Aula Problemas Gastrointestinais PDF
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2024
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This document provides a summary of the gastrointestinal system, including anatomy, and functions, as well as relevant aspects of nursing care for patients with gastrointestinal problems. It includes concepts related to nutrients, interventions, and assessments in a medical scenario, specifically in the context of a 2nd-year, 1st-semester course in Nursing at Beja in 2024.
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CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM ENFERMAGEM MÉDICA - 2º ANO 1º SEMESTRE - Prestação de cuidados de enfermagem à pessoa com problemas gastrointestinais - Beja 2024 ...
CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM ENFERMAGEM MÉDICA - 2º ANO 1º SEMESTRE - Prestação de cuidados de enfermagem à pessoa com problemas gastrointestinais - Beja 2024 SUMÁRIO 1. Anatomia e Funções do Sistema Gastrointestinal 2. Abordagem conceptual da nutrição e dados relativos a Portugal 3. Patologias e sinais e sintomas mais comuns do Sistema Gastrointestinal 4. Intervenções de enfermagem perante a pessoa com náuseas e vómitos, ascite e sinais e sintomas de gastroenterite 5. Nutrição oral e Nutrição entérica – tipologias, princípios e metodologias de administração 6. Sonda gástrica – abordagem técnica e conceptual 7. Ostomias para alimentação 8. Lavagem gástrica – abordagem técnica e conceptual 9. Eliminação intestinal – problema mais frequentes e respetivas intervenções de enfermagem 10. Avaliação de enfermagem da pessoa com problemas gastrointestinais ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTIVO ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTIVO Boca: A digestão tem início na cavidade oral, onde ocorre a mastigação e a salivação dos alimentos. A saliva é produzida pelas glândulas salivares e contém enzimas como a amilase salivar, que iniciam a degradação dos hidratos de carbono. ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTIVO Esófago: O esófago é um órgão tubular musculado que liga a cavidade oral ao estômago. A sua função principal é o transporte do bolo alimentar da boca para o estômago através de contrações musculares rítmicas, conhecidas como movimentos peristálticos. ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTIVO Estômago: O estômago é um órgão muscular que armazena alimentos e produz ácido clorídrico para ajudar a digestão. O alimento parcialmente digerido transforma-se num líquido denominado quimo. ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTIVO ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTIVO Intestino Delgado: O intestino delgado é a porção mais longa do sistema gastrointestinal e pode dividir-se em três partes: duodeno, jejuno e íleo. A maior parte da digestão e da absorção de nutrientes ocorre nesta região. ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTIVO Intestino Grosso: O intestino grosso inclui o cego, o cólon e o reto. É responsável pela absorção de água e eletrólitos e pela formação das fezes. Os microrganismos comensais desempenham um papel importante na fermentação dos resíduos não digeridos. O ânus é a porção distal do sistema digestivo. ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTIVO Vesícula Biliar: A vesícula biliar armazena e liberta a bílis produzida pelo fígado para auxiliar na digestão de gorduras. Pâncreas: O pâncreas é uma glândula que produz enzimas digestivas, como a amilase pancreática, a lipase e a tripsina, que são libertadas no intestino delgado para a digestão dos hidratos de carbono, das gorduras e das proteínas. FUNÇÕES DO SISTEMA DIGESTIVO O sistema digestivo desempenha várias funções cruciais ao corpo humano, sendo a principal a transformação dos alimentos em nutrientes e a sua absorção e disponibilização para todas as células corporais, a fim de manter a saúde e o funcionamento do organismo. De uma forma mais detalhada, as principais funções do sistema digestivo incluem: Ingestão: A primeira função do aparelho digestivo é a ingestão de alimentos e ocorre no momento em que estes são introduzidos na cavidade oral. Aqui, ocorre a mastigação e a salivação dos alimentos. Digestão Mecânica: Os alimentos são submetidos a processos de fragmentação durante a mastigação e os próprio movimentos peristálticos ao longo do trato gastrointestinal promovem a digestão mecânica, o que facilita a digestão química subsequente. FUNÇÕES DO SISTEMA DIGESTIVO Digestão Química: As enzimas digestivas são secregadas ao longo do trato gastrointestinal, tais como a amilase, a lipase e a tripsina e desempenham um papel essencial na hidrólise dos nutrientes em unidades mais pequenas. A digestão química ocorre principalmente no estômago e no intestino delgado. Absorção de Nutrientes: O intestino delgado é a principal zona de absorção de nutrientes. Os nutrientes digeridos, como a glicose, os aminoácidos, os ácidos gordos e as vitaminas, são absorvidos para a corrente sanguínea, permitindo a sua distribuição pelas células do corpo. Transporte e Armazenamento: O sistema digestivo efetua o transporte dos alimentos e dos nutrientes ao longo do trato gastrointestinal. Paralelamente, o estômago atua como órgão de armazenamento temporário dos alimentos antes de serem gradualmente libertados para o intestino delgado. FUNÇÕES DO SISTEMA DIGESTIVO Eliminação de Resíduos: O aparelho digestivo é responsável pela eliminação dos resíduos não digeridos, como fibras e produtos da digestão não absorvidos, que são expelidos do corpo sob a forma de fezes. Este processo ocorre no intestino grosso e culmina com a evacuação através do ânus. Produção de Enzimas e Fluidos Digestivos: Os órgãos acessórios, tais como o fígado e o pâncreas, produzem enzimas e fluidos digestivos, incluindo a bílis e o suco pancreático, essenciais à digestão e absorção de nutrientes. Regulação do Metabolismo: O sistema gastrointestinal influencia o metabolismo corporal, uma vez que afeta a absorção de nutrientes, a produção de hormonas e a regulação dos níveis de glicose no sangue. FUNÇÕES DO SISTEMA DIGESTIVO Proteção: O sistema digestivo funciona como uma barreira física e imunitária, protegendo o organismo contra patógenos e substâncias tóxicas presentes nos alimentos. Sinalização Nutricional: O sistema digestivo comunica com o cérebro indicando a sensação de saciedade, o que influencia o controlo da ingestão alimentar. Produção de Hormonas Gastrointestinais: O aparelho digestivo produz hormonas como a grelina e a leptina, que regulam o apetite e o equilíbrio energético. Metabolismo de Medicamentos: O fígado é responsável pelo metabolismo de muitos medicamentos, contribuindo para a sua ativação ou inativação antes da eliminação pelo organismo. NUTRIÇÃO A nutrição é a ciência que estuda os elementos nutritivos existentes nos alimentos, nomeadamente os hidratos de carbono, as proteínas, os lípidos, as vitaminas e os sais minerais, assim como a forma como o corpo humano os utiliza com vista à manutenção das suas funções fisiológicas e do estado de saúde. Esta área do conhecimento centra-se ainda na análise da relação entre o regime alimentar e o bem-estar, incluindo a ingestão de alimentos e os procedimentos biológicos que ocorrem no organismo ao longo dos processos de digestão, absorção, metabolismo e excreção. NUTRIÇÃO A nutrição desempenha um papel crucial na saúde e na longevidade das pessoas. A evidência científica demonstra que dietas equilibradas e saudáveis, ricas em nutrientes essenciais, ajudam a prevenir doenças, melhoram o estado de saúde e reduzem o risco de mortalidade prematura. Os enfermeiros, enquanto profissionais