Gestão de Riscos e Desastres

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31 Questions

Como é definida a Gestão de Riscos e Desastres (GRD)?

A Gestão de Riscos e Desastres (GRD) pode ser definida como um processo social permanente e contínuo, apoiado por estruturas institucionais e comunitárias, com o objetivo de enfrentar vulnerabilidades e ameaças presentes no território.

O que são riscos relacionados a desastres?

Riscos relacionados a desastres referem-se à potencialidade de ocorrer algo nocivo, danoso para a sociedade no futuro.

O que significa gerir riscos?

Gerir riscos significa propor ações antecipatórias que possam reduzir a possibilidade de danos e perdas, ou pelo menos amenizar suas consequências.

Quais são os primeiros passos indispensáveis para gerir riscos?

Entender as fragilidades do meio físico e social

Para que exista um risco, é necessário que haja a percepção de uma ameaça, perigo ou a possibilidade de desastre. (Verdadeiro/Falso)

False

Para enfrentar o risco, é fundamental reconhecer a natureza dos riscos e _____________ suas gravidade e alcance.

compreender

O que é risco de desastres (R) na expressão matemática apresentada?

R = Px C (Risco = Potencialidade x Consequências)

Quais são exemplos de vulnerabilidade física mencionados no texto? (Selecione todas as opções corretas)

Desmatamento e seca

De acordo com o paradigma comportamental dos desastres, os desastres são resultado da ação da natureza independente da ação humana.

False

Qual é o conceito relacionado à capacidade de um sistema, comunidade ou sociedade, expostos a uma ameaça, de resistir, absorver, adaptar-se, transformar-se, e recuperar-se diante dos impactos de processos e eventos extremos?

resiliência

Relacione os paradigmas dos desastres com suas características:

Paradigma tecnocêntrico ou da engenharia = Resultados da ação da natureza, enfatiza o controle de processos geomorfológicos Paradigma comportamental = Enfatiza a adaptação humana e escolha no entendimento dos desastres Paradigma da vulnerabilidade ou estrutural = Relacionado à vulnerabilidade e desenvolvimento Paradigma da complexidade = Considera a complexidade envolvida nos desastres

O que é o 'paradigma da complexidade' na abordagem dos desastres?

Abordagem que concebe e explica os desastres a partir da sinergia entre várias dimensões físicas, biológicas, econômicas, sociais, culturais, políticas, históricas e institucionais.

Quais são as cinco prioridades de ação destacadas no 'Marco de Ação de Hyogo' de 2005-2015?

Desenvolver maior conscientização

Os desastres, de acordo com o texto, são considerados naturais e não influenciados pelo ser humano.

False

De acordo com a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável (RIO + 20), é importante integrar uma perspectiva de gênero em todas as fases da gestão de risco de desastres, reconhecendo a necessidade de ______ na concepção e implementação.

integração

Relacione os fatores subjacentes que causam vulnerabilidades com suas respectivas características:

Pobreza = Mudanças demográficas Arranjos institucionais = Políticas mal formuladas Aquecimento global = Pobreza

Qual é o documento que estabelece os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)?

O Futuro Que Queremos

A redução do número de mortes e pessoas afetadas por catástrofes é um dos pontos destacados pela Agenda 2030.

True

Quem chamou a atenção do mundo para a maior crise humanitária desde o final da Segunda Guerra Mundial, durante a Primeira Cúpula Mundial Humanitária em 2016?

Ban Ki-moon

O Brasil registrou ______ novos deslocamentos internos por desastres em 2019 de acordo com o Centro de Monitoramento de Deslocamentos Internos (IDMC, na sigla em inglês).

295 mil

Quais são os três eixos estruturantes da Gestão de Riscos e Desastres?

Conhecimento dos riscos, prevenção e redução dos riscos, manejo dos desastres e emergências

Qual é a importância dada à ameaça e à vulnerabilidade na conceituação do risco de desastres?

Dá a importância devida à ameaça e à vulnerabilidade, entendendo sua complexidade e sua fundamentação como um produto social.

Os desastres são completamente externos à sociedade humana e às decisões de desenvolvimento adotadas.

False

Qual é a sigla utilizada para se referir à Política Nacional de Proteção e Defesa Civil?

