Aula 6 Estática fetal e Manobras obstétricas PDF

Document Details

ThinnerWhistle

Uploaded by ThinnerWhistle

Anhanguera – Sorocaba

2022

Bianca Gerardi

Tags

fetal positioning obstetrics veterinary medicine animal reproduction

Summary

This document discusses fetal positioning and obstetric procedures in animals. It covers topics such as presentation, position, and attitude of fetuses, along with different types of difficult births and their diagnoses. The document is focused on the anatomy and physiology behind various obstetrical procedures.

Full Transcript

20/04/2022 ESTÁTICA FETAL Professora Bianca Gerardi ESTÁTICA FETAL Disposição do feto no interior do útero durante a gestação, bem como a sua postura no mo...

20/04/2022 ESTÁTICA FETAL Professora Bianca Gerardi ESTÁTICA FETAL Disposição do feto no interior do útero durante a gestação, bem como a sua postura no momento do parto. Objetivo : Identificar um parto distócico e consequentemente estabelecer um diagnóstico, prognóstico e tratamento do parto distócico. Importante nas espécies canina, felina e suína Relevante em bovinos, ovinos e equinos ( Permite um eficiente exame obstétricos nessas espécies. 1 20/04/2022 DISPOSIÇÃO FETAL ESTÁTICA FETAL A estática fetal pode ser descrita pela relação do feto com a pelve materna ou pela definição de apresentação, posição e atitude, conforme explicado a seguir: Apresentação: 1. Longitudinal anterior (cefálica), quando a cabeça e os membros dianteiros estão voltados para a via fetal, 2. Longitudinal posterior (podálica). A natureza, por motivos preservacionistas, selecionou os grandes animais Anterior : 95 a 97% ESTÁTICA FETAL 2. Posição: é a relação da porção dorsal do feto sustentado pela calota craniana e pela coluna vertebral com o dorso materno. 3. Atitude: posição das partes moles (membros, pescoço e cabeça) 2 20/04/2022 PARTO EUTÓCICO- NORMAL Apresentação: longitudinal anterior/posterior Posição: dorsal ou superior Atitude: estendida APRESENTAÇÕES DISTÓCICAS Transverso dorsal: o feto encontrase com o dorso transversalmente voltado para o canal do parto, distribuindo membros posteriores, cabeçapescoço e membros anteriores nos cornos uterinos 3 20/04/2022 APRESENTAÇÕES DISTÓCICAS Transverso ventral: o feto encontra-se com o ventre transversalmente voltado para a via fetal e, na maioria das situações, com os quatro membros insinuados no canal do parto. Diagnóstico Diferencial (Parto Gemelar) Apresentações Distócicas Apresentação verticoventral: o feto encontra-se de costas para a curvatura maior e o fundo do útero, com o ventre verticalmente direcionado para a via fetal. Pode haver extensão ou flexão de membros, cabeça e pescoço. 4 20/04/2022 APRESENTAÇÕES DISTÓCICAS Apresentação verticodorsal: o feto encontrasse em flexão máxima para a curvatura maior e o fundo do útero, com o dorso verticalmente direcionado para a via fetal POSIÇÕES DISTÓCICAS Posições distócicas são considerados posicionamentos anômalos o inferior e o lateral direito ou esquerdo Figura 15.17 Apresentação longitudinal posterior com posição inferior. 