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Questions and Answers
Qual das seguintes opções descreve corretamente o efeito da rotação da Terra na circulação atmosférica?
Qual das seguintes opções descreve corretamente o efeito da rotação da Terra na circulação atmosférica?
- A rotação da Terra aumenta a intensidade das correntes oceânicas.
- A rotação da Terra não tem influência na circulação atmosférica.
- A rotação da Terra causa o desvio dos ventos, conhecido como Força de Coriolis. (correct)
- A rotação da Terra diminui a transferência de calor entre as latitudes.
Qual é o principal mecanismo de transferência de energia entre as baixas e altas latitudes?
Qual é o principal mecanismo de transferência de energia entre as baixas e altas latitudes?
- Fluxos de calor através dos sistemas de ventos e correntes oceânicas. (correct)
- Transferência de calor latente durante tempestades.
- Radiação solar direta nas altas latitudes.
- Condução de calor através da crosta terrestre.
Qual é a principal característica da região equatorial em termos de pressão atmosférica e temperatura?
Qual é a principal característica da região equatorial em termos de pressão atmosférica e temperatura?
- Alta pressão e baixa temperatura.
- Baixa pressão e alta temperatura. (correct)
- Baixa pressão e baixa temperatura.
- Alta pressão e alta temperatura.
Qual das seguintes opções descreve corretamente a relação entre temperatura e pressão atmosférica?
Qual das seguintes opções descreve corretamente a relação entre temperatura e pressão atmosférica?
Qual força é responsável por mudar a direção do movimento do ar e das correntes oceânicas devido à rotação da Terra?
Qual força é responsável por mudar a direção do movimento do ar e das correntes oceânicas devido à rotação da Terra?
Qual das seguintes opções descreve corretamente a Célula de Hadley?
Qual das seguintes opções descreve corretamente a Célula de Hadley?
O que acontece com a massa de ar na Célula de Hadley quando ela se desloca em direção aos polos e começa a subsidir nas latitudes entre 20° e 35°?
O que acontece com a massa de ar na Célula de Hadley quando ela se desloca em direção aos polos e começa a subsidir nas latitudes entre 20° e 35°?
Qual é a principal característica dos ventos de superfície nas latitudes médias devido à Força de Coriolis?
Qual é a principal característica dos ventos de superfície nas latitudes médias devido à Força de Coriolis?
Qual é a principal característica da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)?
Qual é a principal característica da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)?
O que ocorre na Zona de Convergência Extratropical (ZCET)?
O que ocorre na Zona de Convergência Extratropical (ZCET)?
Como as diferenças de pressão e circulação afetam a atmosfera?
Como as diferenças de pressão e circulação afetam a atmosfera?
Qual é a principal característica dos ventos polares de leste?
Qual é a principal característica dos ventos polares de leste?
O que são os jatos subtropicais e polares?
O que são os jatos subtropicais e polares?
Qual é a principal diferença entre o modelo teórico da circulação geral da atmosfera e o que realmente ocorre?
Qual é a principal diferença entre o modelo teórico da circulação geral da atmosfera e o que realmente ocorre?
O que são anticiclones e ciclones, e qual é a relação entre eles e a pressão atmosférica?
O que são anticiclones e ciclones, e qual é a relação entre eles e a pressão atmosférica?
Quais são as características das altas subtropicais em termos de intensidade e extensão durante o inverno no Hemisfério Sul?
Quais são as características das altas subtropicais em termos de intensidade e extensão durante o inverno no Hemisfério Sul?
Qual é o papel do oceano na distribuição de calor global?
Qual é o papel do oceano na distribuição de calor global?
Qual é a principal diferença entre a circulação oceânica gerada pelo vento e a circulação termohalina?
Qual é a principal diferença entre a circulação oceânica gerada pelo vento e a circulação termohalina?
O que é a circulação termohalina e qual é a sua importância?
O que é a circulação termohalina e qual é a sua importância?
Quais fatores podem alterar a densidade da água do mar e influenciar a circulação termohalina?
Quais fatores podem alterar a densidade da água do mar e influenciar a circulação termohalina?
Qual é a relação entre a latitude e a contribuição relativa do oceano e da atmosfera no transporte de calor?
Qual é a relação entre a latitude e a contribuição relativa do oceano e da atmosfera no transporte de calor?
O que representa o fluxo de calor líquido na superfície horizontal do oceano (QT)?
O que representa o fluxo de calor líquido na superfície horizontal do oceano (QT)?
Qual das seguintes opções descreve corretamente uma interação entre o oceano e a atmosfera?
Qual das seguintes opções descreve corretamente uma interação entre o oceano e a atmosfera?
