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Questions and Answers
Quais são as duas espécies de Trypanossoma mencionadas e as doenças que elas causam?
As espécies são o Trypanossoma cruzy, que causa a doença de Chagas, e o Trypanossoma brucei, que causa a doença do sono.
Como ocorre a multiplicação do Trypanossoma dentro dos vertebrados?
A multiplicação ocorre por fissão binária e é observada no sangue dos vertebrados.
Qual o papel da mosca Glosina (Tsé- Tsé) na transmissão da doença do sono?
A mosca ingere o microrganismo ao se alimentar de sangue e, em seu intestino, ocorre a multiplicação do parasita.
Quais são os principais sintomas da doença do sono na sua fase inicial?
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O que caracteriza a fase crônica da doença de Chagas?
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Qual método é utilizado no diagnóstico laboratorial das infecções por Trypanossoma?
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Quais são os fármacos utilizados no tratamento da doença do sono e da doença de Chagas?
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Como a prevenção da doença de Chagas pode ser eficaz?
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Quais são as razões para solicitar uma nova amostra em casos de suspeita de parasitas?
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Por que a colheita perianal é importante no diagnóstico de infeções por Enterobius vermicularis?
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Qual é a utilidade da sigmoidoscopia no diagnóstico de Entamoeba histolytica?
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Qual é a importância do aspirado duodenal na detecção de protozoários?
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Por que é considerado mais prejudicial a presença de um parasita extraintestinal do que um intraitestinal?
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Quais são as duas categorias principais de ciclos de vida dos parasitas e suas características?
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Qual a diferença entre ciclo direto e indireto no contexto dos parasitas?
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Como a patogenicidade de um parasita é influenciada pelo hospedeiro?
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Quais são as vias de penetração Ativa e Passiva de um parasita?
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Cite três formas de ação do parasita sobre o hospedeiro e descreva brevemente cada uma.
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Quais são as medidas preventivas que podem ser adotadas para controlar uma parasitose?
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Como os protozoários prejudicam o organismo do hospedeiro?
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Qual é o impacto de um ciclo indireto na propagação de epidemias parasitárias?
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O que caracteriza um parasita do grupo dos helmintos?
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Quais são os principais grupos fundamentais de parasitas mencionados?
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Qual é o vetor responsável pela transmissão de Cyclospora cayetanensis?
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Quais são as principais manifestações clínicas em pacientes imunocompetentes infectados por Isospora belli?
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Como é feito o diagnóstico laboratorial de infecções por Cyclospora cayetanensis?
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Qual a importância das medidas de higiene na prevenção das infecções por parasitas mencionados?
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O que acontece com a patogénese de Cyclospora cayetanensis após a ingestão de oocistos?
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Quais são os sintomas associados a uma infecção por Plasmodium sp.?
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Qual tratamento é específico para a infecção por Isospora belli?
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Explique como a imunodepressão afeta o quadro clínico em infecções por parasitas.
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Como as vacinas utilizam o sistema imunitário do indivíduo?
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Quais são as principais vantagens e desvantagens das vacinas feitas com vírus mortos?
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De que maneira as vacinas com vírus atenuados agem no organismo?
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Qual é o risco associado ao uso de vacinas com vírus atenuados?
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O que significa imunidade 'circulatória' conferida por vacinas de vírus mortos?
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Quais os desafios no desenvolvimento de vacinas eficazes contra vírus mutantes?
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Quais tipos de vacinas estão sendo estudados para o futuro segundo as perspectivas mencionadas?
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Por que pode ser necessária a administração de reforços para vacinas com vírus mortos?
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Como a contaminação de vacinas pode afetar a saúde pública?
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Qual é o papel das vacinas na proteção oncológica, como na Doença de Marek?
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Study Notes
Reservatórios
- Animais podem ser hospedeiros naturais de parasitas que também infectam humanos, como cães e a Leishmania.
Ciclo de Vida
-
O ciclo de vida de um parasita pode envolver transformações complexas e a passagem por vários seres vivos, incluindo vida livre.
-
A diversidade de ciclos garante a propagação e disseminação da espécie.
-
Monoxeno: ciclo de vida em apenas um hospedeiro.
-
Heteroxeno: passagem obrigatória por dois ou mais hospedeiros.
-
Ciclo direto: não necessita de um hospedeiro intermediário; a transmissão ocorre pela forma resistente (meio ambiente, ovos).
-
Ciclo indireto: necessita de um hospedeiro intermediário (forma larval). O hospedeiro definitivo abriga a forma adulta do parasita.
Patogenicidade
-
Grau de lesão causado pelo parasita.
-
Fatores que influenciam a patogenicidade:
-
Parasita:
- Capacidade de adesão e penetração.
- Capacidade de multiplicação.
- Evasão e mecanismos de defesa.
- Viabilidade genética.
-
Hospedeiro:
- Idade.
- Estado imunitário.
- Doenças associadas e medicação.
