Psicologia da Saúde PDF
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Este documento discute a psicologia da saúde, incluindo diferentes modelos de saúde e doença, como o modelo biomédico e o modelo biopsicossocial. Aborda também como as visões de saúde mudaram ao longo dos tempos e as principais causas de mortalidade no mundo moderno.
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PSICOLOGIA DA SAÚDE CAPÍTULO 1 1. Como as visões de saúde mudaram? 2. Como a psicologia se envolveu nos cuidados de saúde? 3. Que tipo de treinamento os psicólogos da saúde recebem e que tipo de trabalho realizam? O Dinâmic...
PSICOLOGIA DA SAÚDE CAPÍTULO 1 1. Como as visões de saúde mudaram? 2. Como a psicologia se envolveu nos cuidados de saúde? 3. Que tipo de treinamento os psicólogos da saúde recebem e que tipo de trabalho realizam? O Dinâmico Campo Da Saúde Há alguns séculos, a expectativa média de vida era muito menor que atualmente. Quando as pessoas morriam, morriam principalmente de doenças infecciosas como pneumonia, tuberculose, diarreia e enterite. A medicina tinha poucas curas para oferecer, então a duração da maioria das doenças era curta – ou o indivíduo morria ou ficava bem só depois de semanas. A vida e morte agora são dramaticamente diferentes do que eram há um século. Existem vacinas e tratamentos para muitas doenças infecciosas. Mas as melhorias na prevenção e tratamento de doenças infecciosas permitiram que uma classe diferente de doenças surgisse como as assassinas de hoje: doenças crônicas. Doenças cardíacas, câncer e acidente vascular encefálico (AVE) – todas crônicas – são agora as principais causas de mortalidade no mundo. Além disso, a maioria das mortes hoje são atribuíveis a doenças associadas ao estilo de vida e ao comportamento. A exemplo o tabagismo, abuso de álcool, alimentação não saudável, estresse e estilo de vida sedentário. Essas novas tendências mudam a própria definição de saúde e exigem uma visão mais ampla de saúde que no passado. Essa visão ampla de saúde é o modelo biopsicossocial, visão adotada pelos psicólogos da saúde. Padrões de doença e morte As doenças infecciosas foram as principais em 1900, mas, nas décadas seguintes, as doenças crônicas – tais como doenças cardíacas, câncer e acidente vascular encefálico (AVE) – tornaram-se as principais causas de morte. Somente com o início da pandemia de Covid-19, em 2020, uma doença infecciosa foi uma das principais causas de morte neste século. As taxas de mortalidade por lesões não intencionais, suicídio e homicídio aumentaram nos últimos anos. Aumentos significativos também ocorreram na doença de Alzheimer, doença renal, septicemia (infecção do sangue), doença hepática, hipertensão e doença de Parkinson, o que são reflexos do aumento na expectativa de vida e uma população cada vez mais idosa. Vacinação generalizada e suprimentos mais seguros de água potável e leite reduzem as doenças infecciosas, o que aumenta a expectativa de vida. Um estilo de vida mais saudável também contribui para o aumento da expectativa de vida, assim como o descarte mais eficiente do esgoto e melhor nutrição. Por outro lado, os avanços na assistência médica – tais como antibióticos e novas tecnologias cirúrgicas, equipes paramédicas eficientes e pessoal de terapia intensiva mais qualificado – desempenham um papel surpreendentemente menor no aumento da expectativa de vida dos adultos. O aumento da expectativa de vida e envelhecimento da população resultou também no custo crescente dos cuidados médicos. Além disso, os avanços tecnológico e fatores econômicos (como inflação no setor da saúde) também desempenharam papel nesse aumento. O que é saúde? Saúde ao longo dos tempos: O modelo biomédico, que define saúde como ausência de doença, tem sido a visão tradicional da medicina ocidental. Essa visão conceitua a doença apenas como um processo biológico que é resultado da exposição a um patógeno específico, e a remoção desse patógeno restaura a saúde. Esse modelo é compatível com doenças infecciosas que foram as principais causas de morte há 100 anos. O modelo biomédico de doença é compatível com doenças infecciosas que foram as principais causas de morte há 100 anos. Existe