Como as anomalias de temperatura na superfície do mar (TSM) podem afetar a pressão atmosférica?
Como as anomalias de temperatura na superfície do mar (TSM) podem afetar a pressão atmosférica?
Qual das seguintes opções descreve corretamente o fenômeno ENOS (El Niño Oscilação Sul)?
Qual das seguintes opções descreve corretamente o fenômeno ENOS (El Niño Oscilação Sul)?
Em relação ao ENOS, qual é a principal característica do fenômeno La Niña?
Em relação ao ENOS, qual é a principal característica do fenômeno La Niña?
Durante condições normais no Pacífico Equatorial, como os ventos alísios contribuem para a distribuição de temperatura da água?
Durante condições normais no Pacífico Equatorial, como os ventos alísios contribuem para a distribuição de temperatura da água?
O que acontece com a célula de circulação de Walker durante um evento de El Niño?
O que acontece com a célula de circulação de Walker durante um evento de El Niño?
Qual é o impacto da La Niña nas condições normais do oceano Pacífico?
Qual é o impacto da La Niña nas condições normais do oceano Pacífico?
Durante um evento de El Niño, qual é o impacto mais comum nas chuvas no sul do Brasil?
Durante um evento de El Niño, qual é o impacto mais comum nas chuvas no sul do Brasil?
Qual é o efeito típico da La Niña no Nordeste do Brasil?
Qual é o efeito típico da La Niña no Nordeste do Brasil?
O que o Índice de Oscilação Sul (IOS) mede?
O que o Índice de Oscilação Sul (IOS) mede?
O que indica um valor negativo no Índice de Oscilação Sul (IOS)?
O que indica um valor negativo no Índice de Oscilação Sul (IOS)?
O que é o Índice Niño(a) Oceânico (ONI)?
O que é o Índice Niño(a) Oceânico (ONI)?
Quais são considerados os limites das condições de El Niño, e La Niña (segundo o ONI)?
Quais são considerados os limites das condições de El Niño, e La Niña (segundo o ONI)?
Qual das opções é uma característica do monitoramento do ENOS (El Niño Oscilação do Sul)?
Qual das opções é uma característica do monitoramento do ENOS (El Niño Oscilação do Sul)?
Flashcards
Sistema Oceano-Atmosfera
Sistema Oceano-Atmosfera
O sistema oceano-atmosfera está sujeito à radiação solar, gerando movimentos contínuos afetados pela rotação da Terra.
Aceleração da Gravidade
Aceleração da Gravidade
Responsável principal pela pressão atmosférica.
Flutuação Térmica
Flutuação Térmica
Contribui para a variação da pressão atmosférica; maior (menor) temperatura resulta em menor (maior) pressão.
Gradiente Horizontal de Pressão
Gradiente Horizontal de Pressão
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Atrito
Atrito
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Força de Coriolis
Força de Coriolis
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Célula de Hadley
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Célula de Ferrel
Célula de Ferrel
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Célula Polar
Célula Polar
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Zona de Convergência Extratropical (ZCET)
Zona de Convergência Extratropical (ZCET)
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Baixas Pressões
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Altas Pressões
Altas Pressões
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Advecção (de calor)
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Interação Oceano-Atmosfera
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El Niño Oscilação Sul (ENOS)
El Niño Oscilação Sul (ENOS)
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El Niño
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La Niña
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El Niño: Ventos
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La Niña: Ventos
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El Niño no Brasil
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La Niña no Brasil
La Niña no Brasil
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Índice de Oscilação Sul (IOS)
Índice de Oscilação Sul (IOS)
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Índice Niño(a) Oceânico (ONI)
Índice Niño(a) Oceânico (ONI)
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Índice Multivariado ENOS (MEI)
Índice Multivariado ENOS (MEI)
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Condição ENSO
Condição ENSO
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Study Notes
- A apresentação aborda:
- Circulação geral da atmosfera e dos oceanos.
- Interação oceano-atmosfera.
- El Niño – Oscilação Sul (ENOS).
Circulação Global
- O sistema oceano-atmosfera está sujeito à radiação solar, que incide diferencialmente sobre a Terra, gerando movimentos contínuos de fluidos, afetados pela rotação da Terra.
- Para reduzir o aquecimento diferencial entre baixas e altas latitudes, ocorrem mecanismos de transferência de energia, como ventos atmosféricos, correntes oceânicas superficiais e circulação profunda.
Nomes Aplicados a Diferentes Regiões do Globo:
- 0°-30°: Latitudes baixas (Equatorial ou Tropical).
- 30°-60°: Latitudes médias (Subtropical e Subpolar).
