Sistemas de Transmissão Completo PDF

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This document is a comprehensive overview of automotive transmission systems. It covers various topics such as gearboxes, tires, differentials, and transmission shafts, including calculations and descriptions of different components and systems.

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MA01 - MECATRÓNICO AUTOMÓVEL – NÍVEL I SISTEMAS DE TRANSMISSÃO CAIXA DE VELOCIDADES OBJETIVO / NECESSIDADE Zona de utilização racional do motor: Compreendida aproximadamento entre o regime do binário máximo e o regime de potência máxima. Velocidades adm...

MA01 - MECATRÓNICO AUTOMÓVEL – NÍVEL I SISTEMAS DE TRANSMISSÃO CAIXA DE VELOCIDADES OBJETIVO / NECESSIDADE Zona de utilização racional do motor: Compreendida aproximadamento entre o regime do binário máximo e o regime de potência máxima. Velocidades admissíveis: Numa determinada mudança, a velocidade que corresponde ao limite inferior do campo de utilização deverá ser igual à velocidade que se pode obter com a mudança imediatamente inferior e com o motor a funcionar no limite superior do campo de utilização MA01 - MECATRÓNICO AUTOMÓVEL – NÍVEL I SISTEMAS DE TRANSMISSÃO CAPÍTULO 2 – CONCEITOS DE RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO ENGRENAGENS  Um carreto é uma roda com dentes na sua periferia;  Os dentes de um carreto engrenam com os dentes de outro carreto, transmitindo movimento. ENGRENAGENS  Dois carretos engrenados rodam sempre em sentidos opostos. Mandado Mandante ENGRENAGENS RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO  A relação de transmissão é calculada contando os dentes dos dois carretos, e aplicando a expressão seguinte: ENGRENAGENS CÁLCULO RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO Um carreto de 100 dentes faz rodar um outro de 25 dentes. Calcule a sua relação de transmissão. ENGRENAGENS CÁLCULO VELOCIDADE DE TRANSMISSÃO Um carreto de motor tem 28 dentes e roda a 100 RPM. O carreto mandado tem 10 dentes. Qual é a sua velocidade de rotação? ENGRENAGENS Conceitos: Na transmissão de um automóvel, desmultiplicação e redução referem-se ao ajuste das relações de engrenagem para otimizar o desempenho do veículo em diferentes condições Desmultiplicação: geralmente aplicada às marchas mais baixas, como primeira e segunda, aumenta o torque disponível nas rodas, facilitando a aceleração e superação de obstáculos Redução: aplicada nas marchas mais altas, como quinta ou sexta, reduz a rotação do motor em relação às rodas, promovendo economia de combustível em velocidades mais altas ENGRENAGENS RELAÇÕES -TIPO MOTOR VW ENGRENAGENS RELAÇÕES -TIPO MOTOR HONDA MA01 - MECATRÓNICO AUTOMÓVEL – NÍVEL I SISTEMAS DE TRANSMISSÃO CAPÍTULO 3 – PNEUMÁTICOS PNEUMÁTICOS FUNÇÃO  O pneumático é um elemento integrante da cadeia de transmissão, cabendo-lhe transferir a rotação do motor para a estrada;  É considerado também um elemento de suspensão, sendo o primeiro absorsor das irregularidades do asfalto;  Por último, o pneumático desempenha um papel fundamental na travagem do veículo, sendo considerado ainda um elemento deste sistema. PNEUMÁTICOS Tipos de Pneus: De acordo com as condições climáticas: Pneus de verão Pneus de inverno Pneus multi-estações De acordo com o padrão: Assimétricos Direcionais Simétricos Conforme o tipo de piso: On-road Off-road Mistos PNEUMÁTICOS Tipos de Pneus: Conforme os tipos de perfil: Baixo; Alto. Conforme