Sistema Respiratório: Estrutura e Função

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Questions and Answers

Qual das seguintes opções descreve corretamente o epitélio encontrado no trato respiratório superior?

  • Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado, ideal para trocas gasosas.
  • Epitélio de transição, com capacidade de distender-se e encontrado exclusivamente na laringe.
  • Epitélio pseudoestratificado colunar ciliado, especializado na defesa e clearance mucociliar. (correct)
  • Epitélio simples cúbico, otimizado para a absorção de nutrientes e secreção hormonal.

Numa resposta a estímulos agressivos no trato respiratório superior, qual das seguintes alterações histopatológicas indicaria uma lesão irreversível no epitélio pseudoestratificado colunar ciliado?

  • Diminuição do número de cílios por célula epitelial.
  • Hipersecreção de muco pelas células caliciformes.
  • Exfoliação e necrose extensa das células epiteliais. (correct)
  • Aumento da vascularização na lâmina própria.

Qual das seguintes condições congénitas do trato respiratório superior pode levar à obstrução das vias aéreas e dificuldades respiratórias em animais jovens?

  • Quistos dos seios paranasais.
  • Discinesia ciliar primária.
  • Desvio do septo nasal.
  • Hipoplasia dos turbinados. (correct)

Em casos de amiloidose sistémica em animais, qual das seguintes opções descreve o aspeto microscópico característico da acumulação de amiloide na cavidade nasal?

<p>Deposição de substância homogénea e eosinofílica na lâmina própria. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual a diferença fundamental entre congestão e hiperemia como alterações vasculares no trato respiratório superior?

<p>Hiperemia envolve o aumento do fluxo sanguíneo arterial, enquanto congestão resulta do impedimento do retorno venoso. (C)</p> Signup and view all the answers

Na rinite fibrinosa, como diferenciar macroscopicamente entre uma lesão pseudodiftérica e uma diftérica?

<p>A lesão pseudodiftérica é superficial e destaca-se facilmente, enquanto a diftérica é aderente devido à necrose tecidular subjacente. (B)</p> Signup and view all the answers

Como é que Gurma (Strangles), Rinopneumonite viral equina e Influenza equina diferem em termos de progressão da doença e quadros lesional?

<p>Rinopneumonite causa principalmente rinite serosa, influenza causa alta morbilidade com baixa mortalidade e Gurma causa rinite supurativa e linfadenite. (A)</p> Signup and view all the answers

Numa análise comparativa entre Mormo (Glanders) e Rinotraqueíte Infeciosa Bovina, quais são as principais diferenças nos agentes etiológicos e quadros lesional macroscópicos?

<p>Rinotraqueíte é causada por Herpesvirus bovino 1 e causa hiperemia e necrose multifocal, enquanto Mormo é causado por Burkholderia mallei e causa piogranulomas. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual é a principal distinção patogénica entre a Rinite Atrófica causada por Bordetella bronchiseptica e a causada por Pasteurella multocida (tipo D ou A)?

<p><em>Pasteurella multocida</em> causa atrofia severa das conchas nasais através da produção de citotoxinas, enquanto <em>Bordetella bronchiseptica</em> causa colonização e atrofia leve a moderada. (C)</p> Signup and view all the answers

Numa infeção fúngica do trato respiratório superior, como a aspergilose, qual das seguintes características macroscópicas seria mais indicativa da presença da doença?

<p>Placas fibrinopurulentas com áreas de necrose. (B)</p> Signup and view all the answers

No contexto das Bolsas Guturais, qual a principal consequência de uma guturalite micótica não tratada?

<p>Compressão de nervos cranianos adjacentes, resultando em disfunções neurológicas. (B)</p> Signup and view all the answers

Qual das seguintes alterações congénitas está mais associada à Síndrome aérea dos braquicefalos?

<p>Estenose das narinas, alongamento do palato mole e edema laríngeo. (A)</p> Signup and view all the answers

Na hemiplegia laríngea, como diferenciar a etiologia idiopática da secundária?

<p>A etiologia idiopática é causada por afeção do nervo recorrente laríngeo, enquanto a secundária está relacionada com bolsas guturais ou linfonodos retrofaríngeos. (C)</p> Signup and view all the answers

Qual a sequência correta dos constituintes do trato respiratório inferior (TRI)?