- 60°-90°: Latitudes altas (Região Polar).
- A mesma classificação se aplica para ambos os hemisférios.
Circulação Atmosférica Idealizada (Terra sem Rotação)
- A circulação atmosférica idealizada mostra um padrão simples com ar quente ascendendo no equador e fluindo para os polos, onde esfria e retorna para o equador.
Circulação Geral da Atmosfera - Forças Primárias
- Aceleração da Gravidade: Principal responsável pela pressão atmosférica.
- Flutuação Térmica: Contribui para a variação da pressão atmosférica, onde maior (menor) temperatura resulta em menor (maior) pressão.
- Gradiente Horizontal de Pressão: Responsável pelo movimento da atmosfera de uma região para outra.
Circulação Geral da Atmosfera - Forças Secundárias
- Atrito: Responsável pela desaceleração do movimento.
- Força de Coriolis: Causa mudança na direção do movimento devido à rotação da Terra, desviando para a esquerda no Hemisfério Sul (HS) e para a direita no Hemisfério Norte (HN).
Circulação Geral da Atmosfera - Células de Circulação
- A circulação geral da atmosfera é composta por três células principais: Hadley, Ferrel e Polar.
- Os movimentos ocorrem em resposta à diferença de pressão entre duas regiões.
Célula de Hadley
- Localização: Entre o equador e aproximadamente 30° de latitude.
- A circulação ocorre para o equador na superfície e para os polos em nível superior.
- O ar quente ascendente no equador libera calor latente formando nuvens profundas, alimentando a célula.
- Quando a circulação se dirige para os polos, o ar começa a subsidir entre 20° e 35° de latitude devido ao resfriamento e ao aumento da força de Coriolis, desviando os ventos.
- Caracteriza-se pela subsidência de ar mais denso e seco e pela convergência em altitude.
- A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é onde ocorre a elevação do ar quente e úmido, formando nuvens e chuvas convectivas.
Célula de Ferrel
- Localização: Entre 30° e 60° de latitude.
- A circulação direciona-se para os polos na superfície e para o equador em altos níveis.
- Há movimento descendente na fronteira entre as latitudes subtropicais e latitudes médias (aquecimento), e ascendente na latitude subpolar.
- Devido à força de Coriolis, os ventos de superfície são de oeste em latitudes médias.
Célula Polar
- É a célula menos conhecida.
- A subsidência próxima aos polos produz uma corrente superficial para o equador, desviada pela força de Coriolis, formando os ventos polares de leste.
- Região de frente polar: Encontro de ventos polares frios com ventos quentes de latitudes médias.
- As diferenças de pressão e circulação resultam em uma atmosfera mais expandida no equador e contraída nos polos.
- Zona de convergência extra-tropical (ZCET): Encontro do ar frio e seco (polar) com o ar quente e úmido, formando sistemas frontais.
Circulação Geral da Atmosfera - Ventos de Superfície
- Apresenta os ventos de oeste e alísios, além da frente polar.
Circulação Geral da Atmosfera - Ventos em Altos Níveis
- Devido à conservação do momento angular, formam-se correntes de jatos em altos níveis que são ventos fortes de oeste.
- Jato Subtropical: Ramo descendente da célula de Hadley, associado a altas pressões.
- Jato Polar: Localizado na região das frentes polares.
Circulação Geral da Atmosfera - Realidade vs. Modelo Teórico
- O modelo teórico da circulação geral da atmosfera é comparado com a realidade, mostrando uma "quebra" na distribuição zonal devido à distribuição dos continentes-oceanos.
- A única distribuição zonal de pressão consistente é a baixa subpolar no Hemisfério Sul, onde o oceano é contínuo.
- O escoamento associado à Alta Subtropical dá origem aos alísios nas latitudes tropicais, cuja convergência suporta a formação da ZCIT.
- Ventos de oeste divergem das altas pressões em latitudes altas e convergem com os ventos polares, formando a ZCET na zona de frente polar.
Ciclones e Anticiclones
- Altas e baixas pressões estão associadas a anticiclones e ciclones, respectivamente.
- Ciclones e anticiclones formados na atmosfera são responsáveis pela mudança na direção dos ventos predominantes.
- Ciclones: Centros de baixa pressão onde os ventos convergem e são desviados pela força de Coriolis (direita no HN, esquerda no HS).
- Anticiclones: Centros de alta pressão onde os ventos divergem e são desviados pela força de Coriolis (direita no HN, esquerda no HS).
Variações Sazonais dos Centros de Pressão
- Algumas células de pressão são configurações permanentes, como as altas subtropicais (janeiro e julho) sobre os oceanos.
