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These notes provide an introduction to Cognitive Behavioral Therapy (CBT), outlining its key concepts, including cognitive-behavioral modification techniques and different theoretical models. The document also covers behavioral models, such as classical and operant conditioning.
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Introdução à PCC Três pressupostos comuns às diferentes formas de PCC A atividade cognitiva afeta o comportamento/reação afetiva modelo de psicopatologia. A atividade cognitiva pode ser monitorizada e modificada. A mudança comportamental / afetiva desejada pode ser alcançada através de mudança cog...
Introdução à PCC Três pressupostos comuns às diferentes formas de PCC A atividade cognitiva afeta o comportamento/reação afetiva modelo de psicopatologia. A atividade cognitiva pode ser monitorizada e modificada. A mudança comportamental / afetiva desejada pode ser alcançada através de mudança cognitiva Modificação cognitivo-comportamental Técnicas de modificação nas PCC: Conjunto de técnicas que têm por objetivo mudar o comportamento alterando pensamentos, interpretações, pressupostos e estratégias de resposta A mudança terapêutica emerge, sobretudo, da mudança cognitiva Modificação do comportamento e emocional como processo e resultado Principais modelos teóricos na PCC Modelos/ Terapias Comportamentais - 1ª geração Modelos/Terapias Cognitivistas – 2ª geração Modelos/Terapia Racional Emotiva (A. Ellis) Modelo/Terapia Cognitiva (A. Beck) Modelo/Terapia de Resolução de Problemas (D’Zurilla & Goldfried) Modelos/Intervenções focadas no autocontrolo/competências de coping Modelo/Treino da Autoinstrução e de Inoculação de Stress de Meichenbaum Modelo/Terapia dos Esquemas de J. Young* Psicoterapia Estrutural e Construtivista (Guidano & Liotti)* Modelos Terapias de 3ª geração (Mindfulness e aceitação)… Alguns mitos em torno da PCC… A PCC tem, necessariamente, resultados a curto prazo A PCC negligencia a expressão emocional, relegando as emoções para segundo plano A relação terapêutica não é fundamental na PCC PCC é sinónimo do “poder do pensamento positivo” A PCC encoraja o cliente a evitar a psicofarmacoterapia Outros mitos... MODELOS COMPORTAMENTAIS A 1ª geração de modelos de PCC- Pavlov, Skinner, Wolpe Os modelos Comportamentais ✓ Escola Reflexológica Russa – I. Pavlov Condicionamento clássico (e.g., Condicionamento de respostas emocionais – J. Watson) ✓ Condicionamento Instrumental - E. Thorndike Condicionamento operante – B. F. Skinner Comportamentalismo como escola dominante na investigação empírica americana durante várias décadas (dos anos 20 aos anos 60), mas não na prática clínica (dominada pela psiquiatria, sobretudo de cariz psicanalítico) Condicionamento Clássico (CC) ✓ Aprendizagem por associação de estímulos antecedentes ▪ Exemplos: Associação da cama a outros estímulos (e.g., comer, ler, trabalhar) → probabilidade de insónia Condicionamento “traumático”: Associação de estímulos relacionados a momentos de elevado perigo (e.g., restrição alimentar; evitamento de situações e locais) Associação também a nível fisiológico/interoceptiva (e.g., Respostas fisiológicas na perturbação de pânico) ✓ Desenvolvimento de respostas emocionais (e.g., medo/ansiedade; nojo/náusea) Condicionamento de respostas reflexas (e.g., respostas emocionais: medo) Exemplo: Fobia específica à condução: Processos básicos de aprendizagem versus mudança por CC ✓Condicionamento de respostas reflexas Emparelhamento de Estímulos Neutros (EN) com Estímulos Incondicionados (EI) (associação entre estímulos antecedentes). ✓ Extinção/habituação: Quebra da associação entre Estímulo Condicionado (EC) e a Resposta Condicionada (RC) através da exposição ao EC na ausência do EI. ✓Contracondicionamento/Inibição Recíproca: Associação do EC a estímulos que provocam respostas opostas/antagónicas (e.g., tensão versus relaxamento; medo vs prazer) ✓Outros processos (e.g., Discriminação do EC; generalização da RC) ➔ Exemplo: Criança com medo do dentista ✓Condicionamento de respostas reflexas A criança aprende a ter medo (RC) de ir ao dentista, associando a consulta a uma resposta emocional não aprendida (RI) que resulta da dor que sente por ter um dente cariado (EI) ✓ Extinção/habituação: A criança vai repetidas vezes ao dentista e não tem qualquer experiência dolorosa; o medo do consultório do dentista desaparece. ✓Contracondicionamento/Inibição Recíproca: A criança vai ao consultório do dentista, mas é introduzido um momento de brincadeira relaxante ✓Generalização da RC A criança tem medo do consultório do dentista e de lugares idênticos, incluindo os consultórios de outros médicos que estão lá dentro vestidos com bata branca, e de odores e sons habituais. ✓ Discriminação do EC A criança vai com a mãe ao consultório do médico dela e aprende que ele não está associado à dor do EI. Será o CC um