<p>Traqueia, brônquios, bronquíolos, pulmão-alvéolos. (C)</p> Signup and view all the answers

Que função específica desempenham as células de Club (antigamente células da Clara) no TRI e qual a sua importância na resposta a agressões?

<p>Produzir Clara cell secretory protein (CCSP), metabolitos e capacidade de regeneração. (D)</p> Signup and view all the answers

Na bronquiectasia, quais são os principais mecanismos patogénicos que levam à dilatação permanente dos brônquios?

<p>Inflamação crónica, destruição do revestimento brônquico, condromalácia e enfraquecimento do músculo liso. (A)</p> Signup and view all the answers

Na Doença Pulmonar Obstrutiva Recorrente das Vias Aéreas, quais são as principais alterações microscópicas observadas?

<p>Metaplasia mucosa, Plugs bronquiolares, Infiltração linfoplasmocitária peribronquiolar e Hipertrofia do músculo liso. (A)</p> Signup and view all the answers

O que diferencia a síndrome da asma felina em termos de etiologia e aspeto microscópico?

<p>Hipersensibilidade tipo I caracterizada por edema da mucosa, infiltração por eosinófilos e hipersecreção de muco. (A)</p> Signup and view all the answers

Como é que o padrão de lobulação pulmonar influencia o curso das pneumonias em diferentes espécies?

<p>Em espécies com lobulação fraca, como bovinos e suínos, as pneumonias tendem a disseminar-se mais amplamente, enquanto em cães, com boa lobulação, as infeções ficam mais confinadas. (B)</p> Signup and view all the answers

Qual a importância dos macrófagos alveolares pulmonares e dos macrófagos pulmonares intravasculares na defesa do TRI, e em que espécies predominam os macrófagos intravasculares?

<p>Os alveolares fagocitam partículas ou macrófagos intersticiais, enquanto os intravasculares removem bactérias, sendo os intravasculares predominantes em ruminantes, felídeos, suínos e equinos. (D)</p> Signup and view all the answers

Como é que a resposta dos pneumócitos tipo I e tipo II a agressões difere no TRI e qual a consequência dessa diferença para a regeneração alveolar?

<p>Pneumócitos tipo II proliferam rapidamente, migram para cobrir a membrana basal e diferenciam-se em pneumócitos tipo I para regenerar o alvéolo. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual a principal diferença entre atelectasia congénita e adquirida?

<p>A atelectasia congénita ocorre devido à falha na insuflação do pulmão ao nascimento, enquanto a adquirida é relacionada com obstrução ou compressão. (A)</p> Signup and view all the answers

Em casos de edema pulmonar, como diferenciar entre causas hidrostáticas e hemodinâmicas?

<p>O edema hidrostático é causado por aumento da pressão hidrostática nos capilares pulmonares, enquanto o hemodinâmico se deve a alterações no fluxo sanguíneo e permeabilidade. (C)</p> Signup and view all the answers

Como é que a patogénese da pneumonia intersticial difere da broncopneumonia supurativa?

<p>A pneumonia intersticial resulta de lesão difusa das paredes alveolares e tecido intersticial, enquanto a broncopneumonia supurativa envolve inflamação dos brônquios com exsudato purulento. (B)</p> Signup and view all the answers

Qual a sequência de eventos microscópicos na evolução da broncopneumonia?

<p>Proliferação do agente etiológico → diapedese de neutrófilos → redução da hiperémia → resolução ou cronicidade. (A)</p> Signup and view all the answers

Como diferenciar entre a pneumonia intersticial e a embólica examinando a via de entrada e etiologia?

<p>A pneumonia intersticial tem via de entrada aerógena e é frequentemente causada por vírus, enquanto a embólica tem via hematogénea e é causada por êmbolos sépticos. (A)</p> Signup and view all the answers

Na pneumonia granulomatosa, como é que a etiologia influencia a formação de granulomas nos pulmões?

