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Questions and Answers
Qual é uma das responsabilidades do enfermeiro na avaliação dos sinais vitais?
Qual é uma das responsabilidades do enfermeiro na avaliação dos sinais vitais?
Quando o enfermeiro deve verificar os sinais vitais de um utente?
Quando o enfermeiro deve verificar os sinais vitais de um utente?
Qual abordagem o enfermeiro deve usar ao verificar os sinais vitais?
Qual abordagem o enfermeiro deve usar ao verificar os sinais vitais?
O que deve ser evitado ao medir sinais vitais?
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Qual é uma prática fundamental que o enfermeiro deve realizar após medir os sinais vitais?
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Qual é a definição de hipertensão arterial (HTA)?
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Quais fatores influenciam a pressão arterial?
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O que pode acontecer ao débito cardíaco e à pressão arterial num paciente com insuficiência cardíaca?
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Quais condições podem estar associadas à hipertensão arterial?
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Qual dos seguintes fatores NÃO é considerado um risco para o desenvolvimento de hipertensão arterial?
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Qual é a classificação correta da hipotermia leve em relação à temperatura corporal?
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Qual dos seguintes fatores não contribui para a hipotermia?
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Qual é o percentual aproximado de perda de calor corporal por radiação?
Qual é o percentual aproximado de perda de calor corporal por radiação?
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Qual das seguintes opções é um método de avaliação da temperatura corporal?
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Qual mecanismo é responsável pela perda de calor através do suor?
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Quais dos seguintes fatores podem influenciar o risco de hipertensão arterial (HTA)?
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Qual dos seguintes sintomas está associado à pressão arterial baixa?
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Como é definida a hipotensão ortostática?
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Quais são as características do pulso que devem ser avaliadas?
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O que deve ser feito antes de medir a pressão arterial?
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Qual é a Fase 1 dos sons de Korotkoff durante a medição da pressão arterial?
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Quais das seguintes situações não devem ser utilizadas para medir a pressão arterial?
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Quais são os níveis de volume ou amplitude do pulso, de acordo com a palpação?
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O que indica um pulso fraco e taquicárdico?
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Quais fatores podem influenciar a frequência do pulso?
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Onde é localizado o pulso apical?
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Qual é a diferença entre febre e hipertermia?
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Quais sintomas estão associados à insolação?
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Qual das seguintes opções não é um local comum de avaliação do pulso?
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Qual é a definição correta de bradicardia?
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Qual é a temperatura central considerada normotérmica?
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Como a febre pode beneficiar o organismo?
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Qual é a importância de conhecer a faixa normal de sinais vitais do utente pelo enfermeiro?
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Qual é uma estratégia recomendada para evitar a alteração dos sinais vitais durante a avaliação?
Qual é uma estratégia recomendada para evitar a alteração dos sinais vitais durante a avaliação?
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Quando é recomendado que o enfermeiro verifique os sinais vitais de um utente?
Quando é recomendado que o enfermeiro verifique os sinais vitais de um utente?
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Qual é uma atribuição do enfermeiro ao medir os sinais vitais?
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Como o enfermeiro deve proceder ao desenvolver um plano de ensino/cuidados para o utente?
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Quais são os dois tipos de pressão arterial medidos durante uma avaliação?
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Qual das seguintes condições pode resultar em um aumento da pressão arterial?
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O que caracteriza a hipertensão arterial (HTA)?
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Qual dos seguintes fatores é um importante risco para o desenvolvimento de hipertensão arterial?
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Qual é o efeito de uma hemorragia no volume sanguíneo e na pressão arterial?
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Quais sintomas estão relacionados à pressão arterial baixa?
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Qual é uma característica da hipotensão ortostática?
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Qual é uma maneira correta de medir a pressão arterial?
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O que representa a Fase 4 dos sons de Korotkoff?
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Qual equipamento é considerado obsoleto para medir a pressão arterial?
Qual equipamento é considerado obsoleto para medir a pressão arterial?
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Quais são os objetivos da avaliação da pressão arterial?
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Quais características devem ser avaliadas no pulso arterial?
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Quais são os principais grupos de pessoas que podem desenvolver insolação por esforço?
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Qual dos seguintes tipos de hipotermia tem sua temperatura corporal central entre 28 a 32°C?
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Qual método de medição da temperatura corporal é considerado seguro e útil em adultos?
Qual método de medição da temperatura corporal é considerado seguro e útil em adultos?
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Qual é o principal mecanismo de perda de calor corporal que representa aproximadamente 60% do total?
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Qual afirmação sobre a respiração é verdadeira?
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O que caracteriza um pulso cheio?
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Qual das seguintes opções é um fator que não influencia o pulso?
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Onde é localizado o pulso carotídeo?
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Qual tipo de pulso é caracterizado como bradicárdico?
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Qual dos seguintes locais não é um lugar comum para avaliação do pulso?
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A febre é definida como:
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A diferenciação entre febre e hipertermia está relacionada a qual fator?
