Entendendo as Ilusões Óticas: Percepção e Cérebro

Uma Possível Explicação para as Muitas Ilusões Óticas

• As ilusões emergem do modelo estatístico e empírico dos dados perceptivos visuais.
• Os circuitos neurais do sistema visual evoluem para interpretar cenas 3D comuns rapidamente.
• Modelos simplificados no cérebro permitem interpretações rápidas, mas causam ilusões em situações incomuns.
• A percepção do mundo é amplamente auto-produzida.
• O cérebro associa cores constantes a objetos, apesar das mudanças na luz refletida.
• O cérebro extrai características constantes de objetos, mesmo com mudanças de tamanho na retina.
• O cérebro deduz a distância relativa entre objetos sobrepostos e aprende a perspectiva linear.
• Ilusões de distância e profundidade ocorrem quando a dedução inconsciente leva a conclusões errôneas.
• A imagem na retina guia a visão, mas vemos uma representação 3D "virtual" do mundo, organizada pelo cérebro.
• A visão é um processo de "completar" o que está à frente com o que o cérebro julga estar ali.
• A imagem mental do mundo é vagamente baseada na realidade, convergindo informações dos olhos e memórias.
• Nomes, cores e formas influenciam a representação da cena no cérebro.
• Propriedades percebidas dos objetos são "determinadas" inconscientemente e não são propriedades físicas reais.
• As ilusões surgem quando os "juízos" inconscientes da cena entram em conflito com a análise consciente.
• A interpretação visual é complexa, envolvendo mais de 30 áreas cerebrais, e o cérebro simplifica as coisas.
• A simplificação permite uma apreensão mais rápida (embora imperfeita) da "realidade emergente", dando origem a ilusões óticas.

Uma Ilusão de Brilho: A Ilusão do Tabuleiro de Xadrez

• O brilho é uma variável subjetiva, uma estimativa da refletância real dos objetos feita pelo sistema visual.
• O quadrado A parece mais claro que o quadrado B, mas ambos têm a mesma cor e luminância.
• O sistema visual considera o contraste local e a transição de luz entre superfícies de cores diferentes.
• O sistema usa apenas as transições mais abruptas para construir a imagem de refletância.
• Isso permite estimar a cor dos objetos sem ser enganado pelas sombras.
• A capacidade do sistema visual de manter o brilho constante é crucial para distinguir superfícies.

Uma Ilusão de Distância

• O sistema visual "conhece a perspectiva", o que é útil para interpretar imagens 3D mas podem gerar ilusões.
• Figuras planas podem enganar o sistema visual, levando a interpretações de perspectiva incorretas.
• O ângulo de visão é estimado automaticamente em relação ao solo, mas pode ser usado incorretamente.
• As linhas no plano de imagem que parecem ser paralelas ao horizonte convergem para um ponto de fuga, dando a ilusão de profundidade.
• O sistema visual estima a perspectiva, permitindo a "constância de tamanho" dos objetos.
• A constância de tamanho significa que não percebemos que as pessoas ficam menores quando se afastam.
• Existe um mecanismo cerebral que impõe a constância do tamanho dos objetos, eliminando o efeito da perspectiva.

Diferentes Tipos de Sinais

• Os signos têm uma estrutura conium, o que os torna iguais: uma palavra é o mesmo que uma fotografia ou um vestido.
• Todos podem significar algo diferente de si mesmos e, portanto, constituem-se como signos.
• Peirce propôs uma classificação complexa para distinguir a especificidade de cada tipo de signo.
• Os signos são distintos com base na relação entre os significantes (a face perceptível) e o referente (o representado, o objeto) e não o significado.
• Existem três tipos principais de signos: o ícone, o índice e o símbolo.
• O ícone corresponde à classe de signos cujos significantes mantêm uma relação de analogia com o que representam.
• O índice corresponde à classe de signos que mantém uma relação causal de contiguidade física com o que representam.
• O símbolo corresponde à classe de signos que mantém uma relação de convenção com seus referentes.

Sinais

• Os sinais têm um caráter informativo e devem ser obedecidos.
• Os códigos constituintes têm valores precisos.

