Técnicas de Storytelling - Módulo II - Produção Multimédia - PDF

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Este documento apresenta as técnicas de storytelling num módulo de Produção Multimédia. Inclui métodos criativos para a escrita e várias formas de comunicar usando storytelling, para diferentes meios.

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UD2.dot Módulo II Produção Multimédia 3 Técnicas de storytelling UD008621_v(01) TÉCNICAS DE STORYTELLING...

UD2.dot Módulo II Produção Multimédia 3 Técnicas de storytelling UD008621_v(01) TÉCNICAS DE STORYTELLING ÍNDICE MOTIVAÇÃO......................................................................................... 3 OBJETIVOS.......................................................................................... 4 INTRODUÇÃO....................................................................................... 5 1. O QUE É O STORYTELLING?.............................................................. 7 1.1. CRIATIVIDADE........................................................................... 8 1.2. FERRAMENTAS E TÉCNICAS DE CRIATIVIDADE............................ 10 1.3. BLOQUEIO MENTAL/CRIATIVO.................................................. 12 1.4. TÉCNICAS PARA ULTRAPASSAR O BLOQUEIO MENTAL /CRIATIVO.............................................................................. 13 1.5. NARRATIVA............................................................................. 15 1.5.1. Elementos da narrativa................................................................... 17 1.5.2. Ação............................................................................................... 19 1.5.3. Delimitação da Narrativa................................................................ 20 1.5.4. Monomito....................................................................................... 20 1.6. DIFERENTES TIPOS DE ESCRITA UTILIZANDO O STORYTELLING..... 22 1.6.1. Escrever para publicidade.............................................................. 22 1.6.2. Escrever artigos online................................................................... 23 1.6.2.1. Ferramentas de edição de texto............................................. 24 1.6.2.2. Estrutura do artigo................................................................... 26 1.6.3. Escrever para fotografia ou slideshow........................................... 29 1.6.4. Escrever para infografias................................................................ 30 1.6.5. Escrever para redes sociais........................................................... 31 1.6.6. Escrever para vídeo........................................................................ 31 1.7. TÉCNICAS DE STORYTELLING................................................... 32 1.7.1. Interactive storytelling.................................................................... 33 1 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING 1.7.2. Estrutura......................................................................................... 34 1.7.3. Aplicações do storytelling............................................................... 37 CONCLUSÃO...................................................................................... 38 RESUMO........................................................................................... 39 AUTOAVALIAÇÃO............................................................................... 41 SOLUÇÕES........................................................................................ 45 PROPOSTAS DE DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO................................. 46 BIBLIOGRAFIA.................................................................................... 47 2 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING MOTIVAÇÃO Nesta unidade didática, irá conhecer algumas técnicas de Storytelling. Iremos passar pela escrita criativa e aprender a produzir textos criativos. Sabia que a criatividade pode ser desenvolvida utilizando técnicas e ferramen- tas adequadas? Vamos explorar algumas destas técnicas e ferramentas e, após praticar, obterá maior criatividade e destreza na escrita para qualquer tipo de meio de comuni- cação. Irá reconhecer quais as diferenças de escrita existentes nos vários meios (publicidade, online, fotografia, infografia, redes sociais e vídeo). Esperamos que seja uma etapa cheia de entusiasmo, que tenha vontade e lhe estimule a criatividade para escrever e contar histórias. O gosto que tem em contar histórias, tornar-se-á uma arte que será direcionada para a utilização na multimédia, acrescentando a interatividade e seguindo um tipo de estrutura bem definido consoante o produto a desenvolver. No final da unidade, ficará a saber implementar técnicas de storytelling ao seu produto multimédia. 3 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING OBJETIVOS Ao finalizar esta unidade didática será capaz de: Desenvolver a escrita utilizando a técnica de storytelling. Distinguir as diferenças existentes na escrita para os diferentes meios de comunicação. Reconhecer os tipos de estrutura do interactive storytelling e a sua utili- zação. 