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This document details the structure and function of epithelial tissue. It includes information on various cell types and their functions in the body. It also covers topics, such as epithelial tissue characteristics and types.

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Histologia Tecido epitelial Os tecidos epiteliais podem se organizar sob duas formas: epitélios de revestimento (formando camadas contínuas de células que revestem e protegem a superfície externa do corpo e as cavidades internas) e como glândulas (que se originam de invaginações de células epitelia...

Histologia Tecido epitelial Os tecidos epiteliais podem se organizar sob duas formas: epitélios de revestimento (formando camadas contínuas de células que revestem e protegem a superfície externa do corpo e as cavidades internas) e como glândulas (que se originam de invaginações de células epiteliais). Os epitélios são originados a partir dos três folhetos germinativos embrionários. Funções: Proteção dos tecidos subjacentes do corpo contra lesões e ferimentos. Transporte transcelular de moléculas através das camadas epiteliais. Secreção de muco, hormônios, enzimas e diferentes tipos de substâncias produzidas pelas glândulas. Absorção de substancias a partir de células modificadas Permeabiliadade seletiva que controla os movimentos de substancias entre compartimentos corporais. Controle de movimentos de substâncias entre compartimentos corporais através da permeabilidade seletiva de junções celulares entre células epiteliais. As células epiteliais são muito unidas sendo assim, toda circulação passa por dentro delas devido à quase inexistência de material intercelular. Todo material precisa ser selecionado. Percepção de sensações através de regiões epiteliais sensoriais especializadas (epitélios associados a células nervosas). Características: Avascular, ou seja, não apresenta capilares sanguíneos (obtém nutrientes através do tecido conjuntivo associado). Apresenta uma membrana basal, que separa o tecido epitelial do tecido conjuntivo (lamina basal e lamina reticular). Polaridade celular: a célula apresenta regiões distintas (especialização da superfície – ligada à função da célula). Morfologicamente iguais (exceto T.E. absorção), porém com características moleculares e bioquímicas diferentes. Possuem domínios apical, lateral, basal; apical está exposto para o lúmen ou para o meio externo; domínio lateral – está em contato com as células epiteliais vizinhas unidas mutuamente por moléculas de adesão celular e complexos juncionais; domínio basal – está associado a membrana basal que separa o epitélio do tecido conjuntivo subjacente. Células podem apresentar microvilosidades (absorção), cílios (mobilidade, compostos por microtúbulos), estereocílios (microvilosidades muito desenvolvidas compostas por microfilamentos de actina), flagelo (mobilidade, compostos por microtúbulos) Complexo juncional é formado por três tipos de junção que possibilitam a união, vedação e comunicação das células: -junções de oclusão: consistem de pequenas áreas nas quais a parte externa das membranas plasmáticas opostas acham-se fundidas umas às outras. Entre as áreas de fusão existem áreas às quais a fusão não ocorreu. A junção de oclusão isola o espaço intercelular da luz, impedindo a passagem de substância por entre as células, veda os espaços entre as células -junções de adesão: em muitos epitélios aparece após a zônula de oclusão e também circundam a célula, as membranas plasmáticas de células vizinhas estão firmemente unidas por uma substância intercelular adesiva, esta substância é formada por glicoproteínas transmembrana da família das caderinas e uma faixa circuferencial de filamentos de actina, as quais conferem maior resistência a essa região. Esta junção não somente une as membranas celulares, mas também liga o citoesqueleto das duas células através das proteínas de ligação transmembrana (mantem as células unidas) 🡪 as junções são formadas por glicoproteínas caderinas que proporcionam a adesão e vedação entre as células -desmossomos: consistem em estruturas complexas, que possuem formato de disco, encontrados na superfície das células, sobreposta por uma estrutura idêntica localizada na superfície da célula adjacente. No lado citoplasmático da membrana de cada uma das células, e distanciado da membrana por um espaço estreito, existe uma placa circular denominada placa de ancoragem, na qual se inserem filamentos intermediários de proteínas da família caderina, resultando em uma forte adesão entre as células. (Impede que as células se separem, promovendo estabilidade tecidual). Encontram-se no domínio lateral e no basal existem os hemidesmossomos, formados por integrinas com ligação ao colágeno tipo 4 da lámina basal, ligando a célula epitelial ao conjuntivo. 🡪 junção de adesão, desmossomos e hemidesmossomos constituem as zonas intercelulares de adesão Interdigitações: são dobras da membrana plasmática de duas células que se encaixam, mantendo as células unidas e aumentando a superfície de contato. Junções comunicantes (GAP): proteínas das membranas formam um canal entre as células, permitindo a comunicação entre as células, além de troca de nutrientes/substâncias e transferência de sinais eletroquímicos. Classificação dos tecidos epiteliais de revestimento: Quanto ao número de camadas de células: Simples 🡪 formado por uma única camada de células (relacionado a trocas), todas células tocam membrana basal Estratificado 🡪 formado por mais de uma camada de células (mais resistentes – ligados à proteção), nem todas células tocam a membrana basal, os tecidos estratificados são classificados de acordo com as células superficiais Pseudo-estratificado 🡪 todas as células estão ligadas à membrana basal, porém possuem tamanhos diferentes (nem todas chegam a superfície) Quanto ao formato: Pavimentoso 🡪 células achatadas na horizontal, com núcleos achatados na horizontal Cúbico 🡪 células cúbicas, com núcleos arredondados Cilíndrico 🡪 células alongadas na vertical, com núcleos alongados na vertical De transição 🡪 muda de formato globoso (bexiga cheia) para achatado (vazia) dependendo da fisiologia do órgão. Pseudo-estratificado − Epitélio pavimentoso simples: uma única camada de células achatadas fortemente aderidas. Algumas células em corte transversal não apresentam núcleo, porque o corte muitas vezes não alcança. − Epitélio cúbico simples: uma única camada de células cubicas, com o núcleo arredondado e central (em corte transversal). − Epitélio cilíndrico simples: formado por uma única camada de células alongadas verticalmente, com núcleos ovoides. Pode exibir planura estriada (microvilosidades quando vistas ao microscópio) e células caliciformes (glândula exócrina unicelular) ou cílios. − Epitélio estratificado pavimentoso não-queratinizado: composto por várias