Semiologia, Semiótica

• A semiologia/semiótica foi fundada por Ferdinand Saussure (1857-1913) e Charles Sanders Peirce (1839-1914).
• Saussure analisou as unidades constitutivas da linguagem: fonemas, morfemas, palavras e signos linguísticos.
• Peirce disse que "um signo possui uma materialidade que percebemos por um ou vários sentidos".
• Um exemplo é que estar pálido é um signo de doença.
• O objetivo é entender o que uma imagem é, o que ela diz e como ela diz.
• Abordar o estudo de certos fenômenos de seu aspecto semiótico é considerar seu modo de produção de significado.
• Para Joly e Martins, o conceito de signo é muito antigo e designa algo que é percebido, ao qual atribuímos significado.
• Os signos são formas visuais capazes de informar e provocar emoções estéticas simultaneamente.
• Os signos possuem um duplo significado, o que eles têm em si mesmos, e o de transmitir informação.
• Para Peirce, um signo significa outra coisa para alguém, devido a uma relação ou qualidade.
• O diagrama de Saussure são significantes (sons) que significam (conceitos).
• A representação triangular de Peirce ilustra a dinâmica do signo como um processo semiótico.

Estudos

• No início do financiamento do cinema, o cinema deixou de ser uma simples curiosidade para se tornar uma empresa lucrativa.
• A partir dos anos 20, o panorama de Hollywood ficou realmente estabelecido, com oito empresas de produção e direção.
• Essas empresas dividiam 90% da atividade cinematográfica americana.
• A Paramount favorecia superproduções, a Warner Brothers filmes sociais, e a MGM focava no sistema de estrelas.
• A RKO produzia filmes históricos e de terror, e a 20th Century Fox se destacava por clássicos de todos os gêneros.
• A Universal investiu em filmes fantásticos e de catástrofe, enquanto a United Artists visava uma relação diferente entre produtores e atores.
• A Columbia Pictures conseguiu competir especializando-se em cinema de espetáculo.
• Hollywood mitificou as estrelas, criando um mundo de luxo e glamuor, antes inacessível ao publico.
• Criadores europeus migraram para Hollywood em massa, pois lá podiam realizar coisas que a Europa não podia oferecer após a Primeira Guerra.
• A indústria americana dominou o mercado com técnica e comercio, e manteve seu império desde a introdução do som.

O Gênero Western

• O western é um gênero típico do cinema norte-americano ambientado na conquista do Velho Oeste.
• Cowboys, xerifes, bandidos e indígenas protagonizam a luta do homem contra o mal.
• O western é uma representação mítica da conquista do Oeste e do nascimento da nação americana.
• Os temas comuns incluem a Guerra Civil americana, lutas com os indígenas, banditismo, e outros.
• O gênero transmite uma mitologia baseada na história americana, no folclore e em canções populares.
• Elementos como roupas, pistolas e o ambiente de pequenas cidades de passagem são comuns.
• As paisagens áridas ou verdes representam a fertilidade e a esperança no país.

O Mito do Cowboy

• O western constrói uma mitologia baseada na realidade histórica, elevando o cowboy a herói.
• O cowboy é o mito do homem livre, capturado em um estado nascente da sociedade, impondo a ordem pela força.

Filme Noir

• O filme noir é caracterizado por sua atmosfera escura, onde personagens questionáveis agem obsessivamente em um caminho trágico.
• O visual destaca a escuridão e o mundo imoral com luz e sombras.
• O termo "Série Noir" vem do francês, usado para livros de autores norte-americanos a partir de 1945.
• As influências do filme noir datam dos anos 30, incluindo o expressionismo alemão e os filmes de gângsteres de Hollywood.
• O filme noir derivou sua estética do expressionismo alemão, com ênfase no design de produção e inovações técnicas.
• O filme noir foi influenciado por diretores e técnicos que imigraram para os Estados Unidos fugindo da Alemanha nazista.
• Muitos diretores vieram da França, onde entraram em contato com o realismo português.
• O realismo focava em ambientaçãos reais e personagens em um contexto social onde o crime tem raízes na opressão.
• A Grande Depressão dos anos 20 preparou o cenário para gângsteres, enquanto Hollywood se inspirava em livros com heróis difíceis.
• Esses mundos foram adaptados para o cinema com restrições de produção, ajudando o filme noir a se enraizar na sociedade americana.
• O mundo imoral do filme noir é caracterizado por escuridão e sombras, criando uma atmosfera misteriosa e visualmente marcante.
• Os cortes de orçamento durante a Segunda Guerra Mundial levaram os diretores de fotografia a usar luz e sombra para "esconder" as baixas produções.
• O período de validade do filme noir é geralmente de 1940 a 1960, com um ressurgimento do Neo Noir nos anos 70.
• Os filmes que sobreviveram são geralmente considerados do gênero, mas difícilmente um filme noir verdadeiro.

