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Questions and Answers
Qual das seguintes opções descreve corretamente o epitélio encontrado no trato respiratório superior?
Qual das seguintes opções descreve corretamente o epitélio encontrado no trato respiratório superior?
- Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado, ideal para trocas gasosas.
- Epitélio de transição, com capacidade de distender-se e encontrado exclusivamente na laringe.
- Epitélio pseudoestratificado colunar ciliado, especializado na defesa e clearance mucociliar. (correct)
- Epitélio simples cúbico, otimizado para a absorção de nutrientes e secreção hormonal.
Numa resposta a estímulos agressivos no trato respiratório superior, qual das seguintes alterações histopatológicas indicaria uma lesão irreversível no epitélio pseudoestratificado colunar ciliado?
Numa resposta a estímulos agressivos no trato respiratório superior, qual das seguintes alterações histopatológicas indicaria uma lesão irreversível no epitélio pseudoestratificado colunar ciliado?
- Diminuição do número de cílios por célula epitelial.
- Hipersecreção de muco pelas células caliciformes.
- Exfoliação e necrose extensa das células epiteliais. (correct)
- Aumento da vascularização na lâmina própria.
Qual das seguintes condições congénitas do trato respiratório superior pode levar à obstrução das vias aéreas e dificuldades respiratórias em animais jovens?
Qual das seguintes condições congénitas do trato respiratório superior pode levar à obstrução das vias aéreas e dificuldades respiratórias em animais jovens?
- Quistos dos seios paranasais.
- Discinesia ciliar primária.
- Desvio do septo nasal.
- Hipoplasia dos turbinados. (correct)
Em casos de amiloidose sistémica em animais, qual das seguintes opções descreve o aspeto microscópico característico da acumulação de amiloide na cavidade nasal?
Em casos de amiloidose sistémica em animais, qual das seguintes opções descreve o aspeto microscópico característico da acumulação de amiloide na cavidade nasal?
Qual a diferença fundamental entre congestão e hiperemia como alterações vasculares no trato respiratório superior?
Qual a diferença fundamental entre congestão e hiperemia como alterações vasculares no trato respiratório superior?
Na rinite fibrinosa, como diferenciar macroscopicamente entre uma lesão pseudodiftérica e uma diftérica?
Na rinite fibrinosa, como diferenciar macroscopicamente entre uma lesão pseudodiftérica e uma diftérica?
Como é que Gurma (Strangles), Rinopneumonite viral equina e Influenza equina diferem em termos de progressão da doença e quadros lesional?
Como é que Gurma (Strangles), Rinopneumonite viral equina e Influenza equina diferem em termos de progressão da doença e quadros lesional?
Numa análise comparativa entre Mormo (Glanders) e Rinotraqueíte Infeciosa Bovina, quais são as principais diferenças nos agentes etiológicos e quadros lesional macroscópicos?
Numa análise comparativa entre Mormo (Glanders) e Rinotraqueíte Infeciosa Bovina, quais são as principais diferenças nos agentes etiológicos e quadros lesional macroscópicos?
Qual é a principal distinção patogénica entre a Rinite Atrófica causada por Bordetella bronchiseptica e a causada por Pasteurella multocida (tipo D ou A)?
Qual é a principal distinção patogénica entre a Rinite Atrófica causada por Bordetella bronchiseptica e a causada por Pasteurella multocida (tipo D ou A)?
Numa infeção fúngica do trato respiratório superior, como a aspergilose, qual das seguintes características macroscópicas seria mais indicativa da presença da doença?
Numa infeção fúngica do trato respiratório superior, como a aspergilose, qual das seguintes características macroscópicas seria mais indicativa da presença da doença?
No contexto das Bolsas Guturais, qual a principal consequência de uma guturalite micótica não tratada?
No contexto das Bolsas Guturais, qual a principal consequência de uma guturalite micótica não tratada?
Qual das seguintes alterações congénitas está mais associada à Síndrome aérea dos braquicefalos?
Qual das seguintes alterações congénitas está mais associada à Síndrome aérea dos braquicefalos?
Na hemiplegia laríngea, como diferenciar a etiologia idiopática da secundária?
Na hemiplegia laríngea, como diferenciar a etiologia idiopática da secundária?
Qual a sequência correta dos constituintes do trato respiratório inferior (TRI)?