camada de células, a mais basal está em contato com a membrana basal, e as células da camada superficial são achatadas e nucleadas. − Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado: as camadas superficiais são formadas por células mortas, anucleadas e com o citoplasma preenchido por queratina. − Epitélio estratificado cúbico: contém apenas duas camadas de células cúbicas. − Epitélio estratificado cilíndrico: composto por varias camadas de células, a mais superficial é cilíndrica, enquanto a mais basal é cubica. − Epitélio de transição: composto por vários tipos de células; as células mais basais são cuboides ou cilíndricas; as células mais superficiais, quando a bexiga está vazia, tem o formato de cúpula (raquete), e quando a bexiga está cheia essas células passam a ser achatadas. − Epitélio pseudo-estratificado cilíndrico: uma única camada de células, porém nem todas apresentam a mesma altura (todas se encostam à membrana basal, porém nem todas chegam a superfície). Pode ser ciliado (com ou sem células caliciformes) ou estereociliado. 🡪TODO pseudoestratificado é cilíndrico 🡪Somente o pavimentoso estratificado tem ou não queratina Tecido glandular: As glândulas se originam a partir de brotamentos e invaginações de células epiteliais que penetram no tecido conjuntivo subjacente produzindo uma lamina basal ao seu redor. Glândula: parênquima (unidades secretoras + ductos) e estroma (tecido conjuntivo que invade e sustenta o parênquima) Classificação das glândulas: Quanto ao método de distribuição dos produtos de secreção: Glândulas exócrinas: secreção liberada numa superfície corporal ou cavidade corporal, apresentando o ducto associado ao epitélio de revestimento que deu origem à glândula. A liberação da secreção é feita por células mioepiteliais (contráteis) associadas à parede da porção secretora Glândulas endócrinas: não apresentam ductos, não sendo estruturalmente conectadas ao tecido de revestimento que deu origem. Secretam seus produtos para os vasos sanguíneos ou linfáticos para a distribuição. Quanto a distância da citocina até chegar a célula alvo seu efeito pode ser: Autócrino: a célula sinalizadora é o seu próprio alvo; assim, a célula estimulada é ela própria Parácrino: a célula alvo está localizada nas vizinhanças da célula sinalizadora; deste modo, a citocina não tem que entrar no sistema vascular para atingir seu alvo. Endócrino: a célula alvo e a célula sinalizadora estão muito longe uma da outra; assim a citocina tem de ser transportada pelo sistema vascular sanguineo ou linfático. Glândulas exócrinas são classificadas de acordo com a natureza de sua secreção, seu modo de secreção e numero de células: Quanto a natureza da secreção Glândulas mucosas 🡪 secretam mucinogênios, que são proteínas glicosiladas, que sob hidratação incham e tornam-se um espeço e viscoso lubrificante protetor. Secreção mucosa, viscosa, rica em muco polissacarídeo (mucina); núcleo achatado na periferia, citoplasma claro Glândulas serosas 🡪 secretam um fluido aquoso rico em enzimas. Núcleo arredondado, citoplasma bem corado Glândulas mistas 🡪 secretam fluido seroso e mucoso; pode apresentar um ácino (porção secretora) para cada secreção ou ácino mucoso com meia lua serosa. Quanto ao mecanismo de secreção de seus produtos Glândulas holócrinas 🡪 a célula secretora amadurece, morre e torna-se o produto da secreção; células tronco associadas à porção secretora renovam a glândula. Glândula sebácea Glândulas merócrinas 🡪 a secreção do produto acontece através de exocitose celular (nem o citoplasma nem a membrana da célula se tornam parte da secreção). Glândula sudorípara e salivar. Glandulas apócrinas 🡪 uma porção pequena do citoplasma apical é liberada juntamente com o produto de secreção. Glândula mamária. Modo de secreção: A) holócrina B) merócrino C) apócrino Quanto ao número de células Glândulas exócrinas unicelulares 🡪 são células secretoras isoladas em um epitélio de revestimento; ex: células caliciformes Glândulas exócrinas multicelulares 🡪 são aglomerações de células secretoras arranjadas em vários graus de organização (funcionam como um órgão excretor), glândula sebácea. Podem ser subclassificadas de acordo com a organização de seus componentes secretores e ductos: - Simples se apresentarem um único ducto ou compostas se possuem uma rede ramificada de ductos -Categorizadas de acordo com a morfologia das unidades secretoras: tubulosa, acinosa (ou aveolar) e túbulo-acinosa 🡪Classificação das glândulas exócrinas multicelulares. Em verde está representada a porção secretora da glândula; em roxo está representada a porção dos ductos. Glândulas endócrinas liberam suas secreções (hormônios) nos vasos sanguíneos ou linfáticos para a distribuição para os órgãos-alvo. As células secretoras dessas glândulas são organizadas em cordões de células ou em um arranjo folicular. Cordonal 🡪 formam cordões celulares com vasos sanguíneos. Os hormônios são armazenados nas células e são liberados com a chegada de uma molécula sinalizadora ou impulso nervoso. Todas glândulas endócrinas menos a tireoide são cordonais. Folicular 🡪 as células formam folículos que envolvem uma cavidade que recebe e armazena o hormônio secretado, ou seja, a periferia da glândula apresenta células e no meio está a secreção armazenada. Quando um sinal de liberação é recebido, o hormônio é reabsorvido pelas células foliculares e liberado no tecido conjuntivo para entrar nos capilares sanguíneos. Folículo tereoidiano Quanto ao número de células: Glândulas unicelulares endócrinas 🡪 Intersticiais ou de Leydig, produz testosterona Glândulas multicelulares endócrinas 🡪 drenal, pâncreas, biliar Tecido Conjuntivo O tecido conjuntivo pode ser dividido em propriamente dito ou especializado (cartilaginoso, ósseo e sanguíneo). Encontra-se associado a outros tecidos do corpo (como o tecido epitelial, que é avascular, mantendo a nutrição desse tecido). A maioria dos tecidos conjuntivos origina-se do mesoderma, o folheto intermediário dos tecidos embrionários. Funções: Fornecer suporte estrutural; proteção de determinados órgãos – tecido ósseo (encéfalo protegido pelo crânio); fibras reticulares do fígado Meio de trocas (sangue faz transporte de gases, metabolitos, excretas que serão trocados em outros tecidos) Ajudar na defesa e na proteção do corpo (defesa imunológica, células de defesa) Armazenamento de gordura (tecido adiposo) Constituição: O tecido conjuntivo é constituído por uma matriz extracelular (muita substancia intercelular) e células. Origem das células: Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Encontra-se associado a epitélios, formando capsulas de órgãos e tecido adiposo, entre outros. Matriz extracelular: A matriz extracelular, composta pela substancia fundamental e pelas fibras, resistindo a forças de compressão e de tração. A substancia fundamental permite a difusão de substâncias pelo tecido conjuntivo, assim como promove a adesão das células à essa substância, já que os receptores das células se ligam à substância fundamental. É um material hidratado, amorfo e constituído por glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas de adesão. -Glicosaminoglicanos: polissacarídeos formados por repetições de unidades sacaridicas, podendo estar ligados a um grupamento sulfato, chamados sulfatados, ou a grupamentos não-sulfatados. 