Circulação Atmosférica e Oceânica: ENOS

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Questions and Answers

Qual das seguintes opções descreve corretamente o efeito da rotação da Terra na circulação atmosférica?

  • A rotação da Terra aumenta a intensidade das correntes oceânicas.
  • A rotação da Terra não tem influência na circulação atmosférica.
  • A rotação da Terra causa o desvio dos ventos, conhecido como Força de Coriolis. (correct)
  • A rotação da Terra diminui a transferência de calor entre as latitudes.

Qual é o principal mecanismo de transferência de energia entre as baixas e altas latitudes?

  • Fluxos de calor através dos sistemas de ventos e correntes oceânicas. (correct)
  • Transferência de calor latente durante tempestades.
  • Radiação solar direta nas altas latitudes.
  • Condução de calor através da crosta terrestre.

Qual é a principal característica da região equatorial em termos de pressão atmosférica e temperatura?

  • Alta pressão e baixa temperatura.
  • Baixa pressão e alta temperatura. (correct)
  • Baixa pressão e baixa temperatura.
  • Alta pressão e alta temperatura.

Qual das seguintes opções descreve corretamente a relação entre temperatura e pressão atmosférica?

<p>Maior temperatura resulta em menor pressão. (A)</p> Signup and view all the answers

Qual força é responsável por mudar a direção do movimento do ar e das correntes oceânicas devido à rotação da Terra?

<p>Força de Coriolis. (B)</p> Signup and view all the answers

Qual das seguintes opções descreve corretamente a Célula de Hadley?

<p>Circula ar quente e úmido que ascende no equador e desce entre 20° e 35° de latitude. (B)</p> Signup and view all the answers

O que acontece com a massa de ar na Célula de Hadley quando ela se desloca em direção aos polos e começa a subsidir nas latitudes entre 20° e 35°?

<p>A massa de ar se torna mais densa e seca. (C)</p> Signup and view all the answers

Qual é a principal característica dos ventos de superfície nas latitudes médias devido à Força de Coriolis?

<p>São predominantemente de oeste. (B)</p> Signup and view all the answers

Qual é a principal característica da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)?

<p>Área de elevação de ar quente e úmido, formando nuvens e chuvas convectivas. (B)</p> Signup and view all the answers

O que ocorre na Zona de Convergência Extratropical (ZCET)?

<p>A ZCET é uma região onde o ar quente e úmido encontra o ar frio e seco polar, formando sistemas frontais. (C)</p> Signup and view all the answers

Como as diferenças de pressão e circulação afetam a atmosfera?

<p>A atmosfera é mais expandida no equador e contraída nos polos. (B)</p> Signup and view all the answers

Qual é a principal característica dos ventos polares de leste?

<p>São formados pela força de Coriolis que desvia a subsidência de ar próximo aos polos. (D)</p> Signup and view all the answers

O que são os jatos subtropicais e polares?

<p>São correntes de ar de alta velocidade que se formam em altos níveis da atmosfera. (B)</p> Signup and view all the answers

Qual é a principal diferença entre o modelo teórico da circulação geral da atmosfera e o que realmente ocorre?

<p>O modelo teórico não considera a influência dos continentes e oceanos na distribuição de pressão. (C)</p> Signup and view all the answers

O que são anticiclones e ciclones, e qual é a relação entre eles e a pressão atmosférica?

<p>Anticiclones são áreas de alta pressão e ciclones são áreas de baixa pressão. (C)</p> Signup and view all the answers

Quais são as características das altas subtropicais em termos de intensidade e extensão durante o inverno no Hemisfério Sul?

<p>Mais intensas e se estendem aos continentes. (B)</p> Signup and view all the answers

Qual é o papel do oceano na distribuição de calor global?

<p>O oceano transporta calor de regiões mais quentes para regiões mais frias. (C)</p> Signup and view all the answers

Qual é a principal diferença entre a circulação oceânica gerada pelo vento e a circulação termohalina?

<p>A circulação gerada pelo vento é principalmente superficial, enquanto a termohalina é dirigida por diferenças de densidade da água. (A)</p> Signup and view all the answers

O que é a circulação termohalina e qual é a sua importância?

