Modelos da Violência contra Crianças e Adolescentes

O ambiente imediato da criança, incluindo a família, a qualidade das relações matrimoniais, a saúde e o temperamento da criança, e o tamanho da família.

Estruturas sociais formais e informais, incluindo parentes próximos, comunidade e estrutura económica. Fatores como desemprego, falta de motivação no trabalho e isolamento social podem influenciar o ambiente da família e a criança.

Refere-se às atitudes sociais em relação à violência, expectativas da sociedade sobre métodos de disciplina e o nível geral de violência na família e na escola.

Este modelo reconhece a influência de múltiplos fatores no abuso infantil. Inclui fatores potenciadores (aumentam o risco) e fatores compensadores (diminuem o risco).

Fatores que aumentam o risco de abuso infantil, como problemas biológicos, históricos, psicológicos e ecológicos.

Fatores transitórios que aumentam temporariamente o risco de abuso, como stress em momentos da vida (lesão, doença, problemas familiares, período evolutivo mais complicado da criança).

Modelo que afirma que a ocorrência de abuso físico requer a presença de duas componentes: uma tendência para usar o castigo físico como disciplina e a oportunidade para usar essa violência.

A história dos pais influencia a sua compreensão da educação dos filhos, os seus sentimentos para com eles e os seus conhecimentos sobre o desenvolvimento infantil.

Atividade sexual precoce, prostituição, disfunção sexual, comportamento sexual autodestrutivo, evitação da intimidade sexual, estigmatização.

Vergonha, culpa, baixa autoestima, sentir-se diferente.

Isolamento, abuso de álcool ou drogas, tentativas de suicídio, comportamento autodestrutivo, traição.

Dor, depressão, dependência, desconfiança, raiva, hostilidade, dificuldades na capacidade de julgar outras pessoas.

Obsessão, vulnerabilidade à vitimação, isolamento, impotência.

Ansiedade, medo, sentimentos de pouca eficácia, perceção de si como vítima, necessidade de controlo.

Pesadelos, fobias, distúrbios alimentares, depressão, fugas de casa, problemas de estudo, vulnerabilidade à vitimização, crime.

Centros de acolhimento temporário e lares de infância e juventude que oferecem apoio a crianças e jovens até aos 18 anos que se encontram em risco, protegendo-os do perigo.

Acontece quando a pessoa tem desejos ou comportamentos sexuais com crianças pré-púberes (geralmente menores de 13 anos) por mais de 6 meses, e isso causa sofrimento ou prejuízo para ela ou para outras pessoas.

Refere-se a desejos ou comportamentos sexuais incomuns ou pouco frequentes, como excitação com objetos específicos, mas que não causam sofrimento ou prejuízo para quem os tem.

É a forma de expressar a atração sexual.

Uma parafilia que causa sofrimento ou prejuízo para a pessoa que a tem, ou que coloca outras pessoas em risco de dano.

A nova visão da saúde mental não considera comportamente sexuais atípicos como patológicos, desde que sejam consensuais.

É necessário que a pessoa tenha mais de 16 anos e mais de 5 anos de idade do que a criança, para que seja considerado perturbação pedofílica.

Se a pessoa não tem consequências negativas (danos ou riscos a si mesma ou a terceiros), então não há perturbação parafílica, apenas parafilia.

Para ser considerado perturbação pedofílica, é necessário que o desejo ou comportamento seja recorrente e intenso, e que a pessoa se sinta prejudicada por isso.

Ato sexual de relevo cometido contra um menor entre 14 e 18 anos que lhe tenha sido confiado para educação ou assistência.

Ato sexual de relevo cometido contra um menor entre 14 e 16 anos, abusando da sua inexperiência.

Ato sexual de relevo cometido contra um menor entre 14 e 18 anos mediante pagamento ou outra contrapartida.

Fomentar, favorecer ou facilitar o exercício da prostituição de um menor ou aliciar um menor para esse fim.

Crime relacionado à produção, distribuição e posse de material pornográfico envolvendo menores.

Aliciar um menor por meio de tecnologias de informação e comunicação para um encontro com o objetivo de praticar atos sexuais.

A pena para os crimes relacionados a abuso sexual de menores pode ser aumentada em metade ou um terço se houver gravidez, ofensa à integridade física grave ou morte da vítima, infeções de transmissão sexual, suicídio ou se a vítima for descendente, adotada ou tutelada pelo agente.

A pena para os crimes relacionados a abuso sexual de menores é aumentada se a vítima foi violada da forma mais grave.

Unidades residenciais que fornecem apoio especializado a crianças e jovens em situações de emergência, com necessidades específicas ou que necessitem de intervenção educativa e/ou terapêutica.

Um tipo de unidade residencial especializada que ajuda jovens a desenvolverem autonomia e a prepararem-se para a vida independente.

O objetivo principal de unidades residenciais especializadas é garantir o bem-estar físico, mental e social da criança e do jovem.

É crucial que as unidades residenciais criem um ambiente acolhedor e estável para a criança e o jovem, promovendo laços afetivos e uma sensação de segurança.

As unidades residenciais especializadas devem minimizar o impacto emocional negativo que resulta de situações de perigo, protegendo a criança e o jovem.

As unidades devem desenvolver habilidades na criança e no jovem para que estes se sintam valorizados pessoal, social, escolar e profissionalmente.

Unidades residenciais devem fornecer condições que apoiem a criança e o jovem na descoberta de sua identidade e na compreensão de sua história de vida.

O objetivo final é capacitar a criança e o jovem para uma vida independente, integrada social, escolar, profissional e comunitariamente.

Podem causar sentimentos de punição, estigmatização e discriminação social, diminuir a responsabilidade familiar e contribuir para o controle social e a reprodução de desigualdades.

É fundamental formar toda a equipa de uma instituição com conhecimento psicológico, incluindo técnicos, educadores e outros profissionais.

O trabalho em equipe transdisciplinar é essencial, com diferentes profissionais colaborando no cuidado das crianças e jovens.

O psicólogo deve ajudar os profissionais da instituição a compreender o comportamento das crianças e jovens à luz da psicopatologia do desenvolvimento.

A intervenção em instituições deve se concentrar em construir relações de segurança com adultos de confiança, focando na necessidade de afeto, que pode estar por trás de comportamentos desafiadores.

O psicólogo deve ajudar a identificar as necessidades específicas de cada criança e jovem, além de promover projetos de vida que os ajudem a construir um futuro positivo.

A intervenção individualizada é essencial para lidar com problemas individuais, como a expressão de sentimentos após um castigo.

A intervenção em grupo pode ser utilizada através de sistemas de pontos, revisão em grupo, e atividades que promovam a convivência e o respeito entre os indivíduos.