4 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING INTRODUÇÃO Esta unidade didática será uma abordagem ao mundo do Storytelling e algumas das suas técnicas. Através destas técnicas poderá desenvolver a criatividade e ganhar prática na escrita para qualquer tipo de meio de comunicação. Ao longo da unidade serão abordados os diferentes meios de comunicação e os tipos de escrita que utilizam. Irá sentir mais afinidade com uns do que com ou- tros, no entanto, todos necessitam da escrita criativa. Vamos incentivar o gosto por contar histórias direcionadas para a utilização na multimédia, acrescentando a interatividade e exemplificando um tipo de estrutu- ra dos cinco existentes. Depois, poderá adaptar esta estrutura consoante o produto que irá desenvolver. 5 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING 1. O QUE É O STORYTELLING? Não existe uma definição correta para o que é Storytelling, mas se houvesse, poderíamos dizer que é a arte de juntar o género narrativo com o suporte multi- média. Existem muitos fatores para sermos bons na arte do storytelling. Alguns deles são: Ter um bom herói; Chamar para a história o lado emocional; Simplificar; Ter um bom argumento narrativo; Colocarmo-nos na pele do espectador e não do criador. Antes de aplicarmos as técnicas de storytelling, precisamos treinar a escrita. A escrita criativa é um tipo de escrita relacionada com o plano do imaginário. Este tipo de escrita não se baseia apenas em relatar factos e informações, mas tam- bém a utilização de pensamentos, sentimentos, emoções e fantasias. Esta utilização da imaginação faz com que a escrita criativa se distinga dos ou- tros tipos de escrita em geral: escrita académica, jornalística, técnica, etc. Assim, a escrita criativa inclui estilos como: ficção, drama, poesia, contos, cró- nicas, guiões, escrita auto exploratória, autobiográfica, slogans publicitários, letras de músicas, etc. 7 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING 1.1. CRIATIVIDADE O processo criativo percorre várias etapas até surgir uma ideia ou resolução de algo. Normalmente, este processo ocorre quando somos confrontados com algum problema para resolver ou quando existe uma insatisfação que serve de impulsionadora para a criatividade. A utilização de técnicas ou ferramentas do processo criativo, faz-nos perceber que existem alternativas, opções ou visões diferentes, antes de chegarmos ao objetivo pretendido. Todas estas alternativas são influenciadas por tudo o que nos rodeia. O processo de criação é influenciado num contexto social e por tudo o que rodeia o criativo. Estas influências são o ambiente geo- gráfico, forças sociais, económicas e políticas, valores culturais e tudo o que rodeia o escritor. O primeiro modelo de um pensamento criativo foi desenvolvido por Graham Wallas, em 1926, e é dividido em quatro etapas: 1. Preparação (mental): é o momento em que estamos em frente a um problema (seja ele qual for) e fazemos um levantamento de informações sobre o problema em questão. Essa busca de informações pode ser feita com dados, números, factos, etc. 8 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING 2. Incubação: nesta fase, desligamo-nos do problema, deixando-o de la- do algum tempo, mas sempre conscientes de que a questão ainda não foi resolvida. É nesta fase que o nosso inconsciente se liberta do cons- ciente e procura fazer diferentes ligações/conexões que são a essência da atividade criativa. 3. Iluminação: é o momento em que uma nova ideia surge, de forma ines- perada e de repente. É quando a ideia criativa vem ao plano do consci- ente e visualizamos a solução para o nosso problema. 4. Verificação: esta é a fase em que finalizamos todo o processo como forma de recolhermos opiniões e reações dos outros através de testes, críticas, julgamentos e avaliações. É fundamental utilizarmos a parte esquerda do cérebro para criar regras, utilizar a lógica e organizar toda a informação. Para saber qual o lado do cérebro dominante aceda a: http://braintest.sommer-sommer.com/pt/ Este modelo ainda é utilizado na atualidade para treino da criatividade e como base para outros modelos. Alex Osborn (1953), o criador do brainstorming, desenvolveu uma teoria onde estabelece a relação entre a imaginação e a análise em sete passos. Modelo de sete passos para o pensamento criativo: 1. Orientação – apontando ou identificando o problema; 2. Preparação – recolhendo informações pertinentes; 3. Análise – separando o material relevante; 4. Idealizando – agrupando ou amontoando alternativas por ideias; 5. Incubação – deixando de lado, para convidar a iluminação; 6. Síntese – juntando as peças; 7. Avaliação – julgando as ideias concebidas. 9 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING Brainstorming: significa tempestade cerebral e é um método para testar e explorar a capacidade criativa através da dinâmica de gru- po utilizando a liberdade de combinação de ideias. Criatividade, segundo o Dicionário da Língua Portuguesa, é: 1. A capacidade de produção do artista e do inventor que se manifesta pela originalidade inventiva; 2. A faculdade de encontrar soluções diferentes e originais face a novas situações. A criatividade é algo que nasce connosco, sendo que esta pode ser ensinada e trabalhada. Todos os seres humanos são criativos, mas alguns podem ter essa faculdade mais adormecida. O processo criativo dá-se através do nosso consciente e inconsciente. A criatividade e a escrita criativa podem ser estimuladas e treinadas a partir de algumas técnicas simples, mas muito úteis para o desenvolvimento deste tipo de escrita. 