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Qual é uma característica do pulso tenso?
Qual é uma característica do pulso tenso?
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Qual das condições não é associada com a febre?
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Qual é a temperatura central considerada normotérmica?
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Study Notes
Avaliação dos Sinais Vitais
- O enfermeiro é responsável por avaliar os sinais vitais de pacientes.
- Equipamentos específicos devem ser usados de acordo com as características e condições do paciente.
- O enfermeiro deve conhecer a faixa normal de sinais vitais do paciente, que pode diferir da faixa padrão para a idade ou estado físico.
- O enfermeiro deve saber a história clínica do paciente, terapias e medicação prescrita, pois algumas medicações afetam os sinais vitais.
- O enfermeiro deve controlar ou minimizar fatores ambientais que podem afetar os sinais vitais.
- O enfermeiro deve ter uma abordagem organizada e sistematizada ao verificar os sinais vitais, assegurando precisão.
- O enfermeiro deve abordar o paciente de forma calma e cuidadosa.
- O enfermeiro deve comunicar e atuar sobre mudanças significativas nos sinais vitais.
- O enfermeiro deve desenvolver um plano de ensino/cuidados para o paciente.
- O enfermeiro avalia os resultados das medidas dos sinais vitais, interpretando-os em contexto.
Frequência da Avaliação dos Sinais Vitais
- Os sinais vitais devem ser verificados durante a admissão do paciente na instituição de saúde.
- Os sinais vitais devem ser verificados antes e depois de procedimentos cirúrgicos.
- Os sinais vitais devem ser verificados antes e depois de administração de medicamentos que afetam as funções cardiovascular, respiratória e de controle da temperatura.
- Os sinais vitais devem ser verificados quando a condição física geral do paciente sofre alterações.
- Os sinais vitais devem ser verificados quando o paciente refere alterações no seu estado de saúde.
- Os sinais vitais devem ser verificados antes e depois das prescrições de enfermagem que influenciam algum sinal vital.
Pressão Arterial
- A pressão arterial (PA) é a força do sangue circulando pelas artérias.
- A hipertensão arterial (HTA) ocorre quando a PA é elevada cronicamente.
- A PA é medida como pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica.
- A pressão sistólica é a pressão do coração enquanto contrai (sístole).
- A pressão diastólica é a pressão do coração enquanto relaxa (diástole).
- O diagnóstico de HTA é definido como pressão arterial sistólica (PAS) igual ou superior a 140 mmHg e/ou pressão arterial diastólica (PAD) igual ou superior a 90 mmHg.
- O débito cardíaco, resistência vascular, viscosidade do sangue, volémia e elasticidade das paredes dos vasos influenciam a PA.
Hipotensão Ortostática
- A hipotensão ortostática é uma queda na pressão arterial sistólica de pelo menos 20 mmHg e/ou uma queda na pressão arterial diastólica de, pelo menos, 10 mmHg em posição ortostática.
Objetivos da Avaliação da Pressão Arterial
- Identificar sinais de agravamento repentino do estado do paciente.
- Vigiar o paciente no período pós-operatório.
- Acompanhar a evolução dos valores da pressão arterial.
- Avaliar os efeitos do tratamento com anti-hipertensores.
Equipamentos para Medir a Pressão Arterial
- Esfigmomanômetro:
- Mercúrio (já não se utiliza)
- Aneroide
- Automático
Técnica para Medir a Pressão Arterial
- A técnica combina observação, palpação e auscultação.
- A PA não deve ser medida nos seguintes casos:
- Membro com mastectomia.
- Membro com perfusão em curso.
- Membro com fístula de diálise.
- Membro com flebite, edema ou plegia.
Pulso/Frequência Cardíaca
- O pulso arterial é a expressão mecânica do débito cardíaco.
- É uma sensação ondular palpável nas artérias periféricas.
- Através do pulso, podemos inferir sobre a função do coração e a elasticidade do sistema cardiovascular.
Objetivos da Avaliação do Pulso
- Avaliar as características do pulso.
- Detectar anomalias no sistema cardiovascular.
- Verificar a integridade da vascularização periférica.
- Avaliar os efeitos de um tratamento farmacológico.
Características do Pulso
-
Frequência: o número de pulsações por minuto.
- Taquicardia: frequência cardíaca acima de 100 batimentos por minuto.
- Bradicardia: frequência cardíaca abaixo de 60 batimentos por minuto.
-
Ritmo: padrão das pulsações e pausas.
- Rítmico: batimentos coordenados e compassados.
- Arrítmico: batimentos descompassados.
-
Volume ou amplitude: qualidade das pulsações palpáveis.
- Ausente: 0+
- Fraco: 1+
- Normal: 2+
- Cheio: 3+
- Pulso tenso: 4+
Terminologia do Pulso
- Normocárdico: frequência normal.
- Bradicardia: frequência abaixo do normal.
- Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico.
- Taquicardia: frequência acima do normal.
- Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico.
Fatores que Influenciam o Pulso
- Exercício.
