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Questions and Answers
Qual dos seguintes vírus está associado à febre catarral maligna em ovinos?
Qual dos seguintes vírus está associado à febre catarral maligna em ovinos?
Os bovinos podem transmitir o vírus da febre catarral maligna entre si.
Os bovinos podem transmitir o vírus da febre catarral maligna entre si.
False
Quais são os sinais clínicos mais evidentes da febre catarral maligna em bovinos?
Quais são os sinais clínicos mais evidentes da febre catarral maligna em bovinos?
Corrimento nasal mucopurulento, opacidade de córnea, úlceras na língua, linfadenopatia.
Os ovinos normalmente desenvolvem manifestações ______ e são reservatórios do OvHV-2.
Os ovinos normalmente desenvolvem manifestações ______ e são reservatórios do OvHV-2.
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Associe os sinais clínicos da febre catarral maligna às suas descrições:
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Qual é o período médio de incubação da febre catarral maligna?
Qual é o período médio de incubação da febre catarral maligna?
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A febre catarral maligna tem uma alta taxa de letalidade.
A febre catarral maligna tem uma alta taxa de letalidade.
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Quais são as formas majoritárias do vírus da febre catarral maligna?
Quais são as formas majoritárias do vírus da febre catarral maligna?
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Qual dos seguintes é um sinal clínico de intoxicação por ureia?
Qual dos seguintes é um sinal clínico de intoxicação por ureia?
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A intoxicação por ureia sempre resulta em morte após 30 minutos.
A intoxicação por ureia sempre resulta em morte após 30 minutos.
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Qual é o tratamento indicado para intoxicação por ureia em animais adultos?
Qual é o tratamento indicado para intoxicação por ureia em animais adultos?
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A cetose é caracterizada pela elevação anormal na concentração de corpos cetônicos, principalmente _____ e _____ no sangue.
A cetose é caracterizada pela elevação anormal na concentração de corpos cetônicos, principalmente _____ e _____ no sangue.
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Associe os sinais clínicos à intoxicação por ureia:
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Qual das alternativas abaixo NÃO é uma causa para a formação de cetose?
Qual das alternativas abaixo NÃO é uma causa para a formação de cetose?
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A cetose é uma condição que ocorre quando a produção de corpos cetônicos excede a demanda energética do organismo.
A cetose é uma condição que ocorre quando a produção de corpos cetônicos excede a demanda energética do organismo.
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Que substância é usada em fluidoterapia para tratar a intoxicação por ureia?
Que substância é usada em fluidoterapia para tratar a intoxicação por ureia?
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Qual é a concentração de cálcio considerada crítica em vacas no terceiro estágio de lactação?
Qual é a concentração de cálcio considerada crítica em vacas no terceiro estágio de lactação?
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A administração de gluconato de cálcio deve ser feita em uma dose de 2 gramas para cada 45 kg de peso do animal.
A administração de gluconato de cálcio deve ser feita em uma dose de 2 gramas para cada 45 kg de peso do animal.
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Qual a porcentagem de vacas acometidas que levantam-se imediatamente após a infusão de gluconato de cálcio?
Qual a porcentagem de vacas acometidas que levantam-se imediatamente após a infusão de gluconato de cálcio?
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A hipocalcemia ocorre quando o mecanismo homeostático do cálcio é incapaz de suprir a _______.
A hipocalcemia ocorre quando o mecanismo homeostático do cálcio é incapaz de suprir a _______.
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Relacione as seguintes patologias com seus efeitos ou características:
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Qual é a dieta recomendada para prevenir a hipocalcemia em vacas durante o período transicional?
Qual é a dieta recomendada para prevenir a hipocalcemia em vacas durante o período transicional?
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Cerca de 5 a 10% das vacas leiteiras são acometidas pela hipocalcemia.
Cerca de 5 a 10% das vacas leiteiras são acometidas pela hipocalcemia.
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Qual é a principal causa de ataxia em cavalos na Europa e Oceania?
Qual é a principal causa de ataxia em cavalos na Europa e Oceania?
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Qual das seguintes medicações é utilizada no tratamento da mieloencefalopatia equina por herpes-vírus tipo-1?