<p>Agentes resistentes à fagocitose, como fungos sistémicos e <em>Mycobacterium bovis</em>, levam à formação de granulomas. (A)</p> Signup and view all the answers

Quais as fases da pneumonia granulomatosa, por tuberculose, e quais os eventos em cada fase?

<p>Fase exsudativa (aguda, prolif. bacteriana rápida, linfócitos reativos) e fase proliferativa (proliferação e ativação de macrófagos à cels epitelióides e cels gigantes de Langhans). (D)</p> Signup and view all the answers

Numa situação de febre dos transportes em bovinos, qual a diferença entre Mannheimia haemolytica tipo A e Histophilose no quadro lesional?

<p><em>Mannheimia haemolytica</em> causa broncopneumonia purulenta, enquanto Histophilose causa broncopneumonia purulenta à fibrinosa com pleurite. (C)</p> Signup and view all the answers

Pneumonia enzoótica dos vitelos, qual a influência dos vírus, bactérias e do ambiente na etiologia?

<p>Ambiente (ventilação, humidade e correntes de ar), vírus (IBR, BRSV e BVD) e bactérias (Pasteurella multocida, Mannheimia hemolytica, Histophillus somni, Trueperella pyogenes , E. coli). (A)</p> Signup and view all the answers

Na Sindrome respiratório e reprodutivo porcino (PRRS), qual a relação entre o agente etiológico, lesões e sua predisposição à pneumonia bacteriana secundária?

<p>O agente etiológico é PRRSV (arterivírus), há broncopneumonia com hepatização e predisposição à pneumonia. (A)</p> Signup and view all the answers

Como se manifesta a Pleuropneumonia porcina e quais as caraterísticas do quadro lesional?

<p>Broncopneumonia fibrinosa (lobos caudo-dorsais), pleurite fibrinosa e é fatal. (D)</p> Signup and view all the answers

Flashcards

Trato respiratório superior (TRS)

Parte do sistema respiratório que inclui cavidade nasal, seios paranasais, faringe e laringe.

Trato respiratório inferior (TRI)

Consiste na traqueia, brônquios, bronquíolos e pulmão-alvéolos.

Rinite

Inflamação da cavidade nasal.

Sinusite

Inflamação dos seios paranasais.

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Congestão vascular

Fenómeno vascular passivo associado a distúrbios cardiovasculares.

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Hiperémia vascular

Fenómeno vascular ativo, fase inicial de inflamação.

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Epistaxis

Hemorragia nasal.

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Rinopneumonite equina

Doença viral equina que via de transmissão aerógena.

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Influenza equina

Doença equina com agente influenza, alta morbilidade e baixa mortalidade.

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Gurma (Strangles)

Doença dos equinos causada Streptococcus equi.

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Mormo (Glanders)

Doença equina por Burkholderia mallei, via aerógena e hemática.

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Rinotraqueíte infecciosa bovina

Doença bovina por Herpesvirus bovino 1.

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Míases

Infestação por larvas de Oestrus ovis.

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Rinite de corpos de inclusão

Doença suína por Citomegalovirus porcino.

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Rinite atrófica

Doença comum em suínos, distribuição mundial e multifatorial.

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Rinites virais caninas

Rinites causadas pela Esgana e Adenovírus 1 e 2 (CAV).

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Rinites micóticas – Aspergilose

Rinites micóticas com Aspergillus spp.

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Rinites micóticas – Criptococose

Rinite micótica rara em cães com Cryptococcus neoformans

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Rinotraqueíte viral felina

Causada por Herpesvirus felino 1.

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Bursite gutural/Guturalite micótica

Agente etiológico Aspergillus fumigatus, unilateral, causa sequelas

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Hemiplegia laríngea

Anomalia em cães, equinos, com etiologia Idiopático por afeção do nervo recorrente laríngeo (primário)

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Hipersecreção e Hiperplasia

Aumento na produção de células secretoras produtoras de muco

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Hiposmia/anosmia

Ocorre diminuição ou perda do olfato

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Metaplasia mucosa

Obstrução Recorrente das Vias Aéreas

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Vírus pneumotrópicos (esgana, influenza)

Pneumonia intersticial

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Mycobacterium tuberculosis

Pneumonia granulomatosa

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Massa homogénea, acidófila

Pneumonia granulomatosa

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Complexo primário dissociado:

Pneumonia granulomatosa (Tuberculose)

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Pneumonia granulomatosa (Tuberculose)

Agente: M. bovis

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DDx: Histophilose

Agente: M. bovis

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Study Notes

Estrutura do Sistema Respiratório

  • O sistema respiratório divide-se em trato respiratório superior (TRS) e inferior (TRI).