- Temperatura.
- Emoções.
- Medicamentos.
- Hemorragias.
- Mudanças posturais.
- Distúrbios pulmonares.
Locais Comuns de Avaliação do Pulso
- Pulso apical (no ápice do coração).
- Pulso radial (na artéria radial, face anterior do punho).
- Pulso temporal (artéria temporal, entre o olho e a linha do cabelo).
- Pulso carotídeo (artéria carótida, no pescoço).
- Pulso braquial (artéria braquial, face anterior do cotovelo).
- Pulso femoral (artéria femoral, na virilha).
- Pulso poplíteo (artéria poplítea, atrás do joelho).
- Pulso tibial posterior (atrás do maléolo interno).
- Pulso pedioso (artéria pediosa, no dorso do pé).
Temperatura
- A temperatura corporal é a diferença entre o calor produzido pelo corpo e o calor perdido para o ambiente.
- A temperatura corporal média varia dependendo do local de medição.
- A temperatura corporal segue um ritmo circadiano e sazonal.
- Meios reflexos como vasoconstrição e vasodilatação regulam a temperatura corporal.
- O hipotálamo anterior regula a temperatura central entre 36 e 37,5°C.
Febre e Hipertermia
- Febre: elevação na temperatura corporal devido a alterações no ponto de ajuste hipotalâmico.
- Hipertermia: temperatura corporal elevada e desregulada devido a um desequilíbrio entre perda de calor e produção de calor.
Insolação
- Temperatura > 40°C, pele seca e quente, alterações no sistema nervoso central (convulsões, delírio, coma).
Insolação
- A insolação é uma forma de hipertermia associada a uma resposta inflamatória sistémica que leva à disfunção multiorgânica, especialmente encefalopatia.
- A insolação pode ser por esforço ou não esforço.
- A insolação por esforço tende a ocorrer em atletas, trabalhadores ao ar livre, militares e qualquer pessoa que realize atividade física rigorosa em ambientes quentes.
- A insolação não por esforço tende a se desenvolver em idosos e pessoas com obesidade, diabetes, doença cardíaca, doença renal, hipertensão, demência e alcoolismo.
Temperatura
- A febre neurogénica ou hipertermia pós-traumática, é uma febre não infeciosa em um utente com lesão cerebral, especialmente naqueles com lesão hipotalâmica, acidente vascular cerebral ou lesão.
- Hipotermia é uma queda involuntária na temperatura corporal central abaixo de 35°C.
- Classificação da Hipotermia:
- Leve (32 a 35°C)
- Moderada (28 a 32°C)
- Grave (24 a 28°C)
- Além da exposição prolongada ao frio, a termorregulação prejudicada é uma das principais causas de hipotermia.
- A hipotermia causada pela termorregulação prejudicada pode ser devido a distúrbios de pele, acidentes cerebrovasculares, distúrbios neurodegenerativos, neuropatias periféricas, lesões na medula espinhal que levam à vasodilatação periférica inadequada e uso indevido de medicamentos.
Mecanismos de perda de calor
- A perda de calor por radiação ocorre na forma de raios infravermelhos e é responsável por aproximadamente 60% da perda total de calor corporal.
- A perda de calor por condução ocorre através do ar (aproximadamente 15%) ou por contato direto com um objeto sólido (aproximadamente 3%).
- Após o calor ser conduzido para o ar, ele é levado embora por correntes de ar (convecção).
- A perda de calor por evaporação do suor é regulada pela quantidade e taxa de suor e responde por aproximadamente 22% da perda total de calor corporal.
- Mesmo quando não há suor, a água ainda evapora da pele e dos pulmões (perdas insensíveis) a uma taxa de 600 a 700 mL/dia, causando perda contínua de calor.
Vias de avaliação da temperatura
- Medição retal
- Medição axilar
- Medição oral
- Medição timpânica (e não auricular)
- Outros locais: artéria pulmonar, esófago, bexiga, nasofaringe.
Medição timpânica
- A avaliação da temperatura timpânica pela deteção da radiação infravermelha.
- É um método muito útil e seguro no adulto, em que a colocação da sonda do aparelho, justamente adaptada ao canal auditivo, automaticamente irá detetar a radiação proveniente da membrana do tímpano.
Tipos de termómetros
- Termómetros eletrónicos
- Termómetros Timpânicos
- Termómetros infravermelho
- Termómetros de mercúrio (atualmente já não se utilizam em contexto clínico)
Respiração
- A respiração é um mecanismo usado pelo organismo para a troca de gases entre a atmosfera, o sangue e as células.
- Três processos envolvidos:
- Ventilação: Processo automático e rítmico que gera movimentos de entrada e saída de ar nas Unidades Respiratórias Terminais. É regulado a nível central depende da contração e relaxamento de vários músculos.
- Difusão: das moléculas de gás (O2 e CO2) de uma zona de concentração mais elevada para uma de menor concentração através da membrana respiratória.
- Perfusão: (movimento dos gases no sangue através dos tecidos e órgãos).