processo puramente comportamental? Embora seja incontestável que há aprendizagens por condicionamento reflexo, tem havido tentativas de reinterpretação do processo de CC: “O condicionamento Pavloviano não é um processo estúpido pelo qual o organismo forma associações entre dois estímulos que casualmente coocorrem. Pelo contrário, o organismo é mais adequadamente visto como pesquisador de informação, usando relações lógicas e percetuais entre os acontecimentos, bem como as suas próprias pré-conceções, de modo a formar uma representação sofisticada do mundo”. (Rescorla, 1988, citado em McAdams, 2003, p. 195) Processos CC versus técnicas terapêuticas nas PCC ✓Extinção / Habituação Exposição gradual (ao vivo ou por imaginação) - Hierarquia de exposição a situações ansiógenas / Unidades Subjetivas de Desconforto (USD) (e.g., Fobias, PAS, POC) → Superar gradualmente a ansiedade, expondo-se a situações/estímulos que a desencadeiam, de uma forma estruturada e controlada (das menos anx até às mais desafiadoras) - E/PR: Exposição (com prevenção de resposta) (e.g., POC) → Exposição controlada do paciente a situações, pensamentos ou estímulos que desencadeiam obsessões - Exposição interoceptiva (e.g., Resposta fisiológicas na Pert. pânico) → Exposição controlada e gradual do paciente a sensações e estímulos internos do corpo (ex., reações fisiológicas, sensações físicas ou pensamentos perturbadores) Exposição total - Flooding: -Exposição intensiva e prolongada a uma situação, objeto ou estímulo que causa ansiedade ou medo, com o objetivo de reduzir a resposta ao longo do tempo. → Imersão: exposição total, prolongada, ao vivo (com prevenção da resposta de evitamento) → Implosão: exposição total, prolongada, por imaginação (com prevenção da resposta de evitamento) Exposição gradual: Hierarquia de situações que provocam medo – Exemplo: ✓ Contracondicionamento/Inibição recíproca Dessensibilização Sistemática Joseph Wolpe (anos 50) – Indicada para fobias específicas* Componentes: - 1º Treino de relaxamento muscular progressivo de Jacobson (RMP): consiste em contrair e relaxar grupos musculares específicos, em sequência. Desta forma, cada um vai-se tornando mais consciente do seu corpo e das sensações físicas, ao mesmo tempo que relaxa. - 2º Construção de Hierarquia de Situações Temidas / USD - 3º Emparelhamento por imaginação e/ou ao vivo das situações temidas com a resposta de relaxamento (antagónica) Nota: A implementação implica a Exposição gradual + Prevenção da resposta de evitamento + Relaxamento - RMP ✓ Condicionamento reflexo – Exemplos: Treino da retenção da urina (e.g., Enurese noturna) Higiene do sono (e.g., Insónia/Hipersónia): Condicionamento reflexo + Discriminação do estímulo ✓Discriminação do estímulo (e.g., Tabagismo; comportamentos aditivos; insónia) Condicionamento Operante (CO) Os trabalhos de Thorndike no início do século XX: Novidade: análise do processo de aquisição de novas aprendizagens Experiência do gato na caixa Processo de aprendizagem de respostas instrumentais Processo de ligação entre estímulos dados e uma nova resposta Processo de ligação entre estímulos dados e uma nova resposta Estas ligações são enfraquecidas ou fortalecidas em função das consequências ou efeitos do comportamento Noção de operante: operante versus instrumental Os trabalhos de Thorndike no início do século XX: -Lei do efeito As consequências do comportamento (k) reforçam as ligações entre estímulos e respostas. -Lei do uso e do desuso O fortalecimento das conexões entre um estímulo e uma nova resposta depende do número de vezes que o estímulo é emparelhado com a nova resposta. (ex. comida e levantar alavanca) Pavlov e Thorndike - estímulo antecedente constituía um elemento fundamental na aprendizagem VS Skinner: O meio não estimula unicamente o comportamento O meio seleciona o comportamento através das suas consequências - Retirada elemento subjetivo às ideias de Thorndike - A valorização das consequências do comportamento Principais leis: K + consequência reforçadora = K aumenta K - consequência reforçadora = K diminui - Modelo ABC: E – R – C Diferenças da aprendizagem por CC: Papel das consequências; abarca modalidades de comportamento não cobertas no CC; remete para a aprendizagem de novos comportamentos (não inatos). Processos fundamentais de CO REFORÇO Consequências e aumento da probabilidade de um comportamento Orientado pela busca de prazer e a fuga à dor - Reforço positivo: Acontecimentos que são apresentados após a resposta - Reforço negativo: Acontecimento que põe fim a uma situação aversiva PUNIÇÃO Consequências e diminuição da probabilidade de um comportamento: - Punição positiva: Acontecimento aversivo é apresentado como consequência do k - Punição negativa: Retirada de acontecimento positivo como consequência do k EXTINÇÃO Fazer com que determinada resposta deixe de ser seguida da respetiva consequência leva ao seu enfraquecimento