Trato Respiratório Superior (TRS)

  • O TRS é composto pela cavidade nasal, seios paranasais, faringe e laringe.
  • Inclui bolsas guturais.

Trato Respiratório Inferior (TRI)

  • O TRI é composto pela traqueia, brônquios, bronquíolos e pulmão-alvéolos.

TRS: Mecanismos de Defesa

  • A turbulência do movimento do ar, produção de muco com clearance mucociliar, tosse/espirros e a flora comensal atuam como importantes mecanismos de defesa.

TRS: Resposta a Estímulos-Agressões

  • O epitélio pseudoestratificado colunar ciliado pode sofrer lesão reversível ou irreversível.
  • Células secretoras produtoras de muco podem apresentar hipersecreção ou hiperplasia.
  • Em casos de lesão do epitélio olfatório, pode ocorrer hiposmia/anosmia.

TRS: Cavidade Nasal e Seios Paranasais

  • As alterações podem ser congénitas, acumulações de substâncias, vasculares, inflamatórias-infeciosas, neoplasias e lesões do tipo neoplasia.

Alterações Congénitas

  • Desvio do septo nasal, arrinia, palatosquise, hipoplasia de turbinados, quistos dos seios paranasais e discinesia primária são possíveis alterações congénitas.

Acumulações de Substâncias

  • Amiloidose manifesta-se com depósito de substância amiloide hialina no aspeto microscópico.

Alterações Vasculares

  • Congestão é um fenómeno passivo associado a distúrbios cardiovasculares.
  • Hiperémia é um fenómeno ativo na fase inicial da resposta inflamatória ou irritação local.
  • Hemorragia (Epistaxis) pode ter como etiologia inflamação, trauma ou neoplasia.

Alterações Inflamatórias

  • Rinite é a inflamação da cavidade nasal; e sinusite, a inflamação dos seios paranasais.
  • Classificam-se em serosa, catarral, purulenta/supurativa, fibrinosa e granulomatosa.

Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Rinopneumonite Viral Equina

  • O agente é o Herpesvirus equino 1 e 4 (EHV 1/4), com via aerógena de transmissão.
  • Afeta principalmente poldros (desmame) e cavalos jovens infectados.
  • Causa doença leve/transitória com hiperémia e rinossinusite serosa, com latência no nervo trigémio.
  • Pode causar aborto (EHV 1).

Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Influenza Equina

  • O agente é o vírus Influenza, transmitido por via aerógena.
  • Afeta animais de 2 a 3 anos, com alta morbilidade e baixa mortalidade.
  • Causa febre, conjuntivite, rinorreia e/ou rinite serosa.

Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Gurma (Strangles)

  • O agente é o Streptococcus equi, afetando todas as idades (++ poldros).
  • Causa rinite supurativa, linfadenite e abcessos.

Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Mormo (Glanders)

  • O agente é o Burkholderia mallei, transmitido por via aerógena e hemática.
  • Doença de Declaração Obrigatória (OIE).
  • Causa lesões características como piogranulomas ulcerados que evoluem para cicatrização fibrosa.

Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Rinotraqueíte Infecciosa Bovina

  • O agente é Herpesvirus bovino 1.
  • Causa hiperémia, necrose multifocal e sequelas como broncopneumonia.
  • Diagnóstico por PCR/imunohistoquímica.

Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Míases

  • O agente é Oestrus ovis.
  • Causa rinossinusite mucopurulenta erosiva.

Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Rinite de Corpos de Inclusão

  • O agente é o Citomegalovirus porcino, que acomete leitões com alta morbilidade e baixa mortalidade.
  • Causa rinite ligeira que evolui para quadro sistémico em imunodeprimidos.