<p>É uma circulação oceânica profunda resultante de variações na densidade da água, que ajuda a redistribuir o calor globalmente. (A)</p> Signup and view all the answers

Quais fatores podem alterar a densidade da água do mar e influenciar a circulação termohalina?

<p>A quantidade de sal e a temperatura da água. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual é a relação entre a latitude e a contribuição relativa do oceano e da atmosfera no transporte de calor?

<p>A atmosfera contribui mais nas altas latitudes, enquanto o oceano contribui mais nas regiões tropicais. (D)</p> Signup and view all the answers

O que representa o fluxo de calor líquido na superfície horizontal do oceano (QT)?

<p>O balanço entre a radiação, os fluxos de calor sensível e latente, e a advecção de calor no oceano. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual das seguintes opções descreve corretamente uma interação entre o oceano e a atmosfera?

<p>O oceano serve como um reservatório de calor e umidade para a atmosfera. (A)</p> Signup and view all the answers

Como as anomalias de temperatura na superfície do mar (TSM) podem afetar a pressão atmosférica?

<p>As anomalias de TSM podem gerar anomalias de pressão atmosférica. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual das seguintes opções descreve corretamente o fenômeno ENOS (El Niño Oscilação Sul)?

<p>O ENOS é uma interação entre o oceano e a atmosfera que causa variabilidade climática global. (C)</p> Signup and view all the answers

Em relação ao ENOS, qual é a principal característica do fenômeno La Niña?

<p>Resfriamento anormal das águas do Pacífico equatorial. (C)</p> Signup and view all the answers

Durante condições normais no Pacífico Equatorial, como os ventos alísios contribuem para a distribuição de temperatura da água?

<p>Empilhando água quente no oeste e causando ressurgência de águas frias no leste. (A)</p> Signup and view all the answers

O que acontece com a célula de circulação de Walker durante um evento de El Niño?

<p>A célula de Walker fica bipartida ou enfraquecida. (B)</p> Signup and view all the answers

Qual é o impacto da La Niña nas condições normais do oceano Pacífico?

<p>As condições normais se intensificam. (B)</p> Signup and view all the answers

Durante um evento de El Niño, qual é o impacto mais comum nas chuvas no sul do Brasil?

<p>As chuvas aumentam significativamente. (D)</p> Signup and view all the answers

Qual é o efeito típico da La Niña no Nordeste do Brasil?

<p>Aumento das chuvas. (B)</p> Signup and view all the answers

O que o Índice de Oscilação Sul (IOS) mede?

<p>A diferença normalizada na pressão atmosférica entre Tahiti e Darwin. (B)</p> Signup and view all the answers

O que indica um valor negativo no Índice de Oscilação Sul (IOS)?

<p>Condições de El Niño. (C)</p> Signup and view all the answers

O que é o Índice Niño(a) Oceânico (ONI)?

<p>É a média móvel de 3 meses das anomalias da temperatura da superfície do mar na região do Niño 3.4. (C)</p> Signup and view all the answers

Quais são considerados os limites das condições de El Niño, e La Niña (segundo o ONI)?

<p>+/- 0.5 (A)</p> Signup and view all the answers

Qual das opções é uma característica do monitoramento do ENOS (El Niño Oscilação do Sul)?

<p>Persistência de anomalias negativas de TSM (superfície do mar) sobre o Pacífico equatorial e anomalias positivas nas últimas semanas na região Niño 1+2. (B)</p> Signup and view all the answers

Flashcards

Sistema Oceano-Atmosfera

O sistema oceano-atmosfera está sujeito à radiação solar, gerando movimentos contínuos afetados pela rotação da Terra.

Aceleração da Gravidade

Responsável principal pela pressão atmosférica.

Flutuação Térmica

Contribui para a variação da pressão atmosférica; maior (menor) temperatura resulta em menor (maior) pressão.

Gradiente Horizontal de Pressão

Responsável pelo movimento da atmosfera de uma região para outra.

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Atrito

Responsável pela desaceleração do movimento.

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Força de Coriolis

Causa a mudança na direção do movimento devido à rotação da Terra, desviando para a esquerda no HS e direita no HN.

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Célula de Hadley

Circulação para o equador em superfície e para os pólos em nível superior, influenciada pela liberação de calor latente.

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Célula de Ferrel

Circulação para os pólos em superfície e para o equador em altos níveis, com movimento descendente nas latitudes subtropicais.