-
Parasita:
Vias de Penetração
-
Ativa:
- O parasita penetra a pele e mucosas usando enzimas, endocitose, lise da membrana celular, alteração de estruturas superficiais.
- A transmissão ocorre pela forma resistente (ex: ovos).
-
Passiva:
- Ingestão de água ou alimentos contaminados.
- Picada de insetos, inoculação (ex: agulhas).
Ação do Parasita sobre o Hospedeiro
- Espoliativa: utilização direta de nutrientes do hospedeiro ou sangue (avitaminoses).
- Mecânica: obstrução do fluxo de líquidos e alimentos, compressão de órgãos vizinhos devido ao aumento do órgão que contém o parasita.
- Tóxica: produção de metabolitos que causam irritação e lesão.
- Hiperplásica: aumento da velocidade da divisão celular (aumento do metabolismo).
- Neoplásica: alguns parasitas são associados a tumores (Schistosoma) devido à produção excessiva de componentes em falta causados pelo parasita.
- Enzimática: produção de enzimas que causam lesão aos tecidos.
- Anóxia: consumo de O2 associado à hemoglobina (paludismo).
- Traumática: associada a formas larvares.
Prevenção e Controlo de uma Parasitose
-
Redução da fonte humana como fator de transmissão:
- Profilaxia pessoal.
- Tratamento antiparasitário.
- Controlo do meio ambiente, águas e alimentos.
- Destruição ou controlo de reservatórios animais e vetores.
-
Criação de barreiras biológicas de transmissão:
- Peixes que se alimentam de larvas.
Grupos Fundamentais de Parasitas
- Protozoários
- Helmintos
- Artrópodes
Protozoários
-
Infecção por protozoários resulta em danos aos tecidos e doenças que podem ser causadas pela resposta do sistema imunitário ou pela libertação de produtos tóxicos.
-
Infectam humanos e animais vertebrados.
-
Desenvolve-se no intestino ou glândulas salivares do mosquito.
-
Espécies:
- Trypanossoma cruzi: - Tripanossomose americana (Doença de Chagas).
- Trypanossoma brucei: - Tripanossomose humana africana (Doença do Sono).
-
Estrutura e replicação:
- Observados no sangue dos vertebrados.
- Multiplicação por fissão binária.
-
Patogénese e Imunidade:
- Mosca Glossina (Tsé-Tsé) ingere o microrganismo com a refeição de sangue.
- O microrganismo encontra-se nas glândulas salivares do mosquito.
- No intestino ocorre multiplicação.
- Migração para as glândulas salivares – nova infeção.
- Doença do sono: invadem o SNC.
- Doença de Chagas: invadem o músculo liso, coração e trato intestinal.
-
Epidemiologia:
- Doença do sono: Mosca encontrada na África intertropical.
- Doença de Chagas: endémica no continente americano; mais de 15 milhões de infetados.
-
Manifestações clínicas:
- Doença do sono: Inoculação do tripanossoma na pele → evolução para nódulo → febre, mal-estar, fadiga…→ evolução intermitente (gânglios cervicais ) → período neurológico → coma e morte.
- Doença de Chagas: Inoculação do tripanossoma na pele → síndrome semelhante à mononucleose → miocardite e encefalite (rara) → resolve em 4 a 16 semanas → fase silenciosa (60-70% infectados) → fase crónica (15 a 30 anos - cardíaca).
-
Diagnóstico laboratorial:
- Observação do parasita no sangue.
- Realização obrigatória de punção lombar.
-
Tratamento, controlo e prevenção:
- Pentamidina (sono) e nifurumox (Chagas).
- Diminuição do contato com a mosca.
- Tratamento de infetados.
-
Leishmania sp.
-
Vacinas:
-
Utilizam o sistema imunitário do indivíduo.
-
Método de prevenção muito eficaz, dependendo do vírus.
-
Desenvolvimento de anticorpos contra antígenos da superfície viral.
-
Podem também introduzir anticorpos contra antígenos do cerne.
-
Na reinfeção pelo mesmo vírus, a imunidade pode não ocorrer devido a mutações.
-
Proteção oncológica?:
- Doença de Marek (tumor em galinhas causado por herpes vírus) → administração de vacina com vírus atenuado não impede a infecção, mas a progressão a carcinoma.
- VHB → esquema semelhante, até agora com bons resultados.
-
Tipos:
-
Utilização de vírus mortos:
- Produzidas pela purificação de culturas víricas e posterior inativação.
- Recorre-se habitualmente ao formol diluído.
- Necessidade de ocorrer o mínimo de lesão dos antígenos de superfície.
- Vantagens: não há regressão para a virulência; possibilidade de produzir vacinas quando não se dispõe de vírus atenuado.
- Desvantagens: possibilidade de os antígenos virais mortos não corresponderem na íntegra aos do vírus vivo; extremo cuidado a fim de não conter nenhum vírus vivo; confere imunidade "circulatória", mas não impede a replicação na porta de entrada; imunidade frequentemente de curta duração, necessitando de reforços.