Fatores que influenciam a frequência respiratória
- A frequência respiratória é influenciada por vários fatores, incluindo idade, nível de atividade física, temperatura corporal, altitude, condição médica e medicamentos.
Avaliação da respiração
- Frequência: nº de ciclos respiratórios por minuto
- Qualidade:
- Amplitude: volume de ar corrente
- Regularidade: ritmo respiratório
- Simetria
Frequência Respiratória
- A média normal das frequências respiratórias por idade:
- Recém-nascido 35-40 ciclos por minuto (cpm)
- Lactente 30-50 cpm
- Criança (2 anos) 25-32 cpm
- Idade escolar 20-30 cpm
- Adolescente 16-19 cpm
- Adulto 12-20 cpm
Qualidade da respiração
- Amplitude (profundidade ventilatória ou movimento parede torácica)
- Profunda: quando envolve a expansão plena dos pulmões com expiração completa
- Normal: movimentos basais
- Superficial: quando apenas uma pequena quantidade de ar passa através dos pulmões e o movimento respiratório é difícil de observar
- Ritmo ventilatório
- Regular (normal): com intervalo regular
- Irregular: com intervalo irregular
- Simetria: A respiração normal, descontraída, não exige esforço, é automática, regular e ampla. Observe a caixa torácica do utente, respeitando a sua privacidade. O tórax expande simetricamente na inspiração.
Sons adventícios
- Os sons adventícios são sons anormais que podem ser ouvidos durante a ausculta dos pulmões.
- Esses sons podem ser causados por várias condições médicas e podem dar pistas importantes sobre a saúde do paciente.
Terminologia
- Apneia: as respirações cessam por vários segundos, apneia prolongada pode causar danos ao cérebro.
- Eupneia: frequência, profundidade e ritmo normal 12-20 ciclos/min
- Bradipneia: F.R20 ciclos/min
- Ortopneia: Dispneia em repouso, falta de ar quando deitado em posição dorsal recumbente ou supina (cipe)
- Hiperventilação: aumento da frequência respiratória, aumento da profundidade da inspiração e da força da expiração, aumento do volume corrente com hipocapnia e alcalose respiratória, acompanhada de tonturas, desfalecimento, entorpecimento dos dedos das mãos e dos pés.(cipe)
- Hipoventilação: diminuição da frequência respiratória, diminuição da profundidade da inspiração e da força da expiração, acompanhada de cianose e aumento da pressão parcial de dióxido de carbono (PCO2).(cipe)
Dispneia
- Processo do sistema respiratório comprometido: movimento laborioso da entrada e saída de ar dos pulmões, com desconforto e esforço crescente, falta de ar, associado a insuficiência de oxigénio no sangue circulante, sensações de desconforto e ansiedade.
- Classifica-se em:
- Dispneia funcional: falta de ar associada com a atividade física, tal como exercício e marcha.
- Dispneia em repouso: falta de ar quando em repouso e em posição confortável.(CIPE)
Padrões respiratórios mais frequentes
- Respiração Cheyne-Stokes
- Respiração Kussmaul
- Respiração de Biot
Dor
- Dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada, ou semelhante à associada, a danos reais ou potenciais nos tecidos.
- Perceção comprometida: aumento de sensação corporal desconfortável, referência subjetiva de sofrimento, expressão facial característica, alteração do tónus muscular, comportamento de autoproteção, limitação do foco de atenção, alteração da perceção do tempo, fuga do contacto social, processo de pensamento comprometido, comportamento de distração, inquietação e perda de apetite (cipe).
Princípios da avaliação e controlo da dor
- Toda a pessoa tem direito ao melhor controlo da dor.
- A dor é uma experiência subjetiva, multidimensional, única e dinâmica.
- A dor pode existir mesmo na ausência de causas identificadas.
- A perceção e a expressão da dor variam na mesma pessoa e de pessoa para pessoa, de acordo com as características individuais, a história de vida, o processo de saúde / doença e o contexto onde se encontra inserida.
- A competência para avaliação e controlo da dor exige formação contínua.
- A avaliação da dor pressupõe a utilização de instrumentos de avaliação.
- O controlo da dor requer uma abordagem multidisciplinar coordenada.
- Os cuidadores principais e a família são parceiros ativos no controlo da dor.
- A tomada de decisão sobre o controlo da dor requer a colaboração da pessoa, dos cuidadores e da família.
- A dor não controlada tem consequências imediatas e a longo prazo pelo que deve ser prevenida.
- Os enfermeiros devem participar na avaliação formal do processo e dos resultados no controlo da dor ao nível organizacional.
- Os enfermeiros têm a responsabilidade de se articular com outros profissionais de saúde na proposta de mudanças organizacionais que facilitem a melhoria das práticas de controlo da dor.
- Os enfermeiros têm o dever ético e legal de advogar uma mudança do plano de tratamento quando o alívio da dor é inadequado.