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Célula Polar

Pouco conhecida; subsidência próxima dos polos produz uma corrente superficial desviada pela força de Coriolis.

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Zona de Convergência Extratropical (ZCET)

Encontro do ar frio e seco (polar) com o ar quente e úmido, formando sistemas frontais.

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Baixas Pressões

Regiões de convergência e ascensão.

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Altas Pressões

Regiões de subsidência e divergência.

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Advecção (de calor)

O calor transportado pelas correntes oceânicas.

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Interação Oceano-Atmosfera

Processos de troca de massa e energia na interface oceano-atmosfera.

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El Niño Oscilação Sul (ENOS)

Principal fonte de variabilidade do clima no planeta, caracterizado pela interação oceano-atmosfera.

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El Niño

Fase quente do ENOS, com águas superficiais do Pacífico equatorial mais quentes.

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La Niña

Fase fria do ENOS, com águas superficiais do Pacífico equatorial mais frias.

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El Niño: Ventos

Enfraquecimento ou mudança de sentido dos ventos alísios.

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La Niña: Ventos

Intensificação das condições normais com ventos alísios mais intensos.

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El Niño no Brasil

As chuvas tendem a aumentar sobre ao sul do Brasil entre o inverno e o verão.

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La Niña no Brasil

As chuvas são reduzidas na primavera e início do verão sobre o sul do Brasil.

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Índice de Oscilação Sul (IOS)

Diferença normalizada entre a pressão atmosférica medida no Tahiti e em Darwin.

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Índice Niño(a) Oceânico (ONI)

A média móvel de 3 meses das anomalias da temperatura da superfície do mar.

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Índice Multivariado ENOS (MEI)

Considera pressão, componentes meridional e zonal do vento, temperatura da superfície do mar, temperatura do ar e cobertura de nuvens.

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Condição ENSO

Episódios quentes (El Niño) ou frios (La Niña) do índice ENOS persistindo por 3 meses centrados na médias.

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Study Notes

  • A apresentação aborda:
    • Circulação geral da atmosfera e dos oceanos.
    • Interação oceano-atmosfera.
    • El Niño – Oscilação Sul (ENOS).

Circulação Global

  • O sistema oceano-atmosfera está sujeito à radiação solar, que incide diferencialmente sobre a Terra, gerando movimentos contínuos de fluidos, afetados pela rotação da Terra.
  • Para reduzir o aquecimento diferencial entre baixas e altas latitudes, ocorrem mecanismos de transferência de energia, como ventos atmosféricos, correntes oceânicas superficiais e circulação profunda.

Nomes Aplicados a Diferentes Regiões do Globo:

  • 0°-30°: Latitudes baixas (Equatorial ou Tropical).
  • 30°-60°: Latitudes médias (Subtropical e Subpolar).
  • 60°-90°: Latitudes altas (Região Polar).
  • A mesma classificação se aplica para ambos os hemisférios.

Circulação Atmosférica Idealizada (Terra sem Rotação)

  • A circulação atmosférica idealizada mostra um padrão simples com ar quente ascendendo no equador e fluindo para os polos, onde esfria e retorna para o equador.

Circulação Geral da Atmosfera - Forças Primárias

  • Aceleração da Gravidade: Principal responsável pela pressão atmosférica.
  • Flutuação Térmica: Contribui para a variação da pressão atmosférica, onde maior (menor) temperatura resulta em menor (maior) pressão.
  • Gradiente Horizontal de Pressão: Responsável pelo movimento da atmosfera de uma região para outra.

Circulação Geral da Atmosfera - Forças Secundárias

  • Atrito: Responsável pela desaceleração do movimento.
  • Força de Coriolis: Causa mudança na direção do movimento devido à rotação da Terra, desviando para a esquerda no Hemisfério Sul (HS) e para a direita no Hemisfério Norte (HN).

Circulação Geral da Atmosfera - Células de Circulação

  • A circulação geral da atmosfera é composta por três células principais: Hadley, Ferrel e Polar.
  • Os movimentos ocorrem em resposta à diferença de pressão entre duas regiões.