Qual das seguintes medicações é utilizada no tratamento da mieloencefalopatia equina por herpes-vírus tipo-1?
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A mieloencefalopatia equina é a principal causa de abortamento em éguas.
A mieloencefalopatia equina é a principal causa de abortamento em éguas.
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Quais são os sinais clínicos da mieloencefalopatia degenerativa equina?
Quais são os sinais clínicos da mieloencefalopatia degenerativa equina?
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A concentração de proteínas no líquido cefalorraquidiano pode aumentar de ___ a ___ mg/dℓ.
A concentração de proteínas no líquido cefalorraquidiano pode aumentar de ___ a ___ mg/dℓ.
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Associe as condições com seus respectivos tratamentos:
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O que caracteriza a mieloencefalopatia degenerativa equina?
O que caracteriza a mieloencefalopatia degenerativa equina?
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A melhora clínica em casos de mieloencefalopatia equina por herpes-vírus tipo-1 é comum em cerca de 70% dos pacientes.
A melhora clínica em casos de mieloencefalopatia equina por herpes-vírus tipo-1 é comum em cerca de 70% dos pacientes.
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A mieloencefalopatia equina por herpes-vírus tipo-1 pode ocorrer associado a casos de doença ___ no mesmo plantel.
A mieloencefalopatia equina por herpes-vírus tipo-1 pode ocorrer associado a casos de doença ___ no mesmo plantel.
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Qual é um dos principais fatores de risco associados a doenças respiratórias em bezerros?
Qual é um dos principais fatores de risco associados a doenças respiratórias em bezerros?
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Os sinais clínicos de broncopneumonia em bezerros podem incluir febre e depressão.
Os sinais clínicos de broncopneumonia em bezerros podem incluir febre e depressão.
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Qual é a bactéria que é a causa mais importante de doença respiratória em bezerros?
Qual é a bactéria que é a causa mais importante de doença respiratória em bezerros?
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A privação de água e alimentos por períodos longos é um ______ de risco para problemas respiratórios em bezerros.
A privação de água e alimentos por períodos longos é um ______ de risco para problemas respiratórios em bezerros.
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Quais dos seguintes sinais clínicos são indicativos de problemas respiratórios em bezerros? (Selecione todos que se aplicam)
Quais dos seguintes sinais clínicos são indicativos de problemas respiratórios em bezerros? (Selecione todos que se aplicam)
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O odor da respiração de um bezerro com broncopneumonia pode ser desagradável.
O odor da respiração de um bezerro com broncopneumonia pode ser desagradável.
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Qual é a capacidade volumétrica das bolsas guturais?
Qual é a capacidade volumétrica das bolsas guturais?
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Associe os sinais clínicos com suas respectivas características:
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O tratamento do empiema de bolsa gutural geralmente é conservador e não requer cirurgia.
O tratamento do empiema de bolsa gutural geralmente é conservador e não requer cirurgia.
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Os agentes causais da broncopneumonia são mais comuns em bezerros ______.
Os agentes causais da broncopneumonia são mais comuns em bezerros ______.
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Quais agentes antifúngicos são comumente utilizados no tratamento de micose de bolsa gutural?
Quais agentes antifúngicos são comumente utilizados no tratamento de micose de bolsa gutural?
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O acumulo de ar pressurizado nas bolsas guturais pode levar ao __________.
O acumulo de ar pressurizado nas bolsas guturais pode levar ao __________.
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Associe as condições a seus tratamentos correpondentes:
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Qual fator pode contribuir para o desenvolvimento do timpanismo de bolsa gutural?
Qual fator pode contribuir para o desenvolvimento do timpanismo de bolsa gutural?
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A estimativa de fatalidade na micose de bolsa gutural é de aproximadamente 48%.
A estimativa de fatalidade na micose de bolsa gutural é de aproximadamente 48%.
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O que pode ser necessário durante a cirurgia se houver hemorragia extensa?
O que pode ser necessário durante a cirurgia se houver hemorragia extensa?
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Study Notes
Afecções Neurológicas em Ruminantes
- A raiva é uma doença viral infecciosa, invariavelmente fatal, que afeta o sistema nervoso central (SNC) em humanos e outros mamíferos, domésticos e silvestres.