Qual a sequência correta dos constituintes do trato respiratório inferior (TRI)?
Que função específica desempenham as células de Club (antigamente células da Clara) no TRI e qual a sua importância na resposta a agressões?
Que função específica desempenham as células de Club (antigamente células da Clara) no TRI e qual a sua importância na resposta a agressões?
Na bronquiectasia, quais são os principais mecanismos patogénicos que levam à dilatação permanente dos brônquios?
Na bronquiectasia, quais são os principais mecanismos patogénicos que levam à dilatação permanente dos brônquios?
Na Doença Pulmonar Obstrutiva Recorrente das Vias Aéreas, quais são as principais alterações microscópicas observadas?
Na Doença Pulmonar Obstrutiva Recorrente das Vias Aéreas, quais são as principais alterações microscópicas observadas?
O que diferencia a síndrome da asma felina em termos de etiologia e aspeto microscópico?
O que diferencia a síndrome da asma felina em termos de etiologia e aspeto microscópico?
Como é que o padrão de lobulação pulmonar influencia o curso das pneumonias em diferentes espécies?
Como é que o padrão de lobulação pulmonar influencia o curso das pneumonias em diferentes espécies?
Qual a importância dos macrófagos alveolares pulmonares e dos macrófagos pulmonares intravasculares na defesa do TRI, e em que espécies predominam os macrófagos intravasculares?
Qual a importância dos macrófagos alveolares pulmonares e dos macrófagos pulmonares intravasculares na defesa do TRI, e em que espécies predominam os macrófagos intravasculares?
Como é que a resposta dos pneumócitos tipo I e tipo II a agressões difere no TRI e qual a consequência dessa diferença para a regeneração alveolar?
Como é que a resposta dos pneumócitos tipo I e tipo II a agressões difere no TRI e qual a consequência dessa diferença para a regeneração alveolar?
Qual a principal diferença entre atelectasia congénita e adquirida?
Qual a principal diferença entre atelectasia congénita e adquirida?
Em casos de edema pulmonar, como diferenciar entre causas hidrostáticas e hemodinâmicas?
Em casos de edema pulmonar, como diferenciar entre causas hidrostáticas e hemodinâmicas?
Como é que a patogénese da pneumonia intersticial difere da broncopneumonia supurativa?
Como é que a patogénese da pneumonia intersticial difere da broncopneumonia supurativa?
Qual a sequência de eventos microscópicos na evolução da broncopneumonia?
Qual a sequência de eventos microscópicos na evolução da broncopneumonia?
Como diferenciar entre a pneumonia intersticial e a embólica examinando a via de entrada e etiologia?
Como diferenciar entre a pneumonia intersticial e a embólica examinando a via de entrada e etiologia?
Na pneumonia granulomatosa, como é que a etiologia influencia a formação de granulomas nos pulmões?
Na pneumonia granulomatosa, como é que a etiologia influencia a formação de granulomas nos pulmões?
Quais as fases da pneumonia granulomatosa, por tuberculose, e quais os eventos em cada fase?
Quais as fases da pneumonia granulomatosa, por tuberculose, e quais os eventos em cada fase?
Numa situação de febre dos transportes em bovinos, qual a diferença entre Mannheimia haemolytica tipo A e Histophilose no quadro lesional?
Numa situação de febre dos transportes em bovinos, qual a diferença entre Mannheimia haemolytica tipo A e Histophilose no quadro lesional?
Pneumonia enzoótica dos vitelos, qual a influência dos vírus, bactérias e do ambiente na etiologia?
Pneumonia enzoótica dos vitelos, qual a influência dos vírus, bactérias e do ambiente na etiologia?
Na Sindrome respiratório e reprodutivo porcino (PRRS), qual a relação entre o agente etiológico, lesões e sua predisposição à pneumonia bacteriana secundária?
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Como se manifesta a Pleuropneumonia porcina e quais as caraterísticas do quadro lesional?
Como se manifesta a Pleuropneumonia porcina e quais as caraterísticas do quadro lesional?
Flashcards
Trato respiratório superior (TRS)
Trato respiratório superior (TRS)
Parte do sistema respiratório que inclui cavidade nasal, seios paranasais, faringe e laringe.
Trato respiratório inferior (TRI)
Trato respiratório inferior (TRI)
Consiste na traqueia, brônquios, bronquíolos e pulmão-alvéolos.