O Gênero Musical

• O cinema musical foi estabelecido com o cinema sonoro, transformando a escrita, atuação e exibição de filmes.
• Em 1927, "O Cantor de Jazz" de Alan Crosland revolucionou a indústria, estabelecendo o filme sonoro e destacando o papel da música.
• Durante a transição, os musicais usavam som diegético, ou seja, a fonte sonora era visível no filme (atores/cantores/instrumentos).
• A música tinha o intuíto de trazer realismo, mostrando sua origem na cena.
• Philippe Paraire define o gênero como comédias musicais otimistas dos anos 30-50, com enredos sacrificados em prol dos números musicais.
• Aos poucos, evoluiu para filmes musicais modernos, com enredos mais rigorosos e estudos mais aprofundados.
• A adaptação de novas tecnologias transformou shows em diversas estratégias.
• As pessoas aprenderam o valor do som em contraposição à imagem, transformando o conceito do gênero musical.
• Segundo Rick Altman, a estrutura tradicional desse gênero segue padrões que ajudam a entender sua sintaxe.
• Os personagens principais são um casal cujo relacionamento é influenciado pela sociedade, com um final feliz.
• A encenação varia entre movimento realista e combinação rítmica de dança estimulada pela música.

Comprimento Focal

• O comprimento focal de uma lente é a distância em milímetros entre o ponto principal de sua unidade secundária e seu ponto focal.
• Quanto maior o número, maior a ampliação e menor o campo de visão.
• Quanto maior o número de milímetros de uma lente, menor o ângulo de visão e maior a distância focal da imagem.
• Da mesma forma, quanto menor o número de milímetros da lente, maior o ângulo de visão e menor a distância focal da lente.

Distância Focal e Tipos de Lentes

• As lentes são a alma da câmera e orientam os raios de luz de forma a sensibilizar o filme fotográfico.
• Uma lente (ou objetiva) é composta por três elementos: o corpo, os cristais e o diafragma.
• As lentes de foco automático possuem estruturas que guiam o foco.

Tipos de Lentes

• Tipos de lentes são classificados por sua distância focal, medida em milímetros, que é a distância entre o centro da lente e o filme/sensor.

Lentes Grande Angular (8 a 35mm)

• Elas tem um amplo ângulo de visão, úteis para fotografar em espaços limitados, tirar fotos panorâmicas ou em grupo.
• Causam distorção arredondada nas bordas se muito próximas do objeto.
• Tem uma grande profundidade de campo, mesmo em pequenas aberturas.

Lentes Normais (40 a 60mm)

• Produzem uma imagem próxima da usada pelo olho humano.
• São úteis para arquitetura, paisagens, pessoas e retratos, com pouca distorção.

Teleobjetivas (acima de 80mm)

• Tem um ângulo de visão estreito, ideais para objetos distantes, como esportes e natureza.
• Lentes entre 85 e 135mm são adequadas para retratos, preservando as proporções.
• Elas têm uma profundidade de campo pequena, útil para criar fundos desfocados.
• Lentes de 300, 400 e 600mm são preferidas por fotógrafos de esportes, sendo grandes, pesadas e caras.

Lentes "Zoom"

• Tem uma distância focal variável, permitindo diferentes tipos de enquadramento com a mesma lente.
• Um exemplo é uma lente de 35-105mm, que permite trabalhar com grande angular, normal e teleobjetiva.
• Essas lentes são um pouco mais caras, pesadas e menos brilhantes que as fixas, mas são práticas para o dia a dia.

Macro lentes

• São usadas para microfotografias de objetos muito pequenos, comuns em medicina, ciência e natureza.
• Exigem proximidade do objeto, com pequena profundidade de campo, compensada por aberturas mínimas.
• As distâncias focais são de 50, 100 e 200mm, sendo que quanto maior a distância focal, maior a distância do objeto.
• Uma lente macro ideal para dentistas teria 200mm, permitindo fotografar dentes a uma distância confortável.