5 20/04/2022 ATITUDE DISTÓCICA Cabeça e pescoço: os desvios de cabeça e pescoço estão intimamente relacionados com a espécie animal que caracteriza a forma e o tamanho dessas estruturas anatômicas. Os desvios podem ser: -Esternal -Lateral direito e esquerdo - Dorsal Flexão da articulação atlantooccipital ATITUDE – CABEÇA E PESCOÇO 6 20/04/2022 ATITUDE – CABEÇA E PESCOÇO ATITUDE – CABEÇA E PESCOÇO 7 20/04/2022 ATITUDE – CABEÇA E PESCOÇO ATITUDE – MEMBROS ANTERIORES Membros anteriores: - Flexão dos membros sobre a nuca (Lacerações PerineaisFlexão da articulação cárpica -Flexão das articulações escapuloumeral e umerorradial 8 20/04/2022 ATITUDE – MEMBROS ANTERIORES Atitude – Membros Posteriores Membros posteriores: -Flexão da articulação társica Figura 15.21 Apresentação longitudinal, posição superior -Flexão da articulação coxofemoral. com flexão dos membros posteriores. 9 20/04/2022 Atitude – Membros Posteriores Figura 15.22 Apresentação longitudinal posterior com flexão bilateral da articulação coxofemoral. MANOBRAS OBSTÉTRICAS Professora Bianca Gerardi 10 20/04/2022 PARTO DISTÓCICO Parto Dificultoso ou Laborioso Dificuldade ou impedimento do parto e podem estar relacionados à problemas de origem materna ou fetal, ou ambos Sinais: - Contrações Fortes e Persistentes , sem expulsão fetal - Contrações fracas, infrequentes e improdutivas por mais de 2 ou 3 horas - Intervalo maior que 2 horas entre os fetos ou 4 horas após o início do 2° estágio do parto - Gestação prolongada, descarga vaginal purulenta - Apresentação, posição ou atitude do feto anormal DISTOCIA DE ORIGEM MATERNA Acomete todas as espécies domésticas Frequente (Ruminantes e cadelas) Tipos de distocias: -Anomalias Pélvicas -Anomalias Vulvares -Anomalias Vaginais -Anomalias Cervicais -Atonia Uterina -Contrações Excessivas ( Hipertonia) -Torção Uterina Dra. Natália Cristina de Souza 11 20/04/2022 Anomalias Pélvicas Anomalias Vulvares - Pelve Juvenil - Estreitamento por cicatrizes - Exostoses - Tumores -Luxação sacroilíaca - Edema Excessivo - Fraturas - Defeitos Anatômicos - Osteodistrofia - Infantilismo Anomalias Vaginais -Éguas submetidas a cirurgia corretiva de laceração de períneo de 2o e 3o graus Estenose do vestíbulo (retração cicatricial) -Vacas dilatação insuficiente do canal vaginal (precocidade etária ou deficiências) multifatoriais na fase preparativa do parto. -Cadelas podem apresentar insuficiente dilatação vaginal relativa ou absoluta, e depende: Porte do animal, Tamanho e número de filhotes N° de partos ocorridos. Dilatação ótima em raças de pequeno porte (1,5 a 3 cm) Insuficiente essa medida em raças de pode ser ótima em raças de grande porte. Palpação digital dificultada em gatas 12 20/04/2022 Partos Anomalias Cervicais demorados 1° grau: a cabeça do feto e os membros anteriores insinua-se Anomalias Cervicais pela cérvix até a articulação cárpica ou, na apresentação posterior, até as coxas 2° grau: o feto insinua-se apenas pelos membros até a articulação cárpica ou társica, respectivamente 3° grau: o feto não se insinua e a abertura é de 2 a 3 dedos. ANOMALIAS CERVICAIS O tratamento de opção é a cesariana Procedimentos terapêuticos (resultados inconstantes): -Efeito é demorado -Viabilidade fetal diminui gradativamente. -É impossível realizar a abertura manual da cérvix em vacas em trabalho de parto Trações forçadas em vacas Lacerações cervicais graves 13 20/04/2022 ANOMALIAS CERVICAIS Em éguas, estreitamentos cervicais Em pequenos animais não é comum no momento do parto são o diagnóstico de alterações facilmente corrigíveis pela exclusivas da cérvix que impeçam abertura manual. a passagem dos fetos. Tração forçada sem os devidos cuidados pode provocar Tumores vaginais e uterinos lacerações cervicais com graves evoluindo para a cérvix podem consequências à fertilidade futura