- Em bovinos, a raiva é transmitida pelo morcego hematófago Desmodus rotundus.
- A raiva é causada por um vírus RNA, do gênero Lyssavirus da família Rhabdoviridae.
- Em bovinos, a raiva é considerada um elo final na cadeia de transmissão, pois a transmissão ocorre através de mordeduras.
- Após a inoculação, o vírus se replica nas células musculares no local da mordedura e, em seguida, inicia uma viremia, que se espalha pelo sistema nervoso periférico, alcançando os fusos neuromusculares ou placas motoras terminais.
- Por migração centrípeta, o vírus atinge o SNC.
- A migração viral pode ser rápida ou demorar meses.
- O vírus é eliminado pela saliva.
- Os bovinos são hospedeiros terminais.
Epidemiologia da Raiva
- A raiva pode ser adquirida a partir de diferentes abrigos naturais, como morros, ocos de árvores ou cavernas; ou abrigos artificiais, tais como túneis, bueiros, pontes, minas, fornos para carvoaria e construções abandonadas.
- A raiva não possui predição por sexo, raça ou idade.
- A raiva pode apresentar duas formas: furiosa e paralítica.
Formas Clínicas de Raiva em bovinos
- Na maioria das vezes, a forma clínica em bovinos é paralítica, precedida por uma forma furiosa de curta duração (em média 3 dias).
- A forma paralítica se inicia com paralisia dos membros periféricos e progresso cranialmente.
- A evolução da doença em bovinos é sempre fatal e o tratamento é considerado ineficaz ou inócuo.
- A replicação viral ocorre nos neurônios, causando degeneração dos axônios e desmielinização.
Sinais Clínicos da Raiva
- Os sinais clínicos da raiva em bovinos são variáveis e indistinguíveis de outras doenças do SNC.
- Alterações comportamentais, como agressividade, perda de consciência e head press, são comuns.
- O período de incubação da raiva em bovinos varia de 2 a 12 semanas, mas geralmente ocorre entre 30 e 60 dias após a infecção.
- O curso clínico médio da raiva em bovinos dura 5 dias, variando de 2 a 10 dias.
Menigoencefalite por BHV-5
- É uma doença viral aguda e altamente fatal, descrita em vários países, caracterizada por sinais neurológicos corticais e associada à meningoencefalite em bovinos.
- Geralmente, é fatal.
- A prevalência é maior no Brasil e na Argentina.
- Acomete principalmente animais jovens.
- A doença é causada pelo vírus BHV-5, um DNA vírus de cadeia dupla, da família Herpesviridae, do gênero Varicellovirus. O vírus apresenta semelhanças estruturais, antigênicas e biológicas ao BHV-1.
- A infecção do vírus ocorre via respiratória, ou de forma indireta (água, alimentos, fômites, sêmen).
Epidemiologia da Menigoencefalite por BHV-5
- A meningoencefalite é descrita em vários países, sendo altamente prevalente no Brasil e na Argentina.
- Animais de 2 a 3 anos de idade, apresentando maiores índices de casos.
- As condições de estresse, como desmame e confinamentos, estão relacionadas à ocorrência de surtos.
Patologia da Menigoencefalite por BHV-5
- O vírus se replica nas mucosas (nasal, oral, ocular e orofaríngea)
- Ocorre invasão dos neurônios e migração aos gânglios sensoriais, estabelecendo latência.
- A migração ascendente ocorre por meio do nervo olfatório ou trigeminal.
- A invasão do encéfalo leva ao aparecimento de sinais neurológicos.
Sinais Clínicos da Menigoencefalite por BHV-5
- Os sinais clínicos são variáveis e indistintos de outras doenças do SNC.
- Há uma série de alterações comportamentais, como agressividade, perda da consciência, head press, dentre outras.
- O período de incubação varia de 2-12 semanas, mas geralmente ocorre entre 30-60 dias após a infecção.
- Seu curso médio é de 5 dias, com variação de 2 a 10 dias.
Poliencefalomalácia
- Poliencefalomalácia é o distúrbio degenerativo relatado no trato gastrointestinal de ruminantes.