Outros conceitos/Processos: Moldagem Estímulo Discriminativo/Controlo do estímulo (antecedentes) Comportamentos também são controlados pelos estímulos antecedentes - Reforço diferencial → Reforço de uma resposta na presença de um estímulo (estímulo discriminativo) e do não reforço dessa mesma resposta quando na presença de outro estímulo (estímulo delta). → Quando uma resposta é controlada por estímulos antecedentes, o comportamento é considerado estar sobre o controlo de estímulos Escalas de Reforço (Contínuas e Intermitentes) Programas em que os reforços são usados em resposta a um dado comportamento → Contínuas: Todas as respostas operantes são seguidas de reforço → Intermitentes: Somente algumas das respostas são seguidas de reforço Por proporção de respostas: Fixo ou variável Por intervalos de tempo: Fixo ou variável DIFERENÇAS DA APRENDIZAGEM POR CONDICIONAMENTO CLÁSSICO Papel das consequências - Principais fatores reguladores da aprendizagem Abarca modalidades de comportamento não cobertas no CC - De respostas reflexas do organismo a respostas instrumentais aprendidas Remete para a aprendizagem de novos comportamentos (não inatos). - Através da manipulação sistemáticas das consequências, é possível produzir novas aprendizagens e extinguir aprendizagens antigas. Fatores de influência da gestão de consequências / contingências: Contingência Consistência Diferenças individuais Tempo entre o Comportamento e a Consequência … Exemplo de um sistema de reforços: Ativação comportamental – Exemplo (Sousa et al., 2016; Manual de autoajuda para a depressão - Projeto Stop Depression) Objetivo: Aumentar a exposição a experiências de prazer e que envolvem desempenho eficaz de tarefas. 1. Tipos de atividades semanais? a. Rotina b. Necessárias c. Prazer 2. Grau de dificuldade? a. Baixo b. Médio c. Elevado 3. Agenda de atividades semanal (revisão semanal)* Inicialmente, foco nas atividades de prazer e de rotina 4. Definição de recompensas 5. Treino do relaxamento / Respiração diafragmática 6. Importância da atividade/exercício físico Aprendizagem Social “Embora uma grande quantidade de aprendizagens tenha lugar através do treino e reforço direto, grande parte do repertório comportamental da pessoa pode ser adquirido através da imitação ou daquilo que uma pessoa observa nos outros” (Bandura, 1961 p.151) Aprendizagem vicariante: Grande parte da aprendizagem verifica-se através de um processo de observação da execução de modelos sociais e das suas respetivas consequências Paradigma de transição entre as abordagens comportamentais e as cognitivas. Contexto da aprendizagem: Interação Situação observada Processos cognitivos do observador aprendizagem não é apenas uma resposta passiva ao reforço e à punição, mas também envolve um processo ativo de observação, interpretação e tomada de decisão por parte da pessoa. Princípios da Teoria da Aprendizagem Social Estudo de Bandura (1965) – “Bobo doll” A aprendizagem de um comportamento pode ocorrer pela simples observação de um modelo, independentemente das consequências (C) da sua execução – MODELAGEM O reforço ou a punição, sejam simbólicos ou reais, contribuem para a inibição ou desinibição do comportamento aprendido – PRÁTICA COMPORTAMENTAL (imitação). Modelagem Comportamental versus Modelagem Cognitiva Aprendizagem mais efetiva com a conjugação de ambos os tipos Implicações terapêuticas – Exemplo de técnicas Modelagem comportamental Modelagem cognitiva | Exemplo: Psicoeducação* (e.g., informação, biblioterapia) - Processo de modelagem do discurso interno - Estudo de Goodwin e Mahoney (1975): Para a redução de comportamentos agressivos, os observadores podem aprender um discurso interno de controlo através de um processo de modelagem ; Capacidade de generalizar esse discurso, desde que instruídos para tal e lhe seja proporcionada uma possibilidade de prática Prática comportamental / Generalização (e.g., repetição dos comportamentos aprendidos e generalização de competências na vida quotidiana) Role-play: modelagem comportamental, cognitiva e prática comportamental simulada de situações de interação social Técnicas utilizadas, sobretudo, no treino de competências – Exemplo: Comunicação/interpessoais (e.g., treino da assertividade); regulação emocional (e.g., respiração diafragmática, relaxamento)... Exemplo: Psicoeducação sobre a depressão “Qualquer pessoa num determinado momento da sua vida pode sentir-se triste, sendo este um sentimento normativo face, por exemplo, a um acontecimento negativo vivenciado. No entanto, num quadro de depressão, a pessoa pode sentir-se mais triste e durante mais tempo, estando este sentimento normalmente associado a perda de interesse nas tarefas diárias (i.e., tarefas que fazem parte da vida da rotina da pessoa) e/ou perda ou diminuição da sensação de bem-estar e de prazer associada a essas e a outras tarefas anteriormente positivas para si (e.g., tarefas de lazer)” “Como