Avaliação da dor
- "Avaliar a dor apenas pela sua intensidade é como descrever a música unicamente pelo seu volume"
- A Direção–Geral de Saúde, instituiu através da circular normativa nº09/DGCG de 14 de Junho de 2003, a DOR como o 5º sinal vital.
- A DGS considera como norma de boa prática no âmbito dos serviços prestadores de cuidados de saúde:
- O registo sistemático da intensidade da dor.
- A utilização para mensuração da intensidade da Dor, de uma das seguintes escalas: Escala Visual Analógica, Escala Numérica, Escala Qualitativa ou Escala de Faces.
- A inclusão na folha de registo dos sinais vitais, em uso nos serviços prestadores de cuidados de saúde, de espaço próprio para registo da intensidade da Dor.
Escalas de avaliação da dor
- Escala visual analógica
- Escala numérica
- Escala qualitativa
- Escala de faces
Caso clínico
- Manuel 34, vem por dor aguda na região lombar com irradiação para a virilha, intensidade 7 na escala numérica.
- Temp timpânica: 36ºC
- PA: 130/65 mmHG
- F.C:120 bat/min
- F.R: 24 ciclos/min
- João 19 anos vem por “dor de garganta”, apresenta dificuldade em deglutir alimentos sólidos.
- Temp timpânica: 38,6 º C
- F.C:120 bat/min
- PA: 80/50 mmHg
- F.R: 30 Ciclos/min
- Dor: 4
Verificação dos Sinais Vitais
- O enfermeiro é responsável por avaliar os sinais vitais do utente.
- O equipamento utilizado deve ser funcional, adequado e selecionado de acordo com as necessidades do utente.
- O enfermeiro deve conhecer os valores normais dos sinais vitais do utente, incluindo a sua história clínica, terapias e medicação prescrita.
- Fatores ambientais que podem afetar os sinais vitais devem ser controlados ou minimizados.
- O enfermeiro utiliza uma abordagem organizada e sistemática durante a verificação dos sinais vitais.
- O enfermeiro deve comunicar e agir em relação a qualquer alteração significativa nos sinais vitais.
- O enfermeiro deve desenvolver um plano de ensino e cuidados para o utente.
- Os sinais vitais devem ser avaliados globalmente e em contexto.
Quando verificar os sinais vitais?
- Quando o utente é admitido na instituição de saúde.
- Antes e depois de procedimentos cirúrgicos.
- Antes e depois da administração de medicamentos que afetam as funções cardiovascular, respiratória e de controlo da temperatura.
- Quando a condição física geral do utente sofre alterações.
- Quando o utente refere sintomas inespecíficos de angústia.
- Antes e depois das prescrições de enfermagem que influenciam um sinal vital.
Orientações para a execução da verificação dos sinais vitais
- Segurança do utente.
- Práticas Baseadas em Evidências (PBE).
- Ambiente adequado.
- Equipamento funcional.
- Relação enfermeiro/utente baseada em confiança e respeito.
- Programar a frequência da avaliação dos sinais vitais, incluindo a temperatura corporal, pulso, respiração, pressão arterial e dor, de acordo com a situação do utente e a prescrição médica.
- Pesquisar os antecedentes do utente, incluindo problemas respiratórios ou cardíacos, e os seus valores de referência, para determinar a normalidade ou alteração dos parâmetros avaliados.
Pressão Arterial
- A pressão arterial (PA) é a força com que o sangue circula nas artérias do corpo.
- A hipertensão arterial (HTA) ocorre quando a PA se encontra elevada de forma crónica.
- A PA tem duas medidas: pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica.
- A pressão arterial sistólica (PAS) corresponde ao momento em que o coração contrai (sístole), enviando o sangue para todo o corpo.
- A pressão arterial diastólica (PAD) ocorre quando o coração relaxa (diástole) para se voltar a encher de sangue.
- O diagnóstico de HTA é definido como a elevação persistente da PAS igual ou superior a 140 mmHg e/ou da PAD igual ou superior a 90 mmHg.
Fisiologia da Pressão Arterial
- O débito cardíaco é o volume de sangue bombeado pelo coração num minuto.
- A resistência vascular é a oposição ao fluxo sanguíneo, causada pela fricção do sangue contra as paredes dos vasos.
- Fatores como o aumento do débito cardíaco e a resistencia vascular contribuem para o aumento da pressão arterial.
- A viscosidade do sangue, ou espessura, influencia a PA.
- A volémia, ou volume do sangue, afeta a PA.
- A elasticidade das paredes dos vasos afeta a PA.
Hipotensão Arterial
- Sinais e sintomas de PA baixa incluem tonturas, desmaio, sensação de desequilíbrio, visão turva, palpitações, confusão mental, fadiga, dificuldade de concentração, pele fria e pálida.
Hipotensão Ortostática
- É definida como uma queda na pressão arterial sistólica de pelo menos 20 mmHg ou 30 mmHg em pacientes com hipertensão, e/ou uma queda na pressão arterial diastólica de, pelo menos, 10 mmHg após 3 minutos em posição ortostática.