- Ocorre devido a algum distúrbio no metabolismo da tiamina ou consumo excessivo de enxofre.
- Surge esporadicamente em bezerros desmamados e novilhos confinados. Porém, também é possível ser encontrado em bovinos adultos em pastagens extensivas.
- Os sintomas podem variar entre aguda e crônica.
- Os sintomas primários aparecem no telencéfalo e secundários no cerebelo e tronco encefálico, podendo incluir ataxia, cegueira, disfagia, depressão, decúbito, apatia, anorexia e incoordenação motora.
- A doença é causada por uma redução na produção ruminal, degradação das tiaminases bacterianas no rúmem e a presença de análogos de vitaminas relacionadas ao enxofre na dieta.
Etiologia da Poliencefalomalácia
- Redução da produção ruminal
- Degradação por tiaminases bacterianas no rúmem.
- A presença de análogos de tiamina (amprólio) e o excesso de enxofre na dieta e sua redução em sulfetos.
Sinais Clínicos da Poliencefalomalácia
- Ataxia, cegueira, disfagia, depressão.
- Decúbito de apatia, anorexia e incoordenação motora.
- Posição de cavalete, hiperexcitabilidade, bruxismo, nistagmo, tremores musculares, decúbito esternal e posteriormente lateral.
- Movimentos de pedalagem, opistótono e coma.
- Pressão da cabeça contra objetos pode ser observado.
Diagnóstico da Poliencefalomalácia
- Sinais clínicos, achados de necropsia e resposta ao tratamento com tiamina.
Listeriose
- É uma doença infecciosa causada pela bactéria Listeria monocytogenes, provocando meningoencefalite aguda.
- São descritas 3 formas clínicas principais: septicemia com abcessos viscerais, aborto e doença neurológica.
- A bactéria pode sobreviver por longos períodos no solo, em plantas, silagem e fezes.
- Ocorre em bovinos, ovelhas, suínos, equinos, cães, girafas e pessoas.
- A silagem de milho ou de gramínea de baixa qualidade e com baixa fermentação, apresentando pH acima de 5,5, favorecem a multiplicação da Listeria monocytogenes.
Epidemiologia da Listeriose
- A espécie ovina apresenta maior suscetibilidade.
- Em bovinos, a doença é esporádica e pode ocorrer em todas as idades, geralmente durante o inverno devido à suplementação com silagem.
Sinais Clínicos da Listeriose
- Período de incubação de 3 semanas
- Sinais clínicos relacionados a lesões no tronco encefálico e nervos cranianos de V a XII.
- Andar em círculo, febre, depressão, mandíbula caída, orelha caída, estrabismo, ptose palpebral e paresia ou paralisia da língua.
Diagnóstico da Listeriose
- Histórico, epidemiologia, sinais clínicos, histopatologia (manguitos perivasculares, microabcessos) e cultivo (fezes, isolando o vírus no tecido encefálico).
- O hemograma de um animal infectado apresenta leucocitose com neutrofilia e monocitose.
Tratamento da Listeriose
- Antibióticos, como tetraciclina (20 mg/kg a cada 3 dias) e penicilina (44.000 UI/kg IM 7-14 dias).
- Limpeza de instalações (cochos) e correta vedação e compactação de silos.
- Ofereço de silagem de boa qualidade, com adaptação prévia do animal ante a dieta.
Febre Catarral Maligna
- A febre catarral maligna é uma doença altamente fatal que afeta bovinos e outros ruminantes.
- Apresenta peculiaridade de não ser causada apenas por um vírus (mas por vários tipos de herpesvírus) e por ocorrer esporadicamente e ser de difícil controle.
- A febre é amplamente distribuída no mundo e uma forma da doença está na lista de notificações obrigatórias da Organização Mundial de Saúde Animal.
Etiopatogenia da Febre Catarral Maligna
- Duas formas majoritárias:
- AHV-1 (Gnus, cervos, outros ruminantes de vida selvagem; importante em zoológicos)
- OvHV-2 (Ovino associada*, os ovinos são portadores do Herpes Virus ovino tipo 2).
- Em geral, o desenvolvimento da doença segue um padrão subclínico em ovinos atuando como reservatórios e transmitindo para bovinos.