é que a depressão se tem manifestado, segundo este ciclo na tua vida?” Exemplo: Role-play Treino da assertividade Passos de execução: 1º Modelagem comportamental/cognitiva - Terapeuta 2º Repetição / Imitação / Prática comportamental - Cliente 3º Feedback – Terapeuta Exemplo: Complemento com o recurso a gravação em vídeo, visualização e análise conjunta terapeuta – cliente (e.g., Treino de competências sociais/Comunicação verbal e não verbal com adolescentes e adultos com PAS) →Exemplo de Role Play Esta é uma oportunidade para desempenhar um outro papel, de agir como se fosse outra pessoa. Fale como se fosse realmente essa pessoa e se encontrasse na situação descrita. Instruções: Escute a pessoa que está irritada, procure compreender o que a pessoa está a dizer e a sentir, decida se pode dizer ou fazer algo para resolver a situação, se considera poder, tente lidar com a agressividade da outra pessoa. “Marcou um encontro com um colega, no entanto, apanhou muito trânsito pelo caminho e chegou cerca de 20 minutos atrasado. Quando chega ao local combinado o seu colega confronta-o de forma muito agressiva com o seu atraso.” MODELOS COGNITIVOS | A 2ª geração de PCC… Princípios gerais: Modelos “mais” cognitivistas: “Assumem que as desordens emocionais são a consequência de pensamentos desadaptados. Assim o objetivo … é o de estabelecer padrões de pensamentos mais adaptados” (Dobson & Block, citados por Ó. Gonçalves, 1993, p. 114) Modelos racionalistas: Foco no processamento racional de informação (e.g., metáfora do computador) Três modelos de terapia diferenciadores: Terapia de Resolução de Problemas (D’ Zurilla & Goldfried, 1971) Terapia Racional Emotiva Comportamental (A. Ellis) Terapia Cognitiva (A. Beck) Terapia de Resolução de Problemas – TRP (D’Zurilla & Goldfried, 1971; D’Zurrilla & A. Nezu, 2010) Abordagem que se foca no “treino de atitudes e competências construtivas de resolução de problemas” (D’Zurilla & Nezu, 2010, p.197) Objetivos: Diminuir sintomas psicopatológicos Aumentar o funcionamento psicológico e comportamental Aumentar a qualidade de vida no geral No geral, ajudar as pessoas a gerir de modo mais eficaz os desafios de vida, prevenindo assim a psicopatologia e promovendo o bem estar, a curto prazo. Anos 70 do séc. XX: A TRP surge integrada no movimento que defendia a modificação do comportamento como um produto mediado cognitivamente, visando facilitar e promover o autocontrolo e o sentido de mestria, e potenciar a generalização das mudanças comportamentais. Processo de resolução de problemas (D’Zurilla, 1988) “O processo de resolução de problemas pode ser definido como um processo cognitivo-afetivo-comportamental, através do qual um individuo tenta identificar, descobrir e inventar meios eficazes e adaptativos de lidar com os problemas da vida diária” Eficácia demonstrada em diferentes: Populações: crianças, adolescentes e adultos Modalidades de IP: individual, grupo, casal, familiar... Perturbações psicológicas: esquizofrenia, depressão, PAG... Problemáticas: Doença crónica (e.g., diabetes, cancro), agressores, vítimas... Tipos de IP: Promoção, prevenção (universal, seletiva, indicada) e remediação Modelos concetuais da TRP Modelo de resolução de problemas sociais (D’Zurilla & Goldfried, 1971) Modelo relacional/resolução de problemas de stress e bem estar (e.g., Lazarus & Folkman, 1981) Eficácia das estratégias de resolução de problemas aumenta quando a pessoa: 1. Interpreta um acontecimento de vida stressor como um desafio ou “problema a ser resolvido”. 2. Acredita que é capaz de o resolver eficazmente. 3. Define claramente o problema e um objetivo realista. 4. Gera várias alternativas de solução/estratégias de coping. 5. Escolhe a solução com maior probabilidade de eficácia. 6. Implementa a solução de modo eficaz. 7. Observa e avaliar o resultado. Na avaliação o terapeuta deve estar atento a: Acontecimentos de vida negativos (e.g., desemprego) Problemas de vida quotidianos –pessoais e interpessoais (e.g., dívidas, conflito conjugal) Respostas emocionais de stress (e.g., ansiedade, humor deprimido e/ou irritabilidade) Dificuldades ou distorções na orientação para o problema (e.g., causalidade externa) Dificuldades no estilo de resolução de problemas (e.g., procurar emprego através do envio de CV por email ou esperar iniciativa de outrem) Défices de competências de implementação (e.g., competências interpessoais, soft skills) A TRP aplica-se com o objetivo de: 1. Aumentar a orientação positiva do cliente para o problema. 2. Diminuir a orientação negativa do cliente para o problema. 3. Melhorar as competências de resolução racional/fllexível de problemas. 4. Diminuir ou prevenir a resolução de problemas impulsiva e não acautelada de consequências negativas. 