-
Utilização de vírus atenuados:
- Utilização de vírus mutantes, iguais em tudo, exceto num passo de replicação.
- Vantagens: atuam como infecção natural; os vírus circulam no hospedeiro e geram anticorpos, tendendo estes a serem mais duradouros.
- Desvantagens: possibilidade de contaminação dos stocks com outros vírus; possibilidade de causar a doença (muito raro); confluência do vírus selvagem e do vírus da vacina, diminuindo a eficácia; conservação e prazo de validade das vacinas.
-
-
Perspetivas futuras:
- Criação de vacinas que não envolvam genoma viral.
- Estudos moleculares de introdução de mutações, mas mantendo conservado o exterior.
- Vacinas que incluam vários componentes víricos (do exterior e interior).
-
Técnicas alternativas às fezes:
-
Estas técnicas são tão eficazes quanto a utilização de fezes, mas não são utilizadas como a primeira abordagem devido ao desconforto causado ao paciente. Elas são usadas se nenhum microrganismo for encontrado nas fezes.
-
Colheita perianal:
- Colheita com zaragatoa.
- Importante em infecções por Enterobius vermiculares.
- Coloração de fita adesiva transparente nas pregas perianais.
-
Sigmoidoscopia:
- Importante em infecções por Entamoeba histolytica.
- Não é uma primeira abordagem.
-
Aspirado duodenal:
- Importante em alguns protozoários (Giardia duodenalis, Isospora,...).
- Obtido por endoscopia ou enterotest (cápsula de gelatina).
-
Aspirado abcesso hepático:
-
Importante no diagnóstico de amebíase invasivas.
-
Seleção feita na margem do abcesso (2 porções).
-
Nota:
-
A existência de um parasita extraintestinal é mais prejudicial do que um intraintestinal, pois o intestino já possui microrganismos, mas outros órgãos não possuem grande microbiota. A maioria dos parasitas inicialmente se encontra de maneira extraintestinal. Eles já se apresentaram no intestino, mas migraram para outro local.
-
Se for encontrado um nódulo no fígado que indique um parasita específico, então será realizada uma colheita ou aspirado do nódulo.
-
-
Cryptosporidium parvum
-
Patogénese:
- Ingestão de oocistos e libertação no intestino – invasão de células epiteliais.
- Pode estender-se aos pulmões (imunodeprimidos).
-
Epidemiologia:
- Antroponética (entre humanos) ou zoonose (entre animal e humano).
- Via fecal-oral ou contato direto.
-
Manifestações clínicas:
- Em imunocompetentes, pode ser assintomática ou leve.
- Imunodeprimidos (especialmente com VIH), pode agravar o quadro clínico.
-
Diagnóstico laboratorial:
- Visualização de oocistos nas fezes.
-
Tratamento, prevenção e controlo:
- Imunocompetentes com medidas de suporte.
- Imunodeprimidos devem fortalecer a imunidade.
- Medidas de higiene pessoal e coletiva (saneamento).
Cyclospora cayetanensis
-
Morfologia:
- Oocistos esféricos, com 8 a 10 µm.
-
Patogénese:
- Ingestão de oocistos.
- Invasão de enterócitos, com alterações inflamatórias das microvilosidades.
-
Epidemiologia:
- O humano é o único reservatório.
- Surtos associados à ingestão de águas e alimentos contaminados.
- Transmissão fecal-oral.
-
Manifestações clínicas:
- Diarreia aquosa, náuseas e fadiga.
- Casos graves: vómitos e dores musculares.
- Possibilidade de existência de portadores assintomáticos.
-
Diagnóstico laboratorial:
- Visualização dos oocistos nas fezes.
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Controlo, prevenção e tratamento:
- Ciprofloxacina.
- Medidas de higiene pessoal e coletiva.
Isospora belli
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Morfologia:
- Oocistos imaturos alongados e ovais.
- Habitualmente se tornam.
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Patogénese:
- Ingestão de oocistos infeciosos.
- Desenvolvimento no interior da célula do duodeno/jejuno.
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Epidemiologia:
- Ubíqua, mas mais frequente em regiões tropicais.
- Todo o ciclo de vida num hospedeiro humano.
- Admite-se a transmissão por via fecal-oral.
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Manifestações clínicas:
- Pode causar diarreia e dor abdominal.
- Grave em doentes imunodeprimidos.
- Pode existir portadores assintomáticos.
-
Diagnóstico laboratorial:
- Observação macroscópica direta.
-
Tratamento:
- Trimetoprim.
- Medidas de higiene pessoal.
Plasmodium sp.
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Description
Teste seus conhecimentos sobre as espécies de Trypanossoma e as doenças que elas causam, como a doença do sono e a doença de Chagas. O quiz aborda a transmissão, sintomas, diagnóstico e tratamento dessas infecções. Aprenda mais sobre a prevenção eficaz da doença de Chagas.