1.2. FERRAMENTAS E TÉCNICAS DE CRIATIVIDADE Uma das formas de iniciar um processo criativo é através da escrita livre, como forma de sairmos da nossa zona de conforto e entrar no mundo da fantasia, ou simplesmente através de começar a escrever a história pelo início. Muitas vezes, os inícios de histórias podem ajudar a libertar a criatividade. Aqui estão alguns exemplos: Imagine que… Já pensou que… E se... Lembro-me quando... Porque acha que... Era uma vez... Era uma noite escura e tempestuosa... 10 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING Mas existem muitas outras formas e técnicas de criatividade, desde: Brainstorming — Que em dinâmica de grupo se explora a criatividade e a liberdade de discutir diversas ideias, favorecendo o trabalho em equi- pa. Brainwriting — Deriva da técnica de brainstorming, sendo que neste caso se utilizam folhas. Escreve-se um determinado tema numa folha e vai-se passando aos vários participantes para escreverem as suas no- tas e opiniões. Mapas Mentais — Os mapas mentais são cada vez mais importantes podendo partir de uma simples imagem ou palavra e definir determina- do rumo ou possibilidades infinitas. Para utilizar os mapas mentais como técnica criativa aceda: https://www.mindmeister.com 11 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING 1.3. BLOQUEIO MENTAL/CRIATIVO Mas afinal o que é o “bloqueio mental” ou “bloqueio criativo”? Quando, em algum momento, perdemos a capacidade de escrever e continuar a nossa “história”. Isto acontece muitas vezes porque, quando estamos a pensar no nosso produto, começamos a colocar questões e barreiras ao que estamos a fazer. Não existe um processo criativo perfeito realizado de uma só vez, este trabalho é a junção de várias peças que todas juntas resultam na “história” final. Este bloqueio muitas vezes resulta de atividades repetidas e conteúdos estag- nados, que não deixam que o corrente seguimento do fluxo criativo funcione. Então o que devemos fazer quando estamos perante um bloqueio men- tal/criativo? Começamos primeiro pelo que não deve fazer. Nunca deve continuar com a “história” quando está no mesmo sítio e não consegue prosseguir com o fluxo criativo. Esta sensação de estagnação faz com que pensemos mais que esta- mos com um bloqueio mental/criativo do que na “história”, o que irá levar a um círculo vicioso. 12 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING 1.4. TÉCNICAS PARA ULTRAPASSAR O BLOQUEIO MENTAL /CRIATIVO Pode utilizar diversas técnicas contra este bloqueio mental/criativo. Estas fór- mulas que se seguem não são infalíveis nem mágicas, pois cada pessoa é dife- rente da outra. O que deve fazer então para ultrapassar este bloqueio? Muitas vezes, as coisas mais óbvias são as mais difíceis de descobrir. Um simples passeio/caminhada no exterior pode fazer com que o bloqueio pas- se. A junção de pessoas, situações, cheiros e acontecimentos pode despertar o fluxo criativo e fazer com que consiga continuar a sua “história”. Outras atividades que pode realizar são: Convívio com os amigos/família; Visualização de um filme; Ouvir música; Ler um livro; Relaxar; Mudar a rotina; Etc. Pode utilizar também diversas técnicas contra este bloqueio metal/criativo. Es- tas fórmulas que se seguem não são infalíveis nem são mágicas pelo que cada pessoa é diferente da outra. 13 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING 1) Técnica de Escrita Livre — É uma das técnicas mais comuns e fáceis de concretizar. Basta sairmos do nosso ambiente habitual. Poderá ser num jardim, por exemplo; define o tempo que tem para escrever e dá asas à imaginação, ao que vai vendo, sentindo e vivendo. 2) Mapa Mental — Também é uma das técnicas muito utilizadas. É muito fácil de implementar e muitas vezes colocamos de lado. Partindo do ponto principal que será a nossa personagem, construímos vários cami- nhos para a mesma, com várias situações. Construindo esta ramificação, podemos dar o rumo que desejarmos à nossa história e à personagem. 14 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING 3) Estímulos aleatórios — Tudo o que o rodeia é passível de contar uma história. A perspetiva com que visualizamos um objeto nem sempre é a mais correta. Olhar é diferente de ver. Olha para todo o lado, mas quan- tas vezes vê ao certo um objeto na sua totalidade? Com todas suas for- mas e feitios? Este método pode ajudar a desbloquear o bloqueio men- tal/criativo. 1.5. NARRATIVA Agora que já conhece as técnicas de criatividade e o que é o bloqueio men- tal/criativo, passemos para a estrutura da narrativa. Terá, antes de mais, de conhecer o que é uma narrativa, um narrador e quais os seus elementos. Narração — é o tipo de redação na qual se conta um ou mais factos que ocor- reram com determinadas personagens, num determinado espaço e tempo. Tipos de Narrador — o narrador é uma entidade fictícia criada pelo autor e que não deve ser confundida com ele, que é o criador da história. O papel do narra- dor é contar a história. O narrador caracteriza-se quanto à sua presença: Participante — Quando participa na ação. É designado autodiegético quando assume o papel de personagem principal ou homodiegético quando é uma per- sonagem secundária. Nestes dois casos, o relato é feito na primeira pessoa do singular ou plural. Não participante — Também conhecido como heterodiegético quando não par- ticipa na ação nem interfere na história. Aqui, a narração é feita na terceira pes- soa do singular ou plural. 