5. Minimizar a tendência para evitar resolver o problema. + Treinar competências complementares sempre que necessário (e.g., assertividade, interpessoais) 6 passos da resolução de problemas: Acrónimo ADAPT Terapia Racional Emotiva Comportamental - TREC (Albert Ellis) “People disturb themselves by the rigid and extreme beliefs that they hold about things” O percurso de Ellis: Self-help A rejeição do seu treino analítico A influência do racionalismo da antiguidade: os indivíduos são perturbados pela sua visão dos acontecimentos -racionalismo filosófico Influências neo-analíticas (a tirania do dever – musturbation/ Musturbatory thinking) e comportamentais A popularidade da sua abordagem O Modelo ABC da TREC: A: Acontecimentos ativadores, situações em que a pessoa se sente impedida de alcançar os seus objetivos e necessidades B (belief): Cognições, pensamentos, ideias que a pessoa tem sobre os A C: Reações emocionais e comportamentais aos A + B. ✓Pressuposto central: As pessoas não são diretamente perturbadas pelos acontecimentos de vida, mas sim, pela interpretação/significado que atribuem a esses acontecimentos. ✓Primado da racionalidade/razão versus “tirania do dever” Exemplos A: A Rosa olha para o seu corpo refletido no espelho. B: Pensa que está gorda. C: Sente-se deprimida. A: O João tem uma dor de estômago. B: Pensa que pode ser cancro. C: Tem uma crise de ansiedade. A: Encontraste um velho amigo que consumia B: “Fogo, passámos mesmo bons momentos. Aposto que podia fumar só mais um. Nunca ninguém vai saber" C: Sente um desejo intenso e por isso consumiu A: Encontraste um velho amigo que consumia B: “Sei que nunca vai ser apenas um charro. Já tentei isso antes e não funcionou. Não quero fumar. Não vale a pena. C: Tem menos desejo, sai imediatamente da situação e telefona a um amigo ou patrocinador. Não fuma. Crenças racionais e irracionais Crenças irracionais: Cognições, ideias ou filosofias que, carecendo de suporte lógico ou empírico, impedem a satisfação das necessidades e objetivos mais básicos dos indivíduos – absolutistas. Caracterizadas por uma filosofia absolutista face à realidade que impõe emoções e comportamentos inadequados (e.g., fuga e evitamento, depressão, ansiedade, culpa, vergonha) – Tirania do dever (“ter que”). Como se identificam crenças irracionais? Exemplos: Pensamento: “Estou com medo”. B: Existe algum perigo lá fora, por isso, é necessário sentir medo. Pensamento: “Odeio homens!” B: O género masculino tem necessariamente defeito. Pensamento: “É horrível sentir-me infeliz.” B: Uma das piores coisas que pode acontecer a uma pessoa é estar num estado emocional desagradável. Pensamento: “Não valho nada porque não sou rico.” B: O valor da pessoa mede-se pela quantidade de dinheiro que tem. Pensamento: “Isto não devia estar a acontecer comigo.” B: Existe uma ordem universal para todas as coisas, por isso, posso legitimamente manifestar-me contra o mundo quando esta ordem natural é violada. Mais alguns exemplos de crenças irracionais… É absolutamente necessário ser amado por todos e por tudo o que se faz. É horrível quando as coisas não acontecem tal e qual como desejamos. A miséria humana é imposta por pessoas, acontecimentos e fatores externos à pessoa. Se uma coisa é assustadora ou perigosa o indivíduo deverá preocupar-se imenso com isso. A pessoa tem que ser completamente competente, inteligente e bem sucedido em todos os aspetos possíveis. A pessoa não controla as suas emoções, por isso, não pode evitar sentir-se de determinado modo. Portanto… crenças absolutistas, que deverão e podem ser substituídas por crenças mais flexíveis, lógicas e coerentes com a realidade. Passos fundamentais da terapia de Ellis 1º Avaliação e concetualização ABC Recurso ao registo/automonitorização : Identificação das crenças irracionais. 2º Substituição progressiva das crenças irracionais por crenças mais flexíveis e adaptadas através de inúmeras técnicas cognitivas, emocionais e comportamentais. Questionar, desafiar e debater crenças irracionais ou pensamentos Disputa racional (Debate socrático) disfuncionais que causam sofrimento emocional ou comportamental. 4 fases do processo de TREC | Técnicas de disputa racional 1. Debate/Análise lógica Conjunto variado de técnicas e estratégias intencionalmente utilizadas com o objetivo de questionar a racionalidade e a evidência lógica das crenças do cliente. 