Rinite
Rinite
Inflamação da cavidade nasal.
Sinusite
Sinusite
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Congestão vascular
Congestão vascular
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Hiperémia vascular
Hiperémia vascular
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Epistaxis
Epistaxis
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Rinopneumonite equina
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Influenza equina
Influenza equina
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Gurma (Strangles)
Gurma (Strangles)
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Mormo (Glanders)
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Rinotraqueíte infecciosa bovina
Rinotraqueíte infecciosa bovina
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Míases
Míases
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Rinite de corpos de inclusão
Rinite de corpos de inclusão
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Rinite atrófica
Rinite atrófica
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Rinites virais caninas
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Rinites micóticas – Aspergilose
Rinites micóticas – Aspergilose
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Rinites micóticas – Criptococose
Rinites micóticas – Criptococose
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Rinotraqueíte viral felina
Rinotraqueíte viral felina
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Bursite gutural/Guturalite micótica
Bursite gutural/Guturalite micótica
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Hemiplegia laríngea
Hemiplegia laríngea
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Hipersecreção e Hiperplasia
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Hiposmia/anosmia
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Metaplasia mucosa
Metaplasia mucosa
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Vírus pneumotrópicos (esgana, influenza)
Vírus pneumotrópicos (esgana, influenza)
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Mycobacterium tuberculosis
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Massa homogénea, acidófila
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Complexo primário dissociado:
Complexo primário dissociado:
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Pneumonia granulomatosa (Tuberculose)
Pneumonia granulomatosa (Tuberculose)
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DDx: Histophilose
DDx: Histophilose
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Study Notes
Estrutura do Sistema Respiratório
- O sistema respiratório divide-se em trato respiratório superior (TRS) e inferior (TRI).
Trato Respiratório Superior (TRS)
- O TRS é composto pela cavidade nasal, seios paranasais, faringe e laringe.
- Inclui bolsas guturais.
Trato Respiratório Inferior (TRI)
- O TRI é composto pela traqueia, brônquios, bronquíolos e pulmão-alvéolos.
TRS: Mecanismos de Defesa
- A turbulência do movimento do ar, produção de muco com clearance mucociliar, tosse/espirros e a flora comensal atuam como importantes mecanismos de defesa.
TRS: Resposta a Estímulos-Agressões
- O epitélio pseudoestratificado colunar ciliado pode sofrer lesão reversível ou irreversível.
- Células secretoras produtoras de muco podem apresentar hipersecreção ou hiperplasia.
- Em casos de lesão do epitélio olfatório, pode ocorrer hiposmia/anosmia.
TRS: Cavidade Nasal e Seios Paranasais
- As alterações podem ser congénitas, acumulações de substâncias, vasculares, inflamatórias-infeciosas, neoplasias e lesões do tipo neoplasia.
Alterações Congénitas
- Desvio do septo nasal, arrinia, palatosquise, hipoplasia de turbinados, quistos dos seios paranasais e discinesia primária são possíveis alterações congénitas.
Acumulações de Substâncias
- Amiloidose manifesta-se com depósito de substância amiloide hialina no aspeto microscópico.
Alterações Vasculares
- Congestão é um fenómeno passivo associado a distúrbios cardiovasculares.
- Hiperémia é um fenómeno ativo na fase inicial da resposta inflamatória ou irritação local.
- Hemorragia (Epistaxis) pode ter como etiologia inflamação, trauma ou neoplasia.
Alterações Inflamatórias
- Rinite é a inflamação da cavidade nasal; e sinusite, a inflamação dos seios paranasais.
- Classificam-se em serosa, catarral, purulenta/supurativa, fibrinosa e granulomatosa.
Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Rinopneumonite Viral Equina
- O agente é o Herpesvirus equino 1 e 4 (EHV 1/4), com via aerógena de transmissão.
- Afeta principalmente poldros (desmame) e cavalos jovens infectados.
- Causa doença leve/transitória com hiperémia e rinossinusite serosa, com latência no nervo trigémio.
- Pode causar aborto (EHV 1).
Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Influenza Equina
- O agente é o vírus Influenza, transmitido por via aerógena.
- Afeta animais de 2 a 3 anos, com alta morbilidade e baixa mortalidade.
- Causa febre, conjuntivite, rinorreia e/ou rinite serosa.
Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Gurma (Strangles)
- O agente é o Streptococcus equi, afetando todas as idades (++ poldros).
- Causa rinite supurativa, linfadenite e abcessos.
Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Mormo (Glanders)
- O agente é o Burkholderia mallei, transmitido por via aerógena e hemática.
- Doença de Declaração Obrigatória (OIE).
- Causa lesões características como piogranulomas ulcerados que evoluem para cicatrização fibrosa.
Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Rinotraqueíte Infecciosa Bovina
- O agente é Herpesvirus bovino 1.
- Causa hiperémia, necrose multifocal e sequelas como broncopneumonia.
- Diagnóstico por PCR/imunohistoquímica.
Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Míases
- O agente é Oestrus ovis.
- Causa rinossinusite mucopurulenta erosiva.
Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Rinite de Corpos de Inclusão
- O agente é o Citomegalovirus porcino, que acomete leitões com alta morbilidade e baixa mortalidade.
- Causa rinite ligeira que evolui para quadro sistémico em imunodeprimidos.
Rinite de Corpos de Inclusão: Aspeto Microscópico
- Rinite necrótica não supurativa.
- Presença de corpos de inclusão intranucleares basófilos.
Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Rinite Atrófica
- Comum com distribuição mundial, a rinite atrófica é multifactorial.
- Caracteriza-se por uma patologia progressiva com atrofia dos cornetos nasais.
Rinite Atrófica: Patogénese
- Bordetella bronchiseptica causa atrofia leve a moderada dos turbinados, promovendo colonização por Pasteurella multocida.
- Pasteurella multocida (tipos D ou A) produz citotoxinas com atividade osteoclástica, causando atrofia severa das conchas e deformação externa.
Rinites Virais
- Esgana, Adenovírus 1 e 2 (CAV), Parainfluenza, Reovirus e Herpesvirus.
Rinites Bacterianas
- Bordetella bronchiseptica, Escherichia coli, Pasteurella multocida.
Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Rinites Micóticas - Aspergilose
- O agente é Aspergillus spp.
- Causa necrose, placas fibrinopurulentas e exsudado com hifas.
Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Rinites Micóticas - Criptococose
- O agente é Cryptococcus neoformans.
- Apresenta-se de forma esporádica em cães.
- Causa rinorreia mucopurulenta e granulomas na mucosa.
Alterações Inflamatórias-Infecciosas: Rinotraqueíte Viral Felina
- O agente é o Herpesvirus felino 1.
- Quadros de rinite associados a conjuntivite.
- Clamidiose: Agente Chlamydophila felis.
Alterações Inflamatórias-Infecciosas
- Rinite bacteriana secundária.
- Rinites fúngicas: Agente Cryptococcus neoformans/gatti e granulomas (PAS+, Grocott).
Neoplasias Primárias
- Raras, de várias origens (epitelial e mesenquimatosa).
- Apresentam comportamento biológico maligno e são localmente invasivas.
- Exceção: tumores nasais (etmoidais) enzoóticos em caprinos/ovinos, carcinoma transmissível.
Neoplasias Secundárias
- Pouco frequentes (linfoma).
Lesões “tumor-like” - Pólipos
- Lesões proliferativas benignas.
TRS: Bolsas Guturais
- Bursite gutural/Guturalite micótica causado por Aspergillus fumigatus.
- Unilateral.
- Pode levar sequelas e empiema.
- Formação de guturólitos.
TRS: Faringe, Laringe, Traqueia
- Alterações congénitas, processos degenerativos, alterações vasculares e alterações inflamatórias podem afetar a faringe, laringe e traqueia.
Alterações Congénitas na Faringe, Laringe e Traqueia
- Síndrome aérea dos braquicefalos: estenose das narinas, alongamento do palato mole, edema laríngeo.
- Hipoplasia e entrapment da epiglote.
- Estenose e colapso traqueal.
Processos Degenerativos
- Hemiplegia laríngea em cães e equinos.
- Etiologia idiopática por afeção do nervo recorrente laríngeo (primário) ou secundário a bolsas gulturais/linfonodos retrofaríngeos.
- Causa atrofia dos músculos cricoaritnoides dorsal e lateral.
Alterações Vasculares
- Edema laríngeo.
- Hemorragia da laringe e traqueia.
Alterações Inflamatórias
- Faringite, laringite e traqueíte.