15 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING Quanto à sua posição: Objetivo — Quando este mantém uma visão imparcial sobre os acontecimentos, limitando-se a relatá-los. Subjetivo — Quando este apresenta uma visão parcial e emocional dos aconte- cimentos, emitindo a sua opinião e juízos de valor. Pelo seu ponto de vista (focalização) em relação às personagens e à ação: Omnisciente — O narrador omnisciente mostra um conhecimento absoluto da ação e das personagens, sendo capaz de entrar no seu íntimo. Revela os seus pensamentos e emoções. Omnipresente — Quando permite ao mesmo observar o desenrolar dos aconte- cimentos em qualquer espaço que ocorram. Externa — O narrador é apenas um observador, exterior aos acontecimentos. Narra aquilo que pode apreender através dos sentidos, descrevendo os espa- ços, mas não conhece o íntimo das personagens. Interna — O narrador é, também, um observador e narra aquilo que vê e ouve. É diferente da focalização externa, porque o narrador adota o ponto de vista de um personagem, narrando os acontecimentos tal como eles são vistos por essa personagem. 16 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING Realize o seguinte exercício sem olhar para as soluções. Um __________ 1 é uma entidade não real criada pelo autor de uma história. COMPLETE Um narrador é __________ 2 quando se identifica com a persona- gem principal. Um narrador é homodiegético quando se identifica com a persona- gem __________ 3. O narrador__________ 4 é totalmente alheio aos acontecimentos que narra. Um narrador que revela um conhecimento total e __________ 5, quer dos acontecimentos, quer dos sentimentos e emoções das personagens é __________.6. Solução: 1 Narrador 2 Autodiegético 3 Secundária 4 Não participante 5 Absoluto 6 Omnisciente. 1.5.1. ELEMENTOS DA NARRATIVA Após escolher o tipo de narrador que vai ter no seu texto, será necessário os elementos básicos de uma narração, como as personagens. 17 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING Estes constituem os sujeitos que participam na narrativa e que interagem com o leitor através da sua maneira de ser e de agir. Pode-se caracterizar uma personagem quanto ao seu relevo na ação e quanto à sua composição: Relevo Os que ocupam um lugar de destaque ou de relevo são chamados de per- sonagens principais. Dentro das personagens principais, temos os pro- tagonistas e aqueles que se opõem ao protagonista, impedindo-o de alcançar os seus objetivos, conhecidos como antagonistas. O Joker é o principal antagonista do Batman. Realize o seguinte exercício sem olhar para as soluções. Um dos principais antagonistas do Super Mario é o __________ 1. COMPLETE Um dos principais antagonistas do Super Homem é o __________ 2. Um dos principais antagonistas da Pequena Sereia é a __________ 3. Um dos principais antagonistas da Capuchinho Vermelho é o __________ 4. Um dos principais antagonistas do Homem Aranha é o __________.5. Solução: 1 Browser 2 Batman 3 Ursula 4 Lobo Mau 5 Duende Verde As personagens secundárias, como o próprio nome indica, têm um papel com menos relevo na ação, mas são importantes para o desenrolar da história. Existem ainda os figurantes que são irrelevantes para o desenrolar da ação, mas ajudam a ilustrar um ambiente. 18 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING Personagem plana: É estática, pois não evolui além da sua caracteriza- ção inicial. Personagem redonda: É dinâmica e complexa, pois apresenta uma den- sidade psicológica. A caracterização destas personagens está sempre em aberto e vai-se revelando gradualmente ao longo da história, che- gando mesmo a surpreender o leitor com o seu comportamento. Personagem coletiva: Apresenta um conjunto de sujeitos que se move por uma vontade única. 1.5.2. AÇÃO A ação é caracterizada no tempo e no espaço. No tempo — “Quando?” Corresponde ao momento em que ocorrem os factos (exemplo). O tempo pode ser dividido em dois tipos: Cronológico: Quando é definido por datas e horas, sendo que os acon- tecimentos estão dispostos numa ordem linear e sequencial (início, meio e fim). O tempo cronológico é definido por notações temporais, tais como: de manhã; à tarde; no verão; num dia de sol: em Janeiro, etc. Psicológico: Aqui, a história é apresentada de uma forma não linear e subjetiva. Está relacionado com sentimentos e emoções, sendo carac- terizado pelas lembranças das personagens, reveladas por momentos que não são precisos e combinam no presente, no passado e no futu- ro. O tempo cronológico pode decorrer de forma mais lenta ou mais rápida que o tempo cronológico. Pode ser definido por expressões como: “As horas passam devagar”; “O tempo passa a correr”; etc. No espaço — “Onde?” É o lugar onde se passa a narração, tais como: no interior, no exterior, num espaço fechado, etc. 19 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING 1.5.3. DELIMITAÇÃO DA NARRATIVA A narrativa em si pode ser delimitada de dois modos distintos: Aberta, se a história se mantiver em aberto e não conhecer o final das personagens. Fechada, se a história tiver um final, mas que não conheça o final das personagens. 