2. Discriminação/Técnicas de inversão 3. Imaginação e dramatização 4. Prática ao vivo DEBATE/ANÁLISE LÓGICA - EXEMPLOS Identificar as crenças e pressupostos inerentes – Automonitorização Transformar as crenças em afirmações racionais e ajustadas. Atitudes de distanciamento: Distinguir factos de opiniões - Distinguir pensamentos de ações - Aceitação de factos comprovados - Evitar conclusões absolutistas - Distinguir hipóteses de factos - Não aceitar qualquer teoria a priori - Não rejeitar qualquer teoria a priori - Procurar evidências e contra-evidências para teorias pessoais - Abandonar teorias impossíveis de testar Análise de evidências: - Que razões palpáveis apoiam esta crença? - Há provas da sua falsidade? - Há provas da sua concretização? - Realisticamente e objetivamente, o que é provável que aconteça? - O que poderá acontecer se continuar a pensar assim? Conclusões: - Resumo e integração de crenças racionais alternativas. Objetivo global: Substituir crenças irracionais/absolutistas por formas mais relativistas e adaptáveis às características e necessidades pessoais e realidade em que se insere. (e.g., substituir depressão por tristeza, culpa por pena…) Terapia Cognitiva (Aaron Beck) Evolução da Terapia Cognitiva (A. Beck) Aaron Beck: ▪Principal figura na génese do movimento cognitivista da psicoterapia ▪Formação inicial: Psiquiatra (Medicina na Universidade de Yale, em 1956) Psicanalista (Completou a sua formação em Psicanálise no Instituto de Psicanálise de Filadélfia) Evolução do Modelo de TCC de Beck: ▪ Desilusão com resultados empíricos de avaliação da eficácia das intervenções psicanalíticas (nomeadamente, na depressão) ▪ Rejeição da tese de que a depressão tem por base uma hostilidade autodirigida (modelos psicodinâmicos) ▪ Identificação de padrões de distorções cognitivas negativas (pensamentos e crenças) transversais aos casos de depressão – Tratamento focado no teste da realidade. ▪Em 1961: Esqueleto de base Terapia Cognitiva Mais tarde funda Beck Institute for Cognitive Behavior Therapy (Pensilvânia, EUA) ▪Alargamento da TC depressão para outros domínios: ansiedade, perturbações da personalidade, … e das estratégias e técnicas de intervenção - TCC ▪Ainda hoje o seu modelo permanece como uma das terapias empiricamente apoiadas, nomeadamente, para a depressão. Leitura de um artigo sobre TCC "Isto faz realmente sentido. "Esta abordagem é "Isto é muito difícil. Sou tão Finalmente, um livro que me demasiado simplista. burro. Nunca vou dominar isto. ensinará realmente a ser um Nunca irá funcionar". Nunca vou conseguir ser bom terapeuta"! terapeuta". Entusiasmo Desilusão Tristeza Continuar a ler Fechar o livro Liga a Netflix Estruturas, processos e produtos cognitivos (Beck & Clark, 1988) Três grandes grupos de dimensões cognitivas Produtos cognitivos - Pensamentos automáticos: autoverbalizações, pensamentos espontâneos/discurso interno– o resultado final de todo o processamento cognitivo. Processos cognitivos – Erros ou distorções cognitivas/crenças intermédias: regras de processamento de informação Estruturas cognitivas – Esquemas cognitivos/Crenças centrais: representações estáveis que o sujeito faz de si próprio e do mundo; conjunto e organização de esquemas cognitivos OBJETIVO DA TC Conduzir à reestruturação dos esquemas cognitivos, corrigindo os erros de processamento de informação mediante o teste empírico das cognições disfuncionais do/a cliente. Hierarquia de processos cognitivos - Exemplo: 1. Ana é rejeitada sucessivas vezes pela mãe. 2. Vai gerando uma crença central sobre si do tipo “ninguém gosta de mim” (Esquema: “unlovable”: não sou passível de ser amada...). 3. Perante qualquer sinal no presente de eventual rejeição por parte de outrem, ativará facilmente este esquema/crença central, gerando pensamentos automáticos negativos. 4. Aumenta a probabilidade de notar rejeições porque os esquemas /crenças centrais guiam a atenção e a seleção de informação (Erro cognitivo: Abstração seletiva). 5. Como tal, poderá pensar muito facilmente e em diferentes situações que não gostam dela (Pensamento automático). 6. Em última análise, poderá chegar a um quadro depressivo. Pensamentos automáticos (PA) Podem assumir diferentes formas: ▪ Autoverbalizações ▪ Diálogos internos ▪ Imagens ou fantasias São acessíveis à consciência Surgem espontaneamente, mas acabam por se tornar previsíveis logo que as crenças /erros são identificados. Não são resultado de raciocínios. PA disfuncionais que distorcem a realidade, trazem perturbação emocional, e impedem o cliente de atingir os seus objetivos. São quase sempre negativos (exceto clientes com mania ou hipomania, pert. personalidade narcísica, ou abuso de substâncias) Os PA podem ser avaliados de acordo com sua validade e utilidade São distorcidos e ocorrem apesar de evidências em contrário, pelo que as pessoas os aceitam como verdadeiros Técnicas para identificar PA: 1º Identificar acontecimentos/eventos problemáticos 2º Questão central: O que pensou naquele momento? 3º Outras questões: O que acha que terá pensado naquele momento? Acha que estaria a pensar _______ ou ________? (várias possibilidades) Estaria a pensar em algo que poderia ter acontecido ou a recordar algo que aconteceu? O que significou esta experiência / situação para si? Estaria a pensar que ________? (formular um pensamento oposto ao expectável). ✓ Auto monitorização / autoregisto* 1) Quais são as provas de que o pensamento automático é verdadeiro? Quais são as provas de que não é verdadeiro? 2) Existem explicações alternativas para esse acontecimento, ou formas alternativas de ver a situação? 