PNPDEC

A Defesa Civil brasileira foi criada durante a Segunda Guerra Mundial de forma concreta.

False

Em que ano os deslizamentos e inundações em Santa Catarina resultaram em 151 mortes?

2008

A Defesa Civil brasileira foi criada no contexto da Segunda Guerra Mundial de forma mais __________ do que concreta.

figurativa

Qual é o objetivo do Plano Municipal de Redução de Risco (PMRR)?

Todas as opções estão corretas

A remoção de moradias em risco deve ser a primeira alternativa para garantir a segurança dos moradores.

False

De acordo com a Lei n° 12.608, de 2012, quais são as providências que o município deve adotar em áreas suscetíveis a deslizamentos ou inundações?

execução de plano de contingência, obras de segurança, remoção de edificações e reassentamento dos ocupantes em local seguro

A quem compete a implementação da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, de acordo com a Lei n° 12.608, de 2012? Compete a ______.

integração com políticas de ordenamento territorial, desenvolvimento urbano, saúde, meio ambiente, mudanças climáticas, gestão de recursos hídricos, geologia, infraestrutura, educação, ciência e tecnologia

Study Notes

Introdução à Gestão de Riscos e Desastres

  • O Caderno Técnico GIRD+10 é um material elaborado para contribuir para a formação e capacitação de gestores públicos, profissionais e líderes comunitários em Gestão Integrada de Riscos e Desastres (GRD).

Visões e Aplicações sobre Gestão de Riscos e Desastres

  • A GRD é um processo social permanente e contínuo que visa enfrentar vulnerabilidades e ameaças presentes no território.
  • Gerir riscos significa propor ações antecipatórias para reduzir a possibilidade de danos e perdas.
  • As etapas fundamentais para a GRD efetiva são: identificar perigos, delimitar áreas de origem e afetadas, entender fragilidades do meio físico e social, e antecipar consequências.

Conceitos Chave

  • Risco: é um objeto social que existe quando um indivíduo ou coletividade tem a percepção de que existe uma ameaça, perigo ou possibilidade de desastre.
  • Ameaça: é um processo natural ou antrópico com potencialidade de causar dano.
  • Perigo: é uma condição na qual existe potencial de dano a ser causado por uma ameaça afetando o meio exposto.

Evolução das Visões sobre Gestão de Riscos e Desastres

  • A GRD agora considera que os riscos são construídos pela forma como a sociedade modifica o ambiente, apropria-se de recursos e organiza atividades no território.

  • Os riscos resultado de baixo desenvolvimento socioeconômico ou de "problemas não resolvidos do desenvolvimento".

  • A GRD busca constituir entendimentos e ações mais amplos, considerando três eixos estratégicos: conhecimento dos riscos, prevenção e redução dos riscos, e manejo dos desastres e emergências.### Modelo de Progressão da Vulnerabilidade

  • O modelo de progressão da vulnerabilidade aponta para diferentes escalas, tempos e espaços que explicam a progressão da vulnerabilidade diante das ameaças.

  • Causas profundas: modelo de organização social e ideologias políticas e econômicas de desenvolvimento que produziram e reproduzem desigualdades estruturais (como pobreza, racismo).

  • Pressões dinâmicas: processos que produziram o cenário de risco (como falta de controle do uso e ocupação do solo, de investimento em habitação social, saneamento).

  • Condições inseguras: elementos concretos (como moradias em áreas de risco).

Vulnerabilidade Global

  • A vulnerabilidade global se refere ao fato de que um sistema humano pode enfrentar muitos tipos de vulnerabilidade que podem aumentar a magnitude de um desastre.
  • Dimensões da vulnerabilidade: física, ambiental, econômica, social, educacional, cultural, ideológica, organizacional, política e institucional.

Fórmula de Risco

  • A fórmula de risco permite analisar integralmente uma condição de risco em determinado contexto temporal e espacial: R = P (f A) * C (f V).
  • Probabilidade de ocorrência futura de um determinado processo.
  • Ameaça: capacidade de gerenciamento do problema ou de resiliência diante de ameaça.