Célula de Hadley

  • Localização: Entre o equador e aproximadamente 30° de latitude.
  • A circulação ocorre para o equador na superfície e para os polos em nível superior.
  • O ar quente ascendente no equador libera calor latente formando nuvens profundas, alimentando a célula.
  • Quando a circulação se dirige para os polos, o ar começa a subsidir entre 20° e 35° de latitude devido ao resfriamento e ao aumento da força de Coriolis, desviando os ventos.
  • Caracteriza-se pela subsidência de ar mais denso e seco e pela convergência em altitude.
  • A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é onde ocorre a elevação do ar quente e úmido, formando nuvens e chuvas convectivas.

Célula de Ferrel

  • Localização: Entre 30° e 60° de latitude.
  • A circulação direciona-se para os polos na superfície e para o equador em altos níveis.
  • Há movimento descendente na fronteira entre as latitudes subtropicais e latitudes médias (aquecimento), e ascendente na latitude subpolar.
  • Devido à força de Coriolis, os ventos de superfície são de oeste em latitudes médias.

Célula Polar

  • É a célula menos conhecida.
  • A subsidência próxima aos polos produz uma corrente superficial para o equador, desviada pela força de Coriolis, formando os ventos polares de leste.
  • Região de frente polar: Encontro de ventos polares frios com ventos quentes de latitudes médias.
  • As diferenças de pressão e circulação resultam em uma atmosfera mais expandida no equador e contraída nos polos.
  • Zona de convergência extra-tropical (ZCET): Encontro do ar frio e seco (polar) com o ar quente e úmido, formando sistemas frontais.

Circulação Geral da Atmosfera - Ventos de Superfície

  • Apresenta os ventos de oeste e alísios, além da frente polar.

Circulação Geral da Atmosfera - Ventos em Altos Níveis

  • Devido à conservação do momento angular, formam-se correntes de jatos em altos níveis que são ventos fortes de oeste.
  • Jato Subtropical: Ramo descendente da célula de Hadley, associado a altas pressões.
  • Jato Polar: Localizado na região das frentes polares.

Circulação Geral da Atmosfera - Realidade vs. Modelo Teórico

  • O modelo teórico da circulação geral da atmosfera é comparado com a realidade, mostrando uma "quebra" na distribuição zonal devido à distribuição dos continentes-oceanos.
  • A única distribuição zonal de pressão consistente é a baixa subpolar no Hemisfério Sul, onde o oceano é contínuo.
  • O escoamento associado à Alta Subtropical dá origem aos alísios nas latitudes tropicais, cuja convergência suporta a formação da ZCIT.
  • Ventos de oeste divergem das altas pressões em latitudes altas e convergem com os ventos polares, formando a ZCET na zona de frente polar.

Ciclones e Anticiclones

  • Altas e baixas pressões estão associadas a anticiclones e ciclones, respectivamente.
  • Ciclones e anticiclones formados na atmosfera são responsáveis pela mudança na direção dos ventos predominantes.
  • Ciclones: Centros de baixa pressão onde os ventos convergem e são desviados pela força de Coriolis (direita no HN, esquerda no HS).
  • Anticiclones: Centros de alta pressão onde os ventos divergem e são desviados pela força de Coriolis (direita no HN, esquerda no HS).

Variações Sazonais dos Centros de Pressão

  • Algumas células de pressão são configurações permanentes, como as altas subtropicais (janeiro e julho) sobre os oceanos.
  • Outras são sazonais, como a baixa no sudoeste dos EUA (julho) ou a baixa no Brasil central (janeiro).
  • A variação sazonal é mais evidente no HN, com pouca variação de pressão do inverno para o verão no HS.
  • As altas subtropicais têm deslocamentos sazonais que acompanham a incidência vertical dos raios solares.
  • No HS, as altas pressões subtropicais no inverno apresentam centros mais intensos e estendem-se aos continentes, com destaque para a Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS).
  • As altas subtropicais geralmente estão situadas mais para leste dos oceanos, afetando os climas na costa oeste dos continentes.
  • A circulação da ASAS afeta a faixa SE do Brasil.