de saúde com papel essencial ao nível da prevenção primária, devem intervir junto da população e promover a sua educação nutricional, de modo a contribuir para escolhas alimentares saudáveis, que conduzam a uma melhor qualidade de vida e à redução da mortalidade relacionada com doenças evitáveis. NUTRIÇÃO Alguns exemplos de doenças relacionadas com desequilíbrios nutricionais e/ou escolhas alimentares inadequadas: - Doenças cardiovasculares - Diabetes - Obesidade - Anorexia - Desnutrição - Cancro NUTRIÇÃO Classificação nutricional dos nutrientes - Macronutrientes - São os nutrientes que fornecem calorias e são necessários em quantidades relativamente grandes na dieta. Os três principais são os hidratos de carbono, as proteínas e as gorduras. - Micronutrientes - São os nutrientes necessários em quantidades muito pequenas, mas desempenham papéis vitais na manutenção da saúde. Os principais micronutrientes incluem vitaminas e minerais. - Água - A água é um nutriente essencial, embora não seja considerada uma vitamina ou um mineral. Ela é necessária para quase todos os processos do corpo. NUTRIÇÃO Fatores que podem influenciar a nutrição: Fatores sociais, culturais, crenças e religião Fatores económicos Fatores psicológicos e preferências pessoais Fatores educacionais e conhecimento Fatores relacionados com o meio ambiente Estado de saúde, medicação e necessidades individuais Disponibilidade de tempo e estilo de vida NUTRIÇÃO Fatores que podem influenciar a nutrição: Fatores sociais, culturais, crenças e religião Cultura e tradições com influência na alimentação (ex: alimentos tradicionais); Normas sociais/ pressão dos pares; Contexto e dinâmica familiar e educação alimentar; Crença nos benefícios de alguns alimentos e em dietas publicitadas; Algumas religiões condicionam o consumos de alguns alimentos. NUTRIÇÃO Fatores que podem influenciar a nutrição: Fatores económicos Rendimento e disponibilidade económica; O custo dos alimentos de um modo geral; A possibilidade de acesso a determinados alimentos; Pessoas com rendimentos menores tendem a comprar menos alimentos proteicos, peixe e vegetais frescos. NUTRIÇÃO Fatores que podem influenciar a nutrição: Fatores psicológicos e preferências pessoais Preferências e aversões pessoais a determinados alimentos; Emoções intensas, ansiedade e situações de stress influenciam o comportamento alimentar, tendencialmente de modo negativo; Comportamento alimentar com determinantes psicofisiológicos, como bulimia ou anorexia. NUTRIÇÃO Fatores que podem influenciar a nutrição: Fatores educacionais e conhecimento A qualidade da educação nutricional e alimentar e a compreensão da importância de uma dieta equilibrada; A capacidade de interpretar informações nutricionais nos rótulos dos alimentos. NUTRIÇÃO Fatores que podem influenciar a nutrição: Fatores relacionados com o meio envolvente Acessibilidade a alimentos saudáveis no espaços do quotidiano; Publicidade e marketing a determinados alimentos. NUTRIÇÃO Fatores que podem influenciar a nutrição: Estado de saúde, medicação e necessidades individuais Existem condições de saúde que requerer o cumprimento de dietas específicas; Alergias e intolerâncias alimentares; Falta de peças dentárias, lesões na mucosa oral, patologias do foro estomatológico, disfagia, etc; Existem medicamentos que afetam o apetite, o paladar, a absorção e a eliminação de medicamentos; Nas diferentes fases da vida as pessoas apresentam diferentes necessidades nutricionais. NUTRIÇÃO Fatores que podem influenciar a nutrição: Disponibilidade de tempo e estilo de vida Estilo de vida com pouco tempo livre condiciona a disponibilidade para cozinhar refeições saudáveis; O acesso a refeições prontas ou fast food são uma opção fácil para o dia-a-dia; Pessoas com horários por turnos tendem a ter maior dificuldade em manter uma dieta regrada. RETRATO DE PORTUGAL Excesso de peso e obesidade em Portugal RETRATO DE PORTUGAL Excesso de peso e obesidade em Portugal RETRATO DE PORTUGAL Excesso de peso e obesidade em Portugal Excesso de peso e obesidade em Portugal RETRATO DE PORTUGAL NUTRIÇÃO EM CONTEXTO HOSPITALAR NUTRIÇÃO EM CONTEXTO HOSPITALAR NUTRIÇÃO EM CONTEXTO HOSPITALAR NUTRIÇÃO EM CONTEXTO HOSPITALAR Continuação: PATOLOGIAS MAIS COMUNS DO SISTEMA DIGESTIVO Refluxo Gastroenterite gastroesofágico Úlcera gástrica Úlcera duodenal Síndrome do Câncro intestino irritável PATOLOGIAS MAIS COMUNS DO SISTEMA DIGESTIVO Doença de Diverticulite crohn Colite ulcerosa Pancreatite Apendicite Hepatite PATOLOGIAS MAIS COMUNS DO SISTEMA DIGESTIVO Cirrose hepática Hemorragia digestiva alta Hemorragia Perfuração GI digestiva baixa Oclusão Volvo intestinal HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA SINAIS E SINTOMAS MAIS COMUNS DO SISTEMA DIGESTIVO Dor Abdominal: Dor ou desconforto que pode variar em intensidade, localização e evolução. A dor pode ser causada por várias condições, incluindo úlcera, cólica, inflamação ou obstrução. Náuseas: Sensação de mal estar e desconforto no estômago, acompanhada de vómitos e por vezes de hipersalivação. Pode ser causada por várias condições, como infeções gastrointestinais ou distúrbios da motilidade ou do trânsito gastrointestinal. Vómitos (Emese): Mecanismo complexo que leva à expulsão do conteúdo gástrico pela boca e podem ser desencadeados por múltiplas causas, incluindo intoxicação alimentar, oclusão ou doenças inflamatórias. SINAIS E SINTOMAS MAIS COMUNS DO SISTEMA DIGESTIVO Vómitos (Emese): Quadros de vómitos persistentes acabam por afetar a capacidade de comer normalmente e podem originar problemas de desequilíbrio hidroeletrolítico, como desidratação e aumento do nível de alcalinidade do corpo (alcalose metabólica), para além de provocar a perda de iões como o potássio, cloro e hidrogénio. A aspiração inadvertida do vómito provoca problemas pulmonares graves, como atelectasia, pneumonia e dispneia severa, podendo levar à morte. SINAIS E SINTOMAS MAIS COMUNS DO SISTEMA DIGESTIVO Vómitos (Emese): Os vómitos podem apresentar diferentes designações, conforme as caraterísticas apresentadas: Vómitos alimentares – são os mais frequentes e caraterizam-se por apresentar resíduos de alimentos Vómitos biliares – de cor amarelo esverdeado, resultantes de suco gástrico e bilis Vómitos fecalóides – tendencialmente mais escuros e com odor a fezes Hematemeses – vómitos de sangue digerido, tipo borra de café castanho escuro Vómitos de sangue vivo – provenientes de hemorragia ativa (diferenciar de expetoração hemoptóica) SINAIS E SINTOMAS MAIS COMUNS DO SISTEMA DIGESTIVO Distensão Abdominal (aerocolia): A sensação de estar distendido devido ao excesso de gás no trato gastrointestinal. Pode ser um sintoma da síndrome do intestino irritável ou de oclusão intestinal. Azia ou pirose: Uma sensação de queimadura no peito ou garganta, devido ao refluxo de ácido gástrico para o esófago. Tente a ser mais frequente quando existe incompetência do cárdia. Perda de Peso acentuada: Uma diminuição de peso não intencional, que pode estar associada a várias condições gastrointestinais, incluindo cancro gastrointestinal ou doenças inflamatórias crónicas. SINAIS E SINTOMAS MAIS COMUNS DO SISTEMA DIGESTIVO Flatulência: Produção excessiva de gases no trato gastrointestinal, que pode causar flatos frequentes. Icterícia: Uma coloração amarelada da pele e das esclerótidas dos olhos, devido ao acúmulo de bilirrubina no organismo, frequentemente associada a problemas hepáticos ou biliares. Ascite: Acumulação anormal de líquido ascítico na cavidade abdominal, habitualmente decorrente de patologia hepática e/ ou insuficiência cardíaca. Alteração das caraterísticas das fezes: Alterações na cor (fezes acólicas ou escuras), na consistência (fezes moles ou duras), no padrão de evacuação (diarreia ou obstipação), na forma ou no cheiro. SINAIS E SINTOMAS MAIS COMUNS DO SISTEMA DIGESTIVO Diarreia: Fezes frequentes e líquidas, muitas vezes associadas a infeções virais, bacterianas, parasitárias ou distúrbios inflamatórios intestinais. Obstipação: Dificuldade em evacuar fezes ou evacuações pouco frequentes. Pode ser causada por uma variedade de fatores, como dieta inadequada, oclusões, sedentarismo e medicação. Hemorragia Gastrointestinal: Hemorragia que pode ocorrer em qualquer parte do tubo digestivo e de etiologia variada. Se for acima do ângulo de Treitz tem o nome de hemorragia digestiva alta e se for a jusante deste ponto tem o nome de hemorragia digestiva baixa. Conforme a localização anatómica da hemorragia gastrointestinal, assim a forma como se apresenta. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PESSOA COM NÁUSEAS E VÓMITOS Se a pessoa estiver consciente elevar a cabeceira Fornecer resguardo ou saco de vómito Se a pessoa estiver com o nível de consciência deprimido, deverá ser deitada em decúbito lateral para prevenir a aspiração do vómito e manter vigilância apertada Evitar a exposição a odores nauseantes Adaptar os estímulos ambientais ao gosto e à resposta da pessoa Realizar higiene oral frequente Realizar pausa alimentar se os vómitos persistirem INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PESSOA COM NÁUSEAS E VÓMITOS Retomar dieta gradual iniciando com líquidos de modo faseado Evitar gorduras, alimentos indigesto e refeições pesadas Despistar sinais de desidratação Realizar o balanço hídrico Vigiar as caraterísticas do vómito Administrar antieméticos prescritos Avaliar a resposta aos antieméticos Ensinar a pessoa e a família sobre a dieta e a hidratação INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PESSOA ASCITE INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PESSOA ASCITE A ascite pode ter múltiplas etiologias, sendo a mais comum a cirrose hepática e, com menor frequência, a insuficiência cardíaca, a insuficiência renal, a peritonite e os tumores abdominais. Por seu turno a cirrose hepática, que é uma das principais causas de morte por patologias do sistema digestivo, é frequentemente causada por consumo excessivo e prolongado de álcool. Para além da ascite, a cirrose hepática apresenta-se com outros sinais e sintomas: INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PESSOA ASCITE Neurológicos – encefalopatia hepática, com depressão crescente do nível de consciência até ao coma Hematológicos – anemia e hemorragia Respiratórios – compressão do diafragma pela ascite com diminuição da capacidade de expansão torácica. Habitualmente também cursa com derrame pleural e edemas dos MIs Cutâneos – pele seca, escura, descamativa, de cor ictérica, com prurido e angiomas em aranha Gastrointestinais – anorexia, vómitos, obstipação INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PESSOA ASCITE INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PESSOA ASCITE Intervenções de enfermagem: Posicionar a pessoa em semi-fowler Monitorizar oximetria de pulso Vigiar as caraterísticas da respiração Administrar oxigenoterapia (intervenção interdependente) Monitorizar o perímetro abdominal Pesar o doente diariamente INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PESSOA ASCITE Intervenções de enfermagem: Restringir o sal, proteínas e líquidos Monitorizar o balanço hídrico Administrar diuréticos conforme prescrito Avaliar a presença de dor abdominal Administrar analgesia conforme prescrito Por último e, em caso de necessidade, colaborar com o médico na realização de paracentese INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PESSOA ASCITE Realização de paracentese: A paracentese é um procedimento médico que envolve a inserção de uma agulha no espaço peritoneal, área do abdómen onde se acumula o líquido ascítico. Pode ter tanto uma finalidade diagnóstica como evacuadora e de alívio da pressão intra-abdominal. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PESSOA ASCITE Realização de paracentese: Habitualmente surge como opção terapêutica nos seguintes casos: Ascite que não melhora com o tratamento farmacológico (diuréticos, etc) Ascite exuberante com pressão intra-abdominal aumentada, com dor e com repercussão na respiração Ascite já conhecida, mas atualmente com suspeita de infeção Ascite inaugural, ainda não estudada INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PESSOA ASCITE Contraindicações da paracentese: Inexperiência do médico e ausência de apoio ecográfico Alterações da coagulação Interposição de ansas intestinais Recusa do paciente INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PESSOA ASCITE Complicações associadas à paracentese: Hemorragia e hematoma abdominal Perfuração da bexiga, do intestino ou útero Infeção da parede abdominal ou peritonite Hipotensão em evacuação de grande volume de líquido ascítico INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PESSOA ASCITE Locais anatómicos dos pontos de punção: INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA Caraterísticas visuais do líquido ascítico e seu significado provável: PESSOA ASCITE INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PESSOA COM GASTROENTERITE Prevenir a desidratação Administrar soroterapia endovenosa conforme prescrição médica Prevenir a transmissão de infeções Manter o aporte nutricional adequado Vigiar a temperatura corporal Administrar antieméticos, analgésicos e antipiréticos conforme prescrição médica Vigiar as caraterísticas dos vómitos Avaliar a resposta à medicação administrada ESTRATÉGIAS DE FORNECIMENTO DE APORTE NUTRICIONAL Nutrição oral Nutrição artificial Nutrição tradicional Nutrição entérica Nutrição com suplementos Nutrição parentética ESTRATÉGIAS DE FORNECIMENTO DE APORTE NUTRICIONAL Nutrição tradicional: ESTRATÉGIAS DE FORNECIMENTO DE APORTE NUTRICIONAL Nutrição com suplementos: ESTRATÉGIAS DE FORNECIMENTO DE APORTE NUTRICIONAL Nutrição com suplementos: ESTRATÉGIAS DE FORNECIMENTO DE APORTE NUTRICIONAL Nutrição com suplementos: ESTRATÉGIAS DE FORNECIMENTO DE APORTE NUTRICIONAL Nutrição com suplementos: ESTRATÉGIAS DE FORNECIMENTO DE APORTE NUTRICIONAL Alimentação entérica: Alimentação entérica é a entrega de nutrientes diretamente no sistema digestivo através de um tubo, contornando a via oral. Pode ser utilizada por múltiplos motivos, sendo o principal decorrente da alimentação oral não ser possível, mas o trato gastrointestinal estar funcionante e preparado para receber alimentos. A seguir à alimentação oral, é a estratégia mais fisiológica a ser seguida. ESTRATÉGIAS DE FORNECIMENTO DE APORTE NUTRICIONAL As principais indicações para a utilização da alimentação entérica podem estar relacionadas com 3 categorias de problemas: 1. Problemas ao nível da ingestão de alimentos 2. Necessidades nutricionais aumentadas 3. Problemas de absorção de nutrientes ESTRATÉGIAS DE FORNECIMENTO DE APORTE NUTRICIONAL 1- Problemas ao nível da ingestão de alimentos: AVC - disfagia Neoplasia Diminuição do nível de consciência Doenças neuromusculares Traumatismos ou queimaduras ESTRATÉGIAS DE FORNECIMENTO DE APORTE NUTRICIONAL 2- Necessidades nutricionais aumentadas: Sépsis Doentes críticos (fase pós-choque) Grandes queimados Politraumatizados Desnutrição severa ESTRATÉGIAS DE FORNECIMENTO DE APORTE NUTRICIONAL 3- Problemas de absorção de nutrientes: Doenças inflamatórias do intestino Status intestinal pós radioterapia Síndromes de má absorção intestinal ESTRATÉGIAS DE FORNECIMENTO DE APORTE NUTRICIONAL As principais contraindicações para a utilização da alimentação entérica podem estar