agora um modelo alternativo de saúde, que defende uma abordagem mais abrangente da medicina. Esse modelo alternativo é o modelo biopsicossocial, que inclui influências biológicas, psicológicas e sociais. Esse modelo sustenta que muitas doenças resultam de uma combinação de fatores, tais como genética, fisiologia, apoio social, controle pessoal, estresse, obediência, personalidade, pobreza, origem étnica e crenças culturais. De acordo com a visão biopsicossocial, a saúde é muito mais que a ausência de doença. Uma pessoa que não tem doença não está doente; mas essa pessoa também pode não ser saudável. Uma pessoa pode ter hábitos de vida não saudáveis ou pouco apoio social, lidar mal com grandes quantidades de estresse ou evitar cuidados médicos quando necessário; todos esses fatores aumentam o risco de doenças futuras. O modelo biopsicossocial enfatiza a importância de uma abordagem integrada e multidisciplinar no cuidado à saúde, envolvendo profissionais de diferentes áreas como medicina, psicologia, fisioterapia e serviço social. Exemplos de intervenções incluem aconselhamento psicológico, programas de reabilitação e abordagens de promoção da saúde que envolvem mudanças no estilo de vida e no meio ambiente. A Organização Mundial da Saúde (WHO) escreveu no preâmbulo de sua constituição uma definição moderna e ocidental: “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”. A nova definição enfatiza a importância da prevenção e promoção da saúde, não apenas o tratamento de doenças, alinhando-se com os objetivos da psicologia da saúde. Relevância da psicologia para a saúde Embora as doenças crônicas tenham causas biológicas, os comportamentos individuais e o estilo de vida também contribuem para seu desenvolvimento. Como o comportamento é tão importante para doenças crônicas, a psicologia – a ciência do comportamento – agora é mais relevante que nunca para os cuidados de saúde. Essa noção não é nova, pois Sócrates e Hipócrates propuseram ideias semelhantes séculos atrás. Essas visões levaram outros a ver uma série de doenças específicas como “psicossomáticas”. Essas doenças incluíam transtornos como úlcera péptica, artrite reumatoide, hipertensão, asma, hipertireoidismo e colite ulcerativa. Psicologia da saúde é o ramo da psicologia que considera como os comportamentos e estilos de vida individuais afetam a saúde física de uma pessoa. Mais especificamente, envolve a aplicação de princípios psicológicos a áreas da saúde física, como controlar o colesterol, controlar o estresse, aliviar a dor, parar de fumar e moderar outros comportamentos de risco, além de incentivar exercícios regulares, exames médicos e odontológicos e comportamentos mais seguros. Então a psicologia permite uma compreensão mais holística de saúde e intervenções mais eficazes. CAPÍTULO 5 Definição, medição e gestão do estresse - O sistema nervoso e a fisiologia do estresse O estresse é uma realidade da vida. Suas causas são generalizadas e incluem grandes eventos de mudança de vida, como a morte de um ente querido, desemprego e catástrofes naturais ou não. Aborrecimentos aparentemente menores, como rompimentos de relacionamentos e problemas de transporte, podem ser fontes contínuas de estresse. Os efeitos do estresse no corpo resultam das respostas do sistema nervoso ao ambiente. Cada uma dessas reações fisiológicas ao estresse começa com a percepção de algum tipo de estresse ou ameaça, seja uma acusação injusta ou insulto, uma demanda de trabalho ou medo de infecção ou perda de emprego devido a uma pandemia de doença. Carga alostática representa o “desgaste” que o corpo experimenta por causa da ativação prolongada das respostas fisiológicas ao estresse. A carga alostática pode ser a fonte de vários problemas de saúde, incluindo produção de cortisol fraca ou desregulada em resposta ao estresse, pressão alta, resistência à insulina, depósitos de gordura e até declínio das habilidades cognitivas ao longo do tempo. A forma de avaliar o estresse pode variar de acordo com o tipo de evento. Podendo ser, por exemplo, questionários de autorrelato, Biomarcadores (como o cortisol salivar), avaliações comportamentais, ou escalas de eventos da vida. Teorias do estresse O