Epidemiologia da Febre Catarral Maligna
- Forma ovina associada: Ovinos são portadores do OvHV-2 e normalmente desenvolvem manifestações subclínicas atuando como reservatórios.
- A doença é transmitida para os bovinos.
Sinais Clínicos da Febre Catarral Maligna
- Depressão, diarréia, coagulação intravascular disseminada e dispnéia (pode ocorrer de 12 a 24 horas antes da morte súbita).
- Ocorrência de febre (temperatura entre 41°C e 41,5°C) e inapetência em casos menos agudos.
- Ocorrência de corrimento nasal mucopurulento, opacidade de córnea, ulcerações na língua, linfadenopatia.
- Dermatite com formação crostosas na pele do focinho, tetos, prepúcio, vulva e escroto, e ulcerações na mucosa gengival.
- Incoordenação, letargia ou agressividade, ataxia, movimentos de pedalagem, convulsões e opistótono.
Patologia da Febre Catarral Maligna em Bovinos
- Processos imunomediados, resultando em lesões.
- O período de incubação médio é de 6 semanas.
- Elevada letalidade.
Diagnóstico da Febre Catarral Maligna
- Observação dos sinais clínicos
- Radiografias
- Endoscopia
- Achados de necropsia
Meningite Bacteriana
- É a inflamação das membranas que envolvem o SNC.
- Vários gêneros de bactérias podem causar meningite ou meningoencefalite.
- Associada a septicemia bacteriana ou inoculação direta.
- Geralmente, ocorre em animais jovens.
Etiologia da Meningite Bacteriana
- Streptococcus sp.
- Enterococcus sp.
- Fusobacterium nucleatum
- Pseudomonas aeruginosa
- Pasteurella spp.
- Arcanobacterium pyogenes
- E. coli
Epidemiologia da Meningite Bacteriana
- Ocorre principalmente em animais jovens devido a septicemia por infecção primária ou alguma doença preexistente.
- A morbidade é baixa, porém o índice de letalidade é próximo de 100%.
Sinais Clínicos da Meningite Bacteriana
- Dependendo da área afetada.
- Medula espinhal: Espasmo muscular, rigidez de membros e pescoço, hiperestesia cutânea.
- Meningite cerebral: Irritação, tremores musculares e convulsões.
- Meningoencefalite: Incoordenação, letargia, tremores, opistótono, depressão e convulsões.
Diagnóstico da Meningite Bacteriana
- Observação dos sinais clínicos.
- Análise do líquor cefalorraquidiano: O líquor pode estar turvo ou esbranquiçado com contagem elevada de leucocitos (> 100 ul).
- Cultura, Exames complementares, (RX, PCR, Histopatologia).
Tratamento da Meningite Bacteriana
- Antibióticos de 3ª geração (ex:Cefalosporinas) em conjunto com sulfadoxina e trimetoprim
- Cuidados com ingestão de colostro e umbilical.
Intoxicação por Ureia
- A intoxicação por ureia ocorre devido a ingestão excessiva do produto.
- Pode ocorrer por má formulação do produto, uso de cochos descobertos durante períodos chuvosos e falha no processo adaptativo.
- Ocorre frequentemente e culmina na morte em cerca de 30 minutos após a ingestão do produto.
- Intoxicação aguda.
- Sintomas incluem incoordenação motora, excitação, dor abdominal e hipersensibilidade a estímulos.
- Tremor muscular, convulsões, opistótono e óbito.
- Para diagnóstico, pode ser realizado exames complementares, que incluem: aumento do pH ruminal, aumento dos níveis plasmáticos de amônia e aumento dos níveis plasmáticos de AST.
Tratamento Intoxicação por Ureia
- Os tratamentos disponíveis incluem:
- Vinagre ou ácido acético a 5% - 3 a 5 litros por animal adulto.
- Fluidoterapia via IV ( água gelada – 40 litros e 20 a 40 ml/kg).
- Diuréticos ( furosemida 1 mg/kg).
Cetose
- É a anormalidade na concentração de corpos cetônicos nos tecidos e líquidos corpóreos.
- As causas relacionadas são a deficiência energética de vacas leiteiras durante a fase de transição (principalmente, produção de leite e colostro).