🡪Sulfatados: heparan-sulfato, heparina, queratan-sulfato, condroitim-sulfato, dermatam- 🡪Não-sulfatado: ácido hialurônico -Proteoglicanos: proteínas ligadas a glicosaminoglicanos não-sulfatados. Responsáveis pelo aspecto de gel da matriz extracelular. -Glicoproteinas de adesão como as lamininas (lâmina basal), fibronectinas (toda matriz extracelular), entactina. As fibras atuam como suporte e estruturação dos tecidos e é resistente a estiramentos e compressões. As fibras da matriz extracelular são: -Colágenas: atuam como suporte estrutural e são resistentes e inelásticas. Compostas por colágeno tipo I mais comumente -Elásticas: propiciam elasticidade ao tecido. Componente dos vasos sanguíneos - vasoconstrição e dilatação, tornando-os mais resistentes ao fluxo sanguíneo; componente da epiglote que impede que partículas alimentares passem para o sistema respiratório; estrias na pele são reações inflamatórias causadas pelo rompimento das fibras elásticas; turnover não acompanha crescimento rápido. São compostas por elastina -Reticulares: são delgadas, porém muito resistentes, conferem suporte estrutural a órgãos como o fígado e a medula óssea. Colágeno tipo III OBS: A matriz extracelular contem enzimas capazes de degradar seus componentes (metaloproteinas) que são constantemente degradados e repostos. OBS²: As fibras elásticas são coradas com um corante especifico e as fibras reticulares precisam passar por impregnação de prata. Membrana Basal: Região formada por estruturas de tecido conjuntivo. Tem como função a seleção do que chega a célula a qual está associada (trocas capilares), sustentação às células epiteliais. Separado em duas regiões, lamina basal e reticular. -Lâmina basal: formada por lamina lúcida, elétron lucente (laminina, colágeno 4, proteoglicano, fibronectina) e lamina densa, elétron densa (colágeno 4 e 7) -Lâmina reticular: formada por fibras reticulares, colágeno 3 e, em menor quantidade, colágeno 4 e 7, típicos da lâmina densa da lâmina basal OBS: junção hemidesmossomo formada por integrinas se liga ao colágeno do tipo 4 à lâmina lúcia da lâmina basal, unindo o tecido epitelial à membrana basal. Células: As células do tecido conjuntivo podem ser agrupadas em duas categorias: células fixas, que são formadas, fixadas e morreram no próprio tecido conjuntivo, enquanto as células transitórias são formadas principalmente na medula óssea, ficam circulantes na corrente sanguínea e se transferem para os tecidos onde vão exercer suas funções, sendo degradadas em órgãos de destruição de células sanguíneas. Células Fixas Fibroblastos: Atuam na produção, secreção, deposição de elementos de matriz extracelular. Regeneram o tecido conjuntivo, como no processo de cicatrização de feridas, uma vez que produzem novos elementos de matriz. Célula Adiposa: armazena gordura. Podendo ser unilocular (gordura armazenada na forma de triglicerídeos e uma única gotícula de gordura ocupa quase todo o espaço da célula) ou multilocular (várias gotículas de gordura na forma de triglicerídeos). Pericitos: associados a vasos sanguíneos (capilares e vênulas pós-capilares) e possuem proteínas contrateis que auxiliam a manutenção do fluxo sanguíneo, contraindo e relaxando as estruturas. Além disso, podem se diferenciar originando células que reconstituem o capilar ou vênula. Mastócitos: Apresentam grânulos que liberam substâncias químicas que atraem outras células do sistema imune (quimiotaxia) Macrófagos: São fixos ou transitórios. Tem função fagocítica, destruí ou degrada antígeno, além de fagocitarem restos celulares. Células Transitórias (glóbulos brancos) – formadas na medula óssea Linfócitos: célula de defesa do sistema imune. Se diferenciam em linfócitos T (citotóxicos) ou B (resposta humoral). Linfócito T apresenta contato direto com o antígeno ou a partir de um macrófago, destruindo-o. Linfócito B desencadeia resposta pelos anticorpos. Ou seja, Linfócito B desencadeia a resposta humoral, mas quem efetivamente realiza a resposta humoral (produção de anticorpos) é o plasmócito, diferenciado a partir do linfócito B. Plasmócito Neutrófilos: presentes nas áreas de inflamação aguda Basófilo: Responsáveis por processos alérgicos (processo inflamatório exagerado) Eosinófilos: Responsáveis por processos alérgicos e combate a parasitas, destruindo parede dos parasitas. Monócito: Célula gerada a partir dele é sempre fagocítica, sendo cada tipo pertencente ao sistema mononuclear fagocitário. Propriamente dito, macrófago; ósseo, osteoblasto; nervoso, micróglia; timo, macrófago de corpo tingível; alvéolos pulmonares, macrófago alveolar ou célula de poeira; fígado, célula de Kupffer; pele, célula de Langerhans. O tecido conjuntivo propriamente dito pode ser classificado como frouxo, quando as fibras da matriz extracelular estão em menor quantidade do que as células; denso quando há mais fibras que células e adiposo quando o tecido é composto por células adiposas. Tecido conjuntivo frouxo Quando há mais células do que fibras. A matriz extracelular é composta por substancia fundamental e fluido tecidual (fluido extracelular) abundante. As células presentes são: fibroblastos; células adiposas; macrófagos; mastócitos e algumas células mesenquimais. Tecido conjuntivo denso Contem maior quantidade de fibras do que células. Pode ser diferenciado em denso modelado, fibras paralelas e organizadas (colágeno – maior quantidade de fibras colágenas ou elástico – maior quantidade de fibras elásticas) e denso não-modelado, fibras não-paralelas e não-organizadas (colágeno ou reticular – maior quantidade de fibras reticulares). T. conjuntivo denso não-modelado colágeno Tecido conjuntivo denso modelado colágeno Tecido conjuntivo denso modelado elástico Tecido conjuntivo denso não-modelado reticular Tecido Adiposo O tecido adiposo pode ser classificado quanto ao tipo de adipocito (unilocular ou multilocular). Tecido Adiposo Unilocular: chamado de gordura branca. Adipocitos contém apenas uma gotícula de gordura. Os triglicerídeos são quebrados para produção de ATP que é utilizado nas funções da célula (de outras tbm). Existe em pouca quantidade nos fetos e em grande quantidade após o nascimento. Forma o panículo de gordura (hipoderme) que atua como proteção dos tecidos e isolante térmico. Tecido Adiposo Multilocular: gordura parda. Quebra triglicerídeos na forma de calor devido à termogenina na membrana mitocondrial. É importante nos fetos quando no nascimento por