Resumos 1 Teste CTC - Império Romano PDF
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These are summaries of the Roman Empire, including characteristics of Roman cities, types of housing, sanitation, and important structures. It details Roman life, construction, and technology. The provided document is not a past paper.
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### **CTC** #### #### **Império Romano** #### **Características da Cidade Romana** #### **Traçado Ortogonal -- Tipo de planejamento urbano onde as cidades tinham as suas ruas, muito largas e pavimentadas, estruturadas em torno de dois eixos principais, o Cardo (norte-sul) e o Decúmano (leste-oe...
### **CTC** #### #### **Império Romano** #### **Características da Cidade Romana** #### **Traçado Ortogonal -- Tipo de planejamento urbano onde as cidades tinham as suas ruas, muito largas e pavimentadas, estruturadas em torno de dois eixos principais, o Cardo (norte-sul) e o Decúmano (leste-oeste).** #### **Novas Construções -- Adaptavam as construções às estruturas existentes e ao terreno.** #### **Monumentalidade -- Usavam grandes edifícios para mostrar prestígio, força e poder romano.** #### **Tipos de Habitação --** #### ***Domus* -- Vivenda situada em ambiente urbano com um pátio interno (*Atrium*) e comumente com *peristilium*.** #### ***Villae* -- Quintas situadas no campo.** #### ***Insulae* -- Prédios de apartamentos utilizados para aluguel, comumente associados à classe baixa e média.** #### ***Fórum* -- Localizado no cruzamento dos eixos principais da cidade. Não era apenas a praça mas também era onde estava situado:** - #### **Templo;** - #### **Basílica -- Onde ocorriam os julgamentos e onde eram tratados assuntos da cidade (funcionava como um tribunal).** - #### ***Thermae* (Banhos públicos / Termas); ▪ Incluíam também áreas de socialização, exercício e até bibliotecas** - #### **o *Frigidarium* (Banhos frios)** - #### **o *Caldarium* (Banhos quentes)** - #### **o *Tepidarium* (Banhos mornos)** - #### - #### **Mercados (*Tabernae*)** #### #### **Saneamento -- Grandes sistemas de drenagem para o esgoto.** #### **Estilo -- Apresentava simetria e axialidade.** #### **Construções Importantes -- Templos, termas, bibliotecas, teatros e anfiteatros.** #### **Infraestrutura - Aquedutos e latrinas públicas. Apontamentos de Diogo Saraiva ∧ Leonor Silva** #### #### **Vida Romana e Similaridade com o Quotidiano Atual** #### **Roma tinha 1 milhão de habitantes há 2 mil anos, sendo a maior cidade do mundo antigo.** #### **O direito romano é uma das principais bases do sistema jurídico de muitos países atuais, especialmente na Europa e na América Latina.** #### **À volta do fórum havia tudo o que caracterizava a vida romana.** #### **O cidadão romano passava muito tempo na rua.** #### **As nossas vias de comunicação provêm dos romanos.** #### **O Mercado de Trajano é considerado um dos primeiros grandes complexos comerciais do mundo, abrigando cerca de 150 lojas em 6 andares.** #### **Importância da Água perante o Império Romano** #### **Toda a tecnologia da água já era conhecida na Pérsia, onde foi inventada. Romanos adotaram-na e aperfeiçoaram-na.** #### **Tecnologia de pequena escala, como poços com noras, não interessava aos romanos, que priorizavam grandes obras como aquedutos.** #### **No mundo antigo, a água era essencial para a vida. Os romanos destacaram-se pela construção de aquedutos, trazendo água de longe até as cidades. Os aquedutos, muitas vezes, renovavam cidades e havia uma forte ligação entre eles e as *thermae*.** #### **Por tal, geralmente o *Atrium* (pátio principal) das *domus* (vivendas), tinham teto aberto (*Compluvium*) no centro para captar a água da chuva e um *Impluvium* para armazená-la.