- As causas são relacionadas a práticas modernas de produção de leite, como rebanhos leiteiros selecionados para alta produção e o abrupto início da produção de uma alta quantidade de secreção láctea.
- A utilização dos estoques de glicogênio e hepáticos das reservas de gordura podem servir como forma de suprimento energético, resultando no aumento dos corpos cetônicos.
- Esta relacionado ao ciclo de vida produtivo das vacas, e é mais observado durante o período de transição e gestação.
- Os valores que alcançam acima do esperado podem gerar uma doença.
Sinais Clínicos da Cetose
- Perda gradual do apetite
- Diminuição na produção leiteira
- Emagrecimento
- Fezes secas
- Depressão
- Odor cetônico na respiração
- Cetonúria
- Mais raramente sinais neurológicos
Diagnóstico da Cetose
- Detecção de corpos cetônicos (na urina e sangue) acima de 30mg/dl.
- Concentração de glicose sanguínea (20 a 40 mg/dl).
- Mensuração dos corpos cetônicos na urina por fitas reagentes de urinálise.
Tratamento da Cetose
- Suplementação intravenosa de glicose (glicose a 50%, de 100 a 500 ml).
- Infusão lenta de glicose (20 litros da solução, com 2,5 ou 5% de glicose em 24 horas ou até a mensuração dos corpos cetônicos não ser mais observada).
- Dexametasona 0,04mg/kg
- Propilenoglicol (via Oral, 225 gramas duas vezes ao dia durante dois dias e 110 gramas uma vez ao dia durante mais 2 dias).
Hipocalcemia em Vacas Leiteiras
- A hipocalcemia em vacas leiteiras é frequentemente associada à paralisação flácida em vacas lactantes recém-paridas.
- Geralmente ocorre dentro de 72 horas após o parto.
- A rápida produção de leite (e colostro) leva a uma depleção acentuada do cálcio (Ca) sérico ionizado.
- A doença é considerada uma emergência clínica.
Sinais Clínicos da Hipocalcemia
- Paresia flácida aguda, e alguns sinais distintos presentes durante três estágios.
- 1º Estágio: Excitabilidade e hipersensibilidade, ataxia leve.
- 2º Estágio: Incapacidade de ficar em pé, decúbito esternal; anorexia, focinho seco e hipotermia.
- 3º Estágio: Perda de consciência, flacidez muscular completa e irresponsabilidade a estímulos, decúbito lateral e timpanismo.
Diagnóstico da Hipocalcemia
- O diagnóstico é confirmado por meio da dosagem de cálcio em amostras sanguíneas.
- Níveis inferiores a 7,5mg/dl são compatíveis com a hipocalcemia.
Tratamento da Hipocalcemia
- Infusão intravenosa de gluconato de cálcio.
- Administração de 1 grama de cálcio para cada 45 kg de peso.
- Geralmente em solução comercial (8 a 11 gramas) diluídos em 500 ml.
- Cerca de 60% das vacas respondem imediatamente à terapia e outras 15% respondem até 2 horas após a administração.
Doenças Respiratórias em Grandes Animais
- Segunda principal causa de diminuição de performance em equinos atletas.
- Necessária transferência de O2 inalado para o sistema arterial, onde há a oxigenação tecidual, e remoção do CO2 residual através da respiração.
- Causas como obstrução, inflamação, alergias e infecções podem levar à redução de performance.
- Sinusite - É uma infecção das cavidades nasais que pode ser viral (menor incidência), bacteriana ou fúngica.
- A sinais clínicos, como edema facial, assimetria facial, secreção nasal unilateral purulenta ou mucopurulenta, e sinusite.
- O tratamento para a sinusite pode ser por antibioticoterapia parenteral (melhora parcial); trepanação e lavagem do seio nasal com solução fisiológica; exodontia quando a causa é dentária apical.
- As bactérias mais comumente encontradas em sinusites são Streptococcus spp., S. equi(zooepidemicus e equi), Staphylococcus spp.
- Endoscopia do trato respiratório superior.
Hematoma etmoidal
- Massa encapsulada e expansiva, tipicamente originária da submucosa do labirinto etmoidal.