Rinite de Corpos de Inclusão: Aspeto Microscópico

  • Rinite necrótica não supurativa.
  • Presença de corpos de inclusão intranucleares basófilos.

Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Rinite Atrófica

  • Comum com distribuição mundial, a rinite atrófica é multifactorial.
  • Caracteriza-se por uma patologia progressiva com atrofia dos cornetos nasais.

Rinite Atrófica: Patogénese

  • Bordetella bronchiseptica causa atrofia leve a moderada dos turbinados, promovendo colonização por Pasteurella multocida.
  • Pasteurella multocida (tipos D ou A) produz citotoxinas com atividade osteoclástica, causando atrofia severa das conchas e deformação externa.

Rinites Virais

  • Esgana, Adenovírus 1 e 2 (CAV), Parainfluenza, Reovirus e Herpesvirus.

Rinites Bacterianas

  • Bordetella bronchiseptica, Escherichia coli, Pasteurella multocida.

Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Rinites Micóticas - Aspergilose

  • O agente é Aspergillus spp.
  • Causa necrose, placas fibrinopurulentas e exsudado com hifas.

Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Rinites Micóticas - Criptococose

  • O agente é Cryptococcus neoformans.
  • Apresenta-se de forma esporádica em cães.
  • Causa rinorreia mucopurulenta e granulomas na mucosa.

Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Rinotraqueíte Viral Felina

  • O agente é o Herpesvirus felino 1.
  • Quadros de rinite associados a conjuntivite.
  • Clamidiose: Agente Chlamydophila felis.

Alterações Inflamatórias-Infecciosas

  • Rinite bacteriana secundária.
  • Rinites fúngicas: Agente Cryptococcus neoformans/gatti e granulomas (PAS+, Grocott).

Neoplasias Primárias

  • Raras, de várias origens (epitelial e mesenquimatosa).
  • Apresentam comportamento biológico maligno e são localmente invasivas.
  • Exceção: tumores nasais (etmoidais) enzoóticos em caprinos/ovinos, carcinoma transmissível.

Neoplasias Secundárias

  • Pouco frequentes (linfoma).

Lesões “tumor-like” - Pólipos

  • Lesões proliferativas benignas.

TRS: Bolsas Guturais

  • Bursite gutural/Guturalite micótica causado por Aspergillus fumigatus.
  • Unilateral.
  • Pode levar sequelas e empiema.
  • Formação de guturólitos.

TRS: Faringe, Laringe, Traqueia

  • Alterações congénitas, processos degenerativos, alterações vasculares e alterações inflamatórias podem afetar a faringe, laringe e traqueia.

Alterações Congénitas na Faringe, Laringe e Traqueia

  • Síndrome aérea dos braquicefalos: estenose das narinas, alongamento do palato mole, edema laríngeo.
  • Hipoplasia e entrapment da epiglote.
  • Estenose e colapso traqueal.

Processos Degenerativos

  • Hemiplegia laríngea em cães e equinos.
  • Etiologia idiopática por afeção do nervo recorrente laríngeo (primário) ou secundário a bolsas gulturais/linfonodos retrofaríngeos.
  • Causa atrofia dos músculos cricoaritnoides dorsal e lateral.

Alterações Vasculares

  • Edema laríngeo.
  • Hemorragia da laringe e traqueia.

Alterações Inflamatórias

  • Faringite, laringite e traqueíte.
  • Hiperplasia linfoide faríngea em equinos, com focos branco na mucosa faringe (polipoides) e infiltração de linfócitos e plasmócitos.

Trato Respiratório Inferior (TRI)

  • É composto pela traqueia, brônquios, bronquíolos e pulmões-alvéolos.

TRI: Brônquios e Bronquíolos

  • Estrutura histológica especifica e sensível a agressões.

TRI: Estrutura

  • Epitélio particularmente sensível a agressões (vírus, gases, tóxicos).
  • Apresentam células de Club (antigamente células da Clara) que produzem Clara cell secreory protein – CCSP, metabolitos e com capacidade de regeneração.
  • Macrófagos alveolares.

TRI: Resposta a Agressões

  • Após agressão, pode ocorrer inflamação crónica ou transitória, resultando em reparo ou danos como bronquiectasia, bronquiolite catarral, obstrução das vias aéreas ou pneumonia.

