Fundamentos da Chefia e Liderança - Aula 2 - CFP XI PDF

 Fundamentos da Chefia e Liderança CURSO DE FORMAÇÃO DE PRAÇAS - CFP XI COORDENADOR: 2° TEN ATRÍCIA  Teorias da Liderança A partir do século XX, muitos sociólogos, psicólogos, filósofos, militares e outros profissionais passaram a estudar com maior interesse o fenômeno da lidera...

 Fundamentos da Chefia e Liderança CURSO DE FORMAÇÃO DE PRAÇAS - CFP XI COORDENADOR: 2° TEN ATRÍCIA  Teorias da Liderança A partir do século XX, muitos sociólogos, psicólogos, filósofos, militares e outros profissionais passaram a estudar com maior interesse o fenômeno da liderança. Todas essas teorias concordam com a existência dos quatro fatores da liderança vistos nos slides anteriores, mas focados de modo diferente.  Teorias da Liderança Desses estudos, e a partir de várias teorias sobre o assunto, resultaram quatro correntes de pensamento que se fizeram mais conhecidas: 1. A corrente centrada na figura do líder; 2. A corrente centrada nos seguidores; 3. A corrente centrada na situação; e 4. A corrente integradora. CORRENTE CENTRADA NA FIGURA DO LÍDER Essa corrente foca principalmente no que o líder é e o que ele faz. A liderança seria uma característica ou uma qualidade dos mais bem dotados, não podendo ser aprendida ou considerada fruto de ações daqueles que se proponham a aprendê-la. CORRENTE CENTRADA NA FIGURA DO LÍDER Algumas teorias podem ser elencadas como seguidoras dessa corrente, a saber: 1.Teoria Inatista 2.Teoria do Grande Homem 3.Teoria de Traços 4.Teoria dos Tipos ou Estilos de Liderança  Teoria Inatista Defende que o líder é um individuo predestinado ou abençoado pela “Providência Divina” ou pelo destino para exercer a liderança de grupos e povos. Fatores relacionados à hereditariedade determinam a existência do líder. A influência do meio ambiente é desconsiderada e a liderança é vista como um atributo da personalidade que torna o líder reconhecido como tal em todas as situações. Os reis da idade média são exemplos desse conceito de liderança.  Teoria Inatista O líder tem a capacidade de submeter os seus inimigos pela força e preocupa-se em solidificar o poder quando o assume. Consolida a liderança através de uma concepção de uma sociedade autoritária de direito natural O direito natural refere-se a um poder que passa de pais para filhos como no caso das dinastias de sangue Diante disso a liderança se torna atributo que se transfere e relação que se eterniza Os reis da idade média são exemplos desse conceito de liderança.  Teoria do Grande Homem O líder é visto como um herói que surge em um dado momento para definir ou transformar o curso dos acontecimentos. Divindade encarnada, através da personalidade, dos talentos pessoais, das habilidades e características físicas. É uma teoria muito influenciada por uma visão messiânica e carismática da liderança. Teoria dos Traços de Personalidade É uma das mais antigas a respeito da liderança. Teoria dos Traços: a posse de certos traços de caráter e de personalidade permite àqueles que os possuam o acesso ao poder. Essa teoria enfatizava especialmente a figura do líder e suas qualidades pessoais. Só exerceria liderança quem tivesse os traços físicos, intelectuais, sociais e Teoria dos Traços de Personalidade Pela teoria dos traços observa-se que liderança é considerada simplesmente um somatório de características pessoais  CORRENTE CENTRADA NOS SEGUIDORES Essa corrente nega que o destaque do líder se deva às suas qualidades superiores, e atesta que ele é produto do grupo. Com seus argumentos, procura caracterizar o líder emergente, isto é, aquele que desponta devido ao meio social. O indivíduo é levado a situação de líder devido às contingências vividas pelo grupo ou às suas crenças sobre como deve ser um líder e não em virtude de suas competências superiores.  CORRENTE CENTRADA NOS SEGUIDORES A aceitação do líder emergente deve-se ao fato de ele representar e sintetizar, em um determinado momento, o ideal dos integrantes daquela coletividade. Os adeptos dessa corrente não explicam com clareza por que motivo apenas algumas pessoas adquirem prestígio e ascendem à liderança dos grupos, enquanto outras, embora o desejem e se empenhem, não o conseguem.  CORRENTE CENTRADA NA SITUAÇÃO Essa corrente trouxe um grande avanço para o entendimento do fenômeno, pois relativizou a situação do líder. A liderança passou a ser dependente da situação, o que levou à conclusão de que não basta ser um líder ou fazer algo para se tornar um líder, independentemente do lugar ou do tempo.  CORRENTE CENTRADA NA SITUAÇÃO A liderança bem sucedida só será alcançada por meio da seleção de um estilo de liderança adequado que depende do nível de preparo ou de maturidade dos seguidores.  CORRENTE INTEGRADORA Essa corrente diferencia-se sutilmente das anteriores por não atribuir o surgimento da liderança a qualquer fatalidade, seja oriunda de ocorrências fortuitas da dinâmica grupal, seja por coincidências ligadas às características especiais do líder. A corrente integradora aceita aspectos das correntes anteriores, levando em consideração tanto os fatores ligados à situação, quanto os componentes de caráter pessoal do líder e dos liderados.  CORRENTE INTEGRADORA Argumenta que o prestígio do líder é consequência de sua participação ativa nos trabalhos ou nas postulações de determinado grupo social, aliada à demonstração de sua capacidade profissional e de suas características pessoais. Essa corrente aponta para a importância da relação entre os diversos fatores que interferem na vida de um grupo e de como eles cooperam para o estabelecimento e a boa manutenção da liderança de determinado indivíduo. Teoria dos Estilos de liderança – Teoria dos Tipos ou Estilos de Liderança: descreve o fato de que diferentes estilos de liderança (autocrático, participativo e laissez- faire) suscitam diferentes comportamentos dos subordinados e propõe, como mais importante, o estilo participativo.  