Objetivos da avaliação da PA
- Identificar sinais de agravamento súbito do estado do utente.
- Vigiar o utente no período pós-operatório.
- Acompanhar a evolução dos valores da pressão arterial através da medição das pressões sistólicas e diastólicas.
- Avaliar os efeitos do tratamento com anti-hipertensores.
Equipamentos para a medição da PA
- Esfigmomanómetro: Mercúrio (já não se utiliza), Aneroide e Automático.
Técnica de medição da PA - Método Auscultatório
- Selecionar o membro superior e verificar se não existe nenhuma contraindicação.
- Posicionar o braço do utente ao nível do coração com a palma da mão voltada para cima.
- Selecionar a braçadeira adequada ao membro do utente.
- Retirar todo o ar da braçadeira.
- Palpar a artéria braquial e aplicar a braçadeira sobre a artéria braquial, na face interna do cotovelo, 2,5 a 5 cm acima do local da pulsação.
- Insuflar a braçadeira até 20 a 30 mmHg acima do ponto em que se deixa de sentir o pulso radial.
- Inserir as olivas do estetoscópio nos ouvidos e colocar o diafragma do estetoscópio sobre a artéria braquial.
- Esvaziar a braçadeira lentamente, à razão de 2/3 mm Hg por segundo, enquanto se escutam os sons de Korotkoff.
Sons de Korotkoff
- Fase 1: Aparecimento de ruídos sistólicos, batimentos nítidos, de intensidade crescente que correspondem à pressão sistólica.
- Fase 2: Batimentos de ruídos suaves.
- Fase 3: Reaparecimento dos ruídos arteriais nítidos, primeiro fortes, depois breves.
- Fase 4: Ruídos arteriais abafados, semelhantes a sopro.
- Fase 5: Desaparecimento dos ruídos sistólicos, o que corresponde à pressão diastólica.
Fatores de risco para o desenvolvimento de HTA
- Idade.
- Sexo.
- Raça.
- Hereditariedade.
- Obesidade.
- Consumo excessivo de álcool.
- Tabagismo.
- Alimentação inadequada e consumo excessivo de sal.
- Sedentarismo.
- Stress.
Medidas não farmacológicas para o controlo da HTA
- Perda de peso.
- Dieta saudável com baixo teor de sódio e gordura saturada.
- Atividade física regular.
- Redução do consumo de álcool.
- Abstinência de tabaco.
- Controlo do stress.
Pulso/Frequência Cardíaca
- O pulso arterial é a tradução mecânica do débito cardíaco.
- Através da análise do pulso, podemos inferir o estado da função cardíaca e da elasticidade da rede de vasos sanguíneos.
Objetivos da avaliação do pulso
- Avaliar as características do pulso.
- Detetar anomalias no funcionamento do sistema cardiovascular.
- Verificar a integridade da vascularização periférica.
- Avaliar os efeitos de um tratamento farmacológico.
Características do pulso
- Frequência: Número de pulsações por minuto (batimentos por minuto - bpm).
- Ritmo: Padrão das pulsações e das pausas entre elas.
- Volume ou Amplitude: Qualidade das pulsações, relacionada com a quantidade de sangue bombeado em cada contração cardíaca.
Terminologia relacionada ao Pulso
- Normocárdico: Frequência normal.
- Bradicardia: Frequência abaixo do normal.
- Bradisfigmia: Pulso fino e bradicárdico.
- Taquicardia: Frequência acima do normal.
- Taquisfigmia: Pulso fino e taquicárdico.
Factores que influenciam o pulso
- Exercício.
- Temperatura.
- Emoções.
- Medicamentos.
- Hemorragias.
- Mudanças posturais.
- Distúrbios pulmonares.
Locais de avaliação do pulso
- Pulso apical.
- Pulso radial.
- Pulso temporal.
- Pulso carotídeo.
- Pulso braquial.
- Pulso femoral.
- Pulso poplíteo.
- Pulso tibial posterior.
- Pulso pedioso.
Temperatura
- A temperatura corporal é a diferença entre a quantidade de calor produzida pelos processos corporais (termogénese) e a quantidade de calor perdida para o ambiente externo (termólise).
- A temperatura corporal média varia, dependendo do local usado na mensuração.
- A temperatura corporal segue um ritmo circadiano e sazonal.
- O hipotálamo anterior regula a temperatura corporal para manter a temperatura central entre 36 e 37,5ºC (normotermia).
Febre
- Uma elevação na temperatura corporal devido a alterações no ponto de ajuste hipotalâmico.
- Ocorre quando pirogênios agem no hipotálamo e liberam prostaglandinas, que aumentam o ponto de ajuste hipotalâmico.
Hipertermia
- Uma temperatura corporal elevada e desregulada, devido a um desequilíbrio entre a perda de calor e a produção de calor.
- As interleucinas não estão envolvidas na hipertermia.
- Exaustão pelo calor é uma doença relacionada ao calor, causada por suor excessivo.