** #### **Em pontos estratégicos dos aquedutos, a água passava por grandes reservatórios para separar os sedimentos e chegar limpa aos consumidores. Na cidade, a água era distribuída por torres de armazenamento chamadas *castella*.** - #### **Dos *castella*, a água ia para fontes, termas e bacias.** - #### **Poucos romanos tinham água corrente em casa, mas havia fontes em quase todas as esquinas.** - #### **Escravos ou *aquarius* carregavam água para as casas dos romanos.** #### #### **Não havia nada mais potente que a roda hidráulica até ao advento da energia moderna. Apontamentos de Diogo Saraiva ∧ Leonor Silva** #### #### **Técnicas construtivas dos Romanos:** - #### **Opus caementicium (séc. III a.C.): mistura de cal, areia ou fragmentos de pedra e água - Um tipo de cimento.** - #### **Opus incertum (séc. II a.C.): técnica com pedras em formato irregular, colocadas um núcleo de opus *caementicium*, sem uma orientação específica, mas organizadas para dar estabilidade.** - #### **Opus quadratum (séc. II a.C.): uso de pedras bem cortadas e quadradas.** - #### **Opus latericium ou testaceum (séc. I a.C.): uso de tijolo seco ou tijolo cozido.** - #### **Opus signinum: técnica de revestimento impermeável, feita com *opus caementicium* modificado por fragmentos de cerâmica triturada, usada em piscinas, aquedutos e pavimentos.** #### #### **Queda do Império Romano (476 d.C.)** #### **Os Mouros, sob domínio árabe, mantiveram a vida urbana nas áreas conquistadas da Península Ibérica, especialmente em cidades como Córdova e Sevilha. No entanto, em muitos outros lugares, os invasores admiravam as construções romanas, mas não conseguiam mantê-las, o que contribuiu para o declínio de várias cidades.** #### **Na Grã-Bretanha, apenas Londinium (Londres) e Eboracum (York) sobreviveram** #### **após a queda do Império Romano.** #### **O comércio no Mediterrâneo resistiu melhor, especialmente em cidades como Roma, Bizâncio e Alexandria.** #### **Nos Balcãs, muitas cidades romanas foram abandonadas, embora algumas, como Salónica, continuassem a ser importantes centros regionais.** #### **Os invasores germânicos, acostumados a pequenas comunidades, geralmente não mantinham grandes cidades romanas.** #### **O artesanato, que antes prosperava, entrou em declínio junto com as cidades.** #### **A Pax Romana (paz do Império) reduziu a necessidade de grandes defesas. Porém, a partir do século III, as cidades do oeste e sul da Europa começaram a ser ameaçadas por invasões bárbaras, e muros foram construídos ou reforçados. Algumas cidades importantes conseguiram se proteger, enquanto outras foram abandonadas.** - #### **A riqueza das cidades dependia da paz e do comércio entre as diferentes regiões do Império.** - #### **Com o declínio do Império Romano, muitas cidades foram abandonadas.** #### **Apontamentos de Diogo Saraiva ∧ Leonor Silva** #### #### **Cristianismo e Feudalismo** #### **O Cristianismo foi aceito no Império Romano em 313. Nos territórios onde o Cristianismo se estabeleceu, o bispo passou a liderar a área da antiga cidade romana.** - #### **O Papa, bispo de Roma, assumiu a posição de liderança dos antigos Césares.** - #### **Mesmo fora do sistema feudal, novas cidades surgiram com o apoio dos senhores feudais, que lucravam com elas.** - #### **Contudo, as cidades permitiam escapar do feudalismo -- daí a expressão: \"Stadt Luft macht frei\" (\"o ar da cidade nos liberta\").** - #### **Surgiram as cartas de Foral, baseadas no antigo fórum romano.** - #### **Nos séculos IX e X, com o retorno do comércio, as cidades voltaram a atrair moradores** #### #### **Outros:** #### **Pompeia -- Uma das cidades mais famosas do Império Romano, conhecida pela sua destruição súbita e trágica causada pela erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.C.