relacionadas com 3 categorias de problemas: 1. Metabólicas 2. Gastrointestinais 3. Circulatórias ESTRATÉGIAS DE FORNECIMENTO DE APORTE NUTRICIONAL 1- Metabólicas: Cetoacidose diabética (diabetes descompensada) Acidose severa Encefalopatia hepática com depressão do nível de consciência ESTRATÉGIAS DE FORNECIMENTO DE APORTE NUTRICIONAL 2- Gastrointestinais: Obstrução do trato GI Íleus paralítico Perfuração do tubo digestivo Pancreatite Peritonite Fístulas Doenças inflamatórias do intestino ESTRATÉGIAS DE FORNECIMENTO DE APORTE NUTRICIONAL 3- Circulatórias: Má perfusão do sistema GI na sequência de choque de qualquer etiologia ESTRATÉGIAS DE FORNECIMENTO DE APORTE NUTRICIONAL Objetivos da alimentação entérica: Prevenir a desnutrição e a desidratação Manter ou reforçar o correto aporte nutricional Favorecer a recuperação de quadros de doença aguda e de lesões Manter a função GI Realizar uma alimentação o mais próximo possível do que é fisiológico Alimentar pessoas com problemas de saúde que impeçam a ingestão de alimentos ESTRATÉGIAS DE FORNECIMENTO DE APORTE NUTRICIONAL Vantagens da utilização da alimentação entérica: Manutenção do aporte nutricional e hídrico Proteção da mucosa do trato GI (reduz o risco de úlceras) Manutenção da flora do trato GI Conservação da função hepática e da secreção hormonal Prevenção da translocação bacteriana Baixo risco de complicações (infeções, etc) Baixo custo ESTRATÉGIAS DE FORNECIMENTO DE APORTE NUTRICIONAL A dieta polimérica é uma fórmula nutricional líquida completa, que contem Nutrição entérica: macro e micronutrientes. Requer uma função GI normal Dietas elementares são compostas por nutrientes hidrolisados Dietas oligoméricas/ semielementares fornecem nutrientes essenciais em moléculas menores e mais simples, indicadas em casos de má absorção ou problemas gastrointestinais Dietas específicas para determinadas patologias (diabetes, doença hepática, etc) ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA Existem diferentes vias de administração da alimentação entérica, estando a escolha da via de administração dependente dos seguintes critérios: Objetivo da alimentação entérica Patologia de base Grau de compreensão, colaboração e dependência do doente Opções disponíveis (equipamentos, dispositivos, técnicas) Preferência do doente e da família Contexto da prestação de cuidados Duração prevista para a alimentação entérica ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA Tendo por base apenas o critério da duração, um importante critério para a decisão, importa que o enfermeiro saiba o seguinte: Mais de 6 Até 6 semanas semanas PEG – Sonda gastrostomia nasogástrica ou percutânea orogástrica endoscópica JEG – Sonda jejunostomia nasoentérica ou percutânea oroentérica endoscópica ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA PEG NUTRIÇÃO ENTÉRICA JEG ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA Princípios gerais a respeitar na alimentação entérica: Administrar separadamente alimentos e medicamentos Não administrar vários medicamentos em simultâneo. Entre medicamentos administrar no mínimo 30 ml de água Utilizar técnica limpa no manuseamento da SNG e na administração de alimentos e medicamentos Diluir alimentos mais espessos Atenção à temperatura dos alimentos. Alimentos muito quentes podem provocar queimaduras e muito frios cãibras Verificar com regularidade o posicionamento da sonda antes de administrar alimentos Verificar a existência de conteúdo gástrico antes de cada nova administração ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA Princípios gerais a respeitar na alimentação entérica: Um resíduo gástrico de cerca de 50% do volume administrado na refeição anterior requer uma pausa alimentar de mais duas horas antes de realizar nova verificação O conteúdo aspirado deve voltar a ser re-injetado no estômago para prevenir desnutrição, desidratação e desequilíbrios hidroeletrolíticos Manter a cabeceira do doente elevada para prevenir a aspiração de conteúdo gástrico Realizar higiene e hidratação oral e nasal frequentes Certificar-se que os medicamentos administrados podem ser triturados Preferir xaropes Caso a condição do doente o permita oferecer rebuçados ou pastilhas ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA Princípios gerais a respeitar na alimentação entérica: A introdução da alimentação entérica deve ser gradual pois o sistema digestivo tem de se adaptar à nova dieta Volumes elevados de alimentação entérica cursam com diarreia e tendem a provocar hiperglicemia Deste modo, no 1º dia devem ser administrados 500 ml, no 2º dia 1000 ml e a partir do 3º dia 1500 ml por cada 24h A velocidade de infusão vai depender do método de administração utilizado (contínuo, cíclico, etc) ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA Métodos de administração: Intermitente Contínua 1. Em bólus Bólus Gravidade 2. Pela gravidade/ por gavagem Bomba Gravidade infusora 3. Por bomba infusora Bomba infusora ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA Métodos de administração: 1. Em bólus 2. Pela gravidade/ por gavagem 3. Por bomba infusora ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA Administração contínua: É um dos métodos mais utilizados por ser mais seguro Garantir maior tolerância Requerer menor disponibilidade e tempo de enfermagem Oferecer maior controlo do ritmo Apresentar menor risco de estase gástrica Utilizado sobretudo em doentes dependentes pois condiciona as AVDs durante todo o dia ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA Administração contínua: Pode ser realizada por gavagem ou por bomba infusora Preferencialmente utilizar bomba infusora pois garante um maior controlo do ritmo e volume administrados É importante que o doente colabore ou que não consiga remover ou deslocar a sonda (doentes confusos e agitados) ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA Administração cíclica: Administração contínua de alimentação entérica durante um período específico do dia Na maioria dos casos acontece durante o período noturno, enquanto o doente está a dormir Tem como objetivo gerar a menor interferência possível nas AVDs da pessoa e é também usado numa fase de transição para a alimentação oral Idealmente deve ser realizado através de bomba infusora A velocidade de infusão está dependente do volume a infundir e da duração da infusão, sabendo que nunca devem ser ultrapassados os 200 ml/h ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA Administração intermitente: A alimentação entérica é administrada várias vezes ao dia, por períodos de cerca de 1h de duração Assemelha-se mais à alimentação oral, por se dividir ao longo de vários períodos do dia e permite uma maior autonomia do doente nas AVDs Pode ser importante se não tiver disponível uma bomba infusora Necessita de maior disponibilidade de tempo do enfermeiro Este método pode ser equacionado quando se pretende identificar e caraterizar melhor a estase gástrica do doente Pode gerar mais episódios de diarreia, pela maior velocidade de administração nos períodos da alimentação Sobretudo se não houver o cuidado de despistar a estase gástrica, o risco de aspiração é maior ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA Administração por bólus: Administração de alimentação entérica por seringa várias vezes ao dia, com duração de poucos minutos por administração Implica um manuseamento mais frequente da sonda e da alimentação entérica, o que aumenta o risco de contaminação Requer maior dispêndio de tempo de cuidados de enfermagem Não devem ser ultrapassados os 200 ml de alimentação entérica em cada bólus Requer a avaliação da estase gástrica antes de cada administração Existe um risco