a fabricação do pneu: Radiais; Diagonais. No caso das motas: Macio; Duro; Bi-composto; Off-road; Slicks; PNEUMÁTICOS Como identificar um pneu? PNEUMÁTICOS Fabricantes: PNEUMÁTICOS Processo de fabricação: PNEUMÁTICOS ÍNDICE CARGA PNEUMÁTICOS ÍNDICE VELOCIDADE PNEUMÁTICOS IDADE DO PNEU No exemplo podemos verificar o número 1012 que será respetivamente: 10 – Semana do ano de fabrico 12 – Ano de fabrico PNEUMÁTICOS Durabilidade A durabilidade de um pneu depende dos cuidados do utilizador do veículo, do seu uso e do tipo de composto utilizado. De forma aos pneus atingirem a durabilidade expectável, existe alguns cuidados a serem tomados, os quais são: -Alinhamento e balanceamento; -Calibração; -Alternar a posição no veículo PNEUMÁTICOS Que fatores influenciam a duração dos pneus? Além de ser fundamental efetuar uma correta manutenção aos pneus (alinhamento, calibragem, etc..), existem outros fatores que podem contribuir para o mau estado do pneu, tais como: Uma estrada mal pavimentada; Temperatura; Utilização do tipo de pneu adequado; Qualidade do pneu; Má calibração; Tipos de composto. PNEUMÁTICOS Fator de segurança associado aos pneus: Sendo os pneus o ponto de contacto entre o veículo e a estrada, estes desempenham um papel fundamental na segurança ativa do veículo. A utilização de um pneu não adequado ou em mau estado influencia a segurança e a dinâmica da seguinte forma: Distância de travagem; Escoamento da água; Estabilidade e conforto; PNEUMÁTICOS VERIFICAÇÃO PRESSÃO PNEUMÁTICOS VERIFICAÇÃO PRESSÃO PNEUMÁTICOS ATENÇÃO Minimo legal 1.6mm TWI – TRADE WEAR INDICATOR PNEUMÁTICOS FALHAS COMUNS PNEUMÁTICOS PNEUMÁTICOS O diametro do conjuto jante/pneu, ou seja a roda, influencia na relação de transmissão ? PNEUMÁTICOS Procedimento de substituição e instalação de pneus Todo o condutor que se preze deve efetuar a troca dos pneus regularmente. A troca dos pneus é um procedimento simples que irá retirar os pneus antigos e substituí-los pelos pneus novos. MA01 - MECATRÓNICO AUTOMÓVEL – NÍVEL I SISTEMAS DE TRANSMISSÃO CAPÍTULO 4 – EMBRAIAGENS EMBRAIAGEM FUNÇÃO E FUNCIONAMENTO O mecanismo de embraiagem tem por função acoplar/desacoplar o movimento entre o motor e a caixa de velocidades; Ao ser acionado o pedal de embraiagem, o rolamento de encosto comprime o prato de pressão; A flexão causada no diafragma do prato de pressão obriga o disco a perder o contato com a zona de fricção do volante de inércia; Ao perder o contato, a rotação do motor deixa de ser transferida para a caixa de velocidades. EMBRAIAGEM FUNÇÃO E FUNCIONAMENTO No arranque do veículo: Regime do motor deve desenvolver a potência necessária para vencer as resistências externas Ligação suave do motor à transmissão adaptando a velocidade da saída à velocidade da entrada Durante a marcha do veículo: Ligar e desligar o movimento do motor para mudar entre as diferentes velocidades Correcção da diferença de velocidades no engrenamento EMBRAIAGEM CARACTERÍSTICAS DAS EMBRAIAGENS: No arranque - assegurar o acoplamento entre o motor e os restantes órgãos de transmissão sem esticões ou solavancos Na paragem - assegurar desacoplamento entre o motor e os restantes órgãos de transmissão na paragem do veículo Na mudança de velocidade - assegurar o desacoplamento temporário de forma a permitir o engrenamento das várias velocidades EMBRAIAGEM EMBRAIAGENS DE DISCO Mais difundidas Ausência de efeito centrífugo Grande área de contacto para volume reduzido Grande dissipação de calor Distribuição favorável e uniforme de pressão EMBRAIAGEM COMPONENTES PRATO PRESSÃO / PRENSA VOLANTE INÉRCIA / MOTOR ROLAMENTO DE ENCOSTO DISCO EMBRAIAGEM VOLANTE DUPLA MASSA  Permite amortecer as vibrações do motor, não as transmitindo à caixa de velocidades e cadeia de transmissão; VANTAGENS  Menor desgaste dos elementos internos à caixa de velocidades;  Menor vibração da carroçaria.  