** #### **Localizada na região de Campânia, no sul de Itália.** #### **A técnica dos encaixados não tinha, afinal, a ver com o aproveitamento de materiais, mas sim com a estabilidade estrutural.** #### **Deusa Vénus -- Trazida pela espuma do mar. Embasamento - Base estrutural de edifícios. Cores dominantes das casas romanas: preto, ocre (tipo dourado) e vermelho. Os romanos já usavam biquíni -- Só se voltou a ver passados 20 séculos.** #### #### #### #### **Cristianismo e Feudalismo** Na Antiguidade, as cidades desenvolviam-se desde a Península Ibérica até ao Médio Oriente, com padrões urbanísticos estabelecidos, especialmente no caso das cidades romanas, onde a arquitetura seguia regras específicas, tanto para edifícios públicos como privados. Entre estas regras, a hidráulica e a organização espacial das casas romanas eram fundamentais. Durante a Idade Média, as cidades islâmicas foram algumas das mais avançadas em termos de urbanismo. Hoje, no entanto, vamos focar-nos na metade norte da Península Ibérica, onde o cristianismo desempenhou um papel central na organização social e administrativa. A gestão de registos de nascimentos e mortes era realizada pelas paróquias, que funcionavam como unidades administrativas. O Papa controlava os casamentos em toda a Europa, e nenhum podia ser realizado sem a sua aprovação. Os senhores feudais, que podiam ser duques ou senhores locais, detinham enorme poder. Aqueles que estavam abaixo deles prestavam vassalagem, um sistema em que cavaleiros prometiam lealdade e, em caso de guerra, levavam os seus pequenos exércitos. A sociedade medieval era estruturada numa hierarquia de lealdade, onde o clero, a nobreza e o povo desempenhavam papéis específicos. Na nobreza, havia diferentes escalões, e a burguesia crescia em influência, com alguns membros a acumularem mais riqueza do que o próprio rei. A riqueza vinha sobretudo da terra, e quanto mais fértil a terra, maior o poder e influência do seu proprietário. Nas cidades, os castelos eram menores em comparação com os da Antiguidade Clássica, e viver fora das muralhas significava estar numa posição vulnerável. Com o tempo, foram criadas novas cercas, como a que envolvia Alfama e o Chiado. O Bairro Alto, por exemplo, surgiu como um bairro extra-muros no século XVI. Além dos castelos, os mosteiros também ofereciam proteção. Eram locais de clausura, cercados por muros, com claustros que funcionavam como espaços de reflexão e centros de comunicação, incluindo sepultamentos e autos de fé. #### **O Estilo Gótico e a Arquitetura Medieval** Bernardo de Claraval e o Abade Suger, dois monges influentes do século XII, discutiam diferentes visões sobre como deveria ser a \"Casa de Deus\". Bernardo acreditava que um mosteiro simples era suficiente, enquanto Suger defendia que a riqueza e a opulência, incluindo o uso de pedras preciosas, melhor refletiam a grandiosidade divina. Esta disputa de ideias foi fundamental para o desenvolvimento do estilo gótico. Os bárbaros, fascinados pela grandiosidade de Roma, não possuíam a mesma sofisticação técnica e cultural, embora mantivessem um certo romantismo. Contudo, este romantismo bárbaro não se comparava ao estilo arquitetónico e artístico da Antiguidade Clássica, com a sua simetria, proporções harmoniosas e colunas majestosas, que ainda influenciavam a arquitetura da época. Com a evolução tecnológica, surgiram três inovações que permitiram a expansão vertical dos edifícios: o arco quebrado, o arcobotante e a abóbada de ogivas. O arco quebrado, uma estrutura em madeira que se sustenta ao colocar a última pedra, revolucionou a arquitetura. O arcobotante era crucial para redistribuir a pressão e estabilizar os arcos. O pináculo, por sua vez, ajudava a aliviar ainda mais a pressão nas estruturas. As catedrais medievais cresceram em altura, com