TRI: Resposta a Agressões - Bronquiectasia

  • Dilatação permanente do brônquio, destruição do revestimento, condromalácia e enfraquecimento do músculo liso.

TRI: Brônquios e Bronquíolos - Obstrução Recorrente das Vias Aéreas

  • Etiologia da obstrução recorrente é desconhecida.
  • In vivo causa dispneia, tosse e intolerância ao exercício.
  • Microscopicamente, observa-se metaplasia mucosa, plugs bronquiolares, infiltração linfoplasmocitária peribronquiolar e hipertrofia do músculo liso.

TRI: Brônquios e Bronquíolos - Síndrome da Asma Felina

  • Etiologia é hipersensibilidade tipo I.
  • In vivo ocorrem broncoconstrição, dispneia e tosse.
  • Microscopicamente, edema da mucosa, infiltração por eosinófilos, hipersecreção mucosa, hiperplasia do músculo liso e obstrução.

TRI: Pulmões-Alvéolos

  • Alterações congénitas, alterações da insuflação, alterações vasculares, alterações metabólicas, alterações inflamatórias-infeciosas e neoplasias podem afetar os pulmões e alvéolos.

TRI: Estrutura dos Pulmões-Alvéolos

  • Lobos dão origem a Lóbulos – primários ou secundários.
  • O padrão de lobulação é variável entre espécies e o grau de lobulação determina o grau de movimento de ar entre os lóbulos. É fraco em bovinos e suínos (lobulação mais intensa) e boa em cães.
  • Lobos determinam o curso das pneumonias.

TRI: Mecanismos de Defesa dos Pulmões-Alvéolos

  • Ausência de muco e cílios.
  • Macrófagos alveolares pulmonares: altamente fagocíticos, derivam de monócitos (++) ou de macrófagos intersticiais (-, diferenciação lenta), com tempo de vida curta.
  • Macrófagos pulmonares intravasculares (ruminantes, felídeos, suínos, equinos): responsáveis por remover bactérias da circulação, localizados nos capilares alveolares.

TRI: Resposta a Estímulos-Agressões dos Pulmões-Alvéolos

  • Pneumócitos tipo I: danos irreversíveis resultam em necrose e destacamento da membrana basal.
  • Pneumócitos tipo II: proliferam rapidamente, migram para cobrir a membrana basal e diferenciam-se em pneumócitos tipo I.

TRI: Pulmões-Alvéolos

  • Alterações congénitas.
  • Alterações da insuflação.
  • Alterações vasculares.
  • Alterações metabólicas.
  • Alterações inflamatórias-infeciosas.
  • Neoplasias.

Alterações Congénitas

  • Raras, como pulmões acessórios, hipoplasia/agenesia, e melanose maculosa.

Alterações da Insuflação

  • Atelectasia: congénita (falha na insuflação ao nascimento) ou adquirida (obstrutiva ou compressiva).
  • Enfisema: alveolar ou intersticial, enfisema bolhoso.

Alterações Vasculares

  • Hiperémia e congestão.
  • Hemorragia pulmonar.
  • Edema pulmonar: hidrostático, hemodinâmico ou por permeabilidade.
  • Hemorragia induzida pelo exercício em equinos: etiologia desconhecida, epistaxis*.
  • Embolia pulmonar: trombos, êmbolos sépticos, trombos lipídicos e trombos neoplásicos.
  • Enfartes pulmonares.

Calcificação pulmonar:

  • Etiologia: Hipercalcémia (primária ou secundária).
  • Quadro lesional: consistência granular a placas brancas e firmes, resistência à desinsuflação.
  • Microscopia: Calcificação das paredes alveolares ou ossificação do pulmão.

Alterações Inflamatórias-Infecciosas

  • Broncopneumonia supurativa: Aerógena, distribuída cranioventralmente, firme com exsudado purulento.
  • Broncopneumonia fibrinosa: Aerógena, distribuída cranioventralmente, firme com exsudado fibrinoso.
  • Pneumonia intersticial: Aerógena e hematógena, difusa, elástica e impressão das costelas.
  • Pneumonia granulomatosa: Aerógena e hematógena, multifocal, nodular com necrose/calcificação.
  • Pneumonia embólica: Hemática, multifocal, nodular com exsudado purulento.