gerar calor para evitar choque térmico. Nos mamíferos após o nascimento o tecido passa a ser unilocular. Presente em alguns animais que hibernam. Tecidos conjuntivos especializados Tecido cartilaginoso O tecido cartilaginoso é um tecido conjuntivo especializado. Atua como sustentação, com propriedades de resistência e flexibilidade (sistema respiratório) e absorção de choques (regiões articulares). É um tecido avascular, portanto encontra-se associado a um tecido conjuntivo. Também não apresenta inervação nem vasos linfáticos. A capacidade regenerativa lenta e limitada por ser avascular. A cartilagem é um tecido delgado com tamanho limitado devido à falta de vasos sanguíneos, havendo a troca de nutrientes por meio de difusão. Constituintes: O tecido cartilaginoso é constituído por células (condrogênicas, condroblastos e condrócitos); matriz extracelular que é composta por glicosaminoglicanos e proteoglicanos ligados a fibras colágenas e elásticas e é secretada pelos condrócitos; e pericôndrio que é uma região de tecido conjuntivo, presente nas cartilagens hialina e elástica, que nutri e oxigena as células cartilaginosas, e pode ser dividido em pericôndrio fibroso (fibras colágenas tipo I e fibroblastos) na região externa e pericôndrio celular (com maior quantidade de células – células condrogênicas e condroblastos) na região mais próxima a cartilagem. Células condrogênicas: origem mesenquimal, localizado no pericôndrio celular, podendo se diferenciar em condroblasto e célula osteoprogenitora Condroblastos: origem mesenquimal ou a partir de células condrogênicas, responsáveis pela síntese da matriz cartilaginosa Condrócitos: A medida que os condroblastos secretam matriz e fibras ao seu redor, eles ficam aprisionados pela sua própria secreção e são, então, chamados de condrócitos, situados dentro de suas lacunas. Os condrócitos mais próximos à periferia são ovoides e o citoplasma é claro, enquanto os mais profundamente na cartilagem são mais arredondados e com citoplasma escuro. Os condrócitos são responsáveis pela manutenção da matriz cartilaginosa e em cartilagens jovens possuem a capacidade de se dividir, contribuindo com o crescimento do tecido de dentro para fora (crescimento intersticial) e dando origem aos grupos isógenos. Crescimento Cartilaginoso Crescimento intersticial: processo de formação da cartilagem (ocorre na embriogenese) e crescimento em tamanho. As células mesenquimais se unem em centros de condrificação e passam por mitoses e diferenciações produzindo células chamadas condroblastos, que produzem e secretam as substancias de matriz extracelular. Com o aumento da matriz extracelular os condroblastos se afastam e ficam retidos na sua própria matriz secretada, as lacunas, parando de produzi-la (por meio de sinalizações químicas). A partir daí passam a ser chamados de condrócitos. Os condrócitos, por sua vez, fazem mitose dentro de suas lacunas (isso ocorre apenas enquanto a cartilagem ainda é jovem) formando grupos de células (grupos isogênicos), representando duas ou mais divisões celulares de um condrócito original jovem. As células por um breve período ocupam as mesmas lacunas, mas, as secretarem matriz, se separam, ficando em sua própria lacuna (adultos). Divisão de condrócitos 🡪 grupos isógenos 🡪 produção de matriz 🡪 distanciamento 🡪 ocupa outra lacuna 🡪 aumenta a cartilagem de dentro pra fora Crescimento aposicional: responsável pelo crescimento em espessura da cartilagem. Esse tipo de crescimento depende da presença do pericôndrio. Células mesenquimais presentes no pericôndrio fibroso se diferenciam em fibroblastos (permanecem no pericôndrio fibroso e secretam fibras) e células condrogênicas que migram para a camada celular do pericôndrio. A partir daí se diferenciam em condroblastos e produzem e secretam elementos de matriz e continua como no crescimento intersticial, porém localizado na periferia da cartilagem. É definido como crescimento em espessura por ocorrer em todos os lados da cartilagem. Grupos isogênicos: podem ser axiais, quando as células da lacuna encontram-se enfileirados, ou coronais, quando organizados de forma a parecer uma coroa. Matriz territorial e interterritorial: A matriz territorial encontra-se logo após e em volta da lacuna. A matriz interterritorial é localizada entre as lacunas, ocupando todo o espaço cartilaginoso. A diferença de composição dessas matrizes vai depender do tipo de cartilagem. Cartilagem Hialina É o tipo de cartilagem mais encontrado no corpo (ex: sistema respiratório e articulações – nesse caso não tem pericondrio para evitar o atrito para o deslizamento das articulações). Apresenta uma matriz extracelular transparente composta por proteoglicanos, condronectinas, água, ácido hialuronico e rica em glicosaminoglicanos sulfatados, como condroetin-sulfato. A matriz territorial é rica em condroetin-sulfato e a matriz interterritorial é rica em fibras colágenas do tipo II. Cartilagem Elástica É uma cartilagem rica em fibras elásticas. É forte e resistente. Encontrada no pavilhão auricular, epiglote, regiões da laringe. A matriz extracelular é constituída por fibras elásticas, condronectinas, fibras colágenas do tipo II, glicosaminoglicanos (principalmente condroetin-sulfato), pouca água, acido hialuronico. A matriz territorial é rica em condroetin-sulfato e a matriz interterritorial em fibras elásticas. O pericôndrio fibroso contem fibras colágenas e elásticas e o pericôndrio celular apresenta condronectinas e condroblastos. Cartilagem Fibrosa É a cartilagem menos espessa por não ter pericôndrio, portanto não apresenta crescimento aposicional e é rica em condrócitos. Presente na região sínfise pubiana (abaixo do umbigo) e nos discos intervertebrais (absorção de choques). A matriz extracelular em condroetin sulfato, proteoglicanos, fibrilas colágenas do tipo II e fibras colágenas do tipo I organizadas, os condrócitos encontram-se organizados de acordo com as fibras. Tecido ósseo O tecido ósseo é um tecido conjuntivo especializado. Apresenta elementos de matriz orgânicos (fibras, proteínas etc) e inorgânicos (sais). Matrix extracelular é calcificada, aprisionando as células que as secretam. Funções: Sustentação (sistema esquelético) e proteção (protege os órgãos vitais) Alavanca para os músculos (apresenta músculos estriados esqueléticos associados) Reservatório de minerais (99% do cálcio do corpo presente no osso) Abriga a medula óssea (hematopoiética – produção de células sanguíneas) e nervosa Constituição: Matriz extracelular Inorgânica: cálcio, fosforo, bicarbonato, citrato, magnésio, sódio, potássio, cristais de hidroxapatita. Orgânica: colágeno do tipo I, glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas de adesão (osteonectina, osteopontina,sialoproteina) Células: Células osteoprogenitoras: Localizados na camada interna do periósteo e no endostéo. Responsável pelo início da ossificação (originam osteoblastos) Osteoblastos: células jovens. Produzem e secretam os elementos de matriz orgânica e atuam no processo de calcificação (deposição de matéria inorgânica) Osteocitos: Células adultas localizadas em suas lacunas Osteoclastos: células grandes, multinucleadas que participam do processo de reabsorção óssea Ossificação Intramembranosa: Responsável pela formação da maioria dos ossos. No mesenquima (embriogenese) as células mesenquimais sofrem mitose e diferenciação produzindo células osteogênicas que quando ativadas (sinalização) sofrem mais uma diferenciação originando osteoblastos que produzem e secretam elementos de matriz orgânica. A partir dai algumas dessas células ficam retidas em suas lacunas no meio da matriz e originam os osteocitos. Porém alguns osteoblastos migram para a periferia e originam o endostio e o periostio onde vão começar o processo de calcificação, liberando íons sobre a matriz orgânica formando cristais de hidroxiapatita que se ligam as fibras colágenas do tipo I, induzida por proteoglicanos e glicoproteinas. Estrutura da matriz sendo formada (osso em formação): Espiculas ou trabéculas ósseas Osteocitos na lacuna Osteoblastos na periferia Matriz no meio Ossificação Endocondral: Responsável pela formação de ossos curtos e longos. Quando feto essas estruturas são cartilaginosas e partir disso é formado o tecido ósseo, após o nascimento. O processo de ossificação endocondral começa quando a peça cartilaginosa é invadida por vasos sanguíneos, principalmente na região do pericondrio. As células condrogenicas tornam-se células osteogênicas que originam osteoblastos. Pericondrio torna-se periósteo e os condrócitos entram em apoptose. A partir dai começa o processo de ossificação intramembranosa. A cartilagem fica contida na região entre a diáfise (região de ossificação – medula óssea em formação na região interior) e epífise (cartilagem hialina + medula óssea): Chamamos de disco epifisário 1. Epifise 2. Zona de repouso (cartilagem hialina) 3. Zona de proliferação (grupos isogênicos) 4. Zona de hipertrofia (condrócitos hipertrofiam e expandem suas lacunas) 5. Zona de calcificação (Há deposição de íons na matriz hialina) 6. Zona de ossificação Reabsorção óssea: Os osteoclastos encontrados na periferia do osso são os responsáveis pelo processo de reabsorção óssea. EXEMPLO: Concentração de cálcio no sangue cai levando (por meio de sinalização química) a tireoide a produzir paratormônio que chega ao tecido ósseo pela corrente sanguínea e se liga ao osteoblasto. O osteoblasto libera libera duas substancias: fator estimulante de osteoclasto que estimula o osteoclasto a fazer o processo de reabsorção óssea; e o ligante osteoprotegerina que estimula monócitos a se diferenciarem em osteoclastos que migram para o tecido ósseo pela corrente sanguínea. Assim, os osteoclastos estimulados contem uma enzima (anidrase carbônica) que catalisa a reação de formação de acido carbônico que hidrolisado fica H+ e HCO3-. HCO3- vai para a corrente sanguínea e o H+ para o osso diminuindo o pH ósseo, com isso as ligações que formam os cristas de elemento orgânicos e inorgânicos é desfeita e os íons são liberados para a corrente sanguínea. A partir dai é liberado uma enzima para o tecido ósseo (metaloproteinases) que degradam os elementos de matriz inorgânica (?), assim o cálcio passa para a corrente sanguínea, onde a concentração aumenta, sinalizando para a tireoide produzir calcitonina que se liga ao osteoclasto que para a reabsorção. Osso Macroscopico: Visto a olho nú Osso compacto: sem cavidades (trabéculas) Osso esponjoso: cavidades no meio do osso – medula óssea − Medula óssea vermelha: alta produtividade de células − Medula óssea amarela: mais velha com menos produtividade de células e preenchida por células adiposas Osso Microscópico: visto apenas com microcopia Osso primário: recém formado – menos resistentes – sem sistema de Havers Osso secundário: presença de sistema de Havers – mais resistente Sistema de Havers: osteocitos se depositam de maneira concêntrica em volta de um vaso sanguíneo (que se localiza dentro de um canal de Havers) Os canais de Havers se comunicam através de canais de Volkman (ramificações de vasos sanguíneos) Lamelas circuferenciais: osteócitos que se depositam de forma organizada no entorno do endostio e periósteo. Lamina de osso por descalcificação: processo químico onde a matriz inorgânica é retirada Lamina de osso por desgaste: O osso é serrado e passa por um processo de desgaste. Tecido sanguíneo O sangue é um fluido vermelho viscoso que ocupa 7% do peso do corpo (5 litros aproximadamente – em um adulto saudável). A matriz extracelular desse tecido é liquida (único tecido do corpo com essa propriedade). Funções: Transporte de nutrientes 🡪 leva nutrientes a todos os tecidos do corpo Transporte de produtos de excreção Transporte de hormônios e outras moléculas de sinalização celular Transporte de gases 🡪 CO2, O2 entre outros (trocas gasosas) Regulação da temperatura corporal Via de migração dos leucócitos e outras células OBS¹: A coagulação sanguínea é um mecanismo de proteção do tecido sanguíneo para que o fluxo sanguíneo não seja interrompido na arvore vascular. O processo de coagulação é mediado pelas plaquetas e fatores presentes no sangue, Constituição: Plasma sanguíneo 🡪 matriz extracelular liquida. Cerca de 55% da composição do sangue. Elementos figurados: − Glóbulos vermelhos (eritrócitos)🡪 44% da constituição sanguínea − Glóbulos brancos (leucócitos) − Plaquetas OBS²: Região papa leucocitária 🡪entre plasma e glóbulos vermelhos. Plaquetas + leucócitos (1%) OBS³: Lamina de distensão sanguínea 🡪 dizer que é esfregaço é errado Plasma sanguíneo: O plasma sanguíneo é um liquido amarelado composto por água (90%), proteínas (9%) e outros elementos (1%) como hormônios, íons, compostos nitrogenados, moléculas de sinalização celular e gases. Glóbulos vermelhos: Os glóbulos vermelhos são células anucleadas e sem organelas, conhecidas como hemácias ou eritrócitos. Apresentam um formato de disco bicôncavo que permite que a célula tenha uma grande área de superfície, aumentando assim a capacidade nas trocas gasosas. As células precursoras de hemácias são células hematopoiéticas (localizadas no tecido hematopoético que constitui a medula óssea), os reticulócitos, apresentam núcleo e organelas; a medida em que vão amadurecendo expulsam seus núcleos, perdem suas organelas e passam para a corrente sanguínea. A perda desses constituintes celulares permite que o eritrócito tenha maior espaço para as trocas gasosas. As hemácias apresentam um tempo de meia vida de aproximadamente 120 dias. Quando próximo a esse tempo as hemácias passam a expressar em sua membra celular oligossacarídeos que são reconhecidos por macrófagos no baço, sendo assim destruídas e reutilizadas para originar novas hemácias. OBS¹: Hematopoiese 🡪 processo de