Circulação Oceânica

  • O oceano transporta calor de regiões mais quentes para regiões mais frias através de correntes e da circulação termohalina.
  • A contribuição dos oceanos para o transporte de calor é maior nas regiões tropicais e a da atmosfera é maior nas latitudes mais altas.
  • Os processos de troca de massa e energia na interface oceano-atmosfera são fundamentais para as circulações atmosféricas e oceânicas.
  • O vento em superfície transfere energia para o oceano gerando ondas e correntes marítimas.
  • A energia solar causa variações na temperatura, induzindo transferência de calor.
  • Variações na salinidade também afetam a energia por evaporação, precipitação, congelamento e degelo.
  • A circulação oceânica é dirigida por dois processos:
    • Circulação geradas pelo vento, associadas aos padrões de distribuição de ventos globais que formam os giros oceânicos em escalas de bacias, que são as Correntes Oceânicas.
    • a diferenças de densidade da água do mar, que depende da temperatura e quantidade de sal (Circulação Termohalina).
  • As correntes oceânicas redistribuem calor, transportando o calor armazenado nos trópicos em direção aos polos.

Circulação Termohalina Global

  • É o movimento da água produzido quando a densidade é alterada.
  • A circulação se inicia por um fluxo vertical impulsionado pelas águas mais densas atingindo profundidade intermediária ou o fundo do oceano seguindo horizontalmenetal.
  • A densidade é alterada por variações de temperatura (mais frio = mais denso) e salinidade (mais sal = mais denso), influenciada por evaporação, congelamento, precipitação e degelo.
  • As correntes superficiais e profundas são responsáveis pela distribuição de calor nos oceanos, afetando o planeta.

Balanço de Calor no Oceano

  • Variações na quantidade de calor armazenada nas camadas superiores do oceano resultam em um desequilíbrio entre a entrada e a saída de calor na superfície do mar.
  • O calor transportado pelas correntes oceânicas é chamado de advecção de calor.
  • A transferência de calor através da superfície é chamada de fluxo de calor.
  • O fluxo de calor em camadas mais profundas é bem menor do que na superfície.
  • Globalmente, o somatório de todos os fluxos de calor no oceano deve ser zero; caso contrário, os oceanos podem aquecer ou resfriar continuamente.
  • O fluxo de calor líquido na superfície horizontal (QT) é calculado como QT = QRC - QRL - QS - QL + QA [watts/m²]:
    • QRC: Radiação de Ondas Curtas (absorvida).
    • QRL: Radiação de Ondas Longas (emitida).
    • QS: Fluxo de Calor Sensível (condução).
    • QL: Fluxo de Calor Latente (evaporação).
    • QA: Advecção (correntes), compensando diferenças de calor entre regiões tropicais e latitudes maiores.

Interação Oceano-Atmosfera

  • Ventos atmosféricos forçam os movimentos no oceano.
  • Chuvas excessivas alteram a salinidade do oceano.
  • O oceano é um reservatório de calor e umidade, transportados para a atmosfera por evaporação.
  • Há troca de calor sensível na interface entre esses meios.
  • Anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) podem gerar anomalias de pressão atmosférica (e vice-versa).
  • Os ventos respondem às diferenças de TSM e pressão.

El Niño Oscilação Sul (ENOS)

  • O ENOS é uma das principais fontes de variabilidade climática, caracterizado pela interação oceano-atmosfera.
  • Inclui o El Niño (componente oceânica) e a Oscilação Sul (componente atmosférica).
  • O El Niño, fase quente do ENOS, ocorre quando as águas superficiais do Pacífico equatorial ficam mais quentes que o normal por um período prolongado.
  • La Niña é a fase fria do ENOS, ocorrendo quando as águas superficiais do Pacífico equatorial ficam mais frias que o normal por um período prolongado.
  • Possui variabilidade interanual.

Condições Normais no Pacífico Equatorial

  • Ventos alísios sopram de leste para oeste, acumulando água no oeste do oceano (próximo da Austrália).
  • Esse deslocamento favorece a ressurgência de águas frias no leste e o acúmulo de águas quentes no oeste.
  • Uma variação na pressão atmosférica acompanha o gradiente de temperatura, com pressão mais baixa nas áreas mais quentes.
  • Há grande evaporação, formação de nuvens e chuvas no oeste do oceano e condições secas no leste.
  • A célula de circulação de Walker se forma com o ar subindo no oeste, deslocando-se para leste em altitude e descendo no Pacífico leste.