Broncopneumonia Supurativa

  • Etiologia (+comuns): Pasteurella multocida, Bordetella bronchiseptica, Streptococcus spp., E. coli (agentes secundários); também pode ser resultado de aspiração.
  • Quadro: Edema + hiperémia (12h) → infiltração das vias por neutrófilos (48h) → hiperémia diminui mas aumento dos neutrófilos/macrófagos → resolução ou cronicidade.
  • Microscopia: Neutrófilos, macrófagos e detritos celulares nos brônquios, bronquíolos e alvéolos.

Broncopneumonia Fibrinosa

  • Etiologias (+comuns): Mannheimia haemolytica*, Histophilus somni, Actinobacillus pleuropneumoniae*, Mycoplasma bovis.
  • Congestão/hemorragia → acumulação de fibrina na superfície pleural.
  • Consolidação (vermelha), edema (padrão marmoreado), necrose de coagulação.
  • Pior prognósticos: fibrose.

Evolução das Broncopneumonias

  • 0 - 12h: Proliferação do agente etiológico (bactérias) e aspeto macro de hiperémia e edema com Hepatização vermelha (hiperagudo a agudo).
  • 12 - 48h: Diapedese de neutrófilos para o lúmen e aspeto macro de coloração + clara e consistência + firme.
  • 2 - 5d: Redução da hiperémia/edema e aumento dos neutrófilos no lúmen com Hepatização cinzenta (agudo a subagudo) e aspeto macro de coloração acinzentada consistente.

Pneumonia Intersticial

  • Etiologia: Aerógena (gases, fumos, vírus pneumotrópicos - esgana, influenza) ou Hemática (septicémia, CID, tóxicos, vírus endoteliotrópicos - adenovírus canino, PSC - pestivirus).
  • Quadro: Aspeto pouco característico (edema/hiperinsuflação/enfisema) com distribuição difusa, mais pronunciada dorsocaudalmente, impressão das costelas, pulmões não colapsam.
  • Microscopia: Inflamação das paredes alveolares e tecido intersticial.

Pneumonia Granulomatosa

  • Etiologia Resistência à fagocitose: fungos sistémicos, tuberculose (Mycobacterium bovis), corpos estranhos ou parasitas, PIF (deposição de complexos antigénio-anticorpo).
  • Patogénese é igual a pneumonia intersticial e embólica.
  • Quadro: A doença tem um padrão particular: formação de granulomas.

Pneumonia Granulomatosa: Aspecto Macroscópico

  • São observadas estruturas nodulares firmes com distribuição difusa, multifocal pulmonar

Pneumonia Granulomatosa - Tuberculose

  • Patologia infeciosa crónica com agentes etiológicos como Mycobacterium tuberculosis e Mycobacterium bovis.
  • Cocobacilos álcool-acido resistentes.

Pneumonia Granulomatosa - Tuberculose - Fase de Implantação

  • Reação de corpo estranho: inicialmente exsudativa (aguda, prolif bact rápido, linfócitos reativos) e posteriormente proliferativa (proliferação e ativação de macrófagos e cés epitelioides e cés gigantes de Langhans).

Pneumonia Granulomatosa - Tuberculose - Caseificação

  • Aspeto friável, branco-amarelado, com infiltração lipídica das células com perda da estrutura; massa homogénea, acidófila.
  • O centro da necrose de caseificação pode sofrer calcificação distrófica.

Pneumonia Granulomatosa - Tuberculose

  • Ocorre infeção do Complexo primário, que depende da via de entrada do agente por meio da afeção do gânglio e órgão.
  • Complexo primário dissociado resulta em gânglio linfático sozinho infetado.
  • A infeção generalizada resulta na disseminação: linfática (++), sanguínea e continuidade/contiguidade.

Pneumonia granulomatosa-Tuberculose: Bovinos

  • Agente: M. bovis.
  • Vias: Inalatória (adultos) - Complexo primário: pulmão + gl e Alimentar (vitelos) - Complexo primário: intestino + gl. mesentérico.