Insolação
- Temperatura superior a 40°C, acompanhada de pele seca e quente e anormalidades do sistema nervoso central.
Insolação
- Definida como hipertermia associada a uma resposta inflamatória sistêmica que leva à disfunção multiorgânica, especialmente encefalopatia.
- Pode ser por esforço (atletas, trabalhadores ao ar livre, militares etc) ou não esforço (idosos, pessoas com obesidade, diabetes etc).
Temperatura Corporal
- Febre neurogênica ou hipertermia pós-traumática é uma febre não infeciosa, geralmente em pacientes com lesão cerebral, especialmente com lesão hipotalâmica, acidente vascular cerebral ou lesão.
- Hipotermia é a queda involuntária da temperatura corporal central abaixo de 35°C.
- Classificada em três níveis: leve (32 a 35°C), moderada (28 a 32°C) e grave (24 a 28°C).
- Além da exposição prolongada ao frio, a termorregulação prejudicada é uma das principais causas de hipotermia.
Ciclo da Febre
- A subida térmica provoca a vasoconstrição periférica, redistribuindo a circulação sanguínea capilar, onde alguns vasos ficam mais permeáveis formando uma rede.
Fatores que Afetam a Temperatura
-
Mecanismos de Perda de Calor:
- Radiação: Aproximadamente 60% da perda total de calor corporal, ocorre na forma de raios infravermelhos.
- Condução e Convecção: Perda de calor por condução através do ar (aproximadamente 15%) ou por contato direto com um objeto sólido (aproximadamente 3%). O calor conduzido para o ar é levado embora por correntes de ar (convecção).
- Evaporação: A evaporação do suor responde por aproximadamente 22% da perda total de calor corporal. 0,58 quilocalorias de calor são perdidas para cada grama de água evaporada. Mesmo sem suor, a água evapora da pele e dos pulmões (perdas insensíveis) a uma taxa de 600 a 700 mL/dia, causando perda contínua de calor.
Promoção da Perda de Calor
- Remoção de roupas.
- Posição do paciente: de pé expõe maior área de superfície para radiação, enquanto deitado em posição fetal minimiza a perda.
- Ambiente.
- Na fase de platô, mas sobretudo na fase de defervescência, medidas de arrefecimento físico podem ser úteis (banho tépido).
Vias de Avaliação da Temperatura
- Medição retal;
- Medição axilar;
- Medição oral;
- Medição timpânica (e não auricular);
- Outros locais: artéria pulmonar, esófago, bexiga, nasofaringe.
Medição Timpânica
- Avalia a temperatura timpânica pela deteção da radiação infravermelha.
- Método útil e seguro em adultos.
- A sonda, perfeitamente adaptada ao canal auditivo, deteta a radiação proveniente da membrana do tímpano.
Tipos de Termómetros
- Termómetros eletrónicos;
- Termómetros Timpânicos;
- Termómetros infravermelho;
- Termómetros de mercúrio (atualemente desuso clínico).
Respiração
- Processo de troca gasosa entre a atmosfera, o sangue e as células.
-
Três processos:
- Ventilação: Movimento rítmico de entrada e saída de ar nas Unidades Respiratórias Terminais, controlado centralmente pela contração e relaxamento de músculos.
- Difusão: Passagem de moléculas de gás (O2 e CO2) de uma zona de concentração mais elevada para uma de menor concentração através da membrana respiratória.
- Perfusão: Movimento dos gases no sangue através dos tecidos e órgãos.
Fatores que Influenciam a Frequência Respiratória
- Idade, saúde, atividade física, temperatura ambiente.
Avaliação da Respiração
- Frequência: Número de ciclos respiratórios por minuto.
-
Qualidade:
- Amplitude: Volume de ar corrente.
- Regularidade: Ritmo respiratório.
- Simetria: Observar a expansão torácica, que deve ser simétrica.
Frequência Respiratória
-
Média normal por idade:
- Recém-nascido: 35-40 ciclos por minuto (cpm).
- Lactente: 30-50 cpm.
- Criança (2 anos): 25-32 cpm.
- Idade escolar: 20-30 cpm.
- Adolescente: 16-19 cpm.
- Adulto: 12-20 cpm.
Qualidade da Respiração
-
Amplitude:
- Profunda: expansão plena dos pulmões com expiração completa.
- Normal: movimentos basais.
- Superficial: pequena quantidade de ar passa pelos pulmões, movimento respiratório difícil de observar.
-
Ritmo ventilatório:
- Regular (normal): intervalo regular.
- Irregular: intervalo irregular.
- Simetria: A respiração normal é simétrica. A expansão torácica assimétrica pode indicar obstrução ou colapso de parte de um dos pulmões.
Sons Adventícios
- Sons anormais que podem ser auscultados durante a respiração, como sibilos, estertores e roncos.
Terminologia
- Apneia: Cessação da respiração por vários segundos. Apneia prolongada pode causar danos ao cérebro.