1.5.4. MONOMITO Joseph Campbell com o seu livro O Herói de Mil Faces, mostra a “Jornada do Herói” ou também chamado de Monomito. Esta “jornada do herói” /Monomito é um padrão que Joseph Campbell visuali- zou nas narrativas mais emocionantes e empolgantes. Campbell verificou que todas as histórias se situam todas em torno de um “he- rói”. Este “herói” pode ser real ou subjetivo, dependendo da narrativa. Esta es- trutura do Monomito é um excelente guia para a nossa estrutura, mas deverá sempre adaptar ao seu projeto. 20 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING Livro O Herói de Mil Faces, de Joseph Campbell. Estruturalmente iremos analisar as etapas mais importantes para a narrativa e que formam a sua estrutura. 1. A introdução/O mundo em comum é um dos pontos mais importantes numa narrativa. É o primeiro contacto em que terá a oportunidade de fazer com que o espectador/leitor da história se identifique com o “he- rói”. Esta identificação com o “herói” poderá ser através do habitat da personagem, da situação de vida, da sua personalidade ou através do seu aspeto. 2. Este é o ponto fundamental que irá determinar se o espectador/leitor se irá identificar com o “herói” e criar uma conexão. 3. Problema/Chamada à aventura, neste ponto o “herói” irá deparar-se com um problema na sua vida que irá afetar o seu modo de estar. Este ponto aparece relativamente cedo depois de ser realizada a introdu- ção/o mundo em comum. 4. Terá aqui que despertar a curiosidade do espectador/leitor fazendo que este crie uma empatia pelo “herói”. 5. Neste ponto o espectador/leitor irá pensar como o “herói” irá ultrapas- sar este problema e quererá saber como este o fará. 6. Recusa à chamada, neste ponto o “herói” irá sempre lutar contra ir ao encontro do seu problema, fugindo por todos os métodos possíveis. O “herói” pensa mesmo em desistir nesta fase. 7. Encontro com o Mentor, esta fase é extremamente importante já que é com o mesmo que o "herói" irá perceber que tem alguém para o orien- tar e apoiar em toda a jornada que terá. 8. Testes e provas, o “herói” não terá a vida facilitada e fará de tudo para conseguir superar as mais ínfimas provas que irão surgir na sua jorna- da. Aqui o “herói” já sabe que tem a ajuda do seu mentor. 21 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING 9. Desafio Final, este desafio final só é possível de ser ultrapassado pelo “herói” se este realizar o seu maior desafio.Como na vida o maior de- safio para o “herói” será o de superar os próprios medos. 10. A conclusão tem um papel tão importante como a introdução/o mundo em comum, mostrando que com o superar dos seus medos, o "herói" conseguiu mudar a sua vida. 1.6. DIFERENTES TIPOS DE ESCRITA UTILIZANDO O STORYTELLING 1.6.1. ESCREVER PARA PUBLICIDADE O desenvolvimento de publicidade é um processo criativo, em que tem como objetivo que a escrita e a linguagem gráfica influenciem os recetores. Este pro- cesso criativo utiliza várias formas de linguagem desde palavras, conceitos e imagens. 22 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING A escrita para publicidade é extremamente importante ao comunicar com o recetor: https://youtu.be/KktVjVY_xmc 1.6.2. ESCREVER ARTIGOS ONLINE Na escrita para artigos online, além da organização da informação, devemos ter em atenção a organização visual do próprio texto. 23 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING Neste contexto, o texto deverá: Destacar os elementos importantes da informação alterando o tama- nho, tipo de letra ou cor; Permitir acesso a outros conteúdos a partir do nosso artigo, através de links para outros websites; Indexar o nosso conteúdo corretamente, com títulos eficazes para veri- ficação pelos motores de busca, e colocar as etiquetas (tags) corretas; Temporalidade, onde se faz referência à data ou dia do artigo e evita- mos dizer “hoje”. 1.6.2.1. Ferramentas de edição de texto A forma para estruturar visualmente o texto é feito através de recurso à separa- ção por parágrafos, negritos nas expressões mais importantes, indentação no texto e criação de links. Estas ferramentas de gestão de conteúdos estão disponíveis e representadas de forma semelhante à utilizada em editores de texto como o Word ou editores de email. Negrito (Bold) Para a sua aplicação é sempre necessário selecionar a palavra ou expressão desejada e pressionar o botão representado pela letra N, em editores cuja lín- gua, por defeito, é o Português. Indentação A ferramenta de indentação atribui espaço da abertura de parágrafo, ou seja, ao espaço que se deixa entre a margem e o começo da linha escrita. É utilizada para avançar um bloco de texto, em relação à linha original do corpo da notícia, permitindo reconhecer imediatamente citações ao longo do texto. 