Plano Diretor Embrapa 2024-2030

Plano Diretor da Embrapa 2024-2030

• O Plano Diretor da Embrapa para 2024-2030 é uma publicação institucional da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
• O plano foi atualizado em 2023.
• A sede da Embrapa fica no Parque Estação Biológica, em Brasília, DF.
• A primeira edição digital do plano foi publicada em 2024.

Contexto Global e Nacional

• O mundo enfrenta transformações econômicas e sociais significativas.
• Desafios complexos incluem a crise climática, recuperação pós-pandemia e conflitos geopolíticos, impactando sistemas agroalimentares e agricultura brasileira.
• O Plano Plurianual (PPA) 2024-2027 do governo federal prioriza o fortalecimento da agropecuária sustentável com agregação de valor.
• O Ministério da Agricultura e Pecuária é responsável pelos programas de Agropecuária Sustentável, Defesa Agropecuária e Pesquisa e Inovação Agropecuária.
• O Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) lançado em 2023 prevê R$ 1,7 trilhão em investimentos, incluindo modernização da infraestrutura da Embrapa.
• Programas governamentais visam desenvolvimento sustentável, prosperidade, bem-estar, segurança alimentar, desenvolvimento regional, geração de emprego e transição energética.
• O Plano de Transformação Ecológica (PTE) lançado pelo Ministério da Fazenda inclui ações estratégicas para agricultura e pesquisa agropecuária, como bioeconomia e economia circular.
• A Embrapa atualizou seu VII Plano Diretor considerando prioridades governamentais, documentos institucionais, estudos, percepções de atores internos e externos, e as transformações globais que afetam os sistemas agroalimentares.

Panorama da Agricultura Brasileira

• A agricultura brasileira é competitiva, gerando empregos, riqueza, alimentos, fibras e bioenergia para o Brasil e outros países.
• O agronegócio contribui significativamente para o PIB nacional (24,4%) e emprega 26,9% da população ocupada.
• O setor responde por 50% do faturamento das exportações brasileiras, atingindo US$ 82 bilhões no primeiro semestre de 2023.
• De 1975 a 2023, a produção de grãos aumentou 624%, a de carnes 933% e a de frutas 199%.
• A produção de pescado aumentou 81% no mesmo período.
• O setor florestal produziu 177% mais lenha e madeira entre 1986 e 2022.
• A produção de café aumentou 68% nos últimos 40 anos.
• A produção de leite cresceu 4,4 vezes, e a produtividade aumentou 3,4 vezes entre 1975 e 2022.
• O aumento da produção permitiu queda de 41,4% no custo da cesta básica (out./2023 em relação a dez./1975) em São Paulo e dinamizou as exportações.
• Em 2022, as exportações atingiram US$ 158,9 bilhões.
• Em 2023, o valor bruto da produção é estimado em R$ 1,15 trilhão, com crescimento de 2,7% em relação a 2022.
• A produção de grãos projetada para 2032 é de mais de 307 milhões de toneladas.
• Estima-se que a produção de carne bovina chegará a 9 milhões de toneladas e a de frango a 16,6 milhões de toneladas nos próximos 10 anos.
• A produção de arroz cresceu quase 40% entre 1975 e 2022, com aumento de 3,5 vezes no rendimento.
• A quantidade produzida de feijão cresceu 25%, com aumento de duas vezes no rendimento.
• A quantidade produzida de mandioca caiu 32%.
• A agricultura familiar representa 78% dos estabelecimentos agropecuários, 67% da população ocupada e 23% do VBP.
• Produtores da agricultura familiar são responsáveis por 70% da produção de mandioca, 64% do leite, 49% da banana, 22% do feijão e 11% do arroz no Brasil.
• O Censo Agropecuário de 2017 revelou que 1,7 milhão de mulheres estão na gestão ou codireção de propriedades rurais.
• 45,43% dos produtores se declaram de cor ou raça branca, 8,37% preta, 0,62% amarela, 44,47% parda e 1,12% indígena. Destacam-se a disponibilidade de recursos naturais, políticas públicas, produtores empreendedores e tecnologia agropecuária tropical e subtropical.

Transições Globais e Desafios

• Houve aumento da temperatura global em 1,09 °C até 2020 em relação ao período pré-industrial.
• Preconiza-se neutralidade de emissões de CO₂ e redução de outros gases de efeito estufa (GEEs) para limitar efeitos da mudança do clima.
• Países tropicais são mais vulneráveis aos impactos da mudança do clima.
• Em regiões tropicais, as atividades agrícolas poderão ser severamente afetadas, com aquecimento e surgimento de condições climáticas sem precedentes até o século XXI.
• O Acordo de Paris (2015) estabelece compromissos de redução de emissões de GEEs.
• A agricultura global é responsável por 18% das emissões totais de GEEs, atrás dos setores de energia e indústria.
• A agricultura tem papel fundamental no apoio ao cumprimento dos compromissos de adaptação aos impactos negativos da mudança do clima e descarbonização da economia.
• Grande volume de dados está em crescimento em todos os setores da economia.
• A organização de dados, informações e elaboração de métricas e modelos que considerem os aspectos ambientais, sociais e econômicos terão importância estratégica no setor agrícola.