Capacidade de Enfrentamento e Gerenciamento

  • A capacidade de enfrentamento e gerenciamento pode ser avaliada por meio de diversos parâmetros, como:
    • Apoio dos governos locais às comunidades em situação de risco.
    • Recursos financeiros adequados às atividades de redução dos riscos e manejo dos desastres.
    • Avaliações periódicas das situações de risco por meio de mapeamentos.

Paradigmas dos Desastres

  • O paradigma tecnocêntrico ou da engenharia: os desastres são resultados da ação da natureza, independentes da ação humana.
  • O paradigma comportamental: o processo de ocupação humana de um território e a relevância da adaptação humana ao ambiente no entendimento dos desastres.
  • O paradigma da vulnerabilidade ou estrutural: as características locais que tornam as populações vulneráveis e como os impactos e a recuperação são diferentes dependendo das características da sociedade atingida.
  • O paradigma da complexidade: a sinergia entre dimensões físicas, biológicas, ecológicas, econômicas, sociais, culturais, políticas, históricas e institucionais.

Sociedade de Risco

  • A sociedade de risco se caracteriza pela presença de riscos como componente básico de sua estruturação.
  • Os riscos são construídos socialmente, como resultado do próprio processo de modernização e desenvolvimento científico.
  • A reconhecimento dos paradigmas que baseiam o entendimento em relação aos riscos é importante para entender que as medidas que foram, e têm sido, tomadas em relação aos desastres se baseiam em diferentes concepções e atitudes sociais perante o risco.### Mudanças no Enfoque sobre Desastres
  • A década de 1990 marcou uma mudança de enfoque nas medidas para desastres, passando de curativas pós-desastre para preventivas.
  • A Organização das Nações Unidas (ONU) lanzou a Década Internacional para a Redução de Desastres Naturais (1990-1999) e criou a Estratégia Internacional para a Redução de Desastres (ISDR).

Marcos Internacionais

  • A 1ª Conferência Mundial sobre Redução de Desastres Naturais (1994) em Yokohama, Japão, destacou a limitação do entendimento e tratamento dos desastres, com foco em aspectos técnicos e científicos.
  • A 2ª Conferência Mundial sobre Redução de Desastres (2005) em Kobe, Hyogo, Japão, estabeleceu como meta criar uma cultura de segurança e resiliência para melhorar a capacidade de as sociedades fazerem frente aos eventos extremos.
  • O Marco de Ação de Hyogo (2005-2015) apresentou cinco prioridades de ação para a redução do risco de desastres.

Aumento da Resiliência

  • A Campanha Global 2010-2015 "Construindo Cidades Resilientes – Minha cidade está se preparando" foi criada para orientar os municípios e gestores públicos locais.
  • A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20, 2012) destacou a importância de fortalecer a relação entre as medidas de redução de riscos e de recuperação e os planos de desenvolvimento em longo prazo.

Marco de Ação de Sendai

  • A 3ª Conferência Mundial sobre Redução do Risco de Desastres (2015) em Sendai, Japão, resultou no Marco de Ação de Sendai, que visa a redução do risco de desastres.
  • O Marco de Sendai indica quatro áreas prioritárias para a redução do risco de desastres: compreensão do risco de desastres, fortalecimento da governança, investimento na redução do risco e melhoria na preparação para desastres.

Agenda 2030

  • A Agenda 2030 e seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) reforçam a atualidade e relevância do tema da redução do risco de desastres.
  • O ODS 11 visa tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.

Gestão de Riscos e Desastres

  • A Gestão de Riscos e Desastres (GRD) baseada em processos é fundamental para garantir a efetividade das políticas públicas.
  • A GRD deve considerar a complexidade do problema, a interdependência entre as unidades e a gestão do ciclo de vida dos deslocamentos internos.

Desafios

  • O sub-registro de dados e informações e a ausência de governança são desafios para a criação de um banco de dados com recursos de inteligência artificial.
  • Acompanhar o ciclo de vida das pessoas removidas ou forçadas a se deslocarem pode inibir a incidência da ocupação de setores de risco pela população internamente deslocada.

Descubra como a Gestão de Riscos e Desastres (GRD) é definida e como identificar e gerir riscos relacionados a desastres. Aprenda os primeiros passos para gerir riscos e como reconhecer a natureza dos riscos.

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