Psicologia Terapêutica com Crianças

Iniciar uma conversa sobre um tópico difícil começando com perguntas mais fáceis e agradáveis, como falar sobre a cor do cabelo, antes de abordar tópicos mais complexos.

Reconhecer e conversar sobre os sentimentos contraditórios que uma pessoa pode estar a sentir, por exemplo, "Tens medo de ir, mas também estás excitado por ir!" .

Evitar perguntas que sugerem uma resposta específica e que podem fazer a criança se sentir pressionada ou acusada. Por exemplo, não perguntar "Queres vir aqui comigo?" se já sabe a resposta.

Entrevistas que permitem flexibilidade nas perguntas, adaptando-se ao que a pessoa está a dizer. São mais informais e permitem explorar as ideias da pessoa com mais profundidade. Exemplos: entrevistas clínicas.

Perguntas abertas encorajam respostas mais detalhadas e ajudam a obter informação completa. Usam palavras como - "O que?", "Como?", "Quando?" ou "Porquê?".

O medo de eventos sensoriais intensos, perda de suporte e a separação de figuras cuidadoras dominam esta fase.

Esta fase é caracterizada pelo medo de criaturas imaginárias, ladrões, escuro, palhaços e outros elementos abstratos.

O medo de catástrofes naturais, ferimentos, animais e situações que a criança observa nos media dominam esta fase.

A ansiedade de separação, um medo intenso de estar longe do cuidador, e o mutismo seletivo são perturbações comuns nesta fase.

É um processo natural de desenvolvimento onde os medos evoluem do geral para o específico e de algo imaginário para algo real.

A ansiedade é um construto complexo composto por diversos elementos que interagem entre si.

As interações entre a criança e as figuras cuidadoras durante o jogo simbólico fornecem insights sobre o seu desenvolvimento social e emocional.

A análise do jogo simbólico deve ser feita com base no contexto global, considerando as múltiplas interpretações possíveis da história.

São os nossos pensamentos, as palavras que dizemos a nós mesmos na nossa cabeça. São como uma conversa interna que acontece o tempo todo.

São autoverbalizações que nos fazem sentir ansiosos, medo ou preocupação. São como "fantasmas" na nossa cabeça que nos assustam.

São frases que usamos para desafiar os pensamentos negativos e nos ajudar a pensar de maneira mais positiva e realista. São como "super-heróis" que lutam contra os "fantasmas" na nossa cabeça.

É uma forma de pensar e agir para encontrar soluções para os problemas que enfrentamos. É como um mapa que nos ajuda a chegar ao destino final.

É a capacidade de avaliarmos o nosso próprio desempenho e darmos a nós mesmos recompensas quando temos sucesso.

A Escala de Ansiedade Manifesta para Crianças (CMAS-R) é um instrumento psicológico utilizado para avaliar a ansiedade em crianças. Foi originalmente desenvolvida por Reynolds e Richmond em 1978 e posteriormente revisada por Reynolds e Paget em 1981. A versão portuguesa foi adaptada por Pedro Dias e Miguel Gonçalves em 1999, com revisão por Castro Fonseca em 1992.

A ansiedade é uma emoção que se caracteriza por uma sensação de inquietação e preocupação. Pode se manifestar fisicamente (ex. suor), comportamentalmente (ex. agitação, movimentação rápida) e/ou mentalmente (ex. atenção e vigilância aumentadas, pensamentos sobre possíveis problemas).

A SCARED-R (The Screen for Child Anxiety Related Emotional Disorders Revised) é um instrumento psicológico que avalia a ansiedade em crianças e adolescentes. Foi desenvolvida por Muris e colaboradores em 1999 e traduzida para o português por Pereira e Barros em 2010.

O SCARED-R avalia vários tipos de ansiedade, incluindo: perturbação de ansiedade de separação, perturbação de ansiedade generalizada, perturbação de pânico, fobia social, fobia escolar, fobia específica, perturbação obsessivo-compulsiva, perturbação de stress pós-traumático e uma escala global de ansiedade.

A SCARED-R pode ser utilizada tanto por pais quanto por crianças, de 7 a 17 anos de idade. Existem duas versões do instrumento: uma para pais e outra para crianças.

A versão portuguesa do SCARED-R foi desenvolvida por Pereira e Barros em 2010. Os valores de referência para interpretação dos resultados foram estabelecidos por Pereira, Barros e Neves em 2011.

Para interpretar os scores obtidos no CMAS-R, é importante comparar os resultados com os valores de referência estabelecidos para a população portuguesa. Essa comparação permite determinar se o nível de ansiedade apresentado pela criança está dentro da faixa esperada para sua idade.

Estudos normativos são realizados para determinar os valores médios e a variabilidade de um instrumento psicológico em uma determinada população. Os estudos normativos para o CMAS-R foram conduzidos por Dias e Gonçalves em 1999, para a população portuguesa.

Uma técnica que ajuda as crianças a enfrentar gradualmente os seus medos, começando por expô-las a estímulos menos assustadores e aumentando gradualmente a intensidade.

O medo é aprendido através da associação de um estímulo neutro (ex. cão) a um estímulo que provoca medo (ex. dor) de forma repetida; e, a criança responde com medo quando se depara com o estímulo neutro inicialmente neutro.

O comportamento é moldado através das suas consequências; os comportamentos que são recompensados ​​(reforço positivo) tendem a repetir-se, enquanto aqueles que são punidos (reforço negativo) tendem a diminuir.

Ensina as crianças a lidar com situações assustadoras expondo-as ao estímulo que causa medo em um ambiente seguro e por tempo limitado.

Um modelo que demonstra um comportamento temido sem sofrer consequências negativas quebra as crenças negativas da criança em relação à situação, estimulando a imitação.

O terapeuta auxilia a criança a identificar pensamentos negativos ou distorcidos relacionados ao medo e a desafiá-los, substituindo-os por pensamentos mais realistas e adaptativos.

Um método de usar recompensas para incentivar um comportamento desejável, como um sistema de pontos ou um gráfico.

Utilização de um gráfico para acompanhar o progresso e o sucesso em alcançar objetivos, como um gráfico de estrelas para acompanhar os comportamentos desejáveis.

Uma estratégia para lidar com o comportamento de ansiedade em crianças, com regras claras sobre o que é e o que não é aceitável, incluindo limites para comportamentos ansiosos.

Uma frase que estabelece uma relação direta entre um comportamento desejável e uma consequência positiva.

Uma estratégia para chamar a atenção da criança para o agora e para o que está acontecendo no presente, evitando focar em pensamentos ou preocupações futuras.

Ignorar certos comportamentos da criança para reduzir a atenção que ela recebe por eles, levando à diminuição da frequência desses comportamentos.

Comportamentos que podem ser ignorados porque não são perigosos, mesmo que sejam chatos ou irritantes.

Preocupações que são normais e até podem ser úteis, como preocupações com um teste importante.