3) Quais são as implicações se o pensamento for verdadeiro? Qual é a coisa mais perturbadora sobre ele? Qual é o ponto de vista mais realista? O que posso fazer a esse respeito? Distorções/Erros cognitivos e Crenças intermédias Regras de processamento de informação Esquemas e crenças centrais disfuncionais originam erros no processamento de informação, gerando pensamentos automáticos negativos Existem diferentes tipos de erros cognitivos e podem assumir a forma de crenças intermédias (expressas pelo cliente nos PA) Tipos de distorções / Erros cognitivos Pensamento “tudo ou nada” / dicotómico: Interpretar a situação de acordo com duas categorias opostas em vez de um continuum Percecionamos os acontecimentos em termos absolutos (bom ou mau, bem ou errado, justo ou injusto) Ex: “Se eu não for excelente, vou ser um fracasso.” “Se o meu advogado não ganhar o caso, sou um fracasso total e minha vida está arruinada.” Catastrofização: Prever o futuro , antecipar resultados e consequências negativos sem considerar outros resultados possíveis, mais realistas e plausíveis Esperar o pior cenário possível Ex. “Vou ficar tão nervosa que nem vou conseguir falar”. “Tenho a certeza de que serei condenado, não importa o que faça no tribunal. Tudo vai dar errado.“ “O que aconteceu comigo foi terrível e minha vida está destruída para sempre. Nunca vou me recuperar disso.” Magnificação/Minimização: Aquando da avaliação de si próprio, de outra pessoa ou situação, maximizar de forma irrealista os aspetos negativos e minimizar os positivos. Ex: “Ter uma nota medíocre confirma o quão incapaz eu sou de aprender isto”. “Ter boas notas não prova que sou inteligente.”/ “Eu não sou assim tão culpado. Ela também queria. Ela provocou-me.” Abstração seletiva (ou Filtro mental): Focar a atenção num detalhe negativo em vez de considerar o acontecimento no seu todo. Ex: “Fui repreendido pelo meu chefe (primeira vez em 10 anos na mesma empresa), por isso, sou um funcionário incompetente” “A festa de ontem não correu bem, uma colega foi ao bar buscar bebidas para ela e mais duas colegas (num grupo de 10) e nem me perguntou se eu queria beber qualquer coisa”. Inferência arbitrária ou “leitura de pensamento”: Acreditar que se sabe/adivinha o que os outros estão a pensar, não conseguindo considerar outras razões mais plausíveis. Ex: Eu sei que ele (o chefe) pensa que eu não percebo nada sobre este projeto e que não vou ser capaz de o concretizar” Sobregeneralização: Retirar uma conclusão negativa sobre algo que vai muito para além da real situação em causa A partir de uma ou poucas experiências negativas selecionadas, torna-las universais ou esperar que sejam verdade para sempre Ex: “Não me senti à vontade no primeiro dia de aulas com a nova turma, por isso, não vou conseguir/não tenho capacidade para fazer novos amigos.” “Depois do que aconteceu comigo, não posso mais confiar em ninguém. Todas os homens são maus e só se querem aproveitar.” Personalização: Acreditar que somos a causa dos comportamentos ou atitudes negativas dos outros, sem considerar outras possibilidades mais plausíveis Ex: “O meu chefe hoje chegou à empresa com ar de zangado e não me cumprimentou, ainda é por causa do que aconteceu comigo (reprimenda).” Raciocínio emocional: Acreditar que algo é verdadeiro porque “sentimos”, ignorando e desvalorizando sinais e evidências contra. Ex: “Eu sinto que ele (o chefe) não confia na minha capacidade” Rotulagem/Categorização: Colocar/Atribuir um rótulo fixo e inflexível a si próprio sem considerar evidências mais razoáveis que preveniriam consequências mais graves. Ex: “Eu sou intelectualmente limitada”; “Eu sou tímida”; “Eu sou desastrada”. Afirmações do tipo “Tenho que…” / “Eu devia…” (Imperativos): Ter uma ideia precisa, clara, fixa e inflexível sobre como o próprio e os outros se devem comportar (regras), sobrestimando consequências negativas estimadas caso essas expectativas não sejam cumpridas. Ex: “É terrível cometer erros. Eu tenho que ser perfeita em tudo o que faço” “Um bom funcionário nunca pode cometer ou desiludir o chefe” Técnicas para identificar Erros cognitivos e Crenças intermédias (e crenças centrais) Identificar uma crença que emerge sob a forma de pensamento automático Devolver a primeira parte de um tipo de erro. Elicitar diretamente o erro/crença Análise de temas comuns entre PA Perguntar diretamente ao cliente ✓Técnica da “seta descendente” Técnica da “seta descendente”(adaptado de J. Beck, 2011) - Exemplo 1: T: Joana, para sumariar, a Joana estava a estudar ontem à noite, já tarde, e estava a percorrer os seus apontamentos das aulas quando teve o pensamento: “Estes apontamentos não fazem sentido…!”, e sentiu-se triste. C: Sim. T: Ok… Nós ainda não exploramos as evidências para percebermos se a Joana tem ou não razão em pensar assim. No entanto, eu gostava de tentar perceber com a Joana porque é que este pensamento a fez sentir-se