formação das células sanguíneas na medula óssea Hematocaterese 🡪 processo de destruição das células sanguíneas no baço e fígado A nível do mar homem apresenta 5.000.000/mm³ e mulher 4.500.000/mm³ (hemácias). Acima do nível do mar a quantidade de hemácias no sangue aumenta devido ao declínio de O2 no ar. Hemoglobina: Transporte de O2 e CO2. Proteína da hemácia formada por quatro cadeias polipeptídicas ligadas a radicais heme, que contém ferro. − O2: é ligado ao radical heme (apenas transportado pela hemácia) − CO2: ligado a cadeia polipepitidica (pode ser transportado na forma de bicarbonato no citosol da hemácia ou no plasma) CO2 + globina 🡪 carbamino-hemoglobina O2 + Fe++ 🡪 oxi-hemoglobina CO + hemoglobina 🡪 carboxi-hemoglobina – venenoso. Ao combinar-se com a hemoglobina para formar carboxihemoglobina (HbCO) no sangue evita a ligação do oxigênio à hemoglobina pela redução da capacidade de transporte de oxigénio pelo sangue. Membrana celular das hemácias: expressam cadeias de polissacarídeos (atuam como antígenos) que determinam o tipo sanguíneo (A; B; AB; 0). Também expressam cadeias antigênicas glicoproteicas Rh: quem expressa é Rh + e quem não expressa é Rh -. Obs: Eritroblastose fetal🡪 M rh- com filho rh+🡪 produz anticorpos contra o fato Rh+ 🡪 destrói o embrião nas próximas gestações. Citoesqueleto: A organização do citoesqueleto é responsável pelo formato bicôncavo - proteínas do citoesqueleto (fodrina, anquirina, banda 4.1) + actina, as três junto com a actina formam o disco bicôncavo. Deficiencia na produção dessas proteínas podem desencadear a formação anormal da hemácia, levando a deficiência no transporte de gases 🡪 anemia falciforme Glóbulos brancos: São células conhecidas como leucócitos e não tem funções dentro da corrente sanguínea mas a utilizam como transporte de um tecido para outro; são células transitórias do tecido conjuntivo. Quando chegam a sua região de atuação deixam o vaso sanguíneo por diapedese (migração por entre as células endoteliais dos vasos sanguíneos. Estão presentem em número de 6.000 a 10.000/ mm³ de sangue. Existem dois tipos de leucócitos: Granulócitos: apresentam em seus citoplasmas grânulos específicos além dos grânulos azurófilos (lisossomos) 🡪 neutrófilos; eosinófilos; basófilos − Neutrófilos: responsáveis por fagocitose de bactérias. Estão presentes em áreas de inflamação aguda (presentes para fagocitar e destruir bactérias) – células arredondadas, núcleo multilobulado e granulações que contém substancias que vão agir na região inflamada – representam 60/70% dos leucócitos totais. OBS: Pus 🡪 plasma com proteínas, bactérias, neutrófilos e partes de tecido destruído. − Eosinófilos: são responsáveis por combater a invasão parasitaria - nos grânulos há substancias que destroem os tecidos dos parasitas – também é responsável por reações alérgicas. Tem nucleo bilobulado e apresenta muitos grânulos. Representa cerca de 4% dos leucócitos totais. − Basófilo: responsável por reações inflamatórias e alérgicas. Seus grânulos são grandes e contem substancias pró inflamatórias – carregam fatores quimitróficos que sinalizam a outras células (eosinófilos e monócitos). Apresenta núcleo bilobulado. Agranulócitos: apresentam apenas grânulos azurófilos 🡪 linfócitos e monócitos − Monócitos: originam células fagocíticas (sistema mononuclear fagocitário) – célula arredondada com núcleo reniforme − Linfócitos: célula e núcleo arredondados. Atua na defesa imunológica. Existem dois tipos de linfócitos: T (defesa citotóxica) e B (defesa humoral – produção de anticorpos por plasmócitos diferenciados a partir de linfócitos B) Plaquetas: São fragmentos de células anucleados derivados de megacariocitos da medula óssea que libera constantemente fragmentos para a corrente sanguínea – apresenta organelas. Estão presentes em número de 250.000 a 400.000/mm³. São importantes na coagulação sanguínea. OBS: COAGULAÇÃO: quando ocorre uma lesão no vaso sanguíneo as plaquetas entram em contato com o tecido lesionado e são ativadas começando o processo de adesão e agregação plaquetária. As células endotelias param de produzir fatores de inibição de coagulação e liberam fatores de vaso constrição e tromboplastina tecidual. As plaquetas liberam componentes granulares que aumentam a aderência plaquetaria. A tromboplastina liberada age sobre a protrombina convertendo-a em trombina que converterá o fibrinogênio em fibrina (na presença de cálcio). A fibrina forma polímeros que ajudam a adesão de mais plaquetas e de eritrócitos e leucócitos formando um coagulo de sangue, impedindo a perda de sangue. Fatores da coagulação: fibrinogênio, fatores intrínsecos, fator extrínseco, fatores de via comum, plasminas. Lesão vascular 🡪 plaquetas se aderem à parede no local lesionado 🡪 lesão induz agregação plaquetária 🡪 o processo da hemostasia faz com que as plaquetas se unam ao fibrinogênio 🡪 a imobilização do fibrinogênio na lesão atrairá fatores de coagulação (intrínseco, extrínseco, via comum) 🡪 a união dos três fatores transformam o fibrinogênio no polímero fibrina 🡪 após um certo período inicia-se o processo de coagulação 🡪 moléculas de plasminas são atraídas pela fibrina 🡪 moléculas de plasmina destroem a rede de fibrina 🡪 fibrinólise 🡪 produtos de degradação são fagocitados por macrófagos e eosinófilos 🡪 restabelecido fluxo normal Tecido Muscular O tecido muscular apresenta células especializadas para a contração muscular, chamadas fibras musculares – por serem alongadas e pouco largas. Tecido é bastante vascularizado para suprir as necessidades nutricionais, umas vez que há um gasto de energia muito grande. Existem três tipos de músculos: Musculo estriado esquelético: contração voluntária – presente na língua, face (músculos de expressão facial) Musculo estriado cardíaco: exclusivo da região do coração (miocárdio) – contração involuntária Musculo liso: contração involuntária – musculatura das vísceras, útero, pele Célula muscular ou fibra muscular: São células alongadas por isso conhecidas como fibras. Suas organelas recebem nomes diferentes relacionados ao movimento de contração muscular: − Membrana plasmática 🡪 Sarcolema − Citoplasma 🡪 Sarcoplasma − Reticulo endoplasmático 🡪 Reticulo Sarcoplasmatico − Mitocôndria 🡪 Sarcossoma Músculo estriado esquelético: Apresentam fibras alongadas cilíndricas, multinucleadas (núcleos periféricos) com muitas estriações (miofilamentos de actina e miosina – elementos do citoesqueleto) Fibra muscular branca: Apresenta pouca mitocôndria e pouca mioglobina (proteína que retém O2 nas células musculares) – fibra de contração rápida por apresentar pouca produção de ATP. Fibra muscular vermelha: Muita mitocôndria e mioglobina – contração lenta por apresentar muita produção de ATP. Fibra muscular intermediaria: quantidade intermediaria de mioglobina e mitocondrias Envoltório muscular: Os músculos são formados por vários feixes de fibras