aumentado de aspiração e de diarreia ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA Métodos de administração: 1. Em bólus - É um método de baixo custo - Possibilita alimentação artificial/ comercial ou alimentação regular com consistência adaptada - É uma técnica fácil de realizar - Pode gerar maior oscilação de glicemia ao longo do dia ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA Métodos de administração: 2. Pela gravidade/ por gavagem - É um método simples e de baixo custo - Permite ao enfermeiro regular a velocidade (ainda que sem grande precisão) - A velocidade de infusão pode não ser sempre regular e o enfermeiro não tem a noção exata da quantidade que já foi administrada - A alimentação corre num sistema fechado, logo com menor risco de contaminação SONDA NASOGÁSTRIC A OU OROGÁSTRIC A Indicações: Alimentação Definição: Administração de medicação Drenagem/ esvaziamento gástrico Consiste na colocação de uma sonda no estômago, através da narina ou da boca do Prevenção de aspiração de conteúdo gástrico utente. Lavagem gástrica Vómitos persistentes Despiste de hemorragia digestiva alta SONDA NASOGÁSTRIC A OU OROGÁSTRIC A Vantagens: Procedimento rápido Procedimento invasivo mas menos invasivo que as outras vias Baixo custo (quantidade de material reduzida) Técnica realizada por enfermeiros em diferentes contextos de prestação de cuidados Opção temporária SONDA NASOGÁSTRIC A OU OROGÁSTRIC A Desvantagens: Pode ser desconfortável na colocação Pode causar dor Requer a colaboração do utente Pode causar náuseas e vómitos Técnica frequentemente pouco tolerada Risco de posicionamento indevido não detetado Pode interferir com a fala e com a deglutição SONDA NASOGÁSTRIC A OU OROGÁSTRIC A Contraindicações: Fraturas cranioencefálicas por explorar Fraturas dos ossos próprios do nariz Risco de hemorragia aumentado por disfunção na coagulação Doentes agitados e não colaborantes Doentes com risco de aspiração Lesões da orofaringe Suspeita de fístula esofágica SONDA NASOGÁSTRIC A OU OROGÁSTRIC A Complicações: Epistáxis – sobretudo na inserção da sonda Obstrução da sonda – por cuidados inadequados à sonda Deslocamento da sonda – acidental ou propositada Aspiração pulmonar – se sonda mal colocada ou deslocamento da mesma Infeção respiratória – pode estar relacionado com maior incidência de infeção respiratória Desconforto nasal e da orofaringe – inflamação pela fricção e pressão causada pela sonda Lesão esofágica e traqueal – má técnica e posicionamento inadequado da sonda Invasão intracraneana – fratura de base do crâneo com rutura da placa cribiforme SONDA Procedimento de colocação da sonda de acordo com o manual de normas de NASOGÁSTRIC A OU enfermagem da ACSS: OROGÁSTRIC A SONDA Procedimento de colocação da sonda de acordo com o manual de normas de NASOGÁSTRIC A OU enfermagem da ACSS: OROGÁSTRIC A SONDA Procedimento de colocação da sonda de acordo com o manual de normas de NASOGÁSTRIC A OU enfermagem da ACSS: OROGÁSTRIC A SONDA Procedimento de colocação da sonda de acordo com o manual de normas de NASOGÁSTRIC A OU enfermagem da ACSS: OROGÁSTRIC A SONDA Procedimento de colocação da sonda de acordo com o manual de normas de NASOGÁSTRIC A OU enfermagem da ACSS: OROGÁSTRIC A SONDA Procedimento de colocação da sonda de acordo com o manual de normas de NASOGÁSTRIC A OU enfermagem da ACSS: OROGÁSTRIC A SONDA Procedimento de colocação da sonda de acordo com o manual de normas de NASOGÁSTRIC A OU enfermagem da ACSS: OROGÁSTRIC A SONDA Procedimento de colocação da sonda de acordo com o manual de normas de NASOGÁSTRIC A OU enfermagem da ACSS: OROGÁSTRIC A SONDA Procedimento de colocação da sonda de acordo com o manual de normas de NASOGÁSTRIC A OU enfermagem da ACSS: OROGÁSTRIC A SONDA Procedimento de remoção da sonda de acordo com o manual de normas de NASOGÁSTRIC A OU enfermagem da ACSS: OROGÁSTRIC A 1.Explicar o procedimento ao utente e assegurar a sua privacidade. 2.Posicionar o utente em posição sentado ou semi-sentado 3.Proteger o tórax com um resguardo 4.Lavar as mãos e colocar luvas limpas 5.Desconectar a sonda do sistema de drenagem ou alimentação e clampar 6.Irrigar a sonda com 30 cc de água, para remover vestígios de conteúdo gástrico da sonda SONDA Procedimento de remoção da sonda de acordo com o manual de normas de NASOGÁSTRIC A OU enfermagem da ACSS: OROGÁSTRIC A 7. Retirar o adesivo de fixação do nariz 8.Pedir ao utente para inspirar profundamente e suster a respiração 9.Retirar a sonda com movimentos suaves, mas firmes e contínuos 10.Descartar a sonda num contentor apropriado 11.Realizar os cuidados de higiene e conforto ao nariz e à boca 12.Avaliar e registar o procedimento e a reação do utente. GASTROSTOMIA PERCUTÂNEA ENDOSCÓPIC A Indicações: Deve ser equacionada como primeira opção para realizar alimentação entérica, sempre que se preveja que a mesma se prolongue por mais de 6 semanas GASTROSTOMIA PERCUTÂNEA ENDOSCÓPIC A Vantagens: Mais confortável que a sonda naso ou orogástrica Não interfere com a fala nem com a deglutição Previne lesões nasais Menor risco de infeções respiratórias GASTROSTOMIA PERCUTÂNEA ENDOSCÓPIC A Desvantagens: Procedimento mais invasivo Mais dispendioso Necessita de mais equipamento, material e recursos humanos Tem de ser realizada num contexto de cuidados específico GASTROSTOMIA PERCUTÂNEA ENDOSCÓPIC A Complicações: Infeção no estoma e dermatite (local) Infeção grave da parede abdominal Extravasamento de conteúdo gástrico periestoma Obstrução da PEG Remoção acidental da PEG Pneumonia de aspiração Hemorragia ou perfuração de vísceras no ato da colocação da PEG GASTROSTOMIA PERCUTÂNEA ENDOSCÓPIC A Cuidados com a PEG: Higienizar regularmente a pele junto ao estoma Lavar e secar bem Nos primeiros 3 dias entrepor uma compressa entre o estoma e o disco da PEG Trocar a compressa mal fique húmida Nos primeiros 3 dias não fazer banho de imersão Não tracionar a PEG Rodar a PEG 360º diariamente Substituir a PEG no máximo ao fim de 1 ano Em caso de extração acidental, colocar uma algália no estoma para prevenir o encerramento até à colocação de nova PEG JEJUNOSTOMIA PERCUTÂNEA ENDOSCÓPIC A Indicações: Deve ser equacionada para realizar alimentação entérica, sempre que se preveja que a mesma se prolongue por mais de 6 semanas, em particular em: - pessoas com gastroparesia - pessoas com PEG e refluxo esofágico recorrente - pessoas com PEG e aspiração pulmonar recorrente JEJUNOSTOMIA PERCUTÂNEA ENDOSCÓPIC A Vantagens (as mesmas da PEG): Mais confortável que a sonda naso ou orogástrica Não interfere com a fala nem com a deglutição Previne lesões nasais Menor risco de infeções respiratórias JEJUNOSTOMIA PERCUTÂNEA ENDOSCÓPIC A Desvantagens (as mesmas da PEG): Procedimento mais invasivo Mais dispendioso Necessita de mais equipamento, material e recursos humanos Tem de ser realizada num contexto de cuidados específico JEJUNOSTOMIA PERCUTÂNEA ENDOSCÓPIC A Complicações: Infeção no estoma e dermatite (local) Infeção grave abdominal (peritonite) Extravasamento de conteúdo periestoma Obstrução da JEG Remoção acidental da JEG Pneumoperitoneu Hemorragia JEJUNOSTOMIA PERCUTÂNEA ENDOSCÓPIC A Contraindicações: Obesidade Hepatomegália Oclusão intestinal Doença inflamatória intestinal Ascite JEJUNOSTOMIA PERCUTÂNEA ENDOSCÓPIC A Cuidados com a JEG: De um modo geral os mesmos que os da PEG ALIMENTAÇÃO Procedimento de acordo com o manual de normas de enfermagem da ACSS: ENTÉRICA ALIMENTAÇÃO Procedimento de acordo com o manual de normas de enfermagem da ACSS: ENTÉRICA ALIMENTAÇÃO Procedimento de acordo com o manual de normas de enfermagem da ACSS: ENTÉRICA ALIMENTAÇÃO Procedimento de acordo com o manual de normas de enfermagem da ACSS: ENTÉRICA