- Eupneia: Frequência, profundidade e ritmo respiratório normal (12-20 ciclos/min).
- Bradipneia: Frequência respiratória abaixo de 12 ciclos/min.
- Ortopneia: Dificuldade em respirar em posição dorsal recumbente ou supina (cipe).
Terminologia
- Hiperventilação: Aumento da frequência respiratória, aumento da profundidade da inspiração e da força da expiração, aumento do volume corrente com hipocapnia e alcalose respiratória. Sintomas: tonturas, desfalecimento, entorpecimento dos dedos das mãos e dos pés.
- Hipoventilação: Diminuição da frequência respiratória, diminuição da profundidade da inspiração e da força da expiração, acompanhada de cianose e aumento da pressão parcial de dióxido de carbono (PCO2).
Dispneia
- Dificuldade respiratória com desconforto e esforço crescente, falta de ar. Associada à insuficiência de oxigénio no sangue circulante, sensações de desconforto e ansiedade.
-
Classifica-se em:
- Funcional: Falta de ar relacionada à atividade física.
- Em repouso: Falta de ar em repouso e em posição confortável.
Padrões Respiratórios Mais Frequentes
- Respiração Cheyne-Stokes: Padrão de respiração cíclica com períodos de apneia.
- Respiração de Kussmaul: Respiração profunda e rápida, característica de acidose metabólica.
- Respiração de Biot: Padrão de respiração irregular com períodos de apneia.
Dor
- Experiência sensorial e emocional desagradável associada, ou semelhante à associada, a danos reais ou potenciais nos tecidos.
- Impacta a perceção, causando: aumento da sensação corporal desconfortável, referência subjetiva de sofrimento, expressão facial característica, alteração do tónus muscular, comportamento de autoproteção, limitação do foco de atenção, alteração da perceção do tempo, fuga do contacto social, processo de pensamento comprometido, comportamento de distração, inquietação e perda de apetite.
Princípios da Avaliação e Controlo da Dor
-
Direitos do paciente:
- Direito ao melhor controlo da dor.
- A dor é uma experiência subjetiva, multidimensional, única e dinâmica.
- A dor pode existir mesmo na ausência de causas identificadas.
- A perceção e a expressão da dor variam na mesma pessoa e de pessoa para pessoa.
- A competência para avaliação e controlo da dor exige formação contínua.
-
Práticas recomendadas:
- A avaliação da dor pressupõe a utilização de instrumentos de avaliação.
- O controlo da dor requer uma abordagem multidisciplinar coordenada.
- Os cuidadores principais e a família são parceiros ativos no controlo da dor.
- A tomada de decisão sobre o controlo da dor requer a colaboração da pessoa, dos cuidadores e da família.
- A dor não controlada tem consequências imediatas e a longo prazo, pelo que deve ser prevenida.
- O enfermeiro tem responsabilidade na avaliação e no controle da dor.
-
Deveres éticos e legais do enfermeiro:
- Participar na avaliação formal do processo e dos resultados no controlo da dor ao nível organizacional.
- Articular com outros profissionais de saúde na proposta de mudanças organizacionais que facilitem a melhoria das práticas de controlo da dor.
- Advocar uma mudança do plano de tratamento quando o alívio da dor é inadequado.
Avaliação da Dor
-
Importância:
- A dor é o quinto sinal vital.
- A dor deve ser registada sistematicamente.
- Utilizar uma escala de classificação para medir a intensidade da dor: Escala Visual Analógica, Escala Numérica, Escala Qualitativa ou Escala de Faces.
- Incluir na folha de registo dos sinais vitais um espaço próprio para registo da intensidade da dor.
Escalas de Avaliação da Dor
- Escala Visual Analógica: Linha com 10 cm, com “Sem dor” em uma extremidade e “Dor máxima” na outra. O paciente marca um ponto na linha que representa a intensidade da sua dor.
- Escala Numérica: Régua numerada de 0 a 10, com 0 correspondendo a “Sem dor” e 10 a “Dor máxima”. O paciente escolhe um número que representa a intensidade da sua dor.
- Escala Qualitativa: O paciente classifica a intensidade da sua dor utilizando adjetivos: “Sem dor”, “Dor ligeira”, “Dor moderada”, “Dor intensa”, “Dor máxima”.
- Escala de Faces: O paciente escolhe uma face que representa a intensidade da sua dor, com uma face feliz representando “Sem dor” e uma face triste representando “Dor máxima”.
Casos Clinicos
- Caso 1: Manuel (34 anos), dor aguda na região lombar com irradiação para a virilha (intensidade 7 na escala numérica). Temperatura timpânica: 36°C. PA: 130/65 mmHg. F.C: 120 bat/min. F.R: 24 ciclos/min.
- Caso 2: João (19 anos), dor de garganta com dificuldade em deglutir alimentos sólidos. Temperatura timpânica: 38,6°C. F.C: 120 bat/min. PA: 80/50 mmHg. F.R: 30 ciclos/min. Dor: 4.
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