muscular, que, por sua vez, são formados por várias fibras musculares. O tecido conjuntivo que envolve os músculos é chamado de epimísio 🡪 tecido conjuntivo denso não modelado rico em fibras colágenas do tipo I e fibroblastos; Ao redor de cada feixe muscular envolvendo as fibras musculares também existe um tecido conjuntivo, que é chamado de perimísio 🡪 tecido conjuntivo parecido com do epimísio, porém é menos denso (menos quantidade de fibras); E por fim ao redor de cada fibra há um tecido conjuntivo chamado endomísio 🡪 tecido conjuntivo frouxo rico em fibras reticulares e fibroblastos. Organização molecular: As regiões mais claras são as bandas claras chamadas Banda I (isotrópicas) 🡪 Essa banda I apresenta uma região mais escura no meio, chamada Disco Z; As regiões mais escuras são as bandas escuras chamadas Banda A (anisotrópicas) 🡪 Essa banda A apresenta uma região mais clara no meio, chamada Banda H 🡪 Que apresenta uma região escura no meio, chamada Linha N O sarcômero é a unidade de contração muscular 🡪 a fibra só contrai se todos os sarcômeros contraírem; e o musculo só contrai se todas as fibras contraírem. Um sarcômero é a região do disco Z de uma banda I até o disco Z da próxima banda I. Contração muscular: Para acontecer a contração muscular é necessário que chegue um estimulo por meio de uma informação nervosa – informações químicas A informação nervosa leva o sarcolema (MP) a despolarizar, com isso ele invagina para dentro do sarcoplasma (citoplasma), formando o túbulo T. Associados ao túbulo T estão as cisternas terminais dos retículos sarcoplasmáticos 🡪 A despolarização atinge o túbulo T e por consequência as membranas das cisternas terminais dos retículos sarcoplasmáticos também são despolarizadas. Essa despolarização vai estimular a abertura dos canais de cálcio, que ficará disponível no sarcoplasma. A contração se dá quando filamentos de actina deslizam por sobre e sob filamentos de miosina – os dois discos Z se encontram O relaxamente é quando a molécula de atp se liga de volta ao subfilamento s1 o que vai fazer com ele se abaixe, volte pro estado normal dele Filamentos de actina: actina globular unidas quimicamente para formar actinas filamentosas 🡪 microfilamentos de actina são 2 actinas filamentosas ligadas a proteínas chamadas troninas I, C e T. A troponina I liga as outras troponinas a actina; a troponina T se liga a tropomiosina e a troponina C se liga ao Ca++ Filamentos de miosina: dupla cadeia leve (região globular – onde a actina se liga), conhecida como região S1, apresenta uma molécula de ATP ligada (quando o musculo está relaxado) e dupla cadeia pesada (região filamentosa) No musculo relaxado a tropomiosina está ligada onde a miosina se liga em caso de contração (mascara o sitio de ligação da miosina). Quando a troponina C se liga ao Ca++ ela se move e em cascata as outras troponinas vão se mover e em consequência a tropomiosina sai da região ligada a actina. Para ter a ligação entre miosina e actina a molécula de ATP ligada a região S1 da miosina precisa ser quebrada na forma de ADP para liberar energia para a miosina levantar (região globular) e se ligar a actina – Assim a actina vai deslizando na miosina até que os dois discos Z se encontrem. Para haver o relaxamento uma nova molécula de ATP se liga ao subfilamento S1 (região globular). OBS: A fibra estriada esquelética tem capacidade regenerativa devido a células satélite. Músculo estriado cardíaco As fibras estriadas cardíacas são cilíndricas com estriações e nucleo central. Podem apresentar bifurcações. Duas fibras estão ligadas por junções comunicantes do tipo GAP formando regiões bem marcadas chamadas disco intercalar (vistas a microscópio ótico). Os microfilamentos são organizados. Tecido altamente vascularizado. Entre as fibras há um tecido conjuntivo 🡪Endomísio Esse tecido apresenta uma regeneração limitada 🡪 na região lesionada há deposição de fibras colágenas, formando cicatrizes fibrosas. A contração acontece de forma parecida ao musculo estriado esquelético, porém o tempo de abertura dos canais de cálcio é diferente. Músculo liso: Musculatura de contração involuntária responsável por movimentos como peristalse, vasoconstrição e dilatação. As fibras lisas são alongadas, com formato fusiforme e o núcleo é central. Não apresenta estriação (por isso são chamadas fibras lisas), os microfilamentos de actina e miosina estão organizados de forma diferente. A contração é totalmente diferente das anteriores. Apresenta capacidade de regenerativa e podem hipertrofiar (ex: útero na gestação). Tecido Nervoso Funções: Leva informações a outros tecidos Capta informações do corpo e do meio externo Integra as funções do corpo Características: É organizado é sistema nervoso central e sistema nervoso periférico (SNC e SNP) O processo de condução da informação se dá quando receptores sensoriais percebem o estimulo e levam aos centros superiores, onde vai ocorrer o processamento das informações e a elaboração de uma resposta, que vai ser levada de volta. Capacidade de irritabilidade 🡪 Percebe estímulos Capacidade de condutibilidade 🡪 Conduz o estímulo Constituição: O tecido nervoso é formado por células da glia (qualquer célula que não seja neurônio e esteja presente no tecido nervoso) e neurônios. Apresente uma matriz extracelular muito escassa (quase inexistente). Neurônios: São células nervosas especializadas na condução de informação nervosa a todos os tecidos do corpo. Em sua estrutura encontra-se um corpo celular – centro trófico da célula; dendritos e axônio. 1. Corpo celular: onde acontecem os processos celulares vitais – presença de núcleo, organelas, síntese proteica, capsulas de Nissl (grânulos – expressão da presença de ribossomos no retículo endoplasmático), muitas mitocôndrias (a célula libera muita energia devido às sinapses), elementos de citoesqueleto (microfilamentos de actina, microtubulos e microfilamentos intermediários – encontrados apenas nas células nervosas). 2. Dendritos: são ramificações da membrana celular – geralmente é a região de onde o impulso nervoso chega à célula. 3. Axônio: é um prolongamento único que geralmente transmite o impulso nervoso a outras células – pode ou não estar revestido pela bainha de mielina (neurônio mielínico/mielinizado ou amielinico/não mielinizado) Classificação dos neurônios: 🡺 Neurônio unipolar: do corpo celular parte apenas um prolongamento, o axônio, não apresentando dendritos. São encontrados em animais invertebrados. 🡺 Neurônio pseudounipolar: apresenta um prolongamento que se ramifica – de um lado dendritos pro outro axônio. São encontrados em gânglios nervosos dos vertebrados. 