- Outras são sazonais, como a baixa no sudoeste dos EUA (julho) ou a baixa no Brasil central (janeiro).
- A variação sazonal é mais evidente no HN, com pouca variação de pressão do inverno para o verão no HS.
- As altas subtropicais têm deslocamentos sazonais que acompanham a incidência vertical dos raios solares.
- No HS, as altas pressões subtropicais no inverno apresentam centros mais intensos e estendem-se aos continentes, com destaque para a Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS).
- As altas subtropicais geralmente estão situadas mais para leste dos oceanos, afetando os climas na costa oeste dos continentes.
- A circulação da ASAS afeta a faixa SE do Brasil.
Circulação Oceânica
- O oceano transporta calor de regiões mais quentes para regiões mais frias através de correntes e da circulação termohalina.
- A contribuição dos oceanos para o transporte de calor é maior nas regiões tropicais e a da atmosfera é maior nas latitudes mais altas.
- Os processos de troca de massa e energia na interface oceano-atmosfera são fundamentais para as circulações atmosféricas e oceânicas.
- O vento em superfície transfere energia para o oceano gerando ondas e correntes marítimas.
- A energia solar causa variações na temperatura, induzindo transferência de calor.
- Variações na salinidade também afetam a energia por evaporação, precipitação, congelamento e degelo.
- A circulação oceânica é dirigida por dois processos:
- Circulação geradas pelo vento, associadas aos padrões de distribuição de ventos globais que formam os giros oceânicos em escalas de bacias, que são as Correntes Oceânicas.
- a diferenças de densidade da água do mar, que depende da temperatura e quantidade de sal (Circulação Termohalina).
- As correntes oceânicas redistribuem calor, transportando o calor armazenado nos trópicos em direção aos polos.
Circulação Termohalina Global
- É o movimento da água produzido quando a densidade é alterada.
- A circulação se inicia por um fluxo vertical impulsionado pelas águas mais densas atingindo profundidade intermediária ou o fundo do oceano seguindo horizontalmenetal.
- A densidade é alterada por variações de temperatura (mais frio = mais denso) e salinidade (mais sal = mais denso), influenciada por evaporação, congelamento, precipitação e degelo.
- As correntes superficiais e profundas são responsáveis pela distribuição de calor nos oceanos, afetando o planeta.
Balanço de Calor no Oceano
- Variações na quantidade de calor armazenada nas camadas superiores do oceano resultam em um desequilíbrio entre a entrada e a saída de calor na superfície do mar.
- O calor transportado pelas correntes oceânicas é chamado de advecção de calor.
- A transferência de calor através da superfície é chamada de fluxo de calor.
- O fluxo de calor em camadas mais profundas é bem menor do que na superfície.
- Globalmente, o somatório de todos os fluxos de calor no oceano deve ser zero; caso contrário, os oceanos podem aquecer ou resfriar continuamente.
- O fluxo de calor líquido na superfície horizontal (QT) é calculado como QT = QRC - QRL - QS - QL + QA [watts/m²]:
- QRC: Radiação de Ondas Curtas (absorvida).
- QRL: Radiação de Ondas Longas (emitida).
- QS: Fluxo de Calor Sensível (condução).
- QL: Fluxo de Calor Latente (evaporação).
- QA: Advecção (correntes), compensando diferenças de calor entre regiões tropicais e latitudes maiores.
Interação Oceano-Atmosfera
- Ventos atmosféricos forçam os movimentos no oceano.
- Chuvas excessivas alteram a salinidade do oceano.
- O oceano é um reservatório de calor e umidade, transportados para a atmosfera por evaporação.
- Há troca de calor sensível na interface entre esses meios.
- Anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) podem gerar anomalias de pressão atmosférica (e vice-versa).
- Os ventos respondem às diferenças de TSM e pressão.
El Niño Oscilação Sul (ENOS)
- O ENOS é uma das principais fontes de variabilidade climática, caracterizado pela interação oceano-atmosfera.
- Inclui o El Niño (componente oceânica) e a Oscilação Sul (componente atmosférica).
- O El Niño, fase quente do ENOS, ocorre quando as águas superficiais do Pacífico equatorial ficam mais quentes que o normal por um período prolongado.
- La Niña é a fase fria do ENOS, ocorrendo quando as águas superficiais do Pacífico equatorial ficam mais frias que o normal por um período prolongado.
- Possui variabilidade interanual.
Condições Normais no Pacífico Equatorial
- Ventos alísios sopram de leste para oeste, acumulando água no oeste do oceano (próximo da Austrália).
- Esse deslocamento favorece a ressurgência de águas frias no leste e o acúmulo de águas quentes no oeste.
