Representações Mentais na Parentalidade

A capacidade dos pais de entender e interpretar as emoções e pensamentos da criança, considerando o contexto de suas experiências de vínculo.

A capacidade de controlar as próprias emoções, geralmente desenvolvida através de experiências de vínculo seguras.

A influência das experiências de vinculação dos pais na qualidade do vínculo com seus próprios filhos.

Situações desafiadoras que podem dificultar a capacidade dos pais de criar um vínculo seguro com seus filhos.

As características de personalidade e temperamento da criança que podem influenciar a qualidade do vínculo com os pais.

Representações mentais de prestação de cuidados que se caracterizam por uma visão de si próprio e da criança como indisponíveis e sem valor para uma relação. Envolve uma sensação de incapacidade de cuidar da criança e distanciamento na interação.

A mãe não é capaz de reconhecer e responder às necessidades da criança, demonstrando confusão e incerteza sobre como cuidar. A criança é vista como incapaz de comunicar suas necessidades de forma clara.

Um mecanismo de defesa que envolve a supressão intencional de pensamentos e sentimentos relacionados à criança. A mãe evita pensar ou sentir as necessidades da criança, focando em outras coisas.

A criança desenvolve uma ligação insegura e ansiosa com a mãe, marcada por uma busca constante por atenção e validação, mas também por medo de rejeição e raiva.

A capacidade de oferecer cuidados a crianças e/ou animais, que surge na infância e adolescência e se desenvolve plenamente na idade adulta, especialmente durante a transição para a parentalidade.

O estudo analisou 229 rapazes, divididos em dois grupos: 121 com história de delinquência (institucionalizados) e 108 estudantes de escolas em Coimbra.

O estudo testou hipóteses sobre a relação entre traços de personalidade, competências sociais, auto-conceito, ambiente familiar e tendências antissociais.

O estudo utilizou diferentes questionários para avaliar variáveis como personalidade, auto-conceito, competências sociais e ambiente familiar.

Os rapazes delinquentes apresentaram níveis mais elevados de impulsividade, agressividade, instabilidade emocional e tensão em comparação com os estudantes.

O estudo descobriu que auto-controlo e empatia são mais baixos em indivíduos delinquentes.

O auto-conceito dos rapazes delinquentes foi significativamente mais negativo do que o dos estudantes.

Os rapazes delinquentes relataram percepções mais negativas do seu ambiente familiar, particularmente nos aspectos relacionais e de crescimento pessoal.

Traços de personalidade (Psicoticismo e Neuroticismo) e auto-conceito comportamental foram os principais preditores de tendências antissociais.

A pesquisa sugere que características individuais como personalidade, auto-conceito e ambiente familiar são cruciais para entender e prevenir comportamentos antissociais na adolescência.

O nível socioeconômico e a escolaridade dos rapazes delinquentes eram inferiores em comparação com os estudantes.

Relações de vinculação no adulto são geralmente entre pares, simétricas e recíprocas, muitas vezes incluindo amor romântico, o qual combina sistemas de vinculação, cuidado e sexualidade.

As representações de vinculação seguras indicam indivíduos que se sentem valorizados, merecedores de afeto, confortáveis com intimidade e independência, confiantes e capazes de lidar com desafios.

Representações de vinculação ansiosas se caracterizam por uma monitorização intensa do parceiro, buscando sinais de rejeição, dependência excessiva, necessidade de atenção e cuidado, desejo de proximidade e controle.

A hipersenssibilidade a sinais de rejeição, desinteresse ou distância, mesmo imaginários, define a monitorização intensa do parceiro em indivíduos com representações de vinculação ansiosas.

A dependência excessiva do parceiro para obter conforto e segurança é característica de indivíduos com representações de vinculação ansiosas.

Indivíduos com representações de vinculação ansiosas buscam atenção e cuidado excessivos do parceiro.

O grande desejo de estar em contato e íntimo com o parceiro define o emaranhamento em indivíduos com representações de vinculação ansiosas.

Protesto e reações intensas a qualquer sinal de indisponibilidade do parceiro são características do comportamento de indivíduos com representações de vinculação ansiosas.

Pessoas com essa orientação de vinculação tendem a evitar relacionamentos próximos e a se mostrar independentes e autossuficientes.

Indivíduos com esse estilo de vinculação demonstram um desejo intenso por intimidade, mas frequentemente se sentem inseguros e ansiosos em relação ao relacionamento.

Em relacionamentos românticos, as pessoas com esse estilo de vinculação tendem a evitar intimidade e compromisso, priorizando a independência.

Pessoas com vinculação segura geralmente experimentam relacionamentos íntimos e comprometidos.

Indivíduos com esse estilo de vinculação desejam mais intimidade, mas podem acabar afastando seus parceiros devido ao seu desejo excessivo.

Pessoas com vinculação evitante tendem a evitar compromisso e a se envolver em relacionamentos superficiais.

A vinculação segura geralmente está associada a relacionamentos com maior compromisso e estabilidade.

Indivíduos com esse estilo de vinculação podem apresentar altos e baixos níveis de compromisso, ora buscando a segurança de um relacionamento, ora desejando a liberdade de um compromisso menor.

A separação prolongada de crianças de 2-4 anos dos seus cuidadores causa uma série de reações emocionais e processos defensivos que afetam a interação social e distorcem a forma como a criança expressa a sua necessidade de vínculo.

A fase em que a criança protesta vigorosamente contra a separação, chorando, gritando e buscando o cuidador.

A fase em que a criança, após a fase de protesto, se torna apática, desanimada e parece ter perdido a esperança de reencontrar o cuidador.

A fase em que a criança, após a fase de desespero, se torna distante e indiferente ao regresso do cuidador. Ela parece ter perdido o interesse no vínculo.

A possibilidade de mudança nos modelos internos de vínculo, mesmo após experiências de privação, em resposta a novas experiências positivas com o cuidador.

Experiências de cuidado consistentemente marcadas por insegurança e desorganização podem levar ao desenvolvimento de problemas psicológicos na criança, mas outros fatores também influem.