Estados Nacionais PDF

Summary

Este documento discute os conceitos de Estado e Nação, bem como os contextos históricos da formação dos Estados Nacionais na Europa, principalmente Portugal, Espanha e França, incluindo as guerras, as relações entre poder, religião, e outros aspectos relevantes.

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CONCEITOS ESTADO NAÇÃO Instituição com poder político Conjunto de indivíduos que centralizado. possuem um sentimento de identidade entre si. Existên...

CONCEITOS ESTADO NAÇÃO Instituição com poder político Conjunto de indivíduos que centralizado. possuem um sentimento de identidade entre si. Existência de leis obedecidas pela Possuem as mesmas sociedade. E de uma burocracia tradições culturais. organizadora. Domínio de um território em que as Os mesmos códigos relações de poder são linguísticos. estabelecidas. A presença de um exército As mesmas características responsável pela ordem interna e étnicas. pela defesa externa. Silvana Campelo Jens Martensson 2 LEMBRETES: É IMPORTANTE LEMBRAR: Esse era um momento de transição com novos elementos sendo introduzidos naquela sociedade. O sentimento de pertencimento a uma Nação é algo construído lentamente ao longo do tempo. Esse era o caso, por exemplo da Espanha, que tinha em seu território vários reinos, várias línguas e várias religiões no século XV. Problema que encontramos até hoje no país Basco e região da Catalunha, que até hoje tentam sua indpendência. Jens Martensson 3 PORTUGAL: CONTEXTO: Primeiro Estado Nacional da Europa As Guerras de reconquista no século XI, com o objetivo de expulsar os mulçumanos (Mouros) da Península Ibérica. O Estado Nacional de Portugal teve sua origem no Condado Portucalense, região dominada pelo rei D. Afonso VI de Castela e Leão. Durante as Guerras de reconquista D.Henrique (nobre francês) teve destaque e como recompensa recebeu o Condado Portucalense e a mão da filha de D. Afonso, Dona Teresa. D. Afonso Henriques, filho de Fernando de Borgonha assume o comando do Condado e depois de derrotar os mouros e o Reino de Castela (1139) torna-se o primeiro rei de Portugal. Jens Martensson 4 PORTUGAL: CONTEXTO: Em 1383 D. Fernando de Borgonha, rei de Portugal, faleceu, fato que fez seu genro D. Juan de Castela reivindicar o trono. A burguesia portuguesa com medo de perder seus privilégios dentro do reino, resolveu apoiar o irmão de D. Fernando, D.João (Mestre de Avis), fato que levou a uma guerra (1383 a 1385) conhecida com Revolução de Avis. Esse fato pôs fim a dinastia de Borgonha e deu inicio a Dinastia de Avis. Esse é o momento do Estado Nacional de Portugal. A formação do Estado Nacional favoreceu a Portugal ser o primeiro a se lançar a expansão marítima. Jens Martensson 5 ESPANHA: CONTEXTO: Tal qual Portugal, a Espanha também enfrentava os mouros para expulsá-los de seu território. No século XV a Espanha vivia uma ampla fragmentação política, com a existência dos seguintes reinos independentes: Castela, Aragão, Navarra, Leão e Granada. Tinha também a presença de Judeus, Cristãos e Mulçumanos. Um dos motivos da formação do Estado espanhol foi o casamentos da rainha Isabel de Castela com o rei Fernando de Aragão, os reinos mais forte da época. O poder se consolidou com a expulsão dos mouros de Granada em 1492 consolidou o Estado espanhol. A implantação do Santo Ofício (Inquisição) que passou a perseguir os judeus, ajudou a consolidar o poder dos reis católicos. Jens Martensson 6 FRANÇA: CONTEXTO: A formação do Estado Nacional francês está intimamente ligado ao fato da vitória da França na Guerra dos Cem anos (1337 a 1453), sobre a Inglaterra. Essa guerra foi um conjunto de batalhas ao longo dos 116 anos. Essa guerra começou em 1337 quando o trono francês ficou vago com a morte do rei Felipe, o Belo, sem herdeiros diretos. Fato que levou o rei da Inglaterra Eduardo III reivindicar o trono e querer unificar as duas Coroas. Como isso levaria o rei inglês a ter domínio sobre poderosas regiões comerciais, como a região de Flandres, a nobreza francesa reagiu severamente. Durante a guerra os reis franceses se fortaleceram com a formação de um exército profissional. Para obter dinheiro para isso Carlos VII criou o imposto a Talha real para sustentar os exércitos. Jens Martensson 7 FRANÇA: CONTEXTO: Foi utilizando o exército permanente que o rei conseguiu gradativamente controlar os senhores feudais franceses. O Rei passou a ser conhecido como o Senhor da justiça, se sobrepondo a justiça local, ou seja, acima dos tribunais regionais. O rei Francisco I estabeleceu o controle sobre a Igreja Católica, deixando claro que era a monarquia e não mais o Papa que deveria ser respeitada e obedecida pela população. A Guerra dos Cem anos é considerada a última do período feudal e a primeira da Idade moderna. Ela começou com o combate dos nobres e terminou com os exércitos de um Estado Nacional. A Guerra foi responsável pela criação da ideia de Nação francesa, ou seja, ela unificou territórios que antes eram divididos em territórios feudais e agora unificado sobre o controle do Estado. Jens Martensson 8 INGLATERRA: CONTEXTO: Assim como a França a Inglaterra também teve seu Estado Nacional formado a partir da Guarra dos Cem anos. A Guerra serviu para unir a população e formar gradativamente a noção de Nação, forjou uma identidade nacional. A guerra enfraqueceu os nobres feudais, surgindo um rei que aos poucos foi centralizando o poder em suas mãos. Após a guerra teve início uma guerra civil conhecida como a Guerra da Duas Rosas (1455 a 1487) devido a disputa do trono inglês. De um lado havia a Casa dos Yorks (Rosa branca) e do outro os Lancasters (Rosa vermelha). Contudo, a disputa não levou nenhuma das Casas ao poder, pois a Casa dos Lancasters fez uma aliança com Henrique Tudor que assumiu o trono, começando a Dinastia dos Tudors. Jens Martensson 9 INGLATERRA: CONTEXTO: Com o início da Dinastia dos Tudors ocorreu um fortalecimento do poder real com a adoção de um exército permanente e ampliação do sistema de cobrança de impostos. Em 1215 foi elaborada a Carta Magna que limitava o poder do rei. Esse só poderia declarar guerra, aumentar impostos e governar com a autorização do Parlamento. Como o rei não levava isso em conta ocorreu a Revolução Inglesa no século XVII, que colocou em lados opostos o rei e o Parlamento inglês. Outro elemento fundamental do fortalecimento do Estado Inglês foi o rompimento com a Igreja Católica por Henrique VIII, que criou a Igreja Anglicana, na qual o rei é o chefe religioso e não mais o Papa. Jens Martensson 10

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