- Uma variação na pressão atmosférica acompanha o gradiente de temperatura, com pressão mais baixa nas áreas mais quentes.
- Há grande evaporação, formação de nuvens e chuvas no oeste do oceano e condições secas no leste.
- A célula de circulação de Walker se forma com o ar subindo no oeste, deslocando-se para leste em altitude e descendo no Pacífico leste.
El Niño - Condições Atuais
- Os ventos alísios enfraquecem ou mudam de sentido.
- As águas mais aquecidas atingem todo o oceano, e o leste do oceano fica mais quente que o normal.
- A região de formação de nuvens se desloca para o Pacífico Equatorial Central, e a célula de Walker fica bipartida.
- O ramo descendente da célula tende a inibir as chuvas.
- A termoclina fica mais aprofundada junto à costa oeste da América do Sul devido ao enfraquecimento dos ventos alísios.
La Niña - Condições Atuais
- Condições normais são intensificadas.
- Ventos alísios ficam mais intensos, acumulando mais águas quentes no Pacífico Equatorial Oeste e aumentando o desnível em relação à faixa leste.
- Ressurgência de águas frias aumenta junto à costa oeste da América do Sul.
- A célula de Walker fica mais alongada que o normal, com chuvas concentradas no Pacífico Equatorial Ocidental.
- Os movimentos descendentes da célula de Walker no Pacífico Equatorial Oriental ficam mais intensos, inibindo a formação de nuvens de chuva.
Circulação de Walker Generalizada
- Em anos normais, a circulação de Walker apresenta um padrão definido com ascensão no Pacífico Oeste e subsidência no Pacífico Leste.
- Durante o El Niño, a circulação de Walker é enfraquecida ou invertida.
- Durante La Niña, a circulação de Walker é intensificada.
Impactos do El Niño
- Causa seca no Sudeste Asiático e Austrália.
- Causa chuvas fortes no oeste da América do Sul.
- Afeta os padrões de temperatura globalmente, causando temperaturas mais altas.
Impactos da La Niña
- intensifica chuvas no sudeste asiático, Austrália e partes do Brasil.
- Seca no Chifre da Africa.
- Temperaturas globais médias podem ser mais baixas
Impactos do El Niño no Brasil
- As chuvas tendem a ser mais abundantes sobre o Sul do Brasil entre o inverno e o verão, especialmente na primavera.
- O excesso de chuvas pode atingir áreas até o sul do Mato Grosso do Sul.
- Ocorrem chuvas abaixo da média no Nordeste e Norte do país durante o período chuvoso.
- Temperaturas tendem a ser mais altas no Sul e Sudeste.
Impactos da La Niña no Brasil
- Chuvas são reduzidas na primavera e início do verão sobre o Sul do Brasil.
- Temperatura tende a ser mais baixa do que o normal durante o ano, principalmente em outubro e novembro.
- Condições climáticas são favoráveis a chuvas no Nordeste e leste da região Norte.
Monitoramento do ENOS
- O Índice de Oscilação Sul (IOS) mede a diferença normalizada entre a pressão atmosférica no Tahiti e em Darwin.
- IOS < 0: El Niño
- IOS > 0: La Niña
Índice Niño(a) Oceânico (ONI)
- Obtido pela média móvel de 3 meses das anomalias da temperatura da superfície do mar na região do Niño 3.4 (Pacífico central-leste).
- Condições de El Niño e La Niña são consideradas a partir dos limites de +/- 0,5, respectivamente, da média móvel de 3 meses de anomalias ERSST.v5 SST na região Nino 3.4 (5N-5S, 120-170W).
- Histórico de El Niño e La Niña baseado no Índice Multivariado ENOS (MEI), considerando pressão, vento, temperatura da superfície do mar, temperatura do ar e cobertura de nuvens através de análise estatística multivariada.
Índice ENOS Multivariado (MEI)
- Episódios quentes (El Niño) ou frios (La Niña) são definidos a partir dos limites de +/- 0.5, respectivamente, do índice ENOS persistindo por 3 meses centrados na média móvel trimestral.
Intensidade dos Eventos El Niño e La Niña
- Classificação baseada na média móvel de 3 meses:
- Fracos: 0,5 a 0,9.
- Moderados: 1,0 a 1,4.
- Fortes: 1,5 a 1,9.
- Muito Fortes: ≥ 2,0.
El Niño forte 2023-2024
- Os modelos preveem a transição da La Niña para a fase neutra entre março-maio/2025.
- Em 2025, foi constatada a persistência de anomalias negativas de TSM sobre o Pacífico central equatorial e anomalias positivas na região Niño 1+2.
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