estresse pode ser definido de três maneiras diferentes: como estímulo, como resposta e como interação. Quando algumas pessoas falam sobre estresse, elas estão se referindo a um estímulo ambiental, como em “eu tenho um trabalho de alto estresse”. Outros consideram o estresse uma resposta física, como em “meu coração dispara quando sinto muito estresse”. Outros ainda consideram o estresse como resultado da interação entre os estímulos ambientais e a pessoa, como em “sinto-me estressado quando tenho que tomar decisões financeiras no trabalho, mas outros tipos de decisões não me estressam”. A visão do estresse como um evento externo foi a primeira abordagem adotada pelos pesquisadores, dos quais o mais proeminente foi Hans Selye. Mas, a visão mais influente entre os psicólogos é a abordagem interacionista, proposta por Richard Lazarus. Visão de Selye – com enfoque na resposta física do estresse. Defendeu fortemente a relação entre estresse e doença física e trouxe essa questão à atenção do público. Ele primeiro conceituou o estresse como um estímulo e concentrou sua atenção nas condições ambientais que o produzem. Na década de 1950, mudou seu foco para o estresse como uma resposta que o organismo dá. Para distinguir os dois, Selye começou a usar o termo estressor para se referir ao estímulo e estresse para significar a resposta. Selye cunhou o termo síndrome de adaptação geral (SAG) para se referir à tentativa generalizada do corpo de se defender contra um estressor. Essa síndrome é dividida em três fases. 1. Reação de alarme - Durante o alarme, as defesas do organismo contra um estressor são mobilizadas por meio da ativação do sistema nervoso simpático. Acontece a liberação de adrenalina, aumento da PA, frequência cardíaca e respiração, e outros. 2. Estágio de resistência - Aqui, o organismo se adapta ao estressor. A duração desse estágio depende da gravidade do estressor e da capacidade adaptativa do organismo. Durante esse estágio, a pessoa dá a aparência externa de normalidade, mas fisiologicamente o funcionamento interno do corpo não é normal. O estresse contínuo causará alterações neurológicas e hormonais contínuas, preparando o terreno para o que ele descreveu como doenças de adaptação – doenças relacionadas ao estresse contínuo e persistente. 3. Estágio de exaustão - A capacidade de um organismo de resistir ao estresse tem limites, então a fase final é a exaustão. No final, a capacidade de resistência do organismo é esgotada, resultando em um colapso. Selye acreditava que a exaustão frequentemente resulta em depressão e às vezes até em morte. A principal crítica à visão de Selye é que ela ignora os fatores situacionais e psicológicos que contribuem para o estresse, o que torna a visão de Selye do estresse incompleta na visão da maioria dos psicólogos. Visão de Lazarus - estresse como um produto tanto da pessoa quanto do ambiente. Na visão de Lazarus, a interpretação de eventos estressantes é mais importante que os próprios eventos. Nem o evento ambiental nem a resposta da pessoa definem o estresse; em vez disso, a percepção do indivíduo sobre a situação psicológica é o fator crítico. O estresse surge quando um indivíduo avalia uma situação como ameaçadora, desafiadora ou prejudicial. Esta avaliação é influenciada por experiências passadas, crenças e recursos disponíveis. A capacidade das pessoas de pensar e avaliar eventos futuros as torna vulneráveis a estressores psicológicos. Os seres humanos enfrentam estresse por que possuem habilidades cognitivas de alto nível que outros animais não possuem. Por exemplo, uma promoção no emprego pode representar uma oportunidade e um desafio para uma pessoa, mas uma fonte significativa de estresse para outra. Um ingrediente importante na teoria do estresse de Lazarus é a capacidade ou incapacidade de enfrentar uma situação estressante. O enfrentamento são esforços cognitivos e comportamentais em constante mudança para lidar com demandas externas e/ ou internas específicas que são avaliadas como sobrecarregando ou excedendo os recursos da pessoa. Estratégias de enfrentamento do estresse Teoria do Lócus de Controle e Controle Pessoal (Julian Rotter) A teoria do lócus de controle, desenvolvida