- Hiperplasia linfoide faríngea em equinos, com focos branco na mucosa faringe (polipoides) e infiltração de linfócitos e plasmócitos.
Trato Respiratório Inferior (TRI)
- É composto pela traqueia, brônquios, bronquíolos e pulmões-alvéolos.
TRI: Brônquios e Bronquíolos
- Estrutura histológica especifica e sensível a agressões.
TRI: Estrutura
- Epitélio particularmente sensível a agressões (vírus, gases, tóxicos).
- Apresentam células de Club (antigamente células da Clara) que produzem Clara cell secreory protein – CCSP, metabolitos e com capacidade de regeneração.
- Macrófagos alveolares.
TRI: Resposta a Agressões
- Após agressão, pode ocorrer inflamação crónica ou transitória, resultando em reparo ou danos como bronquiectasia, bronquiolite catarral, obstrução das vias aéreas ou pneumonia.
TRI: Resposta a Agressões - Bronquiectasia
- Dilatação permanente do brônquio, destruição do revestimento, condromalácia e enfraquecimento do músculo liso.
TRI: Brônquios e Bronquíolos - Obstrução Recorrente das Vias Aéreas
- Etiologia da obstrução recorrente é desconhecida.
- In vivo causa dispneia, tosse e intolerância ao exercício.
- Microscopicamente, observa-se metaplasia mucosa, plugs bronquiolares, infiltração linfoplasmocitária peribronquiolar e hipertrofia do músculo liso.
TRI: Brônquios e Bronquíolos - Síndrome da Asma Felina
- Etiologia é hipersensibilidade tipo I.
- In vivo ocorrem broncoconstrição, dispneia e tosse.
- Microscopicamente, edema da mucosa, infiltração por eosinófilos, hipersecreção mucosa, hiperplasia do músculo liso e obstrução.
TRI: Pulmões-Alvéolos
- Alterações congénitas, alterações da insuflação, alterações vasculares, alterações metabólicas, alterações inflamatórias-infeciosas e neoplasias podem afetar os pulmões e alvéolos.
TRI: Estrutura dos Pulmões-Alvéolos
- Lobos dão origem a Lóbulos – primários ou secundários.
- O padrão de lobulação é variável entre espécies e o grau de lobulação determina o grau de movimento de ar entre os lóbulos. É fraco em bovinos e suínos (lobulação mais intensa) e boa em cães.
- Lobos determinam o curso das pneumonias.
TRI: Mecanismos de Defesa dos Pulmões-Alvéolos
- Ausência de muco e cílios.
- Macrófagos alveolares pulmonares: altamente fagocíticos, derivam de monócitos (++) ou de macrófagos intersticiais (-, diferenciação lenta), com tempo de vida curta.
- Macrófagos pulmonares intravasculares (ruminantes, felídeos, suínos, equinos): responsáveis por remover bactérias da circulação, localizados nos capilares alveolares.
TRI: Resposta a Estímulos-Agressões dos Pulmões-Alvéolos
- Pneumócitos tipo I: danos irreversíveis resultam em necrose e destacamento da membrana basal.
- Pneumócitos tipo II: proliferam rapidamente, migram para cobrir a membrana basal e diferenciam-se em pneumócitos tipo I.
TRI: Pulmões-Alvéolos
- Alterações congénitas.
- Alterações da insuflação.
- Alterações vasculares.
- Alterações metabólicas.
- Alterações inflamatórias-infeciosas.
- Neoplasias.
Alterações Congénitas
- Raras, como pulmões acessórios, hipoplasia/agenesia, e melanose maculosa.
Alterações da Insuflação
- Atelectasia: congénita (falha na insuflação ao nascimento) ou adquirida (obstrutiva ou compressiva).
- Enfisema: alveolar ou intersticial, enfisema bolhoso.
Alterações Vasculares
- Hiperémia e congestão.
- Hemorragia pulmonar.
- Edema pulmonar: hidrostático, hemodinâmico ou por permeabilidade.
- Hemorragia induzida pelo exercício em equinos: etiologia desconhecida, epistaxis*.
- Embolia pulmonar: trombos, êmbolos sépticos, trombos lipídicos e trombos neoplásicos.
- Enfartes pulmonares.
Calcificação pulmonar:
- Etiologia: Hipercalcémia (primária ou secundária).
- Quadro lesional: consistência granular a placas brancas e firmes, resistência à desinsuflação.