constituir um obstáculo mecânico do animal. ao parto. Atonia Uterina Toniollo e Vicente (1993) - Primária (Útero não contrai) - Secundária- musculatura do útero (Exaustão) Ocorre principalmente nas distocias de causa fetal 14 20/04/2022 Defeitos no Miométrio Distúrbios Hormonais Deficiência de Ca e Glicose Degeneração tóxica Estrógeno/ Progesterona Parto Prematuro Infiltração de gordura Ocitocina Distúrbios ambientais Senilidade Prostaglândina Ausência de qtd líq fetais Deficiências Nutricionais Relaxina Ruptura Uterina (feto ectópico) Metrites Torção Uterina Doença Sistêmica Traumatismo Uterino Fatores Raciais Síndrome do feto único Fatores desconhecidos EXAME OBSTÉTRICO Anamnese , exame clínico geral da fêmea Exame externo Específico (Abdômen, vulva e Glândula Mamária) Exame Interno Específco -Avaliação das vias fetais , lubrificação , dilatação , tamanho do feto e obstrução -Avaliação das Bolsas fetais , rompimento -Avaliação da viabilidade fetal: reflexos podais , de sucção e ocular. 15 20/04/2022 EXAME OBSTÉTRICO Avaliação da estática fetal: Apresentação, posição e atitude Exame pós parto imediato: estado geral da fêmea Avaliar se há mais fetos (Cães, gatos, suínos e pequenos ruminantes) Avaliar restos fetais : Fetotomia Lesões da via fetal mole , hemorragias e patologias DICAS OBSTÉTRICAS - Limpeza da Ampola retal - Antisepssia dos posteriores - Higiene Pessoal , uso de luvas - Força de tração moderada em pequenos animais - E de até 2 a 3 pessoas em grandes animais 16 20/04/2022 DICAS OBSTÉTRICAS Desinfecção de utensílios obstétricos Os anexos fetais não podem ser presos junto com os membros para evitar rompimento do útero durante a tração Utilizar somente Força Humana A extração deve acompanhar as contrações abdominais Verificar se o feto está vivo , e o que está impedindo o parto A distribuição das forças de tração deve ser irregular para obter redução do diâmetro torácico e pélvico por inclinação. DISTRIBUIÇÃO DAS FORÇAS DE TRAÇÃO 17 20/04/2022 Segundo Grunert e Birgel (1989), as seguintes regras devem ser obedecidas: Não usar correntes e cordas muito finas Utilizar somente material de fácil esterilização. Se necessário o uso de cordas, elas devem ser novas, previamente colocadas em solução desinfetante suave e descartadas em seguida Colocar as correntes sobre ossos longos, evitando as articulações; fixar os membros separadamente; Não tracionar os envoltórios fetais, sob o risco de ruptura, prolapso uterino ou arrancamento de placentoma. Segundo Grunert e Birgel (1989), as seguintes regras devem ser obedecidas: Aplicar força de tração de no máximo três homens Jamais utilizar força mecânica ou animal A extração deve acompanhar as forças naturais de contração Tracionar os membros alternadamente para reduzir o diâmetro da cintura escapular e pélvica 18 20/04/2022 Segundo Grunert e Birgel (1989), as seguintes regras devem ser obedecidas: Garantir exagerada lubrificação da via fetal Instituir uma linha de tração que acompanhe a curvatura natural do canal do parto particular de cada espécie animal. Na dúvida, deve se tracionar sempre em direção à posição dos membros posteriores da parturiente Proteger o períneo com as mãos espalmadas, evitando- se as lacerações graves Sempre que possível, o técnico deve controlar o procedimento, não participando da equipe de tração. MANOBRAS PARA CORREÇÃO ANÔMALAS “ O melhor instrumento é a mão, se esta for dirigida por um cérebro inteligente. Instrumentos