pelo psicólogo Julian Rotter, examina até que ponto as pessoas acreditam que têm controle sobre os eventos em suas vidas. Aqueles com um lócus de controle interno acreditam que seus próprios esforços e ações determinam os resultados, enquanto aqueles com um lócus de controle externo acreditam que os eventos são determinados por fatores fora de seu controle, como sorte ou destino. Pessoas com maior controle pessoal tendem a usar estratégias de enfrentamento mais eficazes, como resolução de problemas e reavaliação positiva. Isso os ajuda a se sentirem mais capazes de lidar com desafios e eventos estressantes. Suporte Social O suporte social é uma estratégia essencial para lidar com o estresse. Cultivar relacionamentos saudáveis e próximos com amigos, familiares e grupos de apoio pode trazer diversos benefícios: Compartilhar preocupações e ansiedades com pessoas de confiança ajuda a aliviar a carga emocional. Receber empatia, compreensão e conforto emocional de entes queridos fortalece a resiliência. Participar de atividades sociais e grupos de apoio promove um senso de pertencimento e conexão, diminuindo a solidão. Amigos e familiares podem oferecer ajuda prática, como auxílio com tarefas diárias, o que reduz a sobrecarga. Estilo Afetivo Otimista A característica definidora do otimismo não é o humor positivo, mas sim a crença geral de uma pessoa de que coisas boas vão acontecer. Essa crença influencia substancialmente a saúde mental e física, bem como a forma como elas enfrentam o estresse. Segundo a teoria do otimismo aprendido de Seligman, o otimismo é uma habilidade que pode ser desenvolvida. Pessoas podem aprender a ter uma visão mais otimista da vida através de técnicas como a reestruturação cognitiva, que ajudam a identificar e modificar pensamentos negativos e catastróficos. Foco no Problema vs. Foco na Emoção O enfrentamento focado no problema visa alterar a fonte de estresse, enquanto o enfrentamento focado na emoção gerencia os sentimentos associados. Embora ambos possam ser eficazes, o enfrentamento focado no problema tende a ser mais benéfico para a saúde. O enfrentamento focado na emoção, contudo, pode ser apropriado em algumas situações em que o estresse é inevitável. Intervenções comportamentais para gerenciar o estresse Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) - Abordagem que ajuda a identificar e modificar padrões de pensamento negativos e comportamentos mal adaptativos relacionados ao estresse. Técnicas de Relaxamento - Métodos como relaxamento muscular progressivo, respiração diafragmática e visualização guiada para reduzir a tensão física e mental. Treinamento de Habilidades de Enfrentamento - Desenvolvimento de estratégias específicas para lidar com estressores, como Escrita Terapêutica e Revelação Emocional. Mindfulness e Meditação - Práticas que promovem a atenção plena e a consciência do momento presente, reduzindo a ansiedade e melhorando a regulação emocional. Escrita Terapêutica - Técnica poderosa para lidar com o estresse e promover o bem-estar emocional. CAPÍTULO 9 Sistema cardiovascular e fatores psicológicos Doenças cardíacas são a principal causa de morte em todo o mundo. O estresse crônico causa vasoconstrição, aumenta a pressão arterial e contribui para a inflamação, elevando o risco de doenças cardiovasculares. Situações estressantes ativam o Eixo Hipotálamo-Pituitária-Adrenal, que quando ativado constantemente aumenta a produção de cortisol e afeta negativamente o sistema cardiovascular. Uma série de fatores psicossociais estão relacionados à doença cardíaca (Smith & Ruiz, 2002). Entre eles educação, renda, estado civil, apoio social, estresse, ansiedade, depressão, hostilidade, raiva e personalidade Tipo D. Baixos níveis educacionais e de renda estão associados a comportamentos de risco e ao estresse crônico, ambos prejudiciais ao sistema cardiovascular. A falta de apoio social é um preditor de piora na saúde cardiovascular. Pessoas isoladas socialmente apresentam maior risco de doenças cardíacas. A ansiedade e depressão são doenças comuns em pessoas com doenças cardiovasculares, podendo ser tanto a causa, quanto a consequência. O aumento da atividade simpática, a redução