Saúde e Doença: Modelo de Autorregulação

O estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença.

Conjunto de crenças e ideias que uma pessoa tem sobre o que significa ser saudável.

Percepção de que se está bem fisicamente, com energia e vitalidade.

Sensação de felicidade, bem-estar emocional e energia mental.

Conjunto de crenças e representações que uma pessoa tem sobre doenças e o estado de doente.

A sensação de que algo não está bem, de não estar funcionando como o normal.

A percepção de que os sintomas físicos ou psicológicos indicam uma doença.

As concepções que as pessoas têm sobre doenças, incluindo suas causas, tratamento e consequências.

A percepção da causa da doença, que pode ser biológica (vírus, lesões) ou psicossocial (stress, comportamentos de saúde). Ex: "A minha constipação foi causada por um vírus." / "A minha constipação foi causada pelo cansaço."

A percepção do tempo de duração da doença, podendo ser aguda (curta duração) ou crónica (longa duração). Ex: "A minha constipação vai passar dentro de poucos dias."

A percepção do paciente sobre os efeitos da doença na sua vida, que podem ser físicos (dor, falta de mobilidade), emocionais (isolamento social) ou ambos. Ex: "A minha constipação irá impossibilitar-me de jogar futebol, o que impedirá a que eu esteja com os meus amigos."

A crença do paciente no tratamento e na cura da doença, e como ela pode ser controlada pelo próprio ou por tratamento médico. Ex: "Se eu descansar, a minha constipação desaparecerá." / "Se eu tomar os medicamentos receitados pelo médico, a minha constipação desaparecerá."

Modelo que explica como as pessoas lidam com a doença, focando na interpretação, coping e avaliação dos sintomas e tratamento.

As três fases do modelo de autorregulação do comportamento de doença: compreender a doença, lidar com a doença e avaliar a eficácia do coping.

A perceção dos sintomas pode resultar numa mudança emocional, exacerbando essa mesma perceção. Ex: "Sinto uma dor no peito. Tenho medo de ter um ataque cardíaco. O meu medo aumenta a dor no peito."

A negação é uma estratégia de enfrentamento que pode diminuir a percepção dos sintomas, reduzir as emoções negativas e mudar a cognição da doença.

O humor do indivíduo pode influenciar a percepção dos sintomas. Por exemplo, pessoas ansiosas podem estar mais atentas às alterações fisiológicas.

A forma como os sintomas são interpretados afeta a forma como o indivíduo lida com a doença. Saber se um sintoma é considerado normal ou anormal influencia a resposta.

O suporte social, como amigos e família, pode influenciar a forma como as pessoas percebem e lidam com a doença, além de fornecer informações.

As mensagens sobre a doença podem vir de várias fontes, incluindo sintomas percebidos, exames de rastreio, diagnósticos formais e suporte social.

A fase de choque é caracterizada por estupefação, desorientação e sentimentos de indiferença. É a primeira reação ao diagnóstico de uma doença grave.

A fase de defrontar envolve o reconhecimento da realidade do diagnóstico, o que pode levar a sentimentos de perda, luto e desespero.

O retraimento é uma fase em que a pessoa tenta evitar lidar com o diagnóstico, negando o problema e suas implicações. Pode haver um recuo para si mesmo.

As pessoas que passam por uma crise de doença precisam se adaptar a novas realidades, como a dependência de outros, mudanças na rotina e incertezas sobre o futuro. Essa fase é vista como um processo de autorregulação, onde a pessoa busca encontrar uma maneira de voltar ao estado de equilíbrio.

Após uma crise de doença, o indivíduo pode se questionar sobre as causas da doença e os impactos em sua vida. A busca por significado surge como forma de lidar com a experiência e compreender a situação.

Em busca de controle e segurança, o indivíduo pode tentar entender como evitar que a crise ocorra novamente. A procura pelo domínio é uma forma de buscar ações e medidas para lidar com a situação.

Para lidar com a crise, o indivíduo pode se comparar com outras pessoas em situações similares. A busca por autoaperfeiçoamento busca fortalecer a autoestima por meio da comparação, seja com quem está em uma situação pior ou melhor.

A teoria da adaptação cognitiva propõe que a interpretação, o coping e a ponderação da situação se interconectam de forma dinâmica para que a pessoa possa recuperar o seu estado de equilíbrio e lidar com a crise da doença.