sozinhos não fazem o médico obstetra “(Gotze) 19 20/04/2022 RETROPULSÃO – Empurrar o feto cranialmente com a muleta obstétrica EXTENSÃO – Estender uma das partes flexionadas 20 20/04/2022 Tração – Puxar o feto para ajudar a fêmea nas contrações Utilizar as mãos e correntes obstétricas , cordas ou fórceps (A amarra é colocada acima do boleto , tracionar um membro de cada vez, alternadamente. Cuidado para que o casco não cause lesão da via fetal mole , quando tracionar, colocar a mão no períneo para protegê-lo das possíveis ruptura Rotação: Mudar a posição do Feto Versão: Mudar a apresentação do feto de transversal ou vertical para longitudinal 21 20/04/2022 Tração forçada Aplicar força sobre o feto devidamente posicionado e removê-lo do útero  Limitado em pequenos animais Proporções do feto?  Primíparas Grau de dilatação? Trato genital  Tração manual sobre a cabeça ou membros posteriores lubrificado?  Pode ser utilizado o fórceps, com cautela Estática fetal? Feto vivo? EPISIOTOMIA A estenose, ou insuficiente dilatação de vulva e vestíbulo( vaca, cadela e porca), Frequência menor na égua e na gata. Esta hipoplasia genital acontece por : -Distúrbio no crescimento corporal, -doença crônica, nutrição deficiente ou retração cicatricial como sequela de lesões ocorridas em partos anteriores. - Animais que foram submetidos a vulvoplastias devem ter o parto observado, particularmente as éguas operadas para correção de pneumovagina. 22 20/04/2022 EPISIOTOMIA A episiotomia :Abertura cirúrgica dos lábios vulvares para possibilitar a passagem do feto. Higienização do períneo, antissepsia e infiltração de anestésico local, procedese à abertura da vulva com incisão única (cadela) ou em forma de V (p. ex., vacas, éguas ou ovelhas). Nas cadelas, a incisão pode ser feita na rafe mediana do períneo, que é suficientemente amplo. Mucosa vaginal é aproximada com fio absorvível, e a pele é suturada de modo convencional. A observação e o curativo pós operatório devem ser diários, pois o local facilmente sofre contaminação fecal. FETOTOMIA Fragmentação do feto no interior do útero, utilizando-se de equipamento específico e removendo as secções correspondentes. Parcial ou total 23 20/04/2022 FETOTOMIA Existem vários tipos de fetótomo: O modelo rígido Thygesen ® (+ Usado no Brasil). O fio serra de aço (Liess) deve ter comprimento mínimo de 6 m. O equipamento possibilita a execução de cortes transversais, longitudinais e diagonais voltados para frente ou para trás Contraindicado quando houver estreitamentos de via fetal, ruptura uterina, graves lacerações vaginais, hemorragia profusa, se o produto estiver vivo e nas doenças graves da parturiente. FETOTOMIA (Segundo Toniollo e Vicente (1993), indica-se a fetotomia nos seguintes casos: -Se o feto estiver preferencialmente morto -Na vigência de fetos absolutos ou relativos grandes - Fetos enfisematosos -Monstruosidades fetais -Fetos que sofreram graves mutilações durante as tentativas de tração - - Distocias de impossível correção - Casos de adiantada putrefação 24 20/04/2022 CORTES - FETOTOMIA CORTES - FETOTOMIA Figura 15.27 Sequência de cortes possíveis de serem realizados durante fetotomia em produtos com apresentação transversal. 25 20/04/2022 FETOTOMIA – BOVINOS LEITURA DE APRESENTAÇÕES, POSIÇÕES E ATITUDES 26 20/04/2022 LEITURA DE APRESENTAÇÕES, POSIÇÕES E ATITUDES PARTO ÉGUA https://www.youtube.com/watch?v=tIj5cJA0r0Y 27

Use Quizgecko on...
Browser
Browser