da variabilidade da frequência cardíaca e a piora do perfil lipídico são alguns dos mecanismos pelos quais a ansiedade e a depressão afetam o coração. A hostilidade e a raiva, especialmente quando suprimidas, estão associadas a um aumento no risco de infarto e morte súbita cardíaca. Personalidade tipo D - Caracterizada por alta negatividade e inibição social, essa personalidade está ligada a piores desfechos cardiovasculares. “D” significa aflição (distress). CAPÍTULO 11 Impacto psicológico das doenças crônicas A doença crônica impõe um enorme fardo físico e emocional ao paciente, bem como para sua família. O ajuste à doença crônica é um processo variável, e muitos fatores individuais moldam como as pessoas se ajustam e se adaptam a uma doença crônica. As doenças crônicas alteram significativamente a vida diária e a autoimagem dos pacientes, exigindo adaptações constantes. Familiares enfrentam sobrecarga emocional, estresse e, em alguns casos, luto antecipatório ao cuidar de pacientes com doenças crônicas. O funcionamento psicológico parece importar mais que o funcionamento físico na determinação da qualidade de vida de pacientes com doença crônica, destacando o importante papel da adaptação e do enfrentamento. Grupos de apoio são fundamentais para lidar com a adaptação emocional e melhorar a qualidade de vida de pacientes e cuidadores. Exemplo: Mapa do cuidado do Alzheimer - Mapa de programas de apoio para lidar com a adaptação emocional e melhorar a qualidade de vida de pacientes com Alzheimer (e demências em geral) e seus cuidadores. Cada doença crônica possui seus desafios específicos, necessitando de estratégias específicas. Adaptação a morte e ao luto 1. Diagnóstico - Reações emocionais ao diagnóstico de uma doença terminal, incluindo choque e negação. 2. Processo de Luto - Diferenças individuais na experiência do luto, passando por fases como raiva, barganha e depressão. 3. Aceitação - Possibilidade de aceitação e até mesmo crescimento pós-traumático em alguns casos. 4. Suporte Contínuo - Importância do apoio profissional e familiar durante todo o processo de luto. Crescimento Pós-traumático Se refere às mudanças positivas que podem ocorrer após a vivência de um evento traumático. Ao enfrentar desafios extremos, as pessoas podem desenvolver uma nova apreciação pela vida, maior força pessoal, relacionamentos mais profundos e uma nova perspectiva sobre o que é realmente importante. PSICOLOGIA APLICADA A SAÚDE Modelos de Saúde e Doença: Modelo Biomédico: Foco nas causas biológicas. Enfoque na ausência de doença como indicador de saúde. Modelo Biopsicossocial: Inclui fatores psicológicos e sociais além dos biológicos. Enfoque no bem-estar holístico como indicador de saúde. Quais Modelos Explicativos do Processo Saúde-Doença Modelo Mágico-Religioso ou Xamanístico: atribuía as doenças a elementos naturais e espíritos sobrenaturais. Modelo Holístico: a saúde é vista como um equilíbrio entre diferentes elementos do corpo. Modelo Empírico-Racional (Hipocrático): Esse modelo relaciona a saúde ao equilíbrio dos humores ou fluidos corporais. MODELOS CONTEMPORÂNEOS: Biomédico Sistêmico Modelo de História Natural das Ciências Intervenções e Aplicação do Modelo Biopsicossocial abordagem integrada e multidisciplinar buscam compreender e atuar sobre os diversos fatores biológicos Exemplos de intervenções incluem: aconselhamento psicológico, programas de reabilitação e abordagens de promoção da saúde que envolvem mudanças no estilo de vida e no meio ambiente. Importância da Psicologia da Saúde Compreensão Abrangente Intervenções centradas no cuidado Promoção do Bem-estar Reflexão e Aplicação Prática Definição de Saúde (OMS) Bem-estar físico, mental e social Modelo Biomédico Foco em causas biológicas Modelo Biopsicossocial Integra fatores bio-psico-sociais Evolução do Conceito De punição divina a abordagem científica Importância da Psicologia da Saúde Compreensão holística e intervenções eficazes Mudança no Padrão de Doenças e Mortes Era das Doenças Infecciosas Transição Epidemiológica Era das Doenças Crônicas Custo Crescente dos Cuidados Médicos Fatores Demográficos Avanços Tecnológicos Fatores Econômicos Emergência do Modelo