🡺 Neurônio bipolar: corpo celular com dois prolongamentos que partem em direções opostas (dendritos e axônio) 🡺 Neurônio anaxonico: Não apresenta axônio apenas dentritos – encontrados na retina 🡺 Neurônio multipolar: apresenta diversas ramificações dendriticas e na direção oposta um prolongamento axonico – neurônio mais comum. Esses neurônios apresentam outra classificação, quanto ao formato do corpo celular: − Fusiforme: corpo celular alongado e achatado − Estrelado: corpo celular muito grande – neurônios motor – encontrados na região motora da medula nervosa − Piramidal: corpo celular é um triangulo (visto a microscopia ótica) – encontrados no córtex cerebral − Piriforme (de Purkinje): corpo celular em formato de pera – encontrado no córtex cerebral Classificação quanto a função: Neurônios sensoriais ou aferentes: percebe a informação sensorial e levam ao SNC onde são elaboradas as respostas. Interneurônios: recebem as informações nervosas e elaboram respostas Neurônios eferentes: levam as respostas nervosas até a região estimulada Células da Glia Astrócitos: células com prolongamentos estendidos até os neurônios. Dois tipos: astrócitos fibrosos 🡪 nas regiões de substancia branca e astrócitos protoplasmáticos 🡪 nas regiões de substancias cinzenta. Essas células dão suporte físico, estrutural e metabólico aos neurônios (neurônios não armazenam glicose – os astrocitos enviam piruvato). Equilibram o micro meio ambiente neuronal bombeando e retirando íons (controle iônico). Sinalizam para que os neurônios transmitam o impulso nervoso através de íons de cálcio. Desenvolvem uma reação de cicatrização 🡪 no local onde houve lesão há uma aglomeração de astrocitos. Induzem e mantem a formação da barreira hemato-encefálica. Oligodendrócitos: responsáveis pela produção da bainha de mielina. Células ependimárias: células epiteliais que revestem as cavidades do sistema nervoso (ventrículos encefálicos; canal central da medula nervosa) – células cilíndricas simples ciliadas. Essas células formam o plexo coroide 🡪 células diferenciadas que produzem o liquor (proteção mecânica e sitio de nutrição). Células microgliais: derivadas dos monócitos do sangue – células fagocitárias de tecido em degeneração e antígenos. Glia radical: encontrada na embriogenese – migração das células para a formação do tecido nervoso. Glia de Bergmann: encontrados no cerebelo – sustentação e suporte metabólico. Glia de Müller: encontrados na retina – suporte estrutural e metabólico Glia embainhante olfatória: Células intertisciais da pineal Pituicitos Tanicitos Polidendrócitos: descobertos recentemente – precursores de neurônios e células gliais. Quando estimulados in vitro podem regenerar tecido nervoso Céulas da glia – SNP: Células de shwann: formam a bainha de mielina. Envolve o axônio de todos do neurônios do SNP Células satélite: associados aos corpos celulares dos neurônios – dão sustentação metabólica e controlam o micro meio ambiente neuronal Glia entérica: encontrados no sistema nervoso entéricos – apresentam funções semelhantes aos astrócitos Matriz extracelular O sistema nervoso central tem pouca matriz (por isso a regeneração é quase nula) e o sistema nervoso periférico apresenta maior quantidade. SNC: composta por glicosaminoglicanos, proteoglicanos, fibronectina, tenascina, laminina, colágeno do tipo III e IV – ao redor dos nervos, nas membranas basais perivascular e na glia limitante SNP: glicosaminoglicanos, proteoglicanos, fibrilas colágenas, laminina, fibronectina, tenascina – na superfície das células, no epineuro, perineuro e endoneuro Bainha de mielina Capa de gordura que envolve o axônio. As células produtoras (oligodendrocitos e células de shwann) se enrolando no axônio a medida em que depositam a mielina. A mielina é importante para tornar a transmissão do impulso nervoso mais rápida. Protegem o impulso nervoso por serem formada por lipídeos que são maus condutores de eletricidade. Sinapses São regiões de impulso nervoso. A informação se transfere da célula pré-sináptica para a célula pós-sináptica. Eletricas 🡪 acontecem apenas no tronco encefálico. Neurônio – Neurônio. Nesse tipo de sinapses há a transmissão de cargas elétricas através das junções do tipo GAP Quimicas 🡪Neuronio – Neuronio; célula muscular; célula glandular. O impulso nervoso é passado através da liberação de substâncias químicas (neurotransmissores). A célula pré sináptica libera o neurotransmissor para a fenda sináptica. Contatos sinápticos: − Axodendriticas 🡪 axônio – dendritos (mais comum) − Axossomaticas 🡪 axônio – corpo celular − Axoaxônica 🡪 axônio – axônio − Dendrodendritica 🡪 dendrito – dendrito SISTEMA NERVOSO Sistema nervos central: encéfalo e medula espinhal (nervosa) que são protegidos por estruturas ósseas. Encéfalo 🡪 composto por cérebro (telencéfalo e diencéfalo), cerebelo e tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) Sistema nervoso periférico: nervos, gânglios e terminações nervosas. Nervos 🡪 espinhais e cranianos, saem da medula nervosa. Ganglios 🡪 espalhados pelo corpo Terminais nervosos 🡪aferentes ou eferentes Sistema nervoso central Região de substancia branca é chamada assim pois apresentam muitos neurônios mielinizados e células da glia. Região de substancia cinzenta apresenta corpos celulares, dendritos e neurônios não mielinizados e células da glia. No encéfalo a substancia branca é encontrada internamente e a substancia cinzenta é situada externamente. Na medula nervosa é o inverso com a presença de um canal central no meio. O córtex cerebelar são encontrados 3 camadas 🡪camada molecular, camada de purkinje (com neurônios de Purkinje) e camada granulosa FOtos Meninges: Região de tecido conjuntivo dividida em três camadas – duramater, aracnoide e piamater PELE 🡪 OSSO 🡪 MENINGES (DURAMATER – ARACNOIDE – PIAMATER) 🡪 TECIDO NERVOSO Entre as meninges circula o liquor 🡪ajuda a conter impactos − Duramater: tecido conjuntivo denso modelado rico em fibras colágenas I e fibroblastos − Aracnoide: tecido conjuntivo denso modelado rico em fibras colágenas I e fibroblastos. Apresenta duas regiões: porção membranosa e trabecular (espaços subaracdonicos, onde circula o liquor) − Piamater: composta por fibroblastos Barreira hematoencefálica Separa o sangue do sistema nervoso central. Um capilar continuo revestido por células epiteliais pavimentosas simples formando o endotélio. Essas células são unidas por junções de oclusão que impedem que substancias entrem e saiam do sistema nervoso. OBS: Algumas substancias conseguem ultrapassar essa barreira 🡪 álcool, cocaína, nicotina Sistema nervoso periférico Somático: atuam nos músculos de contração voluntária – inervações Autônomo: inervações que atuam nos músculos de contração involuntária e nas glândulas. Dividido em simpático e parassimpático que atuam de forma antagônica. Gânglios: aglomerados de corpos celulares de neurônios. Nervos: formados por feixes nervosos que por sua vez são formados por fibras nervosas. Essas regiões apresentam tecido conjuntivo em volta. Epineuro – nervo; perineuro – feixes; endoneuro – fibras nervosas.

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