El Niño - Condições Atuais

  • Os ventos alísios enfraquecem ou mudam de sentido.
  • As águas mais aquecidas atingem todo o oceano, e o leste do oceano fica mais quente que o normal.
  • A região de formação de nuvens se desloca para o Pacífico Equatorial Central, e a célula de Walker fica bipartida.
  • O ramo descendente da célula tende a inibir as chuvas.
  • A termoclina fica mais aprofundada junto à costa oeste da América do Sul devido ao enfraquecimento dos ventos alísios.

La Niña - Condições Atuais

  • Condições normais são intensificadas.
  • Ventos alísios ficam mais intensos, acumulando mais águas quentes no Pacífico Equatorial Oeste e aumentando o desnível em relação à faixa leste.
  • Ressurgência de águas frias aumenta junto à costa oeste da América do Sul.
  • A célula de Walker fica mais alongada que o normal, com chuvas concentradas no Pacífico Equatorial Ocidental.
  • Os movimentos descendentes da célula de Walker no Pacífico Equatorial Oriental ficam mais intensos, inibindo a formação de nuvens de chuva.

Circulação de Walker Generalizada

  • Em anos normais, a circulação de Walker apresenta um padrão definido com ascensão no Pacífico Oeste e subsidência no Pacífico Leste.
  • Durante o El Niño, a circulação de Walker é enfraquecida ou invertida.
  • Durante La Niña, a circulação de Walker é intensificada.

Impactos do El Niño

  • Causa seca no Sudeste Asiático e Austrália.
  • Causa chuvas fortes no oeste da América do Sul.
  • Afeta os padrões de temperatura globalmente, causando temperaturas mais altas.

Impactos da La Niña

  • intensifica chuvas no sudeste asiático, Austrália e partes do Brasil.
  • Seca no Chifre da Africa.
  • Temperaturas globais médias podem ser mais baixas

Impactos do El Niño no Brasil

  • As chuvas tendem a ser mais abundantes sobre o Sul do Brasil entre o inverno e o verão, especialmente na primavera.
  • O excesso de chuvas pode atingir áreas até o sul do Mato Grosso do Sul.
  • Ocorrem chuvas abaixo da média no Nordeste e Norte do país durante o período chuvoso.
  • Temperaturas tendem a ser mais altas no Sul e Sudeste.

Impactos da La Niña no Brasil

  • Chuvas são reduzidas na primavera e início do verão sobre o Sul do Brasil.
  • Temperatura tende a ser mais baixa do que o normal durante o ano, principalmente em outubro e novembro.
  • Condições climáticas são favoráveis a chuvas no Nordeste e leste da região Norte.

Monitoramento do ENOS

  • O Índice de Oscilação Sul (IOS) mede a diferença normalizada entre a pressão atmosférica no Tahiti e em Darwin.
    • IOS < 0: El Niño
    • IOS > 0: La Niña

Índice Niño(a) Oceânico (ONI)

  • Obtido pela média móvel de 3 meses das anomalias da temperatura da superfície do mar na região do Niño 3.4 (Pacífico central-leste).
  • Condições de El Niño e La Niña são consideradas a partir dos limites de +/- 0,5, respectivamente, da média móvel de 3 meses de anomalias ERSST.v5 SST na região Nino 3.4 (5N-5S, 120-170W).
  • Histórico de El Niño e La Niña baseado no Índice Multivariado ENOS (MEI), considerando pressão, vento, temperatura da superfície do mar, temperatura do ar e cobertura de nuvens através de análise estatística multivariada.

Índice ENOS Multivariado (MEI)

  • Episódios quentes (El Niño) ou frios (La Niña) são definidos a partir dos limites de +/- 0.5, respectivamente, do índice ENOS persistindo por 3 meses centrados na média móvel trimestral.

Intensidade dos Eventos El Niño e La Niña

  • Classificação baseada na média móvel de 3 meses:
    • Fracos: 0,5 a 0,9.
    • Moderados: 1,0 a 1,4.
    • Fortes: 1,5 a 1,9.
    • Muito Fortes: ≥ 2,0.

El Niño forte 2023-2024

  • Os modelos preveem a transição da La Niña para a fase neutra entre março-maio/2025.
  • Em 2025, foi constatada a persistência de anomalias negativas de TSM sobre o Pacífico central equatorial e anomalias positivas na região Niño 1+2.

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