- Microscopia: Calcificação das paredes alveolares ou ossificação do pulmão.
Alterações Inflamatórias-Infecciosas
- Broncopneumonia supurativa: Aerógena, distribuída cranioventralmente, firme com exsudado purulento.
- Broncopneumonia fibrinosa: Aerógena, distribuída cranioventralmente, firme com exsudado fibrinoso.
- Pneumonia intersticial: Aerógena e hematógena, difusa, elástica e impressão das costelas.
- Pneumonia granulomatosa: Aerógena e hematógena, multifocal, nodular com necrose/calcificação.
- Pneumonia embólica: Hemática, multifocal, nodular com exsudado purulento.
Broncopneumonia Supurativa
- Etiologia (+comuns): Pasteurella multocida, Bordetella bronchiseptica, Streptococcus spp., E. coli (agentes secundários); também pode ser resultado de aspiração.
- Quadro: Edema + hiperémia (12h) → infiltração das vias por neutrófilos (48h) → hiperémia diminui mas aumento dos neutrófilos/macrófagos → resolução ou cronicidade.
- Microscopia: Neutrófilos, macrófagos e detritos celulares nos brônquios, bronquíolos e alvéolos.
Broncopneumonia Fibrinosa
- Etiologias (+comuns): Mannheimia haemolytica*, Histophilus somni, Actinobacillus pleuropneumoniae*, Mycoplasma bovis.
- Congestão/hemorragia → acumulação de fibrina na superfície pleural.
- Consolidação (vermelha), edema (padrão marmoreado), necrose de coagulação.
- Pior prognósticos: fibrose.
Evolução das Broncopneumonias
- 0 - 12h: Proliferação do agente etiológico (bactérias) e aspeto macro de hiperémia e edema com Hepatização vermelha (hiperagudo a agudo).
- 12 - 48h: Diapedese de neutrófilos para o lúmen e aspeto macro de coloração + clara e consistência + firme.
- 2 - 5d: Redução da hiperémia/edema e aumento dos neutrófilos no lúmen com Hepatização cinzenta (agudo a subagudo) e aspeto macro de coloração acinzentada consistente.
Pneumonia Intersticial
- Etiologia: Aerógena (gases, fumos, vírus pneumotrópicos - esgana, influenza) ou Hemática (septicémia, CID, tóxicos, vírus endoteliotrópicos - adenovírus canino, PSC - pestivirus).
- Quadro: Aspeto pouco característico (edema/hiperinsuflação/enfisema) com distribuição difusa, mais pronunciada dorsocaudalmente, impressão das costelas, pulmões não colapsam.
- Microscopia: Inflamação das paredes alveolares e tecido intersticial.
Pneumonia Granulomatosa
- Etiologia Resistência à fagocitose: fungos sistémicos, tuberculose (Mycobacterium bovis), corpos estranhos ou parasitas, PIF (deposição de complexos antigénio-anticorpo).
- Patogénese é igual a pneumonia intersticial e embólica.
- Quadro: A doença tem um padrão particular: formação de granulomas.
Pneumonia Granulomatosa: Aspecto Macroscópico
- São observadas estruturas nodulares firmes com distribuição difusa, multifocal pulmonar
Pneumonia Granulomatosa - Tuberculose
- Patologia infeciosa crónica com agentes etiológicos como Mycobacterium tuberculosis e Mycobacterium bovis.
- Cocobacilos álcool-acido resistentes.
Pneumonia Granulomatosa - Tuberculose - Fase de Implantação
- Reação de corpo estranho: inicialmente exsudativa (aguda, prolif bact rápido, linfócitos reativos) e posteriormente proliferativa (proliferação e ativação de macrófagos e cés epitelioides e cés gigantes de Langhans).
Pneumonia Granulomatosa - Tuberculose - Caseificação
- Aspeto friável, branco-amarelado, com infiltração lipídica das células com perda da estrutura; massa homogénea, acidófila.
- O centro da necrose de caseificação pode sofrer calcificação distrófica.
Pneumonia Granulomatosa - Tuberculose
- Ocorre infeção do Complexo primário, que depende da via de entrada do agente por meio da afeção do gânglio e órgão.
- Complexo primário dissociado resulta em gânglio linfático sozinho infetado.
- A infeção generalizada resulta na disseminação: linfática (++), sanguínea e continuidade/contiguidade.