Pneumonia específica: Febre dos transportes

  • Etiologia: Mannhemia haemolytica tipo A.
  • Quadro: Broncopneumonia purulenta a fibrinosa, pleurite fibrinosa e septicémia.
  • DDx: Histophilose.

Pneumonia específica: Histophilose

  • Etiologia: Histophillus somni.
  • Quadro: Broncopneumonia purulenta a fibrinosa e pleurite.
  • DDx: Febre dos transportes.
  • Pode apresentar outros quadros: Encefalite, Miocardite, Artrite, Oftalmite/Conjuntivite, Otite ou Aborto.

Pneumonia Específica: Pneumonia Enzoótica dos Vitelos

  • Etiologia Multifatorial.
  • Ambiente: ventilação, humidade, amoníaco e correntes de ar.
  • Vírus: IBR (herpes vírus), BRSV (paramixovírus) e BVD (pestivírus).
  • Bactérias: Pasteurella multocida, Mannheimia hemolytica, Histophillus somni e Trueperella pyogenes, E. coli
  • Quadro: Broncopneumonia supurativa crónica, possível necrose alveolar e Hiperplasia BALT (Bronchus-Associated Lymphoid Tissue.

Pneumonia específica: Sindrome Respiratório e Reprodutivo Porcino (PRRS)

  • Etiologia: PRRSV (arterivírus).
  • Quadro: Pneumonia broncointersticial e predisposição à pneumonia bacteriana -> hepatização.
  • Apresenta leitões com cianose severa (abdomen, orelhas); blue ear disease.

Pneumonia específica: Pneumonia Enzoótica Porcina

  • Etiologia: Mycoplasma hyopneumoniae.
  • Quadro: Broncopneumonia intersticial, evolução para broncopneumonia catarral a supurativa e possível progressão para broncopneumonia bacteriana secundária.

Pneumonia específica: Pleuropneumonia Porcina

  • Etiologia: Actinobacillus pleuropneumoniae.
  • Quadro: broncopneumonia fibrinosa (lobos caudo-dorsais), pleurite fibrinosa e fatal*.

Pneumonia específica: Doença de Glasser

  • Etiologia: Glasserella (Haemophilus) parasuis.
  • Quadro: Broncopneumonia supurativa, polisserosite fibrinosa e poliartrite.

Pneumonia específica: Maedi-Visna

  • Maedi-Visna (Pneumonia linfoide intersticial).
  • Etiologia: Virus Visna-Maedi (lentivírus) e Artrite-encefalite caprina: Etiologia: Lentivírus.
  • Quadro: Pneumonia intersticial, hiperplasia pneumócitos tipo II ,Infiltrado inflamatório mononuclear, hiperplasia BALT (Bronchus-Associated Lymphoid Tissue) e Hiperplasia (aumento espessura) paredes alveolares.

Pneumonia específica: Doença infeciosa respiratória canina

  • Etiologia: Multifatorial -> CAV2 + Parainfluenza e Bordetella bronchiseptica + Streptococcus zooepidermicus.
  • Quadro: Traqueobronquite catarral a mucopurulenta ;Vír: necrose do epitélio traqueobronquial e B. bronchiseptica: exsudado supurativo (rinite, traqueobronquite e bronquiolite).

Pneumonia específica: Pneumonia por Aspiração

  • Etiologia: Iatrogénica, distúrbios na deglutição (regurgitação).
  • Quadro: Broncopneumonia supurativa e entrada de material alimentar para as vias respiratórias resulta na proliferação bacteriana de agentes presentes no alimento e cavidade oral.

Pneumonia específica: Pneumonia Verminosa

  • Etiologia: Aelurostrongylus abstrusus.
  • Quadro: Pneumonia granulomatosa com granulomas subpleurais multifocais, larvas no lumen bronquiolar/alveolar e bronquiolite catarral.

Pneumonia específica: Peritonite Infeciosa Felina (PIF)

  • Etiologia: Coronavírus felino.
  • Quadro: a pleurite piogranulomatosa e piogranulomas nas superfícies serosas surgem na Forma seca e a efusões torácica abdominal estão relacionadas a Forma húmida.

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