- A massa é composta por sangue e tecido fibroso, e é encapsulada pelo epitélio respiratório, podendo se estender para os seios paranasais.
- Os sinais clínicos mais comuns são: secreção serossanguinolenta intermitente via nasal acometida, edema facial, tosse e dispneia.
- Para diagnóstico, usa-se observação dos sinais clínicos, radiografias e endoscopia (método diagnóstico de eleição).
- O tratamento pode incluir infiltração intralesional com formalina a 4-10%, com média de 5 aplicações.
- Resultados favoráveis são observados em tumores com tamanho de até 10 cm.
- A excisão cirúrgica de um retalho ósseo do seio frontal, associado à presença de hemorragias extensas, pode ser necessário.
- Pode ser necessária transfusão sanguínea.
Timpanismo de bolsa gutural
- Acúmulo de ar pressurizado dentro das bolsas guturais (localizadas próximos à garganta).
- Fatores genéticos influenciam a predisposição. As raças PSA e Paint Horse apresentam maior prevalência da doença em animais jovens (até 1 ano).
- A localização da área aumentada de tamanho próxima a área da garganta.
- Acredita-se que um retalho mucoso possa agir como válvula unidirecional, impedindo a liberação de ar e/ou fluido da bolsa gutural afetada.
Tratamento:
- Inflamação das vias respiratórias superiores(identificado na endoscopia como hiperplasia linfoide folicular da faringe):
- Tratamento clínico: anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) combinados com antibióticos de amplo espectro (p. ex.., fluoxacina, doxiciclina ou minociclina). Tratamento cirúrgico: Descompressão com agulha ou fenestração cirúrgica.
Micose de Bolsa Gutural
- Colonização fúngica na bolsa gutural, com potencial letal devido à erosão da artéria carótida (interna e/ou externa) ou arérta maxilar externa.
- A Aspergillus (Emericella) fumigatus é o fungo mais comum associado à doença.
- Os sinais clínicos comuns são epistaxe copiosa e, em 48% dos casos, a doença é fatal.
- O diagnóstico é baseado na observação endoscópica de uma placa fúngica na localização anatômica apropriada da bolsa gutural.
Empiema de Bolsa Gutural
- Acúmulo de material purulento (exsudato) em uma ou em ambas bolsas guturais.
- O exsudato pode se tornar denso e compacto (condroides).
- Em geral, a infecção das vias aéreas superiores é a causa mais comum de empiema (ex: S. equi subspecies equi.)
- Os sinais clínicos comuns da doença incluem: secreção nasal crônica e intermitente e linfadenopatia submandibular.
Pneumonia
- As pneumonias nas vias aéreas inferiores podem ser bacterianas, virais ou parasitárias.
- Os fatores de risco podem incluir: desmame de bezerros (em climas frios), transporte prolongado, confinamento, aglomeração de animais, privação de água, e mudanças climáticas bruscas.
- Sinais clínicos comuns na pneumonia podem incluir: letargia, inapetência, febre, taquipneia, tosse húmida ou seca, e dor torácica.
- O diagnóstico geralmente é baseado em endoscopia das vias aéreas e análises de fluido pleural, culturas de larvas, e outros exames complementares.
Obstrução Recorrente das Vias Aéreas
- Caracteriza-se por tosse crônica com secreção nasal serosa a mucoida.
- Atos e ambientes fechados, e exposição a estímulos como poeira, feno e vapores de amônia podem agravar a doença.
Hemorragia Pulmonar Induzida pelo Exercício (EIPH)
- A presença de sangue nas vias respiratórias após o exercício extenuante.
- A hemorragia é originária da vasculatura capilar pulmonar dos espaços alveolares.
- As regiões predominantes da hemorragia estão localizadas nos campos pulmonares caudodorsais.
- Relacionada à hipertensão devido ao aumento do débito cardíaco durante o exercício extenuante.
- Os sinais clínicos são observados até duas horas após o exercício extenuante.
Mielopatia compreensiva cervical
- É a compressão ou o estreitamento do canal medular entre os vertebrais C1 e T1.
- Normalmente, ocorre em equinos jovens, em desenvolvimento, bem alimentados.