ALIMENTAÇÃO Procedimento de acordo com o manual de normas de enfermagem da ACSS: ENTÉRICA ALIMENTAÇÃO Procedimento de acordo com o manual de normas de enfermagem da ACSS: ENTÉRICA ALIMENTAÇÃO Procedimento de acordo com o manual de normas de enfermagem da ACSS: ENTÉRICA ALIMENTAÇÃO Procedimento de acordo com o manual de normas de enfermagem da ACSS: ENTÉRICA ALIMENTAÇÃO Procedimento de acordo com o manual de normas de enfermagem da ACSS: ENTÉRICA ALIMENTAÇÃO ENTÉRIC A – COMPLIC AÇÕES As complicações mais frequentes relacionadas com a alimentação entérica podem ser classificadas nas seguintes categorias: Mecânicas Infeciosas Metabólicas Gastrointestinais ALIMENTAÇÃO ENTÉRIC A – COMPLIC AÇÕES Mecânicas: Obstrução da sonda nasogástrica (SNG) por alimentos ou medicamentos mal triturados ou por lavagem insuficiente da sonda após a sua utilização Lesão da narina por presença prolongada da sonda, por vezes com tração na asa do nariz Desposicionamento da SNG, a maioria das vezes relacionada com quadros de agitação psicomotora e/ ou fixação ineficaz Inflamação do trato superior do tubo digestivo condicionada pela presença prolongada da sonda ou por sonda de grande calibre e pouco maleável (sinusite, esofagite) ALIMENTAÇÃO ENTÉRIC A – COMPLIC AÇÕES Infecciosas: Intoxicação alimentar por má preparação, conservação ou administração incorreta dos alimentos ou da alimentação entérica Gastroenterite por contaminação da alimentação administrada, decorrente de ausência de técnica limpa na preparação e administração da alimentação. Também pode decorrer do não cumprimento da substituição regular do sistema de alimentação ALIMENTAÇÃO ENTÉRIC A – COMPLIC AÇÕES Metabólicas: Desidratação condicionada por diarreia ou alimentação entérica hipertónica e/ ou por ausência de monitorização e correção do balanço hídrico Hidratação excessiva condicionada por um aporte aumentado de líquidos, não adequados à monitorização do balanço hídrico Alterações eletrolíticas decorrentes de alimentação entérica desajustada e/ou da diarreia Hipoglicemia ou hiperglicemia decorrente da estratégia utilizada para a alimentação entérica, do tipo de alimentação administrada, da monitorização inadequada da glicemia capilar e da administração incorreta de insulina ou antidiabéticos Alterações da função hepática, por exemplo por patologia de base à qual não foi adequada a alimentação entérica ALIMENTAÇÃO ENTÉRIC A – COMPLIC AÇÕES Gastrointestinais: Obstipação por desidratação, alimentação entérica pouco adaptada, medicação, imobilidade ou défice de peristaltismo Diarreia por administração de grandes volumes rapidamente, síndrome de má absorção intestinal, dieta com poucas fibras, alimentos frios, intolerâncias ou fármacos Dor e distensão abdominal por intolerância a alguns alimentos ou compostos da alimentação entérica, administração de grandes volumes e a velocidade superior ao limite recomendado ou ainda alimentação rica em fibras Náuseas e vómitos por posicionamento inadequado do doente (a cabeceira deve estar elevada), não verificação da estase gástrica antes de nova administração, administração de grande volume e a velocidade elevada, intolerância, fármacos ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO Através da SNG: A administração de fármacos através da SNG, idealmente deve ser realizada sob a forma de xaropa, requerendo lavagem da sonda antes e após a administração No caso da medicação ser sob a forma de comprimido, importa que o enfermeiro verifique se se trata de um fármaco que pode ser triturado. Existem fármacos com revestimento para não serem degradados pelo ácido do estômago, até atingirem o intestino e outros de libertação prolongada, para disponibilizar o princípio ativo de forma gradual. Caso estes medicamentos sejam triturados, pode acontecer que os primeiros sejam inativados pelo pH ácido do estômago e os segundo sejam disponibilizados num único momento, com consequências para os doentes ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO Através da SNG: Outro cuidado que o enfermeiro deve ter, é procurar documentar-se sobre a possibilidade de interação entre o fármaco administrado e a alimentação entérica. No caso de existir interação, se possível deverá ser utilizada outra via de administração, mas caso não seja possível, pode implicar uma pausa na alimentação e, com isto, uma mudança na estratégia da alimentação entérica (contínua, cíclica, intermitente ou bólus) ADMINISTRAÇÃO Interações conhecidas entre fármacos e alimentação entérica: DE MEDICAÇÃO ADMINISTRAÇÃO Interações conhecidas entre fármacos e alimentação entérica: DE MEDICAÇÃO ADMINISTRAÇÃO Interações conhecidas entre fármacos e alimentação entérica: DE MEDICAÇÃO ADMINISTRAÇÃO Interações conhecidas entre fármacos e alimentação entérica: DE MEDICAÇÃO ADMINISTRAÇÃO Interações conhecidas entre fármacos e alimentação entérica: DE MEDICAÇÃO ADMINISTRAÇÃO Interações conhecidas entre fármacos e alimentação entérica: DE MEDICAÇÃO LAVAGEM GÁSTRICA Definição: A lavagem gástrica é um procedimento que implica a colocação de um sonda gástrica, com o intuito de remover conteúdo gástrico. Habitualmente é uma técnica que se realiza em contexto de urgência. LAVAGEM GÁSTRICA Indicações: A lavagem gástrica é um procedimento que deve ser realizado com um dos seguintes objetivos: - remover um tóxico que a pessoa tenha ingerido voluntária ou involuntariamente (confirmar sempre com o CIAV a indicação para remover o tóxico ingerido) - explorar a presença de hemorragia digestiva alta LAVAGEM GÁSTRICA Contraindicações: 1.Ingestão de substâncias cáusticas ou corrosivas 2.Ingestão de hidrocarbonetos 3.Ingestão de detergentes 4.Pacientes em estado crítico e/ou com depressão do nível de consciência, sem proteção prévia da via aérea 5.Ingestão de substâncias de baixa toxicidade 6.Lavagem tardia (várias horas depois da ingestão) LAVAGEM GÁSTRICA Procedimento: 1.A colocação da sonda gástrica deve seguir o procedimento habitual (abordado anteriormente) 2.A escolha da sonda deve privilegiar uma sonda de maior calibre para promover a remoção do conteúdo gástrico, sobretudo se tiver ocorrido ingestão de comprimidos 3.Depois de verificar a correta localização da sonda e a sua fixação, colocar a pessoa em decúbito lateral esquerdo 4.Aspirar com seringa o conteúdo gástrico e observar as caraterísticas do conteúdo aspirado 5.Depois de aspirar todo o conteúdo, deverá introduzir suavemente SF ou água até 250 ml 6.De seguida aspirar suavemente o conteúdo gástrico ou colocar em drenagem, observando sempre as caraterísticas do conteúdo gástrico LAVAGEM GÁSTRICA Procedimento: 7. Repetir o procedimento de lavagem até o conteúdo aspirado ou drenado ser límpido 8. Colocar a sonda em drenagem 9. No caso de existir indicação/ prescrição para administração de carvão ativado, deve aproveitar-se a sonda gástrica para a administração 10. Depois de administrado o carvão ativado lavar a sonda com 30 ml de água e clampar ou remover a sonda 11. Remover as luvas 12. Realizar registos de enfermagem completos Exemplos de intervenções de enfermagem: REGISTOS DE ENFERMAGEM Inserir sonda Otimizar sonda gástrica Vigiar conteúdo gástrico Monitorizar conteúdo gástrico Elevar a cabeceira Lavar a boca Drenar conteúdo gástrico Trocar sonda gástrica Trocar sistema de alimentação entérica Alimentar a pessoa através de alimentação entérica Alimentar a pessoa através de ostomia Otimizar a ostomia de alimentação Monitorizar a glicemia capilar ELIMINAÇÃO INTESTINAL As fezes podem ser classificadas de acordo com as seguintes caraterísticas: Cor Consistência Forma Odor Quantidade ELIMINAÇÃO INTESTINAL As fezes podem ser classificadas de acordo com as seguintes caraterísticas: Cor