vitrais que preenchiam as janelas, imitando pedras preciosas e criando uma sensação de luminosidade e leveza nos edifícios. O suporte dos edifícios deixou de ser feito exclusivamente pelas paredes, permitindo janelas maiores e mais decoradas. #### **O Desenvolvimento das Cidades e das Catedrais** No século IX, Londres tinha uma população de cerca de 8000 habitantes, enquanto a Torre de Londres foi fundada em 1066. Outras cidades europeias também floresceram, como Rothenburg, na Alemanha, e Paris, com a icónica catedral de Notre-Dame. Durante a Reconquista, D. Afonso Henriques reconquistou Lisboa aos mouros em 1147, com a ajuda de cruzados, nomeadamente ingleses devotos de São Jorge. A mesquita que existia na Sé de Lisboa foi destruída, e no seu lugar foi construída uma igreja, inicialmente em estilo românico, e mais tarde com elementos góticos. O claustro da Sé, no entanto, não é retangular, devido às limitações de espaço no local. #### **O Surgimento das Universidades** Com o desenvolvimento das cidades, surgiram as universidades, uma consequência do crescimento da ciência e da vida urbana. As principais instituições de ensino competiam com os mosteiros pelo controlo do conhecimento. As universidades de Bolonha, Oxford e Cambridge nasceram de dissidências académicas e revoltas de estudantes. Em Portugal, a Universidade de Coimbra foi uma das mais importantes, juntamente com os Estudos Gerais em Lisboa. #### **O Renascimento e o Pensamento Moderno** No Renascimento, duas penínsulas mudaram o curso da história: a Península Ibérica e a Península Itálica. Na Itália, as cidades-estado redescobriram o conhecimento clássico perdido dos romanos e gregos, trazendo uma nova era de humanismo. Este período marcou a transição do pensamento medieval, abstrato e simbólico, para uma visão mais científica e racional do mundo. Copérnico, por exemplo, fez descobertas fundamentais, recuperando obras matemáticas clássicas que influenciaram o pensamento moderno. Na Península Ibérica, Portugal e Espanha expandiram os seus horizontes, com descobertas geográficas que transformaram a visão do mundo. O Infante D. Henrique foi uma figura chave na expansão portuguesa. Durante este período, a corte portuguesa, especialmente sob D. João II e D. Manuel I, tornou-se um centro de inovação e conhecimento náutico. A cartografia portuguesa estava na vanguarda da época, permitindo viagens estratégicas e bem planeadas. D. Manuel I, conhecido pelo seu gosto por objetos exóticos, tornou Lisboa um centro cosmopolita. O Paço da Ribeira, junto ao rio, simbolizava a visão do monarca, virada para o mar e para as riquezas que chegavam de além-mar. A Rua Nova dos Mercadores, uma das mais movimentadas da Europa, refletia a diversidade de culturas e mercadorias. #### **Conclusão** Este período de transição entre a Idade Média e a Modernidade foi marcado por profundas mudanças culturais, sociais e tecnológicas. Portugal, na vanguarda das descobertas, teve um papel crucial na formação do mundo moderno, contribuindo para o avanço da ciência, da arquitetura e do pensamento humanista. **Idade Media (séc. V- séc. XV)** **\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\--Caracterizada por: ** - Queda do império romano e da ordem por ele imposta - Presença da Religião - Distribuição e disposição de cidades - Avanços tecnológicos - estilo arquitetónico gótico - Distribuição de Poderes diferenciada \-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-\-- **Cristianismo** -- A Igreja, liderada pelo Papa, influenciava diversos aspetos da sociedade, como construções, educação, cultura e questões políticas. **Feudalismo** -- Sistema Politico predominante na Europa. O poder estava concentrado nas mãos dos **senhores locais**, que governavam as suas terras e controlavam