- As causas são decorrentes de malformações ósseas e articulares.
- A ataxia, hipermetria, diminuição da propriocepção, e diminuição do tônus de esfíncter anal.
Tratamento da Mielopatia compreensiva cervical
- Administrar corticosteroides e reduzir a ingestão de carboidratos em potros afetados que estejam em fase de crescimento.
- Realizar repouso e imobilização.
- Terapia cirúrgica, principalmente por meio da fusão dos corpos vertebrais ventrais afetados.
- O prognóstico em geral tende a ser reservado e desfavorável.
Mielencefalite Protozoótica Equina
- É uma condição causada pela infecção por Sarcocystis neurona.
- O ciclo de vida da doença inclui diferentes hospedeiros.
- Os sinais clínicos podem variar de acordo com a localização da lesão medular, podendo ser multifocal ou unifocal.
- Os sinais clínicos são paresia, ataxia e atrofia focal dos músculos.
- O tratamento é baseado em medicações anti-protozoárias como sulfadiazina e pirimetamina ou diclauzuril, durante 90 a 270 dias ou 28 dias, respectivamente.
- O prognóstico normalmente tende a ser reservado.
Mieloencefalopatia Equina por Herpes Vírus Tipo-1 (EHV-1)
- EHV-1 é uma doença causada por vírus e, geralmente, acomete animais jovens.
- Muitas vezes, as características incluem abortamento em éguas e/ou doenças respiratórias.
- Os sinais clínicos podem variar de leve ataxia a paralisia completa dos membros anteriores e posteriores, paralisia da bexiga, incontinência urinária, hipoalgesia e/ou paresia periférica do períneo.
Encefalomielite Equina Viral (EEV)
- As principais manifestações de EEV são: ataxia, decúbito e morte.
Patologias do Sistema Respiratório Inferior em Ruminantes
- As pneumonias em bovinos são doenças comuns, principalmente em animais jovens submetidos a longos transportes.
- Os episódios geralmente acontecem em bovinos nos primeiros 2 anos de vida, muitas vezes até o desmame.
- As causas da pneumonia podem ser ambientais (excesso de vapor de amônia, má ventilação, etc.), imunológicas (imunodepressão, etc.), e infecciosas (bactérias, fungos, etc.).
Prevenção das Doenças Respiratórias
- Manter uma boa alimentação, e ambientes adequados, livres de doenças e de fatores estressores são alguns dos métodos de prevenção.
Pneumonia
- Existem diferentes tipos de pneumonia em bovinos, as causas são bacterianas, virais e parasitárias.
- Pneumonia primária: O Streptococcus equi é o principal agente etiológico da pneumonia em equinos, causando bronquite seguida da progressão para parênquima.
- Sinais clínicos na pneumonia podem incluir letargia, inapetência, taquipneia e tosse.
- Análise de fluido pleural.
- Tratamento para pneumonia: Antibioticoterapia, preferencialmente em amostras culturais, tratamento de suporte (oxigenoterapia e fluidoterapia; expectorantes, etc.)
Pneumonia Parasitária
- A verminose pulmonar é causada por Dictyocaulus viviparus.
- Ocorre com maior frequência em bezerros de raças leiteiras até 1 ano de idade.
- Normalmente ocorre no verão e outono, primeira estação de pasto.
- Exposição prévia mínima ou nula ao parasita.
Sinusite Frontal
- Pode ser aguda ou crônica
- Aguda é mais frequente em bovinos, geralmente relacionada ao procedimento da descorna no animal.
- Sinais clínicos comuns: Febre, descarga nasal, depressão, dor de cabeça, extensão da cabeça e do pescoço, e sensibilidade à percussão sinusal.
- O diagnóstico é baseado em exames clínicos, cultura, e RX.
- Os tratamentos comuns incluem antibioticoterapia (Penicilina), limpeza dos ferimentos, e tratamentos cirúrgicos (trepanação sinusal).
Outras Doenças Respiratórias
- Em casos de infecção bacteriana ou fúngica, outras doenças podem ser observadas no trato respiratório superior dos bovinos.
- De acordo com a apresentação da doença, é necessário observação e diagnóstico apropriados para o tratamento eficaz da infecção.
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