o As fezes apresentam habitualmente uma coloração castanha a esverdeada. o Podem também variar para cor amarela, branca, preta (melenas) ou vermelha (hematoquézias ou retorragias) q Estas alterações de cor habitualmente estão relacionadas com diferentes problemas de saúde ELIMINAÇÃO INTESTINAL As fezes podem ser classificadas de acordo com as seguintes caraterísticas: Consistência o Tipos 1 e 2 – indicam obstipação o Tipos 3 e 4 – fezes normais o Tipos 5, 6 e 7 – indicam fezes moles ou diarreia ELIMINAÇÃO INTESTINAL As fezes podem ser classificadas de acordo com as seguintes caraterísticas: Forma o As fezes habitualmente têm uma forma cilíndrica ou tubular o Alteração na forma das fezes pode indicar obstipação ou diarreia o Ou até causas de compressão extrínseca que condicional o calibre do intestino e moldam as fezes ELIMINAÇÃO INTESTINAL As fezes podem ser classificadas de acordo com as seguintes caraterísticas: Odor o O odor caraterístico das fezes decorre da atividade bacteriana intestinal o Determinados alimentos ou situações de infeção do sistema digestivo podem condicionar odores mais intensos ELIMINAÇÃO INTESTINAL As fezes podem ser classificadas de acordo com as seguintes caraterísticas: Quantidade o A quantidade de fezes produzidas varia de pessoa para pessoa, dos alimentos ingeridos, da sua quantidade e do nível de hidratação ELIMINAÇÃO Fatores que podem influenciar a eliminação intestinal INTESTINAL Dieta Atividade física Hidratação Medicação Ambiente Fatores psicológicos Dor Doenças ELIMINAÇÃO Fatores que podem influenciar a eliminação intestinal INTESTINAL Dieta A dieta desempenha um papel fundamental na eliminação intestinal. A ingestão de fibras alimentares ajuda a manter fezes macias e volumosas, facilitando a sua progressão pelo intestino. Uma dieta pobre em fibras tende a levar à obstipação. A alimentação entérica tende a provocar diarreia. ELIMINAÇÃO Fatores que podem influenciar a eliminação intestinal INTESTINAL Atividade física A atividade física regular ajuda a estimular o peristaltismo intestinal e promove uma eliminação mais facilitada e regulzar. Para além disso, a atividade física mantem o tónus muscular, importante no processo de defecação. ELIMINAÇÃO Fatores que podem influenciar a eliminação intestinal INTESTINAL Hidratação A ingestão de água promove a hidratação da massa fecal, tornando-a mais volumosa e mais macia, o que promove não só a sua progressão ao longo do intestino, como a sua expulsão através do ânus, já que fezes mais hidratadas assumem uma maior capacidade de se moldar ao esfíncter anal ELIMINAÇÃO Fatores que podem influenciar a eliminação intestinal INTESTINAL Medicação Alguns medicamentos influenciam a eliminação intestinal. Os antidepressivos e os opióides tendem a provocar obstipação, enquanto os antibióticos tendem a provocar diarreia pela interferência com os microrganismos do trato gastrointestinal. Para além disso, existem medicamentos com efeito laxante e outros com efeito obstipante. A quimioterapia provoca diarreia. ELIMINAÇÃO Fatores que podem influenciar a eliminação intestinal INTESTINAL Ambiente Muitas pessoas apresentam alteração do seu padrão intestinal como consequência do ambiente onde se encontram (no trabalho ou noutro local, que não o seu espaço privado de casa) ELIMINAÇÃO Fatores que podem influenciar a eliminação intestinal INTESTINAL Fatores psicológicos Quadros de ansiedade, stresse ou depressão influenciam o padrão de eliminação intestinal. O mais comum é atribuir dejeções moles e mais frequentes a situações de ansiedade e stresse Os quadros de depressão relacionam-se mais frequentemente com uma lentificação do transito intestinal ELIMINAÇÃO Fatores que podem influenciar a eliminação intestinal INTESTINAL Dor A presença de dor anal decorrente de fissuras, abcessos ou hemorróidas, por exemplo, pode condicionar o ato de defecar, já que a pessoa tende a contrair-se e a adiar a eliminação como forma de prevenir a ocorrência de dor. Esta situação tende a agravar a dor, já que a retenção de fezes pode condicionar fezes mais duras, que irão causar maior sensação de dor na eliminação. ELIMINAÇÃO Fatores que podem influenciar a eliminação intestinal INTESTINAL Doenças Doenças inflamatórias intestinais (ex: crohn, diverticulite, apendicite, colite ulcerosa) – tendem a condicionar diarreia Volvos, torções, hérnias ou neoplasias – tendem a provocar oclusão e obstipação Doenças neurológicas – provocam obstipação ou incontinência, dependendo da doença Doenças relacionadas com o ânus – causam obstipação ELIMINAÇÃO Problemas mais comuns relacionados com a eliminação intestinal INTESTINAL Diarreia Obstipação Incontinência intestinal Hemorróidas Flatulência ELIMINAÇÃO Problemas mais comuns relacionados com a eliminação intestinal INTESTINAL Diarreia A diarreia moderada a severa pode traduzir-se num problema de saúde sério. A desidratação e o desequilíbrio eletrolítico causados pela diarreia induzem efeitos sistémicos na pessoa, alguns dos quais com risco de vida Para além destes, ocorre perda de peso acentuada (desidratação e desnutrição) e alteração da integridade da pele a nível anal, com dor associada Perda de qualidade de vida e interferência nas atividades de vida ELIMINAÇÃO Problemas mais comuns relacionados com a eliminação intestinal INTESTINAL Diarreia Intervenções de enfermagem: Vigiar as caraterísticas das fezes Registar todas as dejeções Realizar o balanço hídrico Avaliar o turgor da pele e sinais de desidratação na mucosa oral Avaliar a frequência cardíaca e a pressão arterial ELIMINAÇÃO Problemas mais comuns relacionados com a eliminação intestinal INTESTINAL Diarreia Intervenções de enfermagem: Incentivar a ingestão de líquidos (1,5 a 2 litros/ dia) Adaptar a dieta com base em alimentos que tornam as fezes mais consistentes (fornecer fibras solúveis) Rever a medicação habitual e realizar os ajustes possíveis (remover laxantes, suspender quimioterapia? Etc) Administrar medicação dirigida para a diarreia Incentivar à higiene e aos cuidados perianais, com aplicação de cremes protetores e regeneradores, se necessário Promover a higiene cuidada das mãos, para prevenir a contaminação de terceiros ELIMINAÇÃO Problemas mais comuns relacionados com a eliminação intestinal INTESTINAL Obstipação Carateriza-se por uma redução da frequência das fezes (2 a 3 vezes por semana) e as fezes têm consistência dura Tende a existir uma redução dos ruídos e do peristaltismo intestinal A pessoa necessita de induzir uma força exacerbada para conseguir evacuar O esforço de evacuar habitualmente é acompanhado de dor dada a consistência das fezes Pode gerar fissuras a nível anal e por vezes até hemorragia ao evacuar ELIMINAÇÃO Problemas mais comuns relacionados com a eliminação intestinal INTESTINAL Obstipação Intervenções de enfermagem: Vigiar as caraterísticas das fezes Registar as dejeções Incentivar a hidratação Adaptar a dieta com base em alimentos ricos em fibras não solúveis Administrar laxantes, procinéticos e probióticos conforme prescrição ELIMINAÇÃO Problemas mais comuns relacionados com a eliminação intestinal INTESTINAL Obstipação Intervenções de enfermagem: Incentivar à atividade física Avaliar a distensão abdominal Avaliar a presença de dor abdominal Despistar lesões na região anal Explorar ampola retal através de toque retal para despistar fecaloma e removê-lo digitalmente se necessário Realizar enema/ clister de limpeza, conforme prescrição ELIMINAÇÃO Problemas mais comuns relacionados com a eliminação intestinal INTESTINAL Incontinência intestinal Incontinência de urgência – a pessoa não consegue reter fezes e/ou gazes apesar das tentativas ativas para os reter Incontinência passiva – existe libertação involuntária de fezes e gases, sem que a pessoa tenha consciência. ELIMINAÇÃO Problemas mais comuns relacionados com a eliminação intestinal INTESTINAL Incontinência intestinal Intervenções de enfermagem: Incentivar à atividade física e ao fortalecimento dos músculos do períneo Desencorajar gradualmente o uso de fraldas Realizar treino intestinal Promover a higiene perineal e a proteção e reparação da pele com creme hidratante ou reparador ELIMINAÇÃO Problemas mais comuns relacionados com a eliminação intestinal INTESTINAL Hemorróidas São ingurgitamentos anormais das veias localizadas na região do ânus e reto, resultando em sintomas como dor, hemorragia, desconforto e comichão. Essas dilatações venosas podem ter múltiplas etiologias e podem ser classificadas como hemorroidas internas (localizadas no interior do ânus) ou hemorroidas externas (localizadas fora do ânus). ELIMINAÇÃO Problemas mais comuns relacionados com a eliminação intestinal INTESTINAL Hemorróidas Intervenções de enfermagem: Incentivar a ingestão de líquidos e de fibras para tornar a fezes mais moles Observar a região anal para identificar a presença de hemorróidas Despistar hemorragia Monitorizar a dor e administrar analgesia conforme prescrição Administrar medicação oral e tópica dirigida conforme prescrição Administrar emolientes para as fezes segundo prescrição ELIMINAÇÃO Problemas mais comuns relacionados com a eliminação intestinal INTESTINAL Flatulência A flatulência é a eliminação de gases intestinais através do ânus e ocorre naturalmente como resultado da digestão e fermentação de alimentos no sistema digestivo, em particular no cólon. A quantidade e o odor dos gases pode variar de pessoa para pessoa e depende essencialmente da dieta e da atividade bacteriana no intestino. ELIMINAÇÃO Problemas mais comuns relacionados com a eliminação intestinal INTESTINAL Flatulência Intervenções de enfermagem: Incentivar alteração da dieta para alimentos com menos lactose e menos leguminosas Evitar bebidas gasosas Mastigar bem os alimentos e deglutir calmamente para facilitar a digestão e evitar ingerir ar Despistar distensão abdominal Aliviar a distensão abdominal através de sonda de gases AVA LIA ÇÃ O DA P ESSOA CO M P RO BLE M A S GA ST RO I N T E ST I N A I S Para proceder a uma prestação de cuidados segura, dirigida às necessidades da pessoa e eficaz, numa primeira fase o enfermeiro tem de realizar uma avaliação completa da situação de saúde e doença, de modo a sustentar a formulação de diagnósticos de enfermagem. É com nestes diagnósticos que o enfermeiro irá planear e executar as intervenções de enfermagem. Para proceder a uma avaliação completa, o enfermeiro deve ter em conta as seguintes ferramentas: História de Enfermagem e História História pregressa Familiar Meios complementares Exame físico de diagnóstico AVA LIA ÇÃ O DA P ESSOA História de CO M P RO BLE M A S Enfermagem e História GA ST RO I N T E ST I N A I S Familiar Com particular incidência na situação atual Focalizar sobretudo as questões em torno da queixa principal e do sistema gastrointestinal Identificar os sintomas associados e fatores de risco relacionados com o padrão alimentar e a toma de medicação Explorar em particular as atividades de vida relacionadas com a alimentação e a eliminação, para caraterizar pormenorizadamente estas atividades de vida Identificar caraterísticas culturais, sociais e económicas com influência no padrão alimentar Identificar antecedentes familiares relevantes, em particular no foro gastrointestinal AVA LIA ÇÃ O DA P ESSOA História de CO M P RO BLE M A S Enfermagem e História GA ST RO I N T E ST I N A I S Familiar Exemplo de questões relacionadas com: Hábitos alimentares, alimentos não tolerados, alergias Utiliza próteses, tem disfagia, como tem evoluído o peso Padrão intestinal, caraterísticas das fezes Qual a data da última dejeção Presenta de dor abdominal e sua caraterização Presença de náuseas e vómitos e suas caraterísticas Aplicar escalas que avaliam a nutrição da pessoa Medicação habitual, consumo de AINEs oral, opióides, laxantes, etc Doenças de familiares diretos AVA LIA ÇÃ O DA P ESSOA História pregressa CO M P RO BLE M A S GA ST RO I N T E ST I N A I S Exemplo de questões relacionadas com: Doenças anteriores, como diabetes e outras doenças metabólicas Bulimia ou anorexia Internamentos Cirurgias Etc AVA LIA ÇÃ O DA P ESSOA Exame físico CO M P RO BLE M A S GA ST RO I N T E ST I N A I S Exame físico detalhado, com particular exploração das regiões anatómicas intimamente relacionadas com o sistema digestivo e com os sinais e sintomas mais frequentes decorrentes de problemas deste sistema: Pele e escleróticas – despistar icterícia Inspecionar a cavidade oral (peças dentárias, língua, gengivas, mucosa oral, odor) Abdómen - nas 9 regiões (inspeção, auscultação, percussão e palpação) – despistar distensão, timpanismo, ascite, íleus, dor e defesa abdominal, funcionamento normal, etc Se vómitos observar as caraterísticas Ânus e reto (observar, palpar - presença de hemorroidas, fezes, sangue, muco e caraterísticas do esfíncter anal) AVA LIA ÇÃ O DA P ESSOA Meios complementares CO M P RO BLE M A S de diagnóstico GA ST RO I N T E ST I N A I S Os MCDT mais frequentes nas pessoas com estes problemas são: Rx abdominal e tórax TAC abdominal, torácica e pélvica Ecografia abdominal e pélvica Ressonância Magnética Endoscopia digestiva alta ou baixa Análises ao sangue, urina e fezes (coprocultura, parasitologia e despiste de sangue oculto nas fezes) BIBLIOGRAFIA Alves,J.T., Barone,M.G., & Waitzberg,D.L. (2017). Guia de nutrição enteral ambulatorial e domiciliar nutrição e enteral (5ªed).Atheneu. Associação Portuguesa de Nutrição Entérica e Parentérica - https://apnep.pt/? Bolander,V. B. (1998). Sorensen & Luckmann–Enfermagem fundamental:Abordagem psicofisiológica. Lusodidacta. DGS. (2023). Estado nutricional – excesso de peso e obesidade em Portugal. Consultado em: 2023, setembro 10. Disponível em: https://alimentacaosaudavel.dgs.pt/alimentacao-em-numeros/estado-nutricional/ Ferreira,M., & Ferreira,C. (2018). Intervenções e procedimentos em enfermagem. Lidel. Ghiggi, K., Pereira, H., & Audino, D. (2021). Paracentese abdominal. Vittalle–Revista de Ciências da Saúde, 33(1), 84-100. Gonçalves, T., & Veríssimo, M. (2014). Avaliação nutricional: desnutrição em idosos residentes em lar vs idosos hospitalizados. Consultado em: 2023, setembro 15. Disponível em: https://estudogeral.uc.pt/bitstream/10316/31965/1/Avalia%C3%A7%C3%A3o%20Nutricional_Desnutri%C3%A7%C3%A3o%20e m%20Idosos%20Residentes%20em%20Lar%20Vs%20Idosos%20Hospitalizados.pdf BIBLIOGRAFIA Gorzoni,M.L., Torre,A., & Pires,S. (2010). Medicamentos e sondas de nutrição. Revista da Associação Médica Brasileira, 56(1), 17-21. Lima,G., & Negrini,N.M. (2009). Assistência farmacêutica na administração de medicamentos via sonda: Escolha da forma farmacêutica adequada. Einstein,7(1), 9-17. Potter,P.A., Ostendorf,W.R., & PerryA.G. (2021). Clinical nursing skills and techniques (9ªed.). Elsevier. Potter, P., Perry,A., Stockert, P., & Hall,A. (2022). Fundamentals of nursing (11ª ed.). Elsevier Rogério,H. & Vidal,J.S. (2009).Administração de medicamentos por sonda. Boletim Farmacoterapêutica, 3. Saraiva, C. (2022). Eliminação intestinal. In E. M. Henriques (Ed.), O cuidado centrado no doente (pp. 533-584). Lusodidacta Veiga,B.S. et al. (2011). Manual de normas de enfermagem. Procedimentos técnicos (2ªed.). Administração Central do Sistema de Saúde. AGRADECIMENTO Com um agradecimento em especial à professora Helga Martins por ter cedido os seus conteúdos, os quais se revelaram um importante contributo para a organização deste documento.