Maior conforto DESVANTAGENS  Mais ruidoso que um sistema convencional;  Em caso de folga nas massas, provoca desgaste excessivo ao kit de embraiagem. EMBRAIAGEM Prensa / Prato de pressão A prensa da embraiagem é uma parte integrante da embraiagem do veículo. É constituído fundamentalmente por duas partes: o disco de embraiagem e o prato de pressão da embraiagem. Enquanto o pedal da embraiagem não for pressionado, o prato de pressão pressiona o disco da embraiagem contra o volante do motor. Dessa forma, o motor transfere a força para as rodas motrizes. EMBRAIAGEM Disco Características Elevado coeficiente de atrito em funcionamento Capacidade de manter as propriedades de atrito ao longo da sua vida útil Capacidade para absorver grandes quantidades de energia em curtos espaços de tempo Capacidade de resistir a elevados esforços de compressão exercidos pela prensa Capacidade de resistir a forças centrífugas elevadas Resistência suficiente para transmitir o binário do motor Capacidade de resistir a ciclos de funcionamento sem alteração de propriedades Boa compatibilidade com faces de ferro fundido no intervalo de temperatura de funcionamento Alto grau de tolerância à contaminação sem afectar a aderência EMBRAIAGEM Rolamento O rolamento de encosto é o que transforma a nossa força sobre o pedal da esquerda, ou seja, o da embraiagem, em pressão necessária para embraiar ou desembraiar. EMBRAIAGEM Funcionamento/Acionamento Mecânico  O mecanismo de embraiagem pode ser ativado pelo condutor, mecanicamente através de um cabo de aço conectado ao pedal;  A outra extremidade do cabo irá provocar um momento de alavanca sobre a forquilha, que atuará o rolamento de encosto da embraiagem. O mecanismo deve ser ajustado à medida que a embraiagem se vá desgastando, podendo este ajuste ser manual ou automático. EMBRAIAGEM EMBRAIAGEM Funcionamento/Acionamento Hidráulico  O mecanismo de embraiagem é ativado pelo pedal, através de um circuito hidráulico;  Ao criar pressão no cilindro principal (master cylinder), o fluído comprime o êmbolo na bomba auxiliar (slave cylinder), deslocando desta forma a forquilha (operating linkage) e atuando o rolamento de encosto da embraiagem;  A compensação do desgaste do conjunto de embraiagem é feita automaticamente. EMBRAIAGEM Funcionamento/Acionamento Hidráulico  Uma variante ao mecanismo referido anteriormente é o chamado “rolamento- bomba”;  Nesta configuração, a bomba principal atua a bomba auxiliar, que integra o rolamento de encosto, dispensando o movimento de alavanca na forquilha. EMBRAIAGEM EMBRAIAGEM Embraiagem instalação: De forma a garantir que a embraiagem fica bem montada de forma a garantir o seu bom funcionamento e a sua durabilidade é necessário: Centrar o disco de embraiagem com o prato de pressão Centrar o conjunto (disco + prato de pressão) com o volante do motor Apertar o prato de pressão ao volante de motor com o binário preconizado Para facilitar a colocação da caixa de velocidades na sua posição. EMBRAIAGEM Embraiagem autoajustavel: Uma embreagem autoajustável é um tipo de embreagem que compensa automaticamente o desgaste do disco ao longo do tempo, mantendo o ponto de acoplamento e o esforço no pedal constantes. Possui um anel de ajuste ou mecanismo de compensação que se move à medida que o disco de embraiagem se desgasta. Esse mecanismo mantém a mesma distância entre o prato e o disco, evitando que o pedal fique mais baixo ou duro com o tempo. EMBRAIAGEM Embraiagem autoajustavel: Instalação: De forma a garantir que a embraiagem fica bem montada de forma a garantir o seu bom funcionamento e a sua durabilidade é necessário: Centrar o disco de embraiagem com o prato de pressão Efetuar a pré carga do prato de pressão com ferramenta específica Apertar o prato de pressão ao volante de motor com o binário preconizado EMBRAIAGEM Sintomas e Avarias Comuns: Pedal da embraiagem pesado: Tipicamente é o primeiro sintoma a aparecer e o mais comun. (cabo de embraiagem, rolamento de encosto) Pedal emponjoso: Ar no sistema hidráulico Pegar muito em cima: Disco gasto Dificuldade em subir estradas inclinadas: quando troca de mudança a meio da subida. Trepidações: ao trocar de mudanças, o que acontece é que o prato de pressão e o disco não se unem como deveriam. “Escorregar” da rotação: ao acelerar, a rotação do motor sobe mas o veículo não aumenta a velocidade. Ou seja, falta de atrito entre o disco e o prato de pressão. (contaminação ou desgaste) Dificuldade ao engatar mudanças (arranhar) Cheiro a embraiagem queimada EMBRAIAGEM Recomendações: Não soltar a embraiagem bruscamente quando se troca de mudanças; Arrancar em primeira Não manter o pé no pedal de embraiagem quando se está a conduzir Quando se está parado colocar o “ponto-motor” MA01 - MECATRÓNICO AUTOMÓVEL – NÍVEL I SISTEMAS DE TRANSMISSÃO CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO CAIXAS VELOCIDADES CAIXA DE VELOCIDADES CAIXA DE VELOCIDADES Manuais – a variação das diferentes relações de transmissão é feita de dorma manual Automáticas – a variação das diferentes relações de transmissão é feita de forma automatica consoante as necessidades de binario e velocidade MA01 - MECATRÓNICO AUTOMÓVEL – NÍVEL I SISTEMAS DE TRANSMISSÃO CAPÍTULO 5 – CAIXA DE VELOCIDADES MANUAL CAIXA DE VELOCIDADES FUNÇÃO E FUNCIONAMENTO  A caixa de velocidades tem por função transmitir o movimento da cambota até às rodas motrizes;  De modo a poder tornar a velocidade da cambota em um valor aproveitável, faz uso de uma série de pares de engrenagens, que permitem reduzir ou aumentar a rotação das rodas motrizes. CAIXA DE VELOCIDADES TIPOS E CARACTERISTICAS De Dentes Rectos: -Grande desgaste nas engrenagens -Bastante ruidosas (o engrenamento não é progressivo) -Difícil mudança de velocidade -Actualmente apenas utilizadas em veículos de competição -Engrenagens de dentado reto -Ausencia de sincronizadores Componentes: -Invólucro -Veio de entrada (primário) -Veio intermédio -Veio de saída (secundário) -Engrenagens de dentado reto -Lubrificante CAIXA DE VELOCIDADES TIPOS E CARACTERISTICAS De Dentes Helicoidais: -Pouco desgaste nas engrenagens -Silenciosas (engrenamento progressivo) -Mais utilizados Componentes: -Invólucro -Veio de entrada (primário) -Veio intermédio -Veio de saída (secundário) -Engrenagens de dentado helicoidal -Sincronizadores -Lubrificante CAIXA DE VELOCIDADES MANUAL Caixa Velocidades Mecanismo Seletor Sincronizador Veio de Saída Veio de Entrada CAIXA DE VELOCIDADES SINCRONISMO  Veículos equipados com transmissões manuais (MT), transmissões manuais automatizadas (AMT) e transmissões de embraiagem dupla (DCT) necessitam de sincronizadores para realizar uma mudança de relação de transmissão (upshift ou downshift).  