24 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING No parágrafo anterior, é feito o lançamento da citação, com identificação da personagem citada. Dentro da citação indentada, não se fazem ligações nem apoios no final da citação. Correto: “Esta história teve foi um sucesso. Esta é a prova que existem portugueses com capacidade para criar histórias com qualidade e com interesse para os leitores.” Incorreto: “Esta história teve foi um sucesso”, declarou o dono da editora. “Esta é a prova que existem portugueses com capacidade para criar histórias com qua- lidade e com interesse para os leitores.”, disse o responsável. Links A sua finalidade é a de encaminhar os utilizadores para outras páginas com conteúdos relacionados com a notícia: outras notícias em arquivo relacionadas, outros sites que possam ser úteis na criação de novos níveis de leitura e com- preensão da notícia, vídeos, imagens, etc., ou seja, todos os conteúdos que pode relacionar com o nosso texto, mas que não estão incluídos dentro do cor- po da notícia. Para criação de um link é necessário saber a morada da página ou arquivo para onde queremos encaminhar o nosso utilizador. Selecionamos a palavra ou texto a atribuir o link, e pressionamos o botão de hiperligação onde indicamos a mo- rada no URL. 25 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING Dependendo dos editores, poderá aparecer a opção de como deve ser aberta a nova página. Normalmente é a indicação do Alvo (target) onde indica se quer que a página abra em cima da que está visível ou numa janela independente. A palavra ou expressão com um link atribuído aparecerá com uma cor diferente e sublinhada. Listas Pode criar listas com marcadores (bullet points ou números), no caso de existir uma hierarquização dos itens, usando as seguintes ferramentas: Tags A maioria dos editores tem áreas de colocação de tags no fundo da caixa de edição do texto. As tags normalmente são separadas por vírgulas ou ponto e virgula. 1.6.2.2. Estrutura do artigo A representação das áreas editáveis do artigo online varia pouco consoante o editor online. Estes são os elementos que deve ter em conta na construção do artigo online. 26 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING Títulos e antetítulos: Aparecem no início do artigo em destaque, apresentando uma chamada para o recetor. Algumas indicações para a construção correta de títulos: Comprimento ideal entre 3 a 6 palavras com um limite máximo de 10. Os motores de busca dão uma grande relevância ao primeiro conjunto de palavras que se usam no título e mostram entre 8 a 10 palavras na lista de resultados; Para atingir melhor compreensão do recetor, não deve usar ironia, jo- gos de palavras ou trocadilhos; O título do artigo deve ser pensado como um rótulo para a biblioteca virtual que é a Internet. Deve descrever com precisão e detalhe o con- teúdo publicado; Sumarizar tudo em apenas uma frase; Deve sempre corresponder às expectativas do leitor. Leads Não podem ser redundantes, têm de fornecer informação extra e não repetir o que já está no título; Têm de ser autossuficientes e fazer sentido quando o resto do conteú- do não está disponível; Têm de ser apelativos para que o utilizador leia o resto do artigo. 27 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING Corpo do texto Parágrafos curtos como forma de apresentar uma ideia por frase, três ideias por parágrafo, onde cada parágrafo é uma unidade de informa- ção; Negrito nas palavras-chave da história para destacar elementos mais importantes da notícia, que chamem a atenção para diferentes áreas do corpo do texto e que permitam uma leitura transversal mais eficaz. Devemos evitar o abuso dos negritos para não criar ruído visual; Citações com formatação de espaço diferente (indentação) e destaca- das do corpo da notícia, com o lançamento da citação no parágrafo an- terior. Os links acabam por se destacar no texto devido à sua formatação ser diferente do resto do texto. Permitem estruturar a informação em arti- gos diferentes e relacionados, aumentando a navegabilidade e ativida- de do utilizador, potenciando mais visitas. Para tal, deve criar conteú- dos complementares e referir artigos em arquivo relacionados com a nossa história, desta forma, o utilizador escolhe a sua própria rota de navegação a partir da apresentação e exposição do tema. As listas com bullet points são eficazes e facilitam a decomposição e uma leitura mais fácil de informação extensa e complexa. Tags As tags servem para criar palavras-chave para os motores de busca e indexar conteúdos dentro do arquivo do site; Devem ser constituídas pelas expressões-chave da notícia: nomes refe- renciados na notícia, eventos, instituições (siglas e por extenso), tema geral, acontecimento; Deverá haver uma organização dentro da redação para que haja uma uniformidade na utilização das tags, como forma de melhorarmos a in- dexação dos conteúdos (escolha entre “transferências” ou “transferên- cia”, por exemplo). Links relacionados Servem para fornecer conteúdos relacionados com o conteúdo geral do artigo, adicionando novos níveis de informação. Podem ser definidos pelo emissor/ gestor de conteúdos ou efetuados automaticamente com recurso a uma organi- zação automática através das tags. 28 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING 1.6.3. ESCREVER PARA FOTOGRAFIA OU SLIDESHOW Este tipo de escrita é baseado em legendas que devem ser informativas e con- cisas. A informação proporcionada deve ser precisa e contextual, como com- plemento do contexto visual e da narrativa de áudio. A escrita deverá sempre ser complementar ao que é visualizado. Deverá apelar aos sentimentos e emoções de quem vê. Isto fará com que seja criada uma re- lação entre quem vê e o trabalho de fotografia/slideshow. 