Estilo Autocrático O estilo autocrático está ligado ao líder centralizador, que toma decisões unilaterais e que determina as tarefas e os métodos de trabalho, não deixando muita participação para os liderados. É o estilo mais antigo dos três ; Sua origem e primeiras aplicações foram feitas por nossos antepassados pré- históricos; Autoridade é centralizada.  Estilo Autocrático Na história individual o método autoritário é o primeiro pelo qual a maioria das pessoas passam. Na relação pais e filhos, por exemplo, a criança é totalmente dependente dos pais, os quais principalmente a figura paterna, domina.  Pesquisa de IOWA Pesquisa realizada em 1939, na Universidade de Iowa, Lippitt e White; Objetivando estabelecer relações entre os processos de liderança e comportamentos da equipes; Selecionaram quatro grupos de meninos de 10 anos de idade; Foram submetidos a diversos tipos de controle e foram entregues a atividades como pinturas e esculturas.  Pesquisa de IOWA De seis em seis semanas assumiam a direção de cada equipe líderes diferentes, que empregavam processos alternados de liderança: autocrática, democrática e liberal (laissez-faire).  Pesquisa de IOWA A pesquisa observou que: Na liderança autocrática toda determinação de procedimentos parte do líder; As técnicas e atividades são ditadas passo a passo; O líder escolhe os companheiros de trabalho para cada membro da equipe, determinando qual a tarefa de cada um ; Ele é dominador e procura não se envolver muito com a “pessoa” do liderado.  Estilo Autocrático As conclusões dessa experiência sobre este estilo foram as seguintes: Esse tipo de estilo origina tensão, frustração e improdutividade. Quando o líder necessita se ausentar, o trabalho dos liderados é geralmente paralisado, as pessoas nesse momento expressam todos os sentimentos reprimidos;  Estilo Autocrático As pessoa se comportam de forma apática; Não há iniciativa, por temor à atitude do líder; Mau humor e insatisfação são visíveis no ambiente de trabalho, onde o autoritarismo vai ao extremo.  Estilo Autocrático Apesar destes aspectos negativos, será que o estilo autoritário não deve ser utilizado? “quando os membros da equipe são pessoas muito dependentes e inseguras é necessário um líder firme e dominador para inspirar confiança. Este estilo oferece aparentemente estabilidade, desde que o funcionário execute somente o que lhe foi solicitado.” URIS (1967, p. 62) Estilo Foco no resultado independe do relacionamento Autocrático No curto prazo oferece maior produtividade  Estilo Democrático O estilo democrático, o líder envolve seus subordinados nos processos decisórios, incentiva a participação de todos, procura delegar autoridade e usa o feedback como uma forma de treinamento de seus subordinados. O líder apresenta alterativas de ação, as quais são escolhidas pelo grupo Entrega a cada liderado a escolha dos companheiros de trabalho, bem como a divisão das tarefas. O líder é objetivo e procura ser, acima e tudo, um membro do grupo, limitando-se aos fatos em  Estilo Democrático As conclusões do estudo de Iowa: A comunicação é franca e espontânea entre todos O trabalho progride em ritmo suave, seguro, sem sofrer interrupções bruscas na ausência do líder (independência do líder) Há o desenvolvimento de responsabilidade e integração no grupo; O ambiente de trabalho se torna mais amistoso e agradável; As decisões são debatidas e discutidas em grupo; Maior comprometimento do indivíduo com a  Estilo Democrático Estilo democrático pode ser dividido em dois grupos: 1. Consultivo: a. Há participação dos subordinados. b. Consulta, mas decide sozinho 2. Participativo: a. Há ampla participação b. Todos decidem juntos c. A opinião coletiva manda Estilos democrático Foco na qualidade Voltado para o indivíduo  Estilo Laissez-faire O líder de estilo laissez-faire ou delegativo ou liberal procura deixar o grupo completamente à vontade para deliberar sobre os trabalhos a serem realizados e a forma de executá-los (Robbins e Coulter, 1998).  Estilo Laissez-faire As conclusões do estudo de Iowa: As pessoas geralmente perdem muito tempo em discussões e querelas causadas em grande maioria por motivos pessoais, sem qualquer ligação com o grupo Ocorre o desenvolvimento do individualismo e da anarquia Grande simpatia dos liderados pelo líder, porém, não garantindo o respeito; Comunicação livre, porém mínima, entre líder e liderado.  Estilo Laissez-faire Conforme URIS (1967): A pessoa que está sendo orientada, de acordo com o método da liderança liberal, para ter sucesso precisa capacitar-se muito bem profissionalmente. Ela precisa ser responsável e objetiva na forma de se comunicar; porque caso contrário, o clima de desorganização, anarquia e indecisão prevalecerá.  FORMAS DE EXERCÍCIO DA LIDERANÇA Liderança Direta A liderança direta, como o próprio nome indica, ocorre em situações nas quais o líder influencia diretamente os liderados, falando a eles com frequência e fornecendo exemplos pessoais daquilo que prega. O líder, nesse caso, estará́ na linha de frente, interagindo frequente- mente com o grupo. Por intermédio da liderança direta, laços de confiança sólidos e duradouros são estabelecidos com os indivíduos, uma vez que o líder pode satisfazer, em melhores condições, às necessidades de interação com os seus liderados.  FORMAS DE EXERCÍCIO DA LIDERANÇA Liderança Indireta Na liderança indireta, o líder exerce a sua influência atuando por intermédio de outros líderes a ele subordinados.