exércitos. Embora o Papa e o rei mantivessem alguma influência, o poder era altamente fragmentado. **Senhores da Terra:** - **Nobreza**: Dividia-se em vários escalões, como rei, duque, conde, entre outros. - **Burguesia**: "Habitantes da cidade". Detinham direito a cidadania e, por consequência, privilégios políticos, sociais e económicos. Começou a crescer com o desenvolvimento do comércio. Constituída por comerciantes e artesãos ricos, ganhavam poder económico, mas não possuíam títulos de nobreza. (Durante a maioria da idade média, [apenas nobres possuíam Terras] e se tornavam por consequência senhores. O ascensão da Alta Burguesia como figura de autoridade deve-se apenas em volta do seculo XII-XIII com a adquirição de terras por burgueses muito ricos ou a receção de terrar como forma de recompensa por serviços à coroa.) O poder e a riqueza provinham principalmente da terra (agricultura). Quanto mais fértil fosse o território, mais riqueza gerava para os senhores. As pessoas que viviam e trabalhavam nas terras de um senhor deviam-lhe vassalagem e pagavam-lhe impostos. Era comum os senhores possuírem os seus próprios exércitos, compostos por cavaleiros e soldados. As cidades tornaram-se menores, localizadas dentro de fortalezas, enquanto o povo vivia em condições difíceis fora delas. No século XIV, o crescimento populacional e a intensificação das atividades económicas fizeram com que as muralhas fossem ultrapassadas, levando à criação de novos bairros fora das antigas fortificações. **Bairro extramuros** -- Exemplo: Bairro Alto (Lisboa) -- Área construída fora das muralhas. Além disso, existiam grandes mosteiros e abadias, também protegidos por muralhas, que funcionavam como verdadeiras minicidades, muitas vezes situadas em áreas mais distantes das fortalezas. Nesses espaços, preservava-se o legado literário, escrito em latim, graças às extensas bibliotecas. Eram igualmente espaços autossuficientes apenas resididos por monges/monjas. **Abadia de Cluny** (ano 910 d.C) -- Um exemplo de um espaço quase autossustentável, com terras para agricultura, oficinas e meios para produzir tudo o que necessitavam. Era independente dos senhores locais e focava-se na vida religiosa e na produção interna. **Século XII** -- O estilo gótico surgiu com o trabalho do [Abade Suger] na Abadia de Saint-Denis. Ele acreditava que \"só espaços muito luxuosos podem ser dignos de Deus\", defendendo que a grandeza e beleza dos edifícios religiosos elevavam a alma. Em contraste, [Bernardo de Claraval] defendia que a simplicidade dos mosteiros e igrejas era o caminho para uma maior proximidade com Deus. O desejo por grandiosidade, mestria e luxo por parte do Abade Suger, deu origem à arquitetura de estilo Gotico. Enquanto que a arquitetura greco-romana caracterizava-se pela sua simetria rigorosa e uso do homem como medida padrão, o estilo gótico trouxe inovações como o arco quebrado, o arcobotante e as abóbadas. No gótico, a pressão das estruturas era distribuída de maneira mais eficiente, permitindo grandes janelas e áreas de vidro, como visto na Catedral de Saint-Denis. **Novas tecnologias arquitetónicas:** 1. Os edifícios começaram a crescer em altura no período gótico, devido ao uso do arco quebrado e à melhor distribuição do peso. 2. Uso de suportes paralelos ligados aos pontos de alta pressão dos arcos principais como forma de garantir mais suporte e melhor distribuição de peso -- permitia o crescimento em altura das construções. 3. A maestria sobre a distribuição de peso deu também vaga para o inicio da instituição de largas janelas que se viriam a tornar vitrais altamente trabalhados e coloridos , figuras essenciais da grandeza das catedrais da altura. 4. O plano ortogonal que era utilizado pelos Romanos e Gregos, deixa de ser empregue. 