A finalidade deste mecanismo é sincronizar as velocidades dos eixos de entrada e saída de uma caixa de velocidades, durante a transição das relações de transmissão. CAIXA DE VELOCIDADES SINCRONISMO  Os sincronizadores estão localizados entre duas engrenagens adjacentes. Por exemplo, as engrenagens 1-2 compartilham o mesmo mecanismo de sincronização, 3-4 outro e o mesmo para 5-6.  Não é obrigatório instalar um sincronizador para a engrenagem de marcha- atrás (R) porque, para acoplar R, o veículo deve estar parado, logo a velocidade do eixo de saída será zero. No entanto, existem transmissões manuais que possuem sincronizadores de engrenagem também para a marcha atrás. CAIXA DE VELOCIDADES Componentes CAIXA DE VELOCIDADES CAIXA DE VELOCIDADES SINCRONISMO A engrenagem tem integrados os dentes de bloqueio e o cone de atrito.  Quando a engrenagem estiver engatada, os dentes externos (com chanfro em ambos os lados dos dentes) serão intertravados com o chanfro nos dentes internos da luva. CAIXA DE VELOCIDADES SINCRONISMO  A anilha sincronizadora (2), também chamada de anel de bloqueio, anel de balanceamento ou anel de fricção, tem uma superfície cónica que entra em contato com o cone de fricção da roda dentada.  O objetivo do anel sincronizador é produzir binário de fricção para desacelerar / acelerar o eixo de entrada durante uma mudança de relação de transmissão.  O anel sincronizador, juntamente com o cone de fricção da roda dentada, formam uma “embraiagem cónica” que pode ser engatada e desengatada através de deslizamento. CAIXA DE VELOCIDADES SINCRONISMO  Os elementos de bloqueio (4), também chamados de chaves sincronizadoras, mecanismo central, chaves de escora ou escoras aladas são dispostos na circunferência do corpo do sincronizador, em ranhuras específicas, entre a luva do sincronizador e o cubo do sincronizador.  Os elementos de bloqueio rodam solidários com o cubo sincronizador (5) e podem mover-se axialmente, em relação à luva (6). Os bloqueios são utilizados para sincronização preliminar, o que significa que geram a carga no anel sincronizador para executar o processo de sincronização.  Em neutro, os elementos de bloqueio mantêm a luva em posição central no cubo do sincronizador, entre as duas rodas dentadas. Normalmente, o conjunto sincronizador possui 3 elementos de bloqueio, distribuídos em ângulos de 120°. No caso de grandes sincronizadores, pode haver 4 elementos de bloqueio distribuídos a 90°.  O cubo sincronizador (5) é montado no eixo de saída, conetado rigidamente por um esteriado. Pode mover-se na direção axial, mas não gira em relação ao eixo. CAIXA DE VELOCIDADES SINCRONISMO  A luva (6), também chamada de luva de câmbio, luva sincronizadora ou luva de acoplamento, possui uma ranhura radial no lado externo da forquilha do mecanismo de seleção e engrenamento.  O interior tem ranhuras que estão em constante contacto com as ranhuras externas do cubo do sincronizador. A luva só pode se mover na direção axial (esquerda-direita), de uma posição neutra para uma posição engatada. CAIXA DE VELOCIDADES LUBRIFICAÇÃO Ex. VW Golf IV 1.4 16v Motor AXP Lubrificação por chapinhagem CAIXA DE VELOCIDADES VERIFICAÇÃO / REPOSIÇÃO NÍVEL ÓLEO REPOSIÇÃO VERIFICAÇÃO / ATESTO CAIXA DE VELOCIDADES CAIXA MANUAL ROBOTIZADA As caixas de velocidades manuais robotizadas, também conhecidas como caixas de velocidades automatizadas, oferecem uma alternativa interessante entre as caixas manuais tradicionais e as automáticas. Existem basicamente dois tipos principais: AMT e DCT Ambos os tipos de caixas manuais robotizadas usam atuadores e sensores para automatizar as mudanças de marcha, proporcionando ao condutor a opção de uma condução mais confortável sem a necessidade de operar manualmente a embreagem e a caixa. A escolha entre eles depende das preferências pessoais quanto ao desempenho, suavidade e eficiência de combustível. CAIXA DE VELOCIDADES CAIXA MANUAL ROBOTIZADA Single Clutch Automated Manual Transmission (AMT): Funcionamento: Utiliza uma embreagem única controlada eletronicamente para engatar as marchas automaticamente. Características: Normalmente mais simples e económicas que as automáticas tradicionais. No entanto, podem apresentar trocas de marchas menos suaves, especialmente em comparação com as caixas de dupla embreagem. CAIXA DE VELOCIDADES CAIXA MANUAL ROBOTIZADA Dual Clutch Transmission (DCT) Funcionamento: Possui duas embreagens (uma para as marchas ímpares e outra para as pares) que permitem trocas de marchas rápidas e suaves Características: Oferece uma condução mais desportiva e eficiente, com mudanças de marcha praticamente sem interrupção de torque. CAIXA DE VELOCIDADES CAIXA MANUAL ROBOTIZADA DSG Uma caixa DSG é uma caixa de velocidades automática dupla e multidisco de controlo eletrónico. A principal vantagem deste tipo de caixa de velocidades é a transmissão contínua do binário rotativo, que é obtido utilizando duas embraiagens e dois discos. Uma engrenagem está acionada, enquanto a segunda está pronta a sê-lo. É selecionada uma determinada engrenagem pela centralina com base nos sinais de vários sensores. Acionar uma engrenagem é feito com recurso a válvulas reguladoras de pressão, válvulas eletromagnéticas e válvulas de controlo MA01 - MECATRÓNICO AUTOMÓVEL – NÍVEL I SISTEMAS DE TRANSMISSÃO CAPÍTULO 5 – CAIXA DE VELOCIDADES AUTOMATICA CAIXA DE VELOCIDADES CAIXA DE VELOCIDADES CONVERSOR DE BINÁRIO CAIXA DE VELOCIDADES CONVERSOR DE BINÁRIO Ele é responsável por transferir e multiplicar o torque do motor para a transmissão automática. Função Principal O conversor de binário conecta o motor à caixa automática e: Transfere potência de forma fluida, permitindo que o motor continue a funcionar mesmo quando o veículo está parado. Multiplica o torque, aumentando a força disponível para as rodas, especialmente em baixas rotações. Componentes Principais: O conversor de binário é composto por três partes principais: Impulsor (Pump)::Conectado ao motor, gira com ele e movimenta o fluido hidráulico. Turbina:: Conectada à caixa de velocidades, recebe o movimento do fluido enviado pelo impulsor. Estator:: Fica entre o impulsor e a turbina. Redireciona o fluido de volta ao impulsor para multiplicar o torque em rotações baixas. Quando o veículo atinge velocidades mais altas, o torque deixa de ser multiplicado e o sistema funciona como uma ligação direta entre motor e transmissão. Muitos conversores modernos têm um sistema lock-up clutch, que liga diretamente o motor à transmissão em altas velocidades, eliminando o deslizamento do fluido e melhorando a eficiência. CAIXA DE VELOCIDADES TRENS EPICICLOIDAIS: CAIXA DE VELOCIDADES CAIXAS CVT Uma caixa CVT (Transmissão Continuamente Variável) é um tipo de transmissão que não usa engrenagens fixas como as caixas tradicionais. Em vez disso, utiliza duas polias conectadas por uma correia ou corrente metálica. Funcionamento: Polias variáveis: As polias podem ajustar continuamente o seu diâmetro, alterando a relação de transmissão sem passos definidos. Sem trocas de marcha: O motor opera na rotação ideal para eficiência ou desempenho, proporcionando aceleração suave e economia de combustível. MA01 - MECATRÓNICO AUTOMÓVEL – NÍVEL I SISTEMAS DE TRANSMISSÃO CAPÍTULO 6 – DIFERENCIAL DIFERENCIAL O diferencial é o componente mecânico que divide o binário do motor e transmite-o às rodas mesmo que estas girem com velocidades diferentes. É um componente mecânico essencial do sistema de transmissão, sendo responsável por distribuir a energia do motor para as rodas de maneira eficiente, permitindo assim que as rodas girem a velocidades diferentes, o que é particularmente importante ao realizar uma curva. Isto ocorre porque as rodas externas percorrem um caminho maior do que as internas ao contornar uma curva. Assim sendo, o diferencial permite que exista essa diferença, transferindo torque para cada uma das rodas de forma adequada, melhorando assim a tração e estabilidade do veiculo. DIFERENCIAL FUNÇÃO E FUNCIONAMENTO  O mecanismo permite transferir binário para as rodas motrizes, independentemente da diferença de velocidade de rotação das mesmas;  No caso dos veículos com motor longitudinal, permite ainda transformar o movimento longitudinal do veio de transmissão, em movimento perpendicular ao eixo de rotação das rodas. DIFERENCIAL Funções: Transmitir a potência do motor às rodas Efectuar uma redução de velocidade entre a caixa de velocidades e as rodas Transmitir a potência às rodas permitindo que estas girem com velocidades diferentes DIFERENCIAL Principais tipos de diferenciais (mais comuns): Abertos Blocantes Autoblocantes (LSD) Salisbury Torson Acoplamentos Viscoso Diferenciais eletronicos DIFERENCIAL Abertos: Mais comuns nos veiculos, sendo que aplicam a mesma quantidade de binário a cada roda. Vantagens: Limitações: As velocidades de rotação das duas rodas O funcionamento do diferencial aberto só é motrizes podem ser ajustadas perfeito enquanto existir boa aderência nas independentemente uma da outra, de acordo duas rodas motrizes com as diferentes distâncias percorridas pelas rodas esquerda e direita. Quando o coeficiente de atrito é diferente nas duas rodas, as forças transmitidas dependem O binário do motor é simetricamente distribuído do menor potencial de atrito dos dois eixos. a ambas as rodas motrizes, sem originar qualquer momento de torção do veículo. Se uma das rodas perder aderência, o diferencial interpreta esse movimento como se a roda estivesse a percorrer uma distância ainda maior, logo fornece a essa roda ainda mais movimento. Nestas circunstancias o diferencial funciona ao contrário do que seria desejado, levando a que essa roda “patine” ainda mais. DIFERENCIAL CONSTITUIÇÃO DIFERENCIAL Blocante: (comuns nos 4x4 offroad)  Sistema basicamente semelhante aos diferenciais abertos ou livres.  Adicionalmente têm um mecanismo mecânico, eléctrico, pneumático ou hidráulico que bloqueia ambos os semi-eixos garantindo que estes girem à mesma velocidade. DIFERENCIAL Blocante: (comuns nos 4x4 offroad) Tipos de acionamento: Por alavanca:O sistema utiliza uma alavanca dentro do veículo para ativar ou desativar o bloqueio do diferencial. Por Cabo: Semelhante ao acionamento por alavanca, mas utiliza um cabo para conectar o sistema de comando dentro carro ao diferencial. Pneumático:Utiliza ar comprimido para engatar o bloqueio do diferencial. O motorista aciona uma válvula ou botão dentro do carro que envia pressão de ar para o diferencial, ativando o bloqueio. Elétrico: O diferencial é bloqueado por meio de um motor elétrico que engata os componentes internos. Um interruptor ou botão no painel do veículo permite ao condutor ativar ou desativar o sistema. Hidráulico : Usa a pressão do fluido hidráulico para engatar o bloqueio. O condutor aciona o sistema através de um botão ou alavanca que direciona fluido para o diferencial. TRANSMISSÃO TRASEIRA Motor frontal longitudinal Vantagens: Boa refrigeração do motor Protecção dos ocupantes contra choques Desvantagem: Ocupação de espaço interior Maior inércia do conjunto TRANSMISSÃO TRASEIRA Motor frontal e tracção traseira (transaxial) Vantagens: Boa refrigeração do motor Boa distribuição de peso (grande momento de inércia vertical / melhor estabilidade) Desvantagem: Ocupação de espaço interior TRANSMISSÃO TRASEIRA Motor traseiro Vantagens: Ocupação de pouco espaço com motor de cilindros opostos Não necessita de espaço interior para veio Desvantagens: Pouco espaço para a mala Difícil alojamento do depósito de combustível Sensibilidade ao vento lateral Tendência de derrapagem em curva TRANSMISSÃO TRASEIRA Motor Central Vantagens: Melhor distribuição de pesos Bom posicionamento do centro de gravidade Desvantagens: Motor de difícil acesso Apenas pode dispor de 2 lugares TRANSMISSÃO FRONTAL Motor Frontal Vantagens: Não ocupa espaço no interior do habitáculo Motor, caixa e diferencial formam um bloco compacto Grande espaço para a mala Boa estabilidade em curva Desvantagem: Maiores esforços para virar a direcção TRANSMISSÃO INTEGRAL Motor Frontal Vantagens: Excelente tracção em pisos acidentados Maior segurança na circulação Comutação entre tracção integral ou 2 rodas Desvantagens: Maior consumo de combustível Mais dispendiosos TRANSMISSÃO INTEGRAL DIFERENCIAL DIAGRAMA TRANSMISSÃO DIFERENCIAL DIAGRAMA TRANSMISSÃO DIFERENCIAL DIAGRAMA TRANSMISSÃO DIFERENCIAL DIAGRAMA TRANSMISSÃO DIFERENCIAL DIAGRAMA TRANSMISSÃO DIFERENCIAL DIAGRAMA TRANSMISSÃO MA01 - MECATRÓNICO AUTOMÓVEL – NÍVEL I SISTEMAS DE TRANSMISSÃO CAPÍTULO 7 – EIXOS DE TRANSMISSÃO EIXOS DE TRANSMISSÃO FUNÇÃO E FUNCIONAMENTO  Têm por função transmitir o movimento da caixa de velocidades até às rodas motrizes;  São dotados de juntas tipo “cardan” no caso dos eixos longitudinais, e juntas homocinéticas no caso dos eixos transversais;  As juntas permitem o movimento das rodas motrizes relativamente à carroçaria (subida e descida da suspensão, rotação do volante de direção, etc). EIXOS DE TRANSMISSÃO EIXOS DE TRANSMISSÃO EIXOS DE TRANSMISSÃO Procedimento de Substituição / Manutenção 1º-Elevação do veiculo 2º-Remoção do oleo da caixa de velocidades 3º-Remoção da(s) roda(s) 4º-Analise da necessidade de remoção de componentes (pendurais, tiangulos, fixação do amortecedor, ponteiras de direção....) 5º-Remoção da porca de transmissão 6º-Remoção de eventuais apoios de rolamentos do eixo 7º-Remoção dos eixos 8º-Análise do estado dos retentores da caixa 9º-Desmontagem do eixo (ponteira de transmissão, fole de transmissão) MA01 - MECATRÓNICO AUTOMÓVEL – NÍVEL I SISTEMAS DE TRANSMISSÃO