tão triste. Para o fazermos, teremos que partir do pressuposto de que a Joana está certa, ou seja, os seus apontamentos não fazem de facto sentido. A ser verdade, o que é que isto significaria para si? C: Que não tiro bons apontamentos nas aulas. T: Ok… A ser verdade que não tira bons apontamentos nas aulas, o que é que isso significaria para si? C: Que sou uma má aluna (Crença intermédia: Se não tiver bons apontamentos, sou má aluna” /Erro: Pensamento dicotómico) T: E o que significaria para a Joana ser má aluna? C: Que eu não sou capaz/competente. (Crença central: “Eu sou incompetente”/Esquema: “Incompetência) A Terapia Cognitiva Visa a modificação das estruturas (esquemas e crenças centrais), processos (erros cognitivos e crenças intermédias) e conteúdos cognitivos (pensamentos automáticos) através do teste empírico da realidade dessas cognições. Inicialmente Beck utilizou, sobretudo, dois tipos de técnicas - cognitivas e comportamentais. Mais recentemente, a TCC incluiu outro tipo de técnicas, nomeadamente, imagéticas e emocionais. Técnicas de Reestruturação Cognitiva - 4 grandes grupos: 1) Comportamentais 2) Cognitivas 3) Emocionais 4) Resolução de problemas e treino de competências Objetivo: Reestruturação cognitiva Técnicas cognitivas Psicoeducação Estabelecer o contrato terapêutico Biblioterapia Explicar como os pensamentos criam sentimentos Distinguir pensamentos de fatos Prática ao vivo de formas de pensamento alternativas a partir da auto monitorização: Auto registo (3/6 colunas): - Inclusão de uma alternativa ao pensamento automático (mais realista) - Resultados (Escala 0 – 100% de crença) Técnicas cognitivas de reestruturação de PA, distorções cognitivas e crenças intermédias Processo colaborativo (≠ de confronto) No início desconhece-se a validade do PA, pode ser realista O desafio direto pode levar o cliente a sentir-se invalidado e posto em causa em termos de capacidade de auto crítica O desafio direto/ confronto de um PA viola um princípio fundamental da TCC - O empirismo colaborativo: Terapeuta e cliente em conjunto exploram e analisam o PA, testam a sua validade e/ou utilidade e desenvolvem alternativas mais adaptativas Identificar emoções (emoções como GPS para os PA): - Distinguir PA de emoções - A ligação entre pensamentos, emoções e comportamento deve fazer sentido ao cliente - Por vezes os clientes têm um pobre vocabulário emocional, ou têm dificuldade em expressar verbalmente o que sentem - Trabalhar o conteúdo emocional das situações, com apoio de biblioterapia - Classificar o grau de intensidade emocional - Ajudar a testar a crença de que a intensidade emocional é intolerável - Usar a intensidade emocional como guia na terapia Examinar a lógica dos pensamentos - Debate socrático (*) Conjunto variado de técnicas intencionalmente utilizadas com o objetivo de questionar a racionalidade e a evidência lógica dos PA e das crenças do cliente. Manter um registo diário – Auto-registo Teste da realidade (e.g., experiências comportamentais; exposição) Outras…. *Debate/Questionamento Socrático Principais tipos de questões (J. Beck, 2011, 2021; Leahy et al., 2012) 1. Questões orientadas para o levantamento de “evidências” do PA / Análise de evidências: Que provas/evidências/situações apoiam este pensamento? Existem evidências contra este pensamento? 2. Questões de exploração de “explicações alternativas” / Reenquadramento: Existe alguma explicação alternativa? De que outra forma poderíamos explicar isto? 3. Questões de descatastrofização O que seria o pior que podia acontecer? Se acontecesse o pior, como lidaria com isso? O que seria ideal acontecer? O que será o mais provável e realista a acontecer? 4. Questões de análise do “impacto” do PA Quais são as consequências de pensar e acreditar que _______ (PA)? Qual seria a diferença se pensasse de outra maneira? 5. Questões de distanciamento O que diria à/ao _____ (familiar, amigo) se esta/e estivesse na mesma situação? 6. Questões orientadas para a resolução dos problemas O que acha que pode fazer? O que sugere como solução? 7. Outras técnicas: Variar o tipo de questões; Self-disclosure; Identificar Erros Cognitivos / Crença intermédias Quando os Pensamentos Automáticos são realistas… Foco na resolução do problema Confirmar a validade do pensamento Promover a aceitação Reestruturação de Esquemas cognitivos e Crenças centrais Representações estáveis acerca de si, dos outros e do mundo Dão significado à experiência vivida Estão armazenados na MLP Funcionam de forma tácita (inconsciente) e antecipam a realidade Selecionam preferencialmente estímulos consistentes com o respetivo conteúdo (top-down) – Atenção seletiva ▪Diferentes quadros psicopatológicos têm por base diferentes estruturas cognitivas. - Depressão: Tríade cognitiva - negatividade sobre si, o mundo e o futuro; foco na perda e incompetência; - Ansiedade: foco na vulnerabilidade pessoal e no perigo do mundo.