Princípio da Cópia de Hume

Experiências presentes e diretas, que dizem respeito ao sentir, são mais vívidas e intensas, e precedem as ideias.

Representações mentais das impressões, menos vívidas e intensas, que resultam de experiências passadas.

Todas as ideias derivam de impressões, ou seja, são cópias de experiências prévias.

Pessoas que nasceram com deficiências sensoriais não podem ter ideias relacionadas às sensações que nunca tiveram.

Cópias diretas de impressões simples, como o sabor de um morango ou a cor azul do céu.

Combinadas a partir de diferentes impressões simples ou complexas, criando conceitos abstratos, como sereias ou unicórnios.

Todas as ideias, mesmo as mais complexas, derivam direta ou indiretamente das impressões.

As ideias, por serem originadas nas impressões, tendem a se assemelhar às experiências originais.

Proposições que podem ser conhecidas apenas pelo pensamento, sem necessidade de experiência. São verdades logicamente necessárias e sua negação leva a uma contradição.

Proposições que dependem da experiência sensível para serem conhecidas. São verdades contingentes, sua negação não leva a contradição, e podem ser falsas em outros mundos possíveis.

Conhecimento que é independente da experiência. É obtido através da razão pura.

Conhecimento que é baseado na experiência. É obtido através da observação e da experimentação.

Proposições cuja negação leva a uma contradição lógica. São verdadeiras em todos os mundos possíveis.

Proposições cuja negação não leva a uma contradição lógica. São verdadeiras em alguns mundos possíveis, mas podem ser falsas em outros.

A ideia de que dois eventos estão ligados de forma inevitável, um causando o outro. É a base da causalidade.

Hume argumenta que a conexão necessária não pode ser conhecida a priori. Ela só pode ser aprendida a posteriori, através da experiência.

Segundo Hume, a experiência é a única base para o conhecimento da causalidade. Ao observarmos eventos repetidos, estabelecemos uma associação entre causa e efeito.

Conhecimento que nos revela como o mundo realmente é, e não apenas como pensamos que ele é. É obtido através das ciências naturais.

A relação entre dois eventos, em que o primeiro evento (a causa) produz o segundo evento (o efeito).

Hume argumenta que, apesar de observarmos a ocorrência conjunta de eventos, não há uma impressão direta da conexão necessária entre eles. Por exemplo, vemos o gelo derreter quando a temperatura está acima de zero, mas não há uma sensação de 'ligação causal' entre os dois.

Hume destaca que a relação entre causa e efeito se baseia na contiguidade (proximidade no espaço) e sucessão (um evento após o outro) dos eventos. Observamos que o calor precede o derretimento do gelo, mas não a ligação necessária.

A conjunção constante ocorre quando dois eventos ocorrem juntos repetidamente, como a temperatura acima de zero e o derretimento do gelo. Essa repetição é importante para a formação da crença em causalidade.

Segundo Hume, a crença em causalidade não é baseada em razão, mas no hábito. Através da experiência repetida da conjunção constante, nossa mente cria uma associação entre eventos, levando-nos a esperar que um siga o outro.

Hume afirma que, por meio do costume, desenvolvemos a expectativa de que a conjunção constante de eventos se repetirá no futuro. Essa expectativa é a base da nossa crença na conexão necessária entre causa e efeito.

Hume argumenta que a crença em causalidade é uma operação natural da alma, como sentir amor ou ódio, e não resultado de raciocínio. Não podemos evitar essa crença, pois é um 'instinto natural'.

Hume levanta o problema de como justificar as inferências indutivas, ou seja, usar o conhecimento passado para prever o futuro. Podemos realmente confiar em que a natureza continuará a funcionar de acordo com as regularidades observadas?

As inferências indutivas são raciocínios que partem de premissas empíricas (observadas) para conclusões também empíricas, buscando generalizações e previsões sobre o mundo.

O raciocínio indutivo, que nos leva a generalizações e previsões, está intimamente relacionado à nossa crença em causalidade. Observando a conjunção constante de eventos, inferimos que um causa o outro.

Hume questiona se podemos realmente ter confiança nas inferências indutivas, pois sempre existe a possibilidade de o futuro não se assemelhar ao passado. Nossa crença em causalidade se baseia no hábito, não em uma garantia lógica.

Hume é conhecido como empirista por defender que todo conhecimento deriva da experiência. Mas sua obra também contém elementos de naturalismo, reconhecendo que somos criaturas de hábito e instintos, inseridos na ordem natural.

Hume rejeita a ideia de que a conexão necessária entre causa e efeito possa ser conhecida a priori (antes da experiência) ou justificada a posteriori (pela experiência) como algo logicamente provado.

Para Hume, toda crença sobre questões de fato (o que existe no mundo) depende da nossa experiência sensorial presente ou passada e da nossa associação de ideias, formada pelo hábito.

A sensação de ardência na boca seria uma impressão, pois é uma experiência sensorial direta.

A ideia de um leão é uma representação mental baseada em informações visualizadas, lidas ou ouvidas sobre leões.

Pessoas com cegueira congênita nasceram cegas e nunca tiveram a oportunidade de formar impressões visuais. Elas podem formar ideias sobre o mundo através de outros sentidos, como tato e audição.

De acordo com Hume, a ideia de Deus é uma ideia complexa, formada pela combinação de ideias simples, como inteligência, sabedoria e bondade, derivadas de nossas impressões de seres humanos.

Fundacionalismo é uma teoria epistemológica que defende a existência de crenças básicas ou fundacionais que se justificam a si mesmas, servindo como base para outras crenças.

Para Hume, a experiência sensível e as impressões são as crenças fundacionais do conhecimento. São as bases a partir das quais construímos nosso conhecimento do mundo.

Essa frase expressa uma relação lógica entre as ideias de quadrado e lados, que é verdadeira independentemente da existência de quadrados.

A frase se refere a um fato sobre a lua, que só pode ser verificado através da experiência e observação.

A crença de que a natureza é regular e que o futuro se assemelhará ao passado. Permite que se generalize a partir de experiências passadas.

Tentativa de justificar a indução apenas pelo pensamento, sem recorrer à experiência, mas sem sucesso.

Tentativa de justificar a indução pela experiência (observando o passado), porém, corre o risco de circularidade.

Um tipo de inferência indutiva onde se conclui que algo acontecerá no futuro, baseado em experiências passadas.

Um tipo de inferência indutiva onde se conclui que uma regra se aplica a todos os casos de um tipo, com base em uma amostra de casos.

Erro lógico de justificar uma afirmação usando essa mesma afirmação como premissa, criando um ciclo vicioso.

Verdade que depende da experiência e pode ser diferente em outros mundos possíveis.

Verdade que é independente da experiência, válida em todos os mundos possíveis.

Relação entre eventos, onde um evento (causa) produz outro evento (efeito).