão alimentar de zinco: A albumina é o transportador de zinco o transporte de zinco depende da disponibilidade de albumina Hipoalbuminemia níveis de zinco plasmático podem estar diminuídos Ocorre controlo homeostático dos níveis de zinco (ex.: redução da excreção fecal de zinco) Em situações de fase aguda os níveis de zinco séricos diminuem em aproximadamente 50% (captação hepática) NÃO EXISTE UM BIOIMARCADOR QUE SEJA UM BOM INDICADOR DO ESTADO DE ZINCO Algumas causas para níveis baixos de zinco sérico incluem: Stresse, infeção, inflamação, uso de estrogénios, contracetivos orais, corticosteroides… 34 Mensagens a reter: Albumina Responde lentamente a alterações da ingestão alimentar e do estado nutricional. Reflete melhor a ingestão alimentar que a albumina. Transferrina Carateriza malnutrição moderada ou severa. É mais adequada como indicador da ingestão alimentar recente e não como indicador do Pré-albumina estado nutricional. É preferível usar a albumina ou a transferrina para indicador do estado proteico. Proteína de É mais adequada como indicador da ingestão alimentar recente e não como indicador do Ligação ao estado nutricional (tal como a pré-albumina) Retinol (RBP) 35 Mensagens a reter: IGF-1 Semivida mais curta de todas (2-6h) Não é bom indicador da 1ª e 2ª fase de deficiência de ferro Hemoglobina Para 1ª fase – Ferritina Para 2ª fase – Saturação da transferrina Protorporfirina eritrocitária Sérico – avalia ingestão alimentar recente Folatos Eritrocitário – avalia reservas tecidulares Vitamina B12 Gravidez Insuficiência Renal avançada sérica Deficiência de folato 36 Mensagens a reter: Vitamina B6 Ingestão proteica PLP plasmática Ingestão B6 PLP plasmática Sérico – não responde à variação da ingestão alimentar (independente) Cálcio Urinário – Reage mais a mudanças dietéticas Sérico – bom preditor do estado de vitamina A quando as reservas corporais Vitamina A estão criticamente altas ou criticamente baixas Sérico – reflete a ingestão alimentar de vitamina C recente Vitamina C Leucocitário – reflete os níveis de vitamina C nos tecidos corporais Zinco Não existe um biomarcador que seja um bom indicador do estado de zinco 37 Obrigada pela atenção! Lúcia Nova (5469N) 02 de dezembro de 2024

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