Biopsicossocial Fatores Biológicos Fatores Psicológicos Fatores Sociais Fontes de Estresse na Vida Cotidiana Eventos Cataclísmicos: Desastres naturais, ataques terroristas e pandemias como a COVID-19 que afetam populações inteiras e exigem grande adaptação. Grandes Mudanças de Vida; Aborrecimentos Diários; Estressores Ambientais: Poluição sonora, aglomeração urbana; Síndrome de Adaptação Geral de Selye Reação de Alarme: O corpo mobiliza suas defesas através do sistema nervoso simpático. Há liberação de adrenalina, aumento da frequência cardíaca e pressão arterial, respiração acelerada e redirecionamento do fluxo sanguíneo para os músculos. Estágio de Resistência: O organismo se adapta ao estressor. Externamente, a pessoa parece normal, mas internamente ocorrem alterações neurológicas e hormonais contínuas. Pode levar a doenças como úlceras, hipertensão e asma. Estágio de Exaustão: A capacidade de resistência se esgota, resultando em colapso. O sistema parassimpático é ativado de forma anormal, levando à exaustão. Pode resultar em depressão e, em casos extremos, morte. A Visão de Lazarus sobre o Estresse Ênfase na Interpretação: a interpretação dos eventos estressantes é mais importante do que os próprios eventos. Avaliação Cognitiva: surge quando um indivíduo avalia uma situação como ameaçadora, desafiadora ou prejudicial. Abordagem Transacional: a relação entre a pessoa e o ambiente é dinâmica e bidirecional. Avaliação do Estresse Escala de Eventos da Vida para Estudantes: Ferramenta que avalia o impacto de diversos eventos estressantes na vida acadêmica Biomarcadores; Questionários de Autorrelato; Avaliações Comportamentais; Teoria do Lócus de Controle e Controle Pessoal ( Julian Rotter) Examina até que ponto as pessoas acreditam que têm controle sobre os eventos em suas vidas. Enfrentamento do Estresse: Suporte social; Estilo Afetivo Otimista; Foco no Problema vs. Foco na Emoção Intervenções Comportamentais para o Estresse Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC); Técnicas de Relaxamento; Treinamento de Habilidades de Enfrentamento; Mindfulness e Meditação; Escrita Terapêutica: Ressignificar a Dor É uma técnica poderosa para lidar com o estresse e promover o bem- estar emocional. Processamento Cognitivo: A escrita ajuda a organizar e dar sentido a eventos complexos, integrando-os à narrativa de vida. Insights e Autoconhecimento: O processo de escrita pode revelar padrões, crenças e significados ocultos. O Papel da Psicoterapia no Manejo do Estresse Abordagem Terapêutica: Benefícios no Manejo do Estresse Terapia Cognitivo-Comportamental: Reestruturação cognitiva, manejo de ansiedade Terapia Mindfulness (Atenção Plena): Redução de ruminação, aumento da consciência corporal Terapia Psicodinâmica: Exploração de conflitos inconscientes, melhoria nas relações Terapia Sistêmica: Abordagem de estressores familiares e sociais Sistema Cardiovascular e Fatores Psicológicos Estresse e Sistema Cardiovascular O estresse crônico causa vasoconstrição, aumenta a pressão arterial e contribui para a inflamação,elevando o risco de doenças cardiovasculares. Eixo Hipotálamo-Pituitária-Adrenal (HPA) A ativação constante deste eixo pelo estresse aumenta a produção de cortisol, afetando Ansiedade e Depressão: Estas condições são comuns em pessoas com doenças cardiovasculares, podendo ser tanto causa (fatores etiológicos) quanto consequência (fatores contingentes) dessas doenças. Mecanismos de Ação e Personalidade Mecanismos de Ação: O aumento da atividade simpática, a redução da variabilidade da frequência cardíaca e a piora do perfil lipídico Hostilidade e Raiva Personalidade Tipo D: Caracterizada por alta negatividade e inibição social Fatores Psicossociais e Saúde Cardiovascular Baixo Suporte Social; Níveis Educacionais e Renda; Estresse Ocupacional; Impacto Psicológico das Doenças Crônicas Transição de Vida; Impacto nos Familiares; Programas de Apoio; Adaptação à Morte e ao Luto Diagnóstico; Processo de Luto; Aceitação; Suporte Contínuo; Crescimento Pós-Traumático O se refere às mudanças positivas que podem ocorrer após a vivência de um evento traumático. Conclusão e Reflexão Abordagem Abrangente; Sinergia entre Áreas; Cuidado Integral;