29 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING 1.6.4. ESCREVER PARA INFOGRAFIAS Neste tipo de escrita dos títulos, as regras são semelhantes às utilizadas nos artigos online. Estes textos servem apenas de apoio à informação gráfica, onde o utilizador irá tirar as suas próprias conclusões. No lead da notícia, nunca se apresenta a notícia nem a conclusão dos dados, o que se pretende é descrever o que a infografia irá apresentar em termos de da- dos. Lead: Explicativo e introduz a infografia, não o tema; Informação Contextual: Recolha de referências textuais e visuais que fundamentem e apoiem as decisões editoriais; Informação Complementar: Auxilia a informação visual com frases sol- tas, explicativas, no máximo de 60/70 palavras. 30 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING 1.6.5. ESCREVER PARA REDES SOCIAIS Os títulos devem manter-se dentro das dimensões recomendadas (até 80 carac- teres). Como forma de promover o interesse e interação dos utilizadores, pode criar aqui diversas formas de chamar a atenção: Títulos apelativos; Complementar com imagem a escrita; Linguagem adaptada ao público alvo; Introdução do Storytelling para captar a atenção. 1.6.6. ESCREVER PARA VÍDEO A escrita e a imagem devem andar sempre em conjunto. Costumamos dizer, a expressão de uma imagem vale mais que mil palavras, por isso, o que é conta- do na imagem o texto não precisa de o dizer. 31 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING É um tipo de construção de escrita mais simplificada e direta, em que uma ideia por frase é o ideal, para ajudar o espectador a memorizar facilmente os conteú- dos. Este tipo de construção assenta na oralidade. 1.7. TÉCNICAS DE STORYTELLING Agora está preparado para colocar em prática as técnicas de storytelling. Já tem todas as indicações para conseguir ser bom nesta arte. Antes de mais, vamos falar de Casey Neistat, um dos melhores storytellers do mundo. Para visualizar mais sobre o Casey visite o YouTube: https://www.youtube.com/user/caseyneistat Casey distingue-se pela sua criatividade e pela sua eloquência na criação de vídeos. Mais que criar vídeos, cria histórias que fazem o espectador pensar e sentir. Ensina que não precisa de ter muitos recursos para criar as próprias his- tórias, basta olhar o mundo. Uma das suas frases mais emblemáticas é “Do What You Can’t”. 32 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING Esta frase deu origem a um vídeo especial para uma marca, a Samsung. https://youtu.be/vk0mungcUls Como já deve ter percebido, o segredo do storytelling é apelar às emoções. Precisa, primeiro, de conhecer todos os conceitos que permitem escrever e criar uma boa narrativa. Conhecer a estrutura e os seus elementos e ficou ainda a conhecer um dos maiores storytellers do mundo. Mas como criar uma estrutura que seja infalível? Não existem estruturas infalí- veis, cada um usa a que arquitetou e foi aprimorando ao longo dos tempos. Uma dica importante é sempre utilizar o recurso às emoções e conseguir fazer o espectador envolver-se no conteúdo. Para isto foi criado o interative storytelling que irá ver já de seguida. 1.7.1. INTERACTIVE STORYTELLING O objetivo é facilitar a utilização e exploração pelos utilizadores, definindo uma estratégia interativa de desenvolvimento. São as narrativas representadas atra- vés das tecnologias e dos media. As suas categorias são constituídas por: Media Material ou informação; Diferentes formatos e propriedades; Texto, imagem, vídeo, som, animação. 33 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING Ação Elementos que atribuem movimento; Centrada ou orientada para o utilizador; Através de elementos estáticos ou dinâmicos. Relação Interação entre o utilizador e o conteúdo; História linear ou não linear. Narrativa aberta ou fechada. Contexto Elementos que envolvem o conteúdo; Plot ou guião; Cenários. Comunicação Tipos; Objetivos; Relação com o utilizador. A grande diferença do interactive storytelling é que o curso dos acontecimentos muda consoante a resposta do utilizador. 1.7.2. ESTRUTURA A estrutura do storytelling pode ser representada de cinco formas diferentes: 1. Linear: O utilizador não tem interação e é representada por uma sequência de eventos alinhados cronologicamente. O formato de exploração é não interativo, utilizado em livros e filmes. 34 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING 2. Linear condicionada: O utilizador escolhe o caminho entre as etapas a percorrer. A sequên- cia não ocorre cronologicamente e podem ocorrer diferentes aconteci- mentos em simultâneo. Também existe a possibilidade de reversão numa sequência linear. Um exemplo da utilização deste tipo de estrutu- ra são os jogos. 3. Modular: Nesta estrutura, o utilizador segue um caminho previamente definido para atingir um objetivo. É utilizada na criação de recursos educativos ou formativos. 4. Piramidal: Apresenta um baixo nível de linearidade, mas com elevada autonomia. 35 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING 5. Circular: Existência de várias storylines muito utilizadas nos jogos de múltiplos jogadores online em que cada um deles interpreta uma personagem. Exemplos de campanhas storytelling utilizando estas estruturas: Heineken Go Places 36 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING Link: http://goplaces.theheinekencompany.com/pt Tipp-Ex Link: https://youtu.be/9CB_mhUZ1PE 1.7.3. APLICAÇÕES DO STORYTELLING As aplicações não servem apenas para contar histórias, o objetivo é criar os mundos onde essas histórias ocorrem, de forma a serem utilizadas pelo recetor. 