Anatomia I - Membro Torácico

As articulações sinarcose unem a escápula aos músculos do tórax. Estas articulações permitem movimentos de elevação, abaixamento e rotação da escápula. Além disso, permitem a fixação da escápula ao tórax, garantindo estabilidade durante o movimento.

O músculo trapézio é um músculo amplo que se divide em porções cervical e torácica. A porção cervical eleva a escápula e a desloca cranialmente. A porção torácica desloca a escápula caudalmente e ajuda na sua fixação ao tórax.

O músculo omotransverso fixa a escápula e movimenta-a cranialmente. Bilateralmente, ele flete o pescoço ventralmente, enquanto unilateralmente, flete o pescoço lateralmente.

O músculo rombóide é um músculo que se divide em três porções: cabeça, cervical e torácica. Ele desloca a escápula cranialmente e a eleva dorsalmente, contribuindo para a sua fixação ao tórax.

O músculo serrátil ventral é dividido em duas porções: cervical e torácica. A porção cervical fixa a escápula ventralmente, enquanto a porção torácica fixa a escápula medialmente e auxilia na inspiração.

A articulação do ombro, ou articulação escapulo-umeral, é uma articulação esferoidal que une o úmero à escápula. Permite movimentos de flexão, extensão, rotação interna e externa, abdução e adução.

A cápsula articular do ombro é extensa e laxa, sendo reforçada por ligamentos que incluem o ligamento glenohumeral, o ligamento coracohumeral e o ligamento umeral transverso.

O ligamento glenohumeral reforça a cápsula articular do ombro, tanto medialmente quanto lateralmente. Nos carnívoros, ele é mais complexo e envolve tendões dos músculos infraespinhoso e subescapular.

O ligamento coracohumeral reforça a cápsula articular do ombro cranialmente. Nos equinos, ele se estende do tubérculo supraglenóide até às cavidades intertuberculares maior e menor.

O ligamento umeral transverso liga os tubérculos maior e menor do úmero, sendo por ele atravessado o tendão do bíceps braquial.

O músculo esternocefálico não tem função no ombro, embora tenha ligação com o membro torácico.

O músculo braquiocefálico é um músculo único que atua como anteversor do úmero. Ele se divide em duas porções: cleidobraquial e cleidocefálico.

A porção cleidobraquial do músculo braquiocefálico se origina na interseção clavicular e se insere na tuberosidade deltóide, na crista umeral e na fáscia do braço. Sua ação é a anteversão do úmero.

A porção cleidocefálico do músculo braquiocefálico se divide em três partes: cervical, mastóide e occipital. A porção cervical está presente apenas em carnívoros, a mastóide em equinos e a occipital em suínos e ruminantes.

O músculo supraespinhoso se origina na fossa supraespinhosa, na cartilagem escapular e na espinha da escápula, inserindo-se no tubérculo maior e, em equinos e ruminantes, também no tubérculo menor. Sua função é a anteversão do úmero.

O músculo infraespinhoso se origina na fossa infraespinhosa, na cartilagem escapular e na espinha da escápula. Ele se insere na rugosidade do músculo infraespinhoso e no tubérculo maior.

O músculo redondo menor se origina no bordo caudal da escápula e no tubérculo infraglenóide, inserindo-se na tuberosidade do músculo redondo menor. Ele atua como retroversor e rotador externo do úmero.

O músculo deltóide é um músculo que se divide em duas porções: escapular e acromial (não existe em equinos). As duas porções atuam como retroversor e rotador externo do úmero.

O músculo subescapular se origina na fossa subescapular e se insere na porção caudal do tubérculo menor do úmero. Ele é responsável pela rotação interna e retroversão do úmero.

O músculo redondo maior se origina no ângulo caudal da escápula e no bordo caudal adjacente, inserindo-se na tuberosidade do redondo maior. Ele é um retroversor e rotador interno do úmero.

O músculo grande dorsal se origina na lâmina externa da fáscia toracolombar e se insere na tuberosidade do redondo maior. Ele atua como rotador interno, propulsor do tronco e retroversor do úmero.

O músculo coracobraquial se origina na apófise coracóide e se insere na superfície semi-lunar em volta da tuberosidade do redondo maior. Ele é um adutor do ombro.

O músculo articular do úmero está presente em equinos, felinos e suínos. Ele se origina dorsalmente ao bordo caudal da cavidade glenóide e se insere na face caudal do úmero.

O músculo peitoral descendente se origina no manúbrio esternal e se insere na tuberosidade deltóide e na crista umeral. Ele é um aproximador do ombro.

O músculo peitoral transverso se origina na crista esternal e se insere na fáscia do cotovelo. Ele é um aproximador do cotovelo.

O músculo peitoral profundo, ou ascendente, se origina nas cartilagens costais, no processo xifóide, na túnica abdominal e nas esternebras. Ele se insere no tubérculo maior e no tubérculo menor.

O músculo subclávio está presente em equinos, suínos e roedores. Ele se origina na face lateral do esterno e se insere no bordo cranial da escápula. Sua função é fixar a escápula.

A articulação do cotovelo é formada pela união do úmero, rádio e ulna. Ela é composta por três articulações: a articulação úmero-ulnar, a articulação úmero-radial e a articulação radio-ulnar proximal.

A cápsula articular do cotovelo é ampla e envolve as três articulações. Ela é reforçada por ligamentos colaterais lateral e medial, além do ligamento do olecrânio, presente em carnívoros.

O ligamento colateral lateral do cotovelo é composto por uma parte profunda e uma parte superficial. A parte profunda se origina no epicôndilo lateral do úmero e se insere no bordo lateral do rádio.

O ligamento colateral medial do cotovelo é formado por uma parte profunda e uma parte superficial. A parte profunda possui duas bandas, originando-se no epicôndilo medial do úmero e inserindo-se no rádio e ulna.

O ligamento do olecrânio está presente em carnívoros e se origina no olecrânio, inserindo-se na fossa do olecrânio. Ele contribui para a estabilidade da articulação do cotovelo.

A articulação radiocubital proximal, presente em primatas e carnívoros, permite os movimentos de pronação e supinação do antebraço. Ela é formada pela união da circunferência articular do rádio com a incisura radial da ulna.

O ligamento interósseo do antebraço, presente em carnívoros, se localiza na região proximal do espaço interósseo, lateral à membrana interóssea do antebraço.

O ligamento anular do rádio, presente em carnívoros, forma um anel que segura o rádio e ulna, originando-se e inserindo-se na ulna. Sua função é manter a estabilidade da articulação radiocubital proximal.

A membrana interóssea do antebraço ocupa o espaço interósseo entre o rádio e a ulna, desde proximal a distal. Ela contribui para a estabilidade e flexibilidade do antebraço.

O músculo tensor da fáscia do antebraço se origina no bordo caudal da escápula e no tendão do músculo grande dorsal, inserindo-se no bordo caudal do olecrânio e na fáscia do antebraço. Ele atua como extensor da fáscia do antebraço e extensor do cotovelo.

O músculo tríceps braquial é um músculo que se divide em quatro cabeças: lateral, longa, acessória e medial. Sua função é a extensão do cotovelo.