Golpe de Calor e Termorregulação

A temperatura corporal é regulada pelo centro termorregulador, localizado no hipotálamo anterior. Este centro recebe informações de receptores na pele e vísceras, enviando-as ao SNC para ajustar a temperatura.

A temperatura fisiológica normal do corpo humano, geralmente em torno de 37°C.

Aumento da temperatura corporal acima do normal, geralmente acima de 37,5°C, frequentemente devido à resposta imunológica a uma infecção.

Aumento da temperatura corporal acima do normal, mas sem a resposta inflamatória característica da febre. Pode ser causada por exposição a temperaturas elevadas ou por problemas como hipertermia maligna.

Sinais e sintomas associados à febre, como calafrios, sudorese, dores musculares, fadiga e aumento da frequência cardíaca.

Substâncias liberadas durante a resposta inflamatória que desencadeiam a febre, como as interleucinas. São produzidas pelo sistema imune em resposta a invasores.

Proteínas que servem como mensageiros do sistema imune, como a IL-1 e IL-6, sendo essenciais no desencadeamento da febre.

A febre, embora seja um mecanismo de defesa que pode ser benéfico ao combater patógenos, também pode ser prejudicial se não controlada, levando à desidratação, convulsões ou danos nos órgãos.

A capacidade de gerar calor para compensar a perda de calor para o ambiente.

A capacidade de perder calor para o ambiente para evitar o superaquecimento do corpo.

Quando o corpo está exposto a temperaturas baixas, a vasoconstrição é o estreitamento dos vasos sanguíneos na pele, o que reduz a perda de calor.

A contração involuntária dos músculos, que gera calor.

A temperatura interna é a temperatura do núcleo do corpo, perto do cérebro.

O centro termorregulador é uma região do cérebro responsável por controlar a temperatura do corpo.

É o centro de controlo da temperatura do corpo, localizado no hipotálamo anterior.

Substâncias que causam febre.

Uma substância que aumenta a produção de PGE2, responsável por aumentar o 'set-point' da temperatura no hipotálamo.

A temperatura central está associada ao sangue que banha o hipotálamo. Pode variar com a idade, sexo, ambiente, atividade, e momento do dia.

Variacão da temperatura normal ao longo do dia, atingindo o mínimo entre as 3-4 horas da manhã e o máximo entre as 16-18 horas.

A temperatura corporal é medida através de diferentes locais, como axilar, retal, timpânica e oral, cada um com um intervalo normal específico.

A sensibilidade discriminativa permite perceber se um objeto está quente ou frio. É uma via aferente que transmite informação da pele para o cérebro, por meio dos gânglios espinhais, tronco cerebral e córtex.

O controle homeostático da temperatura regula a temperatura interna do corpo. Os sinais são enviados para o hipotálamo anterior, que desencadeia mecanismos para manter a temperatura em níveis normais.

As vias eferentes transportam sinais do hipotálamo anterior para o corpo, provocando respostas como vasodilatação, vasoconstrição e calafrios, para regular a temperatura.

O hipotálamo anterior recebe informações sobre a temperatura do ambiente, das vísceras e da pele, para integrar e desencadear respostas termogênicas, como vasodilatação, vasoconstrição e calafrios.

A vasodilatação ocorre quando os vasos sanguíneos se dilatam, permitindo que mais sangue circule na pele, dissipando calor e esfriando o corpo.

A transpiração é o processo de liberação de suor pelas glândulas sudoríparas, que refrigera o corpo ao evaporar.

Os calafrios são contrações musculares involuntárias que produzem calor, e são parte da resposta termogênica do corpo.

A temperatura corporal eleva-se acima do normal e os mecanismos fisiológicos de regulação da temperatura deixam de funcionar. Pode ocorrer em pessoas de todas as idades, mas é mais comum em indivíduos mais jovens que se exercitam em ambientes quentes e húmidos sem aclimatização prévia, ou em indivíduos mais velhos durante ondas de calor.

Uma condição causada pela desidratação resultante da transpiração excessiva sem reposição de água e eletrólitos.

Comum em pessoas mais velhas durante períodos de calor intenso, pois o sistema de transpiração pode estar comprometido.

O golpe de calor pode causar danos celulares, especialmente em órgãos como o fígado e o intestino.

O golpe de calor provoca uma resposta inflamatória generalizada que afeta o corpo inteiro e pode provocar coágulos sanguíneos.

"Aclimatização" ao calor é o processo pelo qual o corpo se adapta a temperaturas mais altas. Durante a aclimatização, o corpo fica mais eficiente na transpiração e na regulação da temperatura.

Aumento da permeabilidade da parede intestinal permite que bactérias e toxinas entrem na circulação, desencadeando uma resposta imunológica, produção de citocinas e coagulação, levando a trombos, isquemia e potencialmente à falência multiorgânica.

Uma alteração genética que causa um defeito no receptor da proteína rianodina, que controla os canais de cálcio no retículo sarcoplasmático das células musculares. Isso leva a uma liberação excessiva de cálcio, causando contrações musculares prolongadas e hipermetabolismo.

Anestésicos inalatórios (como halotano), relaxantes musculares despolarizantes (como succinilcolina) ou atividade física intensa em ambientes quentes podem desencadear a hipertermia maligna em indivíduos suscetíveis.

A mutação no receptor da proteína rianodina causa a abertura constante dos canais de cálcio, levando à liberação contínua de cálcio do retículo sarcoplasmático para o citoplasma das células musculares.

A constante liberação de cálcio leva a contrações musculares prolongadas, gerando calor e aumentando o metabolismo, o que sobrecarrega o corpo e pode levar a complicações graves.

A Hipertermia Maligna pode levar a hipoxemia (baixa de oxigênio no sangue), acidose metabólica (acúmulo de ácidos no sangue), rabdomiólise (lesão muscular) e lesão cerebral, devido à capacidade do corpo de lidar com o calor excessivo gerado.

O estado hipermetabólico causado pela Hipertermia Maligna gera uma quantidade grande de energia, a qual o corpo não consegue controlar, gerando complicações graves como hipoxemia, acidose metabólica, rabdomiólise e lesão cerebral.

A Hipertermia Maligna é uma condição genética rara que pode ser fatal, mas com tratamento imediato pode ser controlada. As terapias comumente utilizadas incluem o tratamento de suporte, ventilação mecânica e medicamentos como o dantroleno, que reduzem a liberação de cálcio.