37 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING CONCLUSÃO Como pôde verificar, ao longo desta unidade didática, foram introduzidas técni- cas de storytelling como forma de produção de textos criativos. Foram apresentadas as diferenças de escrita que existem nos vários meios (pu- blicidade, online, fotografia, infografia, redes sociais e vídeo). Conhecemos o segredo do storytelling e porque este é tão eficaz e cada vez mais utilizado nos dias de hoje. No final da unidade, aprendeu o significado de interative storytelling e as suas estruturas. 38 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING RESUMO Ficou a conhecer o que é o storytelling e a sua capacidade. Desenvolveu a escrita criativa de narrativas e a utilização de técnicas para desenvolver a criatividade. Conheceu as diferenças existentes na escrita para os diferentes meios de comunicação. Os diferentes tipos de escrita são utilizados para pu- blicidade, online, fotografia, infografia, redes sociais e vídeo. Agora consegue identificar os tipos de estrutura no interactive storytel- ling e a sua utilização. Consoante a escolha da interatividade associa- da, a estrutura utilizada irá variar. 39 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING AUTOAVALIAÇÃO 1. A insatisfação e os problemas servem: a) Como forças de otimismo. b) Como forças de pessimismo. c) Como forças impulsionadoras para a criatividade. d) Como forças destruidoras. 2. Segundo o modelo criativo de Graham Wallas, o processo de surgir uma ideia passa-se na: a) Iluminação. b) Incubação. c) Preparação. d) Verificação. 3. Qual dos seguintes passos não pertence ao modelo de Alex Osborn: a) Facultação. b) Síntese. c) Preparação. d) Incubação. 41 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING 4. Todo o tipo de escrita, baseado em legendas é: a) Escrita para Internet. b) Escrita para vídeo. c) Escrita para redes sociais. d) Escrita para Fotografia/Slideshow. 5. Qual é a décima etapa do monomito? a) Chamada à aventura. b) Prova. c) Regresso. d) Encontro com o mentor. 6. O narrador caracteriza-se pela sua: a) Presença, exposição e localização. b) Presença, posição e focalização. c) Participação, omnisciência e posição. d) Focalização, observação e participação. 7. A caracterização da personagem pode ser analisada quanto à sua: a) Composição e estrutura. b) Participação e relevo. c) Composição e ação. d) Composição e relevo. 8. Como se caracteriza a ação? a) Como cronológico e psicológico. b) No tempo e no espaço. c) Na introdução e conclusão. d) Nas personagens e cenários. 42 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING 9. O tipo de construção de escrita que assenta na oralidade é utilizada em: a) Infografias. b) Vídeos. c) Redes sociais. d) Fotografias. 10. Na estrutura de um artigo não encontramos: a) Últimas notícias. b) Tags. c) Links relacionados. d) Título. 11. Na técnica de brainwriting utilizamos: a) Imagens. b) Vídeos. c) Folhas. d) Livros. 12. Na estrutura de um artigo não encontramos: a) Últimas notícias. b) Tags. c) Links relacionados. d) Título. 13. Nunca devemos continuar com a história quando estamos: a) No mesmo sítio. b) A avançar na mesma. c) A iniciar um novo capítulo. d) A finalizar a descrição de uma personagem. 43 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING 14. Casey Neistat é um dos melhores: a) Jornalistas. b) Comentadores. c) Escritores. d) Storytellers. 15. Quando o narrador é não participante a narração é feita: a) Na primeira pessoa do plural. b) Na segunda pessoa do singular. c) Na terceira pessoa do singular ou plural. d) Na terceira pessoa do plural. 44 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING SOLUÇÕES 1. c 2. a 3. a 4. d 5. c 6. b 7. d 8. b 9. b 10. a 11. c 12. a 13. a 14. d 15. c 45 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING PROPOSTAS DE DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO 1. Tente contar a mesma história nos vários tipos de escrita e depois identifique as diferenças de escrita entre elas. 2. Se se sentir com inspiração para contar uma história, comece por es- crever o início de uma narrativa e desenvolva-a até à sua conclusão. Utilize a arte do storytelling durante este processo e adapte ao seu tipo de conteúdo. 46 Unidade 3 TÉCNICAS DE STORYTELLING BIBLIOGRAFIA Campbell, Joseph (2005) - Herói de mil faces (Cultrix/Pensamento). Deleuze, Gilles (2006) - Imagem-Tempo. Lisboa: Assírio e Alvim. Grilo, João-Mário (2007) - As Lições do Cinema. Lisboa: Colibri. Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2014 FRIEDMAN, Norman. Point of View in Fiction: The Development of a Critical Concept. PMLA, Vol. 70, No. 5 (Dec., 1955), pp. 1160–1184 doi:10.2307/459894. Thought and Consciousness: An Essay in Philosophical Psychology (Peter Carruthers) Telling a good Storytelling, páginas consultadas a 14 de Outubro de 2017 https://www.cmich.edu/ess/oss/Documents/Telling%20a%20Good%2 0Story.pdf The art of Storytelling, páginas consultadas a 22 de Outubro de 2017 http://www.dalecarnegie.com/assets/1/7/storytelling_092914_gb.pdf 12 dicas para acabar com o temido bloqueio criativo e libertar sua mente, páginas consultadas a 18 de Outubro de 2017 http://viverdeblog.com/wp-content/uploads/2016/10/ebook-bloqueio- criativo.pdf 47 Unidade 3

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