Pneumonia granulomatosa-Tuberculose: Bovinos
- Agente: M. bovis.
- Vias: Inalatória (adultos) - Complexo primário: pulmão + gl e Alimentar (vitelos) - Complexo primário: intestino + gl. mesentérico.
Pneumonia específica: Febre dos transportes
- Etiologia: Mannhemia haemolytica tipo A.
- Quadro: Broncopneumonia purulenta a fibrinosa, pleurite fibrinosa e septicémia.
- DDx: Histophilose.
Pneumonia específica: Histophilose
- Etiologia: Histophillus somni.
- Quadro: Broncopneumonia purulenta a fibrinosa e pleurite.
- DDx: Febre dos transportes.
- Pode apresentar outros quadros: Encefalite, Miocardite, Artrite, Oftalmite/Conjuntivite, Otite ou Aborto.
Pneumonia Específica: Pneumonia Enzoótica dos Vitelos
- Etiologia Multifatorial.
- Ambiente: ventilação, humidade, amoníaco e correntes de ar.
- Vírus: IBR (herpes vírus), BRSV (paramixovírus) e BVD (pestivírus).
- Bactérias: Pasteurella multocida, Mannheimia hemolytica, Histophillus somni e Trueperella pyogenes, E. coli
- Quadro: Broncopneumonia supurativa crónica, possível necrose alveolar e Hiperplasia BALT (Bronchus-Associated Lymphoid Tissue.
Pneumonia específica: Sindrome Respiratório e Reprodutivo Porcino (PRRS)
- Etiologia: PRRSV (arterivírus).
- Quadro: Pneumonia broncointersticial e predisposição à pneumonia bacteriana -> hepatização.
- Apresenta leitões com cianose severa (abdomen, orelhas); blue ear disease.
Pneumonia específica: Pneumonia Enzoótica Porcina
- Etiologia: Mycoplasma hyopneumoniae.
- Quadro: Broncopneumonia intersticial, evolução para broncopneumonia catarral a supurativa e possível progressão para broncopneumonia bacteriana secundária.
Pneumonia específica: Pleuropneumonia Porcina
- Etiologia: Actinobacillus pleuropneumoniae.
- Quadro: broncopneumonia fibrinosa (lobos caudo-dorsais), pleurite fibrinosa e fatal*.
Pneumonia específica: Doença de Glasser
- Etiologia: Glasserella (Haemophilus) parasuis.
- Quadro: Broncopneumonia supurativa, polisserosite fibrinosa e poliartrite.
Pneumonia específica: Maedi-Visna
- Maedi-Visna (Pneumonia linfoide intersticial).
- Etiologia: Virus Visna-Maedi (lentivírus) e Artrite-encefalite caprina: Etiologia: Lentivírus.
- Quadro: Pneumonia intersticial, hiperplasia pneumócitos tipo II ,Infiltrado inflamatório mononuclear, hiperplasia BALT (Bronchus-Associated Lymphoid Tissue) e Hiperplasia (aumento espessura) paredes alveolares.
Pneumonia específica: Doença infeciosa respiratória canina
- Etiologia: Multifatorial -> CAV2 + Parainfluenza e Bordetella bronchiseptica + Streptococcus zooepidermicus.
- Quadro: Traqueobronquite catarral a mucopurulenta ;Vír: necrose do epitélio traqueobronquial e B. bronchiseptica: exsudado supurativo (rinite, traqueobronquite e bronquiolite).
Pneumonia específica: Pneumonia por Aspiração
- Etiologia: Iatrogénica, distúrbios na deglutição (regurgitação).
- Quadro: Broncopneumonia supurativa e entrada de material alimentar para as vias respiratórias resulta na proliferação bacteriana de agentes presentes no alimento e cavidade oral.
Pneumonia específica: Pneumonia Verminosa
- Etiologia: Aelurostrongylus abstrusus.
- Quadro: Pneumonia granulomatosa com granulomas subpleurais multifocais, larvas no lumen bronquiolar/alveolar e bronquiolite catarral.
Pneumonia específica: Peritonite Infeciosa Felina (PIF)
- Etiologia: Coronavírus felino.
- Quadro: a pleurite piogranulomatosa e piogranulomas nas superfícies serosas surgem na Forma seca e a efusões torácica abdominal estão relacionadas a Forma húmida.
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