5. Estrutura da igreja: Nave, transepto, capela e cruzeiro. **Conquista de Lisboa aos Mouros** -- 1147 d.C. **Reconstrução da Catedral de Lisboa** (Sé de Lisboa) -- Século XII. - Após a reconquista de Lisboa, D. Afonso Henriques toma a decisão de afirmar a conquista com a destruição dos símbolos religiosos dos Mouros e reafirmá-los como Cristãos. Por essas razões, Sé apresenta hoje resquícios de uma arquitetura Romana, mas acabamentos típicos Góticos As universidades surgiram nas grandes cidades, formadas por professores ou grupos de alunos. - **Primeira universidade**: Universidade de Bolonha (1088). - **Universidade de Lisboa/Coimbra** -- Fundada em 1290. - **Universidade de Pádua** -- Pioneira no ensino da anatomia através da dissecação de corpos humanos. Galileu lecionou aqui. **Renascimento** -- O renascimento da cultura clássica consistiu na redescoberta do conhecimento da Antiguidade e no surgimento do pensamento moderno. Durante a Idade Média, o saber era interpretado de **forma simbólica**. Na Península Itálica, a matemática dos gregos foi redescoberta e documentos em árabe e persa começaram a ser retraduzidos. **Copérnico** -- Era padre e servia numa capela na Polónia. O que recebia como padre funcionava como uma espécie de bolsa, permitindo-lhe estudar em Itália, o centro do saber da época. A descoberta da perspetiva geométrica durante o Renascimento revolucionou a arte. Embora os artistas se interessassem pela conceção, a **execução técnica era fundamental** para transmitir as ideias com precisão. Na Península Ibérica, durante a época dos descobrimentos, redescobria-se o conhecimento clássico e produzia-se um renascimento do saber. Era o centro do conhecimento empírico da natureza. **Infante D. Henrique** -- Motivado pela ambição e riqueza, foi uma das figuras centrais da expansão portuguesa. \ **Pedro Nunes** -- Preferia estar na corte a lecionar na universidade, mas contribuiu significativamente para o conhecimento científico. **Reis importantes**: D. João II e D. Manuel I. Os capitães eram responsáveis por elaborar roteiros de navegação, que eram entregues à Casa da Índia. **Cartografia portuguesa** -- Reconhecida pela sua precisão, com cartógrafos e relatos minuciosos. \ **G. Braunio** -- Século XVI, editor de um dos primeiros e mais importantes atlas de cidades, o *Civitates Orbis Terrarum*. **D. João II** -- Um intelectual que modernizou Lisboa, mas também hesitou em financiar a viagem que resultou na descoberta acidental da América. \ **D. Manuel I** -- Conhecido pela sua ambição de consolidar Portugal como uma potência global, iniciou a construção do Mosteiro dos Jerónimos, financiado pelo \"Imposto da Pimenta\". Durante o seu reinado, os judeus foram expulsos de Portugal devido às exigências dos Reis Católicos para o seu casamento com D. Isabel. Após a sua morte, D. Manuel casou-se com D. Maria de Aragão. **D. Manuel I** -- Um entusiasta de animais exóticos, ofereceu um rinoceronte ao Papa, mas o animal morreu num naufrágio. **Torre de Belém** -- Construída para proteger a entrada de Lisboa. \ **Mosteiro dos Jerónimos** -- Financiado pelo comércio de especiarias, exemplifica o estilo manuelino, que combinava elementos do gótico tardio com influências renascentistas. Nos conventos, os bebés abandonados eram entregues à Igreja, através de mecanismos como a roda dos expostos. **Bairro Alto** -- Começou a crescer no reinado de D. Manuel I, com ruas alinhadas e arejadas, representando uma inovação do Renascimento. **Idade Média ** **Cristianismo e Feudalismo** O **Cristianismo** foi aceite no Império Romano em . Nos países onde se estabeleceu o cristianismo, o **bispo** passou a liderar a área da antiga cidade romana. - O **Papa**, [bispo] de Roma, passou a ocupar a posição de liderança dos antigos Césares; - Mesmo fora do sistema feudal, novas cidades surgiram com apoio dos **senhores feudais**, que lucravam com elas. - Contudo, as cidades permitiam escapar do feudalismo - daí a expressão: **\"Stadt Luft macht frei\"** (\"o ar da cidade nos liberta\"). - Surgiram as **cartas de Foral**, baseadas no antigo **fórum** romano. - Nos séculos IX e X, com o **retorno do comércio**, as cidades voltaram a atrair moradores. **Os mosteiros como micro-cidades e os vários espaços dedicados à construção de conhecimento. As bibliotecas, o ensino, o hortus medicus, a botica.** **Principais construções:** - Arco quebrado; - Arcobotante; É nas cidades que aparecem as primeiras universidades. Universidade de Pádua, 1222 - Um grupo de alunos da Universidade de Bolonha reclamava por mais liberdade e saiu de Bolonha e veio formar a universidade de Pádua, a 2 mais antiga no norte de Itália. **Renascimento** **Lisboa é antes de mais um porto movimentado** **Visão de D. Manuel I:** o futuro de Portugal estava na conquista do oceano. 1. O **Paço da Ribeira** foi construído junto ao rio, substituindo o palácio na Alcáçova do castelo. 2. Grandes mudanças na **zona ribeirinha**: - **Boticas** da Ribeira (prédios fora das muralhas) foram alinhadas voltadas para o rio. - A maior inovação foi o **alinhamento das ruas** e fachadas nas vias principais, obrigando os proprietários a reconstruir em **tijolo**, não madeira (carta de 1502). - **Rua d'El Rei** foi aberta, ligando o Rossio ao Terreiro do Paço. - Construção da **Alfândega Nova**, armazéns reais e a Casa dos Contos. - Em **1500**, ordenou cortar os olivais dentro das muralhas de Lisboa. - Os terrenos dos **Conventos da Trindade e São Francisco** começaram a ser ocupados. 3. Em 1550, a população de Lisboa era de cerca de **100.000 habitantes**. 4. O uso de madeira foi evitado por causa dos incêndios, e buscou-se evitar doenças e pestes. **Paço da Ribeira (tempo de D. Manuel 1) - 1501-1505** D. Manuel gostava de estar presente nos armazéns e, por isso, decidiu construir as suas residências lá, transformando assim os armazéns em nobres paços. Abaixo desses paços, foram feitas grandes casas para guardar mercadorias da Índia e da Mina, que com o tempo se tornaram perfeitas. Cristóvão Rodrigues de Oliveira, em 1551, mencionou a capela real de São Tomé nos paços da Casa da Índia, destacando que os armazéns eram mais importantes do que o próprio paço régio. **[Ordens de D. Manuel 1 para o Bairro Alto:]** - **16 de dezembro de 1500:** Ordem para **derrubar os olivais** dentro das muralhas; - **1499-1502:** **Demolição das \"balcoadas\"**, (estruturas salientes nas casas.); - Ordem para que as **fachadas de madeira** sejam substituídas por **tijolo**; - A **fachada** das casas deve ser construída como uma **parede reta**. **Medicina na cidade** -A **Crónica de D. João II**, relata que em **15 de maio de 1492**, o rei mandou iniciar a construção do **Hospital Real de Todos-os-Santos**, em Lisboa, no local onde antes era a horta do **Mosteiro de São Domingos**. - D. João II, por honra do edifício, lançou **moedas de ouro** nos alicerces e acompanhou o início da obra; - A construção do hospital ocorreu entre **1492 e 1504**. A planta do **Hospital Real de Todos-os-Santos** tinha **4 claustros** com uma **capela no centro**. - Os doentes eram separados por **sexo** e **tipo de patologia**. - Áreas específicas para: **expostos** (órfãos), **doentes mentais**, e **doentes com sífilis**. - Tinha **3 enfermarias**: São Vicente, São Cosme e Santa Clara. - Uma ala especial para **nobres**. -O **Hospital de Todos-os-Santos** possuía um **portal manuelino**. Segundo **Damião de Góis**, este